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Capítulo 16

Oi voltei!

O capítulo de hoje vão especialmente para a AlessandraRozena. Obrigada pelo carinho.

Espero que gostem da leitura.

Bj
Lu
😘

Pov Dak  

Depois que acertei tudo com Evelyn na reunião eu me senti esperançosa. Acho que finalmente estamos perto de consegui a nossa tão sonhada liberdade.

Deixei Jamie em casa com as meninas e fui resolver algumas coisas na produtora. E além do mais eu tinha que começar a pôr em prática o plano de ser vista.

Passei primeiro na academia, reativei minha matrícula nas aulas de ioga. E exatamente como eu imaginei, lá estavam eles, os paparazzi à espreita. Dei-lhes meu melhor sorriso e acenei enquanto ia na direção do meu carro.

Na produtora me debrucei sobre o trabalho que aguardava por mim. Algo que me levou praticamente a manhã toda.

Com tudo o que era urgente resolvido, avisei a equipe que trabalharia de casa a tarde. Estava com saudade das minhas princesas.

A caminho de casa quando parei no sinal me chamou a atenção a vitrine de uma boutique infantil. Decidi levar um mimo para as meninas.

Ao entrar na loja a vendedora me recebe alegre e simpática. Ela me mostra os últimos lançamentos da coleção infantil da Gucci e me encanto com cada peça. Quando termino de escolher tudo o que quero, já passa da hora do almoço. Droga, acabei demorando mais que eu gostaria.

Pago por tudo, agradeço a moça e deixo a loja apressada para estar em casa com meus amores.

Quando chego deixo as sacolas no sofá. Pela hora devem estar comendo. Sigo pra cozinha e me assusto com a voz alterada de Jamie.

— Negativo! — diz ele.

— Como não? Essa casa também é minha. E eu vou ficar aqui.

Eu não acredito que mais a vez essa mulher veio acabar com a minha paz. Mas desta vez não vou aceitar.

— Ah, mas não vai mesmo! — digo furiosa.

— E quem vai me impedir? Você?

Ela pergunta. Seu sorriso falso, sua postura debochada. Tudo nessa mulher me dá nojo. Eu a odeio com todo o meu ser. Por todas as vezes que chorei por culpa dela, por todas as vezes que ela fez com que eu me sentisse diminuída e humilhada.

— Sim, Amélia, eu vou se você não pegar as suas coisas neste instante e deixar a nossa casa.

A desgraçada solta uma gargalhada debochada.

— Nossa casa? Mas é muito vagabunda mesmo.

Pelo canto de olho percebo que Maria está levando as meninas para fora da cozinha. Melhor assim. Não quero que elas presenciem essa cena deplorável.

— Se tem alguma vagabunda aqui é você, Amélia e nós duas sabemos bem disso.

— Mas é muito dissimulada mesmo, não fui eu quem destruiu uma família. Você acabou com meu casamento, roubou meu marido e agora quer levar minhas filhas.

— Me poupe dessa sua ladainha. Você sabe bem que a verdade não é essa.

Deixo a cozinha na direção da sala. Não vou entrar no joguinho sujo da Amélia. Não vou deixar que ela me manipular como sempre fazia.

— Vai fugir né. A verdade dói.

— Amélia, sai da minha casa agora! — Jamie grita, mas ela ignora.

Amelia está no meio da sala, braços cruzados no peito com aquele sorriso nojento no rosto.

— Vamos relembrar AW e ver se a culpa foi minha mesmo? Quem sempre procurou diminuir o Jamie em tudo que ele faz? Quem usou uma gravidez para prender o marido? Quem saiu com uma bebê de quinze dias que nem uma louca? Eu nunca te humilhei em público, já você sempre amou fazer isso, lembra em Berlin? O que você fez?

— Eu estava lutando pela minha família que você queria roubar. E conseguiu, né?

— Não adianta, Amélia. Você nunca vai entender. São os detalhes que edificam ou destroem um relacionamento. Então, se alguém aqui destruiu seu casamento é você, por que a culpa nunca foi e nunca será minha se você não é capaz de amar de verdade.

— É claro que você teria essa visão distorcida. A mãe uma vagabunda que troca de marido como troca de roupa e a avó abria as pernas pra diretor pra ganhar papel.

— Nunca mais ouse falar de minha família sua imunda.

E dominada por todo o ódio que sinto por esta mulher acerto seu rosto com um tapa. Amélia cambaleia com o golpe e leva a mão no local onde bati.

Ela olha a direção da escada sorrindo. Quando me viro, Dulcie está ali. Ela viu.

— Tá vendo minha filha, foi por essa mulher que seu pai nos deixou.

— Chega! Parem com essa discussão. — grita Jamie — Filha...

Ele tenta ir na direção de Dul, mas ela sai correndo na direção de seu quarto.

— Vai. — pede olhando para mim.

Subo as escadas correndo. Meu peito apertado num misto de medo e vergonha. Minha pequena me viu agredindo a mãe dela. Mais uma vez aquela mulher nojenta conseguiu me manipular.

Bato a porta, mas ela não responde. Então decido abrir. Dul está deitada na sua cama chorando contra seu travesseiro. Me aproximo devagar e me sento na beira da cama. Afago suas costas e ela vira o rosto para me olhar. Abro meus braços e ela se joga contra meu peito.

— Me desculpa. Eu não devia ter feito aquilo.

— Por que a mamãe disse aquelas coisas, tia? — ela se senta me encarando, olhos atentos e tristes.

— Sua mãe tá brava porque eu e seu pai estamos namorando outra vez. E as vezes quando estamos com raiva a gente fala coisas que não são verdades só pra machucar a outra pessoa.

— Mas isso não é legal, né tia?

— Não, meu amor, não é legal. Assim como não foi legal eu ter batido no rosto dela. Eu também fiquei com raiva, mas eu não tinha o direito de ter feito aquilo.

— E agora você vai embora de novo?

— Você quer que eu vá?

— Não. — ela volta a me abraça. — Eu só queria que vocês não brigassem mais.

Suspiro com o pedido dela. Não posso prometer que isso não vai tornar a acontecer. Não depende apenas de mim.

Jamie surge na porta com uma expressão nada boa.

— Tudo bem por aqui? — pergunta ele.

— Tudo. — respondo mesmo não tendo certeza de que isso seja de fato verdade.

— Amélia foi para o hotel.

Dul se endireita na cama. Ela aperta o colchão nervosa enquanto evita olhar para o pai.

— Você está bem, filha? — ela apenas balança a cabeça de cabeça baixa.

Delicadamente, Jamie ergue seu queixo para olhar nos olhos dela.

— Tá tudo bem mesmo, princesa?

— Tá, pai

— Sua mãe e eu conversamos e decidimos que é melhor que ela fique em um hotel, mas ela pediu para que vocês fiquem com ela lá por alguns dias.

Vaca! É claro que ela iria usar as filhas para machucar Jamie. Dulcie novamente balança a cabeça em confirmação, mas não me parece feliz.

— Amorzinho, vá chamar as suas irmãs. Vocês têm que se arrumar. — peço a ela tentando conter as lágrimas de ódio que tentam a todo o custo rolar por meu rosto.

— Alias, onde elas estão?

— A tia Maria levou elas para o jardim quando a gente ouviu os gritos, pai. — diz ela antes de deixar o quarto.

Jamie se senta ao meu lado, cotovelos apoiados em seus joelhos e a cabeça escondida entre as mãos. Espero até que ele fale comigo.

— Ela quer a guarda das meninas. — ele me encara triste. — Eu tentei o acordo que a gente tinha combinado, mas ela não aceitou. Disse que vai aos tribunais tirar meu dinheiro e minhas filhas.

— Me perdoa. É culpa minha. Se eu...

— Não diga isso. Eu que fui ingênuo de pensar que ela aceitaria tão fácil.

Jamie pega minha mão e leva aos lábios.

— As coisas não vão ser fáceis. Amélia vai tentar nos destruir, mas eu não ligo. Eu só preciso que você lute ao meu lado.

— Eu não vou a lugar algum, a menos que você não me queira mais.

— Isso nunca. — ele puxa meu rosto para o seu e me beija calmamente — Eu te amo para sempre.

— Eu também te amo, Jamie.

Colamos nossas testas e ficamos assim por algum tempo, apenas nos sentindo. Mas não demora e as meninas chegam.

— Tia, é verdade? — . Elva pergunta.

— Sim, amor.

— Eu não quero tia. Você vai sumir outra vez. Eu sei tia. — diz ela chorando.

— Sentem aqui.

Elva sobe para meu colo e Betinha senta no do Jamie enquanto Dul se ajeita entre nós dois.

— A mãe de vocês veio passar uns dias aqui na cidade e quer ver vocês. — explica Jamie.

— Vocês vão matar a saudade da mamãe, vão se divertir e quando voltarem a tia vai estar aqui esperando por vocês, eu prometo.

— Promessa de mindinho? — Elva estende seu dedo gordinho para mim.

— Promessa de mindinho. — respondo enlaçando seu dedo com o meu. — Agora todo mundo pro banho e se arrumar.

— Mas vocês sabem que não vai ser nada divertido, né?

— Elva! — Jamie a repreende.

— Mas é pai. A mamãe não gosta de brinca, ela nunca quer ver desenho ou colorir com a gente. Ela só fica ouvindo aquelas musica estranha lá. Preferia muito mais ficar aqui. Isso sim é divertido.

Ela faz uma carinha fofa.

— Deixa a gente fica, tia.

Tudo o que eu queria era abraça-las e dizer que elas não vão, mas isso só vai tornar tudo pior. Então mesmo com dor no coração pus meu melhor sorriso no rosto e disse a elas que ia ser legal ficar com a mãe delas.

Alberta estava animada em ver a mãe, ela é só um bebe e ainda não entende. Já Elva e Dul estavam com um semblante desanimado, mas não contestaram mais.

Ajudei as três no banho e também a se arrumarem enquanto Jamie preparava um bolsa com as coisas delas.

— Estão lindas. — elogiei

— Tá na hora, vamos? — avisa Jamie tentando fazer parecer a coisa mais legal do mundo, mas posso ver que isso está o matando por dentro.

— Amores, venham cá. Sejam obedientes, escovem os dentes e não esqueçam de fala com papai do céu antes de dormir.

— Tá, tia. — diz Dul.

Abraço elas o mais apertado que consigo.

— Tia, promete que vai tá aqui quando a gente volta?

— Eu prometo. Amo vocês.

— Eu volto logo. — Jamie me dá um selinho

Tentei me ocupar depois que eles saíram. Abri meu notebook e tentei ler meus e-mails, mas eu não conseguia prestar atenção em nada, meu único pensamento era nada meninas.

Saber que aquela mulher mais um vez usava as filhas para nos atingir era muito doloroso. E pensar que eu posso ter sido a culpada por isso faz com que eu me sinta pior ainda.

Quando Jamie chegou eu já havia desistido de fazer qualquer coisa. Estava sentada no tapete da sala em meio a alguns brinquedos delas.

— Oh amor. — seus braços passam ao meu redor.

— Elas ficaram bem?

— Sim. — diz ele ainda abraçado a mim.

Me afasto e o encaro. Jamie mexe nos seus cabelos e suspira.

— Alberta ficou bem. Elva e Dul ficaram com os olhos cheios de lágrimas.

Meu choro aumenta. Pego a boneca que comprei pra Elva e abraço.

— Ei, não fique assim. Elas vão ficar bem. — Jamie seca minhas lágrimas — Vem, vamos nos arrumar.

Ele me puxa para ficar de pé.

— Se arrumar pra que?

— A gente vai sair.

— Não! Ficou louco. Se formos vistos só vai piorar tudo.

— Ei, relaxa amor. É só uma noite com nossos amigos. Como antigamente.

— Tem certeza?

— Tenho, agora vai lá fica mais linda pra mim.


Obrigada por lerem!

Deixem suas estrelinhas!








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