13 | antes | sem arrependimentos
BOSTON, USA
COMEÇO DO VERÃO
Dou um passo para frente – primeiro o calcanhar, depois a ponta dos dedos do pé – os dedos das minhas mãos se afundam contra o tecido jeans da camisa trajada pela mulher parada de costas para mim. A minha mulher. A senhora Avery.
Ignoro o que seus lábios tagarelas pronunciam, enquanto ela sustenta em suas mãos dois pacotes de lençóis, ela os balança no ar. Eu a ignoro. Simplesmente afundo a ponta do meu nariz entre suas madeixas castanhas, inalando o já familiar aroma de rosas.
— Avery — meus tímpanos não conseguem ignorar aquela censura.
Dilato minhas narinas, soltando o ar, reviro os olhos e repouso meu queixo no seu pequeno ombro, enquanto as pontas dos meus dedos caminham preguiçosamente em torno do seu corpo, até que esteja completamente envolto dentro dos meus braços.
— Qual você escolhe? — ela dança no ar um jogo de lençol cinza, com alguns mosaicos e outro jogo azul marinho com alguns traçados que mais pareciam rabiscos feitos por uma criança.
— Qualquer um — murmuro, dançando meus ombros em desdém.
Milimetricamente ela gira sua cabeça, de soslaio não ignoro o familiar olhar estreitado, que formava um vinco entre suas sobrancelhas.
— Está bem — me rendo com um suspiro, vagando o olhar preguiçoso pelos dois pacotes e pela gondola logo atrás. Meus lábios se curvam quando acham algo agradável — Aquele — aponto para a prateleira do meio, para a fileira dos lençóis escuros e de bolinha.
— Aquele? — agora seu cenho se arqueia para cima.
Maneio positivamente a cabeça.
— Aquele — cantarolo convicto.
— Por que? — ela estreita os olhos em minha direção, como se questionasse a minha escolha.
Curvo os lábios satisfeito com a pergunta, principalmente porque sabia que a resposta a iria fazer corar.
Delicadamente levo as pontas dos meus dedos até os longos fios do seu cabelo, gentilmente os coloco atrás da orelha. Ela treme controladamente. Meus lábios úmidos se aproximam do lóbulo da sua orelha.
— Porque quando estivermos fazendo amor — ela traga a saliva de forma audível — E você estiver por baixo — sussurro aquelas palavras, tornando sua respiração um pouco curta — Vai ser como uma pintura perfeita a sua pele branca — passo a ponta do meu dedo que ainda envolvia seu corpo, na parte exposta do seu braço .
Ela empertiga o corpo, com a respiração controlada. Não consigo conter meus lábios quando o tom rubro assume as maças das suas bochechas. Seus olhos fogem dos meus. Minimamente sua cabeça balança para frente e para trás em concordância. Enquanto seu corpo se limita em inclinar-se para frente, abandonar as suas opções de lençóis, agarrar a minha escolha e jogar na cesta enorme de rodinhas apoiada no revestimento de carpe de madeira.
— Toalha — ela anuncia se desvencilhando dos meus braços, como se precisasse de espaço.
Rio satisfeito. Feliz. E completo. Meu coração palpita mais vezes do que deveria e o ar me falta. Mas estava tudo bem, pois eram em momentos como aqueles que tinha a certeza que estava casado com a garota certa.
Lennon Clarke definitivamente era a mulher da minha vida. Nunca tinha sonhado em me casar, nem em encontrar o amor, dona Lola sempre dizia que tinha que me aquietar, mas até aquela tarde, em uma delegacia local, jamais tinha me imaginado casado e feliz.
Estávamos casados há exatos nove dias. Os melhores nove dias da minha vida? Pode apostar. Não tínhamos tido um casamento convencional com: festa, família, amigos, vestido, terno, flor na lapela [...]
Mas não imaginaria forma melhor do que fora, um casamento íntimo, só nós dois. Também não tínhamos viajado na lua de mel, de certa forma não. Apenas velejamos pela costa, fizemos amor no meio do nada só com o Sol de testemunha.
Foi incrível
E continuava sendo, pois agora o mais improvável estava acontecendo. Tínhamos comprado uma casa – ela fez questão de ajudar a pagar – tinha sido uma pechincha, na verdade – um fato que omitiria até a minha morte -, tinha comprado a casa em um leilão da polícia, um antigo ponto de drogas perto do centro da cidade.
Nunca imaginei que poderia ser divertido escolher toalhas – apesar de gostar das velhas toalhas que minha avó tinha comprado há alguns anos atrás -, as cortinas achava dispensável, mas segundo a senhora Avery, precisaríamos de privacidade.
Senhora Avery?
Aquele título me agrada, completa todo o quebra cabeça da minha vida até aquele momento. Assim como a mulher, que meus olhos contemplam, sorridente e tão atenta fuçando um enorme cesto com almofadas quadradas e coloridas, certamente para o sofá.
Impetuosamente caminho em sua direção, paro ao seu lado, prestando atenção no belo desenho do seu rosto, seus lábios carnudos, nariz arrebitado, sobrancelhas aparadas e belos fios de cabelos castanhos. Ela parece me ignorar, enquanto enfia três almofadas no terceiro carrinho de compra. E eu ignoro a sua necessidade de compras, levando meu indicador até algumas madeixas que caia quase tocando seus lábios pintados por um batom quase da cor da sua pele.
Prendo os fios soltos atrás da sua perfeita orelha, ganhando a atenção do seu olhar que encontra os meus, seus lábios se curvam quase em agradecimento.
— Esquecemos de escolher uma peça importante — recordo.
Seus olhos se estreitam curiosos e confusos.
— O que?
Agarro seus dedos, os entrelaçando nos meus, a puxo, ouvindo as irritantes rodas do carrinho que ela arrastava logo atrás de si, mas nosso caminho era curto.
— Aqui — paro.
Ela para, contemplando as inúmeras opções de boxes, camas e colchões espalhados em uma enorme área da loja, enorme mesmo. Eram tantas opções.
— Cama? — aquela dúvida, quase em uma afirmação salpica em seus lábios.
— Cama — a encaro, soltando seus dedos e caminhando em direção a um colchão de molas com revestimento branco — A coisa mais necessária para um casal recém casado.
Seus lábios delineiam um sorriso. Meu coração palpita, junto com a certeza de que tinha me arriscado com a pessoa certa, na pessoa certa. Alojo minha bunda, que range as molas que trabalham com o peso do meu corpo.
Estico meu braço, meus dedos balançam em sua direção em um descarado convite para que ela quebrasse nossa distância.
Finalmente Lennon abandona seu carrinho, acabando com a nossa distância e afundando suas nádegas ao meu lado, impulsionando o corpo algumas vezes como se testasse a resistência das molas.
— Pensei que poderíamos usar minha cama — comenta.
Jogo meu corpo contra as molas resistentes, sentindo minhas costas cansadas, suas íris castanhas me alcançam ,enquanto a musculatura em torno do seu olho se franze em uma reprovação silenciosa.
— Temos que experimentar — me defendo, apoiando meu braço dobrado atrás da minha cabeça — E precisamos de uma cama só nossa, não quero no nosso quarto algo que outros caras já passaram.
Seus lábios se entreabrem indignados, fechando-se em seguida, a musculatura em torno do seu lábio se comprimem acentuando algumas marcas de expressão.
— O que você quer dizer com isso? — suas palavras são precisas e cheias de indignação.
Engulo o ar por entre meus lábios só para expelir entre minhas narinas, elevo os ombros tentando acentuar meu tom casual.
— Quantos caras já passaram por aquela sua cama? — seus ombros murcham, seus lábios se comprimem como se sua mente começasse a trabalhar.
A mulher sentada na ponta da cama coça sua nuca. Eu tento engolir cada resquício de um inapropriado ciúmes que ameaça emergir em meu interior. Afinal agora ela era a senhora Avery. Aquele pensamento faz meus lábios se curvarem, quebrando toda a minha postura ameaçadora e cheia de razão.
— Não tantos — ela resume sua resposta.
Arqueio o cenho com aquelas palavras imprecisas.
— Não tantos? — balbucio.
Seus ombros dançam de forma casual, suas mãos arrastam seu corpo pelo colchão, até que seus olhos estejam na altura dos meus.
— Não tantos, para serem contados em uma mão — murmura, aquela informação me inquieta e aguça minha curiosidade — E não tantos quanto na sua cama.
Ops.
Rio nervoso. Balançando a cabeça sem conseguir ignorar a satisfatória sensação de que já tinha sido um pegador.
— Quantas? — ela silaba as vogais e consoantes.
Observo com os meus lábios selados a mulher deitada de lado, com o braço dobrado e sua mão sustentando a sua cabeça.
— Quantas o que? — me faço de desentendido, coçando a minha barba.
Ela estreita seu olhar ameaçador em minha direção.
— Sério, Avery — ela insiste, levando o punho cerrado contra meu bíceps — Quantas já passaram pela sua cama?
E lá estávamos em uma conversa que nenhum casal deveria ter, isso eu tinha certeza, porque já tinha escrito até matéria abordando aquele tema: discutir sobre quantas mulheres você já teve.
— Nenhuma se compara a você — curvo os lábios satisfeito com aquela resposta estratégica.
Uma risada resfolega por entre seus lábios, seu corpo range as molas ao chocar suas costas, afastando seu olhar dos meus, encaramos o teto de gesso insignificante sobre nossas cabeças.
— Um dia ainda teremos essa conversa — adverte.
Aceno positivamente, mais para mim mesmo do que para os seus olhos. Tendo a certeza de que até o final das nossas vidas – com toda a certeza – teríamos aquela conversa. Mas não importava se fosse agora ou no futuro, a minha sincera resposta seria a mesma: Nenhuma se compara a você.
— Gostou? — giro o pescoço na sua direção.
Analiso cada detalhe da sua feição, da feição da minha esposa. Meu coração palpita. Me apaixono mais uma vez naquele dia. E me apaixono uma vez mais assim que aqueles olhos castanhos se conectam aos meus.
— Pode ser essa — ela pondera, mas seus olhos fogem para o lado oposto, analisando as demais opções a nossa disposição — Ou você quer provar outra?
Lennon me encara. Não consigo conter meus lábios que sorriem bobamente. Impulsiono meu corpo contra as molas, que não reclamam ao meu peso. Giro meu corpo para o lado, fecho todos os meus dedos, menos o meu indicador que a convida a virar em minha direção.
Ela gira, nossos olhos se encontram. Minhas narinas não ignoram seu aroma de rosas.
— Será que ela aguenta nossas atividades noturnas, matutinas e diárias ? — danço meu cenho sugestivamente.
Sua cabeça balança em reprovação, as salientes maças do seu rosto se coram em um tom tão natural e perfeito. Seus dentes roçam no seu lábio inferior.
— Não sei — sussurra, como um segredo íntimo — Mas não vamos testa aqui — sua palma se interpõem entre nós, detendo qualquer ato que passasse por minha mente.
Não podia negar que fazer sexo em uma loja seria um fetiche audacioso e excitante, uma das maiores loucuras da minha vida. E frustrando qualquer possibilidade de realizar uma fantasia erótica, Lennon gira seu corpo, impulsiona para cima e coloca-se em pé antes que meus dedos pudessem deter seu corpo.
— Eu vou terminar de escolher as coisas para casa — autoritários seus olhos repousam sobre minha figura esparramada na cama — E você ache um vendedor para embalar essa cama — ordena, dançando a ponta do dedo em direção ao objeto sob meu corpo.
Sustento sobre o meu ombro direito e meu braço uma pesada caixa cheia de utensílios doméstico, dou uma suave jogadinha para cima, só para posicionar melhor, enquanto com a minha mão livre checo se a traseira do caminhão alugado estava bem fechado.
Última caixa
Agradeço mentalmente, após carregar praticamente sozinho uma média de cinquentas caixas, enquanto a senhora minha esposa organizava tudo em nossa pequena casa de dois andares, dois quartos, dois banheiros, uma espaçosa cozinha com sala e uma aconchegante área de inverno.
Curvo os lábios ao analisar a estrutura de tijolos amostra, com dois degraus que percorro com facilidade em direção a porta preta. Em poucos passos alcanço a enorme bancada da cozinha – um espaço que dividido com a sala -, meus passos se detêm, meus olhos se concentram na cena que se enrola no interior da minha nova casa.
A mulher de cabeleira castanha presa em um rabo, toca seus pés descalços no revestimento gélido da cozinha, enquanto seu corpo acompanha o ritmo de uma canção, que até a última vez que tinha estado ali, não tocava.
— Darlin, stand by me — seus lábios acompanham a melodia que sai do aparelho telefônico apoiado na bancada de granito — Oh, stand by me.
Seus olhos se detém quando cruzam com os meus, seus lábios se comprimem, vacilando um sorriso de quem foi pega. Enquanto a melodia continua a ecoar pelas paredes de tijolo.
Ops
Seus lábios silabam, meus olhos não ignoram.
— Isso é um desejo ou apenas uma canção? — faço referência a letra da música.
Me aproximo, ainda com a caixa sobre meu ombro, curvo meu corpo, apoiando o papelão em forma de quadrado cheio de utensílios domésticos barulhento, a maioria das caixas eram do apartamento da Lennon, do meu veleiro eu só trouxe minhas roupas.
Empertigo-me, caminhando em sua direção, observo seu corpo estático, encaro seus pés descalços, um detalhe que me encanta, assim como minha velha camiseta dos Rolling Stones que envolve seu corpo.
Me apaixono, novamente.
— Apenas cantando — seus lábios silabam.
Meus braços não se contém e circundam seu corpo, o colando no meu. Em resposta seus braços envolvem meu pescoço, o sorriso em seus lábios é fácil e contagiante, sem intenção – ou sim – nossos corpos balançam acompanhando o ritmo da melodia.
Uma melodia agradável.
— Nós não temos uma música — observo.
Seus lábios resplandecem um sorriso, que é arrancado do vislumbre dos meus olhos, quando ela olha para baixo, não para nossos pés, mas mesmo assim abaixa o olhar.
— O que foi? — indago curioso.
Seus olhos voltam a repousar nos meus, enquanto em seus lábios resta apenas a vestígios do que a minutos atrás era um sorriso.
— Está ficando piegas senhor Avery — aponta.
Remexo meu queixo, estreitando meus cenhos para baixo em um semblante de indignação.
— Sim — aceno positivo — A senhora tem um marido piegas, que quer uma música.
Meus dentes mordiscam meu lábio inferior – mordisca um sorriso bobo que teima se delinear em meus lábios – tombo minha testa na sua, seus olhos castanhos me encaram atentamente e sorridentes.
— Não acho que sejamos o tipo de casal de uma música só — seus lábios dão voz a seus silenciosos pensamentos, um prelúdio para suas mãos que se espalmam contra a musculatura do meu tórax, aquecendo cada pedaço da minha pele, mesmo com a camiseta diminuindo o contato — Prefiro que sejamos um casal com uma trilha sonora inteira — suas palavras saem por seus lábios sorridentes.
De maneira fujona, suas mãos impulsionam meu corpo para longe, seus pés dão alguns passos para trás, antes de seu rabo castanho quase esbarrar em mim e sua atenção voltar para uma das inúmeras caixas espalhadas naquele ambiente.
Minha garota
Penso, ignorando seu distanciamento e envolvendo sua pequena cintura entre meus braços, colando meu tórax em suas costas e não ignorando o controlado tremor do seu corpo assim que meus lábios repousam na curvatura exposta do seu pescoço.
Meu campo de visão era limitado, mas tinha quase certeza de que seus dentes estavam mordiscando a pele macia dos seus lábios, em um velado e reprimido desejo.
Maliciosamente esfrego o volume dentro da minha calça jeans contra suas voluptuosas nádegas, que – voluntariamente ou não – retribuem o contato com uma suave rebolada.
— Lennon — gemo seu nome com meus lábios colados na parte de trás da sua orelha.
Em reposta sua cabeça choca-se em meu ombro, uma autorização para os meus dedos que alcançam a barra da velha camiseta, não mais com o meu cheiro, invadindo o tecido e tocando sua cálida e lisa pele.
— Avery — meu nome sai gemido.
Meus olhos atentos não ignoram os seus fechados, uma provocação que prefiro acentuar ao colar meus lábios na fina pele do seu pescoço, sua bunda volta a rebolar contra minha crescente ereção.
Ansiosos meus dedos abrem caminho por seu abdômen, se enfiado sobre o firme elástico do sutiã esportivo, enchendo minha palma com seu seio com bico saliente que roça em minha pele.
Suas costas se chocam contra meu tórax, permitindo que minha mão livre abrisse o botão do seu imperceptível shorts jeans, abaixasse o zíper e a ponta do meu dedo passasse pelo áspero elástico da sua calcinha.
— Deveríamos estar trabalhando — seus lábios atrevidos tentam acabar com o clima.
Tentando acabar com qualquer dúvida, enfio minha mão dentro do tecido rendado da sua calcinha, esfregando meu indicador contra o seu saliente e sensível clitóris.
— Já estou trabalhando querida — meus lábios murmuram contra sua perfumada pele — Estou inaugurando a nossa casa.
m gemido de instabilidade escapa da sua boca, obrigando suas mãos a se apoiarem no tampo de granito a sua frente. Meus olhos não ignoram a ponta dos seus dedos que se afundam contra o gélido material, incentivando meu audacioso dedo que se movimenta circularmente, arrancando gemidos da mulher entre meus braços.
Não ignoro toda a circulação sanguínea que se concentra no membro pulsante dentro da minha calça. Era incrível como perdia rápido o controle com aquela mulher, necessitava estar dentro dela, sedento por seu corpo.
A ponta do meu indicador continua com a brincadeira, enquanto minha mão não para de massagear seu excitado seio, esfregando seu saliente bico na palma, meus dentes mordiscam o lóbulo da sua orelha, produzindo um tremor em seu corpo colado ao meu.
Seu corpo tentador esfrega no meu, de forma provocativa e como resposta a meu toque.
— Preciso de você dentro de mim — aquelas palavras alcançam meus tímpanos.
Obedientemente afasto minhas mãos do seu corpo, arrancando a velha camiseta do seu corpo, abaixo seu shorts jeans junto com a calcinha, ambas peças de roupa caem com facilidade sobre o gélido piso. Seus pés saem para fora das peças de roupa que eu afasto para longe.
Apressados meus dedos abrem minha calça, abaixando junto com a cueca, arranco a camiseta pela minha cabeça, dando o mesmo destino dos seus shorts e calcinha.
A pele das suas nádegas se chocam contra meu membro ereto. Gemo. Ela geme. E quase sem esforço nenhum, a mulher diante de mim empina sua deliciosa bunda branca, abocanhando meu membro que desliza com facilidade para dentro da sua vagina lubrificada.
Quase engasgo. Colo meu tórax na suas costas ao arquear meu corpo para frente e apoiar minhas mãos no gélido granito. Não consigo me mover, apenas sentindo seus músculos internos pressionarem contra meu membro.
Aperto com força minhas pálpebras, ao recordar de um item.
— Preciso pegar uma camisinha — minhas palavras saem doloridas, enquanto meu corpo ameaça deixar aquele interior acolhedor.
Seus dedos se afundam contra minhas nádegas, me detendo. Sua cabeça choca-se no meu ombro.
— Estou tomando pílula — aquelas palavras são quase uma autorização.
Curvo os lábios, enquanto ela rebola contra meu membro ereto. Passo a mão pela extensão das suas costas, envolvendo com delicadeza suas madeixas presa em um rabo em meus dedos, puxo sua cabeça mais para trás, permitindo que meus lábios tocassem sua garganta.
Ela geme. Aperta suas pálpebras, fincando suas unhas em minha bunda, que a penetra mais ainda.
Tomado pelo desejo, largo suas madeixas, apoiando minha mão em suas costas, inclino seu corpo para frente sobre a gélida bancada, arrancando um gemido dos seus lábios, me reclino sobre ela, apoiando minha mão sobre a sua e entrelaçando nossos dedos começo o preguiçoso e profundo movimento de invadi-la.
Consigo sentir cada parte da sua pele, meu membro pulsa, ela geme. Eu entro. Eu saio. Ela geme. Intensifico as estocadas. Ela grita, fazendo muito barulho, enquanto sua parte intima lubrifica meu ereto membro. Seu corpo convulsiona, quase em um desmaio, enquanto seu interior fica mais lubrificado, me permitindo entrar e sair com mais rapidez.
Um urro selvagem sai entre meus lábios, enquanto meu membro preenche a mulher praticamente desfalecida sobre a bancada da nossa cozinha. Eu tremo. Ela treme.
— Porra Lennon, isso foi tão bom — encontrando forças, balbucio.
— Eu sei — não tenho certeza daquelas palavras, ou se foram aquelas palavras, mas ouço algo.
Não podíamos negar que éramos bom naquilo, nossos corpos se encaixavam com perfeição e fome.
O peso sobre o meu corpo não me incomodava, é um complemento que me agrada. Envolvo com força o pequeno corpo desnudo sobre o meu, enquanto tento equilibrar nos dois no estreito espaço do sofá de linho.
— Agora só falta o quarto e o banheiro — os inchados lábios da mulher ruiva murmuram, enquanto a ponta do seu dedo indicador desenha algo na altura das minhas costelas, uma caricia gostosa.
Encaro a cabeleira castanha apoiada no meu peito.
— E o jardim — recordo.
Sua bochecha roça contra a minha pele assim que seus olhos alcançam os meus, seus lábios se entreabrem, mas se comprimem. Sua cabeça acena negativamente. Seu indicador para.
— Nem pensar— seu dedo cutuca meu abdômen, obrigando meu corpo a se contorcer em reação ao estranho toque — Temos vizinhos.
Rio. Uma gargalhada explode por entre meus lábios, convulsionando meu abdômen e remexendo seu corpo.
— Que podem ser voyer que gostam de nos assistir — complemento.
Seus olhos se estreitam em minha direção, acentuando as suaves marcas de expressão em torno dos seus claros olhos.
— Sério, Avery — seu tom ameaçador detém meus lábios.
Meus dedos alcança suas madeixas com aroma de rosas, as afago. Ela desvia o olhar, voltando a função anterior com seu indicador, que parece desenhar algo em minha costela.
— O que você está escrevendo aí? — questiono.
Lennon maneia negativamente a cabeça, aguçando minha latente curiosidade.
— Diga — apoio alguns fios fujões atrás da sua orelha, enquanto o calor do seu corpo é a única coisa envolvente e cálida.
— Non, je ne regrette rien — ela balbucia aquelas palavras em outro idioma.
Meus neurônios confusos trabalham em busca de uma tradução, que não vem, me fazendo recordar que dentre os poucos idiomas que sabia, francês não estava entre um deles.
— Traduza — exijo gentilmente — Por que isso parece um palavrão para os meus ouvidos.
Seus pulmões se inflam contra o meu corpo, enquanto seu abdômen convulsiona com a suave risada que explode por entre seus belos lábios e seu dedo para. Detenho meus dedos contra suas costas desnudas, enquanto seu corpo repousa exausto sobre o meu.
— Está bem — seus olhos encontram os meus, a ponta da sua língua umedece seus lábios — Não me arrependo de nada. É isso que significa — revela, espalmando sua mão contra meu peito, elevando seu tronco o mínimo possível — Não me arrependo de ter me casado com você, John Avery e de nada até aqui.
Seus lábios se curvam felizes. Meu coração palpita algumas batidas descompassadas, produzindo um suspiro apaixonado que escapa por entre minhas narinas.
— Já disse que a amo hoje? — questiono provocativamente.
Lennon arqueia seu cenho, crispando seus lábios assim que seus globos oculares giram dentro da orbe, fuçando sua memória. Ela acena negativamente, balançando suas madeixas cor de fogo, agora solta e livres, depois que tinha jogado o elástico preto em alguma parte entre a cozinha e sala.
— Não? — cantarolo indignado.
— Não— ela concorda em pura inocência.
Envolvo meu braço em torno do seu corpo, mudando com dificuldade a posição dos nossos corpos, choco suas costas contra a espuma envolta com linho, me posicionando entre suas pernas, analiso seu sorridente olhar.
Curvo os lábios quando a ponta do seu dedo acaricia algumas pontas do meu cabelo.
— Eu amo você, Lennon Clarke Avery — declaro.
Lennon ri.
— Gostei — murmura, com seus olhos vagando sobre o teto pé direito alto da nossa sala — Lennon Clarke Avery.
Ela volta a me encarar.
— Eu amei — rebato.
Apoio minha cabeça entre seus seios desnudos, deposito um suave beijo em cada volume saliente próximo a minha boca.
— Minha Lennon, minha garota — seu corpo estremece sob o meu, em um sinal de que estava pronta para mais uma rodada de inauguração da casa.
Enfio minhas mãos embaixo seu corpo, impulsionando meu corpo, toco meus pés no gélido piso.
— Aonde você vai? — seu resmungo alcança meus tímpanos.
Caminho em direção a uma pilha de caixa, procurando um objeto especifico, uma caneta que tinha largado em algum momento daquele dia por ali.
— Quero fazer algo — respondo, com os olhos vasculhando o ambiente.
Finalmente esbarro no pequeno e fino objeto preto, agarro entre meus dedos, a balançando satisfeito diante dos meus olhos.
— Sua bunda fica linda daqui, querido — seu comentário provoca uma involuntária risada.
Refaço meus passos, sentando no estreito espaço restante do sofá, estendendo a caneta diante dos olhos que me encaram confusos.
— Para que isso? — Lennon questiona, arrastando seu perfeito corpo desnudo para cima, sentando-se.
Danço o objeto na sua frente.
— Quero que escreva o que estava desenhando na minha pele. — seus finos dedos, com uma bela aliança dourada, agarra o objeto preto — Quero me lembrar todos os dias que você não se arrepende de nada.
Boa leitura meninas *_*
Eu amei esse capítulo e vocês ?
Me contem
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