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Vinte e Seis

Tem sido você desde o primeiro dia que te vi.

♥︎

Bruno

Nós três dermos uma lição no Antony e depois o deixamos em uma rodovia pouco movimentada.

Era o certo, e eu jamais dormiria tranquilo sabendo que o matei. Eu era tão irresponsável quanto ele quando mais jovem. Clystoff deu a ideia de pararmos por umas horinhas em um bar e relaxar. E nós formos.

Nicolas e eu pareciamos velhos amigos, sorrindo e bebendo como se não houvesse o amanhã.

- Se você não estivesse tentando roubar a mulher que amo, eu poderia gostar de você. - rimos e continuamos a beber.

- E se você não tivesse roubado, eu também consideraria gostar de você. - Nicolas disse virando a garrafa de vodka na sua boca.

- Vocês ficaram completamente loucos. - Clystoff parecia ser o único sóbrio de nós três.

Nicolas e eu levantamos nossas garrafas.

- Um brinde ao passado mais louco. - Nicolas disse e nos dois dermos um longo gole em nossas garrafas.

Clystoff olhou as horas no celular.

- Gente, vamos embora. - ele diz se levantando. - são quase zero horas. Porra, Fernanda vai me matar. - Clystoff coloca algumas notas sobre o balcão e tentar nos puxar de lá.

- Vai você. - digo.

- Se eu não te deixar em casa quem me mata é a Beatriz. - ele diz.

- Eu... Eu vou ligar pro meu motorista. - Nicolas tira o celular do bolso. - Qual é o número dele? - pergunta.

- Eu não sei. - digo e mais uma vez sorrimos juntos.

Acordo sentindo uma puta dor de cabeça, abro os olhos e vejo que estou deitado na minha cama.

Beatriz me encarava sentada na cadeira, ela mexia no celular com uma cara de poucos amigos.

- Finalmente acordou. - ela exclamou e eu a  pedi que falasse um pouco mais baixo.

- Que horas são? - pergunto me sentando.

- Quase duas da tarde. - arrego os olhos assustado.

- Como eu vim parar aqui? - pergunto. Minha cabeça parecia uma escola de samba. - porra, perdi o trabalho. Devia ter me acordado Beatriz, ou ligado pra avisar que eu não iria poder ir.

- E iria dizer o que? Que meu marido estava dormindo bêbado!?

Ela tinha toda razão de está zangada, eu não devia ter bebido tanto.

- Meu irmão te trouxe as três da manhã, você só falava coisa com coisa. - Ela disse se levantando e abrindo as cortinas, fecho meus olhos por conta da claridade. - nossa filha precisava de você, eu precisava. E onde você estava? Em um bar enchendo a cara.

- Eu entendo que esteja brava, mais fala um pouco mais baixo cacete.

- Sai da minha cama - ela puxou os lençóis. - quer dormir, vai dormir no sofá.

- Amor para com isso. - me levanto e tento abraça-la. - eu tô aqui agora.

- Tô sentindo dores na barriga a uns dois dias, e isso tá me preocupando. - Ela diz do nada. - tenho medo de perder nosso filho.

- Calma, vai ficar tudo bem. - digo e a abraço - amanhã vamos ao médico.

Me senti culpado por ter deixado as duas mulheres da minha vida sozinhas, Beatriz tinha razão, Lua precisava tanto de mim ontem.

- Me desculpa. - digo. - nunca mais vou deixar você. - Beatriz sorriu e me deu um beijo. - você e a Lua são minhas jóias mais preciosas.

- Eu te amo, seu boca suja que nem escovou os dentes ainda.

- Eu te amo mais. - respondo a jogando na cama e a beijando de propósito em seguida.

Mesmo todo quebrado e morrendo de dor de cabeça, eu jamais deixaria de demonstrar o quando ela e Lua são importantes.


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