Vinte e dois
É bom ganhar dinheiro, mas o que você chama de sucesso eu chamo de castigo.
-Emily em Paris
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Beatriz
Quando a polícia chegou, eu já estava em prantos, chorando e me culpando por não ter prestado mais atenção na minha filha. O delegado quis saber de tudo, desde o começo da relação do Antony com a Lua até agora.
Nicolas e Bruno por um milagre do destino, não estavam brigando e nem trocando indiretas. Estavam juntos para encontrar nossa filha.
Clystoff, Fernanda e Denise também estão aqui. Meu irmão estava com raiva e deixava isso bem nítido no seu olhar.
- Sou capaz de ir preso se ele tocar na minha sobrinha. - Clystoff diz, o mesmo andava de um lado para o outro.
- É tudo culpa minha. - Cláudio fala. - eu deveria ter avisando, e impedido a todo custo que ela fosse com ele.
- Não foi culpa sua meu amor. - tento acalmá-lo.
A verdadeira culpada era somente minha. Ninguém imaginava que Antony pudesse fazer uma coisa dessas, confiei no garoto.
- A culpa não é de ninguém! - Clystoff exclama. - é do próprio Antony, e dos pais dele, que não o internaram em um hospício.
Fecho os olhos e tento não pensar no pior, minha filha está bem.
Ela está bem.
Ela vai ficar bem.
Queria acreditar nisso.
- ACHAMOS! - Nicolas grita e todos nós nos levantamos em alerta. - conseguimos rastrear o celular dela. - ele continua, Nicolas e Bruno olhavam para a tela do computador atentos, os dois se entreolharam por alguns segundos arqueando as sombracelhas.
- E onde ela está? - Fernanda pergunta com as mãos sobre o peito.
- Parece que no meio do mar. - Bruno responde. - não temos certeza se essa é a localização.
Tento controlar minha respiração para não entrar em pânico. Minha filha está bem, minha Lua está bem.. Repetir várias vezes aquela frase na minha cabeça, para tentar me acalmar.
- Nicolas e eu vamos atrás da possível localização dela. - Bruno diz. Antes que fosse embora, ele se aproximou de mim e pegou na minha mão. - se acalme Beatriz, eu vou buscar a nossa filha. - Bruno dá um leve sorriso. - não quero que se preocupe, pensa no nosso filhote que ainda tá na sua barriga. - ele faz uma leve pausa - Confie em mim, eu vou resolver isso.
- Eu vou com vocês. - Meu irmão fala, Cláudio o acompanha e os quatro vão atrás da Lua.
- Calma amiga. - Denise diz se sentando ao meu lado e me abraçando.
Só Deus sabe o que está por vir.
- Fernanda e Denise - chamo a atenção das duas. - quero que vocês vão no sétimo andar, procurar pelos pais do Antony.
- Tem certeza? - Fernanda pergunta.
- Sim, eles merecem saber o louco que é o filho deles.
- Tá bom, qual o número do apartamento? - Denise pergunta ficando de pé.
- Não sei amiga, procurem em todos. - digo. - encontro vocês lá em baixo.
♧
Bruno
Nicolas dirigia o carro apressadamente, ultrapassando todos os sinais vermelhos possíveis.
- Eu vou matar aquele garoto. - Nicolas dirigia com raiva.
- Você começa e eu acabo de matar. - respondo.
Quase batemos em vários carros com a velocidade em que Nicolas dirigia, não me importava. Era a minha filha, faria qualquer coisa por ela... E já pensava no pior que poderia fazer, se o Antony tiver tocado nela.
Clystoff olhava para o celular e nos dava todas as instruções para chegar na praia.
- Vira a direita. - disse.
Nicolas virava as ruas feito um louco, cantando pneus.
Quinze demorados minutos se passam, e finalmente formos parar numa praia bastante afastada da cidade.
Saímos do carro correndo.
- Como vamos ir pro meio do oceano sem barco? - Clystoff pergunta.
- Eu não pensei nisso. - Nicolas coloca as mãos sobre a cabeça. - que inferno, e agora?
- Talvez os pescadores poderiam nos ajudar. - Continua Cláudio.
Todos nós formos até um homem de meia idade que retirava os peixes de seu barco.
- Senhor, por favor nos ajude. - começo a falar. - Minha filha estar em perigo e não temos nenhum meio de transporte para buscá-la até o mar.
- Eu posso pagar se for preciso. - Nicolas tira a carteira do bolsa e mostrou algumas notas ao senhor.
- Não quero o seu dinheiro rapaz. - O senhor diz. - só posso levar dois de vocês.
- Vão vocês. - Cláudio fala. - vocês são o pai da Lua, é mais que justo.
Concordamos.
- Vamos esperar aqui. - Clystoff fala.
Nicolas e eu subimos no barco e o homem ligou o motor nos levando para o meio do mar.
- Sabem mais ou menos onde ela possa está?
- Sim, estamos com a localização dela. - Nicolas mostra o celular. - continue indo em frente.
Enquanto o homem acelarava, pensei em como fui burro em não ter desconfiado do Antony. Não fui com a cara do moleque, mas também não disse nada, pra não dizerem que era apenas implicância de minha parte.
Nunca mais deixaria Lua namorar, ela só sairia de casa se fosse para um convento.
- Aliii. - o homem apontou.
Olhei para onde ele apontava, e lá estava uma lancha que aparentava ser de luxo, parada em pleno alto mar solitária.
- O senhor pode se aproximar mais um pouco? - pergunto e o mesmo apenas concorda.
Nicolas e eu subimos pela parte de trás do barco, e quando estávamos prestes a descer para a parte de baixo.
Um homem surge.
- Quem são vocês?? - um cara perguntou assim que notou nossa presença.
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