Quarenta e quatro
Somente quando encontramos o amor, é que descobrimos o que nos faltava na vida. - John Ruskin.
☆
Último capítulo
Lua
Cláudio estamos juntos a pouco mais de dez meses, ele é tão fofo comigo que as vezes penso que não é real.
No mesmo dia que conversei com Antony, esclareci as coisas com ele em relação a meus sentimentos. Eu precisava fecha o meu ciclo com meu ex namorado escroto para tentar seguir em frente, recomeçar com Cláudio foi a melhor decisão que já tomei.
- Não amor, para. - começo a rir.
- Parar com o que? - ele pergunta me fazendo ainda mais cócegas.
Estamos na minha casa, hoje teria um almoço em "família" depois de todo o caos que aconteceu e eu o convidei.
Meu pai viria aqui, junto com minha tia Bianca. Só espero que ele e meu pai Bruno não briguem, eu amo tanto os dois que não quero ficar mais uma vez no meio dessa briga.
Minha árvore genealógica anda meio doida, por mais que minha tia Bianca não seja minha tia de sangue, ainda é meio confuso de entender. Meu pai se casou com minha tia, que agora tá grávida e eu vou ser prima e irmã dessa criança ao mesmo tempo.
Se bem que... eu vou ser apenas a irmãzinha mais velha e gata.
- De me fazer cócegas amor. - respondo tentando o empurrar, Cláudio fica por cima de mim sentando em minha barriga e agarrando meus dois pulsos. Ele se abaixa e começa a beijar meu pescoço, solto um suspiro pesado.
Eu ainda tinha muito medo de me relacionar sexualmente, não que eu não tivesse confiança em Cláudio, mas por que eu ainda tinha traumas.
E sei que já fazem dez meses que estamos juntos e que uma hora ou outra teríamos que dá mais um passo na nossa relação.
- Você quer que eu pare? - Ele pergunta me olhando nos olhos, os olhos deles brilhavam.
- Eu tenho medo. - confesso.
- Não precisa ter medo! - ele beija minha bochecha. - eu jamais te machucaria e se você sentir qualquer tipo de dor eu juro que paro na mesma hora.
Apenas concordo e vejo Cláudio correr para trancar a porta do meu quarto.
Começo a rir achando engraçado.
Ele volta para a cama e me beija devagar, me sento em seu colo e o agarro pelos cabelos.
- Eu te amo Lua, minha Lua, só minha. - Cláudio diz e gruda nossos lábios mais uma vez.
Tiro sua camisa e contemplo a bela visão do meu nenêm sem camisa, Cláudio me deita sobre a cama e acaricia meu corpo todo.
- Eu te amo mais!!!
Beatriz
Aliviada e cansada.
Essas são as palavras que resumem a minha semana.
Já havia se passado uma semana, uma semana que trouxe ao mundo meu menino que só faz chorar.
A dois dias atrás, levei Miguel ao pronto socorro preocupada com mesmo. Miguel era um bebê muito chorão, e eu não sabia ao certo o que ele sentia. Fome não era, cocô não era e sujo também não. Sobrou a cólica, mas o pediatra dele me disse que era somente manha de bebê que só quer colo.
E talvez ele esteja certo, Lua vivia com Miguel nos braços sempre. Eu tentava o deixar no berço, e Lua logo em seguida o tirava e o colocava na cama.
Bruno está deitado mexendo no celular, eu procuro uma roupa confortável para receber as visitas. Meu irmão, minhas amigas, minha mãe e Bianca viriam almoçar conosco. E essa seria a primeira vez que Nicolas viria aqui em casa como convidado, e espero que Bruno se comporte como prometeu.
- Quando vamos poder fazer amor? - Bruno pergunta tirando a atenção do celular por alguns instantes.
- Três semanas. - respondo passando hidratante no meu corpo.
- Tudo isso? - pergunta.
- É, você esqueceu que eu fui rasgada pro seu filho poder sair? - Bruno nega e volta a mexer no seu celular. - Bianca vai trazer Nicolas, pai do seu sobrinho e acho bom você ser educado com ele. - tento o lembrar novamente.
- Vou tentar...
- Bruno, você prometeu. - o repreendo com o olhar.
Nicolas nunca mandou sequestrarem a Bianca e nem o Bruno mentiu, a real é que os dois bocos foram enganados, por ninguém menos que Isaías. Meu pai queria colocar um contra o outro, e pelo visto conseguiu.
Meu pai continua preso pagando por todos os crimes que cometeu, ainda faltam dez anos até ele cumprir tudo. Espero que ele tenha mudado, apesar de tudo que aconteceu.
- Eu sei - Bruno concorda, ele se levanta e vem até mim me agarrando por trás. - mas se ele fizer qualquer coisinha, eu o expulso ele do almoço em família.
- Às vezes você consegue ser bem insuportável. - digo.
.
O almoço ocorreu perfeitamente bem, Nicolas e Bruno não deixaram o clima tenso, pelo contrário.
Os dois conversaram como eu nunca tinha visto antes e a pequena rixa parece que tinha se desfeito.
- Cara, você pegou a minha irmã. - Bruno comenta. - Eu devia quebrar a sua cara.
- Porém não vai, por que eu sou o pai do seu sobrinho.
Ele, Nicolas, Daniel (marido de Denise) e meu irmão jogavam video game na sala. Lua estava no quarto com o namorado, e eu e as meninas conversamos na cozinha, porém eles conversavam tão alto que era possível da conversa ser ouvida.
- Quando foi que eles viraram amigos? - Denise pergunta.
- Não sei amiga. - respondo e os escuto gargalharem igual duas hienas.
- Bom saber que eles deixaram o ressentimento no passado. - Fernanda comenta enquanto comia a sobremesa.
- Pelo menos isso. - Bianca diz.
- Como você está? - pergunto.
Ela sorrir e diz que tudo vai bem.
- Nicolas é um doce, e faz todo o possível para me ver bem.
Bianca tinha um olhar de apaixonada e era ótimo vê-la assim... feliz. E ver o Nick feliz me deixava feliz também.
- Que bom que o Nick te faz bem, ele merece e você também. - digo e a vejo concordar.
- Vamos pra sala ver os meninos jogarem? - Denise pergunta.
E todas nós corremos até a sala, nos jogando sobre o chão ou por cima deles mesmo.
- Vocês não tem o que fazer não? - Clystoff pergunta tirando a atenção do vídeo game por alguns instantes.
- Não, queremos ficar com vocês. - Fernanda responde.
- Porra Bruno, você é muito ruim caralho. - Nicolas diz.
- Você que não me deu cobertura ridículo. - Bruno ficou irritado.
- Calma amor é só um jogo. - digo.
- Não é só um jogo Beatriz, é a minha reputação de melhor jogador. - ele me olha sério.
- GUERRA DE PIPOCA! - Cláudio e Lua chegam jogando pipoca na gente, pegamos as vasilhas por cima do sofá e começamos a atirar uns nos outros.
Felicidade é o que resume isso que estamos vivendo, depois de tanta guerra e desentendimentos, nos tornamos uma família. Não uma família qualquer, mais uma família que ajuda, dá opiniões e que briga de vez em quando porque ninguém é perfeito. Somos a família mais desestruturada sendo estruturada.
Bruno e Nicolas não se tornaram melhores amigos, mas também não deixaram de ser amigos. Eles tinham o jeito deles, de brigarem e de pedirem ajuda um do outro em seguida.
A amizade dele era a mais estranha do mundo todo.
Era esses pequenos detalhes que fazia nossa família ser especial.
Fim!
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