Quarenta e Dois
Deixe o ressentimento para trás, ressentimento cansa. - The vampire diaries.
♥︎
Nicolas
Não iria me aguentar e esperar a poeira abaixar, peguei as chaves do carro e dirigir até a casa de Bruno. Que se dane se ele me mataria ou chamaria a polícia, eu precisava me resolver com a Bianca.
Toco a campanhia diversas vezes até Lua abrir a porta assustada.
- Pai? - ela pergunta bocejando.
- Sua tia Bianca está? - pergunto olhando para dentro do apartamento.
- Tia Bianca tá na casa da minha vó Rose. - Lua me analisa. - O que houve pai? Você parece... preocupado.
- Nada filha. - Lua me da um abraço inesperado. - o que foi meu amor? - pergunto estranhando o abraço.
Lua se afasta, sorrir diz.
- Senti que precisava de um abraço.
E você não faz ideia do quanto, beijo o topo da cabeça de Lua.
- Eu te amo pequena. - digo e a abraço novamente. - perdoa esse pai horrível que a vida te deu.
- Você não é horrível pai - ela responde com o rosto ainda em meu peito por conta do abraço. - você tem defeitos mais isso todo mundo tem, e não acho você horrível. E eu te amo também. - ela diz.
Nunca vou me perdoar por ter perdido isso, ficar com minha filha e curtir a mesma por conta do medo. Tudo podia ter sido diferente, e eu não precisava ter ficado como um casal com a Beatriz pra isso ter acontecido.
Me despeço de Lua e saio sentindo o peso da culpa se aliviar um pouco.
Pensei que fosse encontrar um Bruno raivoso e com raiva, mas só encontrei a casa vazia. Talvez Bruno tenha ido levar a Bianca em casa, ou talvez... Beatriz tenha ido pra maternidade.
Fico feliz por ela, ela merece e mesmo não sendo fã do Bruno, ele também merece isso.
Sigo dirigindo até a casa de Dona Rose, com medo da Bianca e de ela não querer me ouvir. Ao chegar vejo Bianca e Gustavo ao longe, eles pareciam está discutindo.
- Volta pra mim Bianca - ele agarra o braço dela e tenta beijá-la a força. Saio batendo a porta do carro e ando em direção aos dois.
- Sai de perto dela! - digo e o vejo me encarar ainda segurando Bianca forte pelo braço.
- Chegou o salva vidas - Gustavo sorrir. - pensei que depois do recadinho que deixei pro Bruno você não seria mais um problema para mim. - ele diz.
- Foi você? - pergunto sentindo meu ódio subir a cabeça.
- Sim, mas meio que não mentir não é? Você queria se vingar do Bruno.
- Isso foi a meses atrás.
- Da no mesmo, Bianca é a minha namorada, ela me ama, temos uma história juntos. - Gustavo solta Bianca e da ordens pra ela entrar no carro dele.
- Ela não vai a lugar algum com você seu doente! - vou pra cima de Gustavo e o acerto no nariz, ele sai cambaleando para trás e eu continuo indo pra cima dele o socando várias vezes. - Bianca, chama a polícia! - digo e a vejo correr para dentro de casa.
- Eu conheço você; Nicolas Williams, um filhinho de papai metido que se acha dono do mundo. - mesmo ainda machucado Gustavo continuava sorrindo. - pessoas como você não tem amor de ninguém, todos se aproximam por causa do seu dinheiro.
Agarro Gustavo pela gola da camisa e o seguro firme.
- Escuta aqui, você vai embora e vai deixar a Bianca em paz. - o olho nos olhos morrendo de raiva e furioso. - Posso ser tudo isso que está falando, mas quando quero me livrar de alguém eu tenho meios e tenho certeza que você não vai querer descobrir quais são.
Devagar, solto Gustavo e tento arrumar sua camisa para que ficasse como antes.
- Você vai pegar o primeiro voo de amanhã para bem longe daqui. - falo calmamente e termino de ajeitar sua camisa. - te recomendo Dubai, já conheceu Dubai? - pergunto e Gustavo nega respirando nervoso. - Ótimo, pegue o primeiro voo para Dubai.
- O que me garante que você não vai mandarem fazer nada comigo? - pergunta.
- Tem minha palavra. - respondo e Gustavo segue andando para o carro. - se voltar, minha palavra não vai servir de nada.
Vejo Gustavo sair cantando pneus com o carro, Bianca chega logo depois com o celular em mãos.
- Cadê ele? - ela pergunta olhando para os lados. - minha mãe tá chegando e eu não consegui chamar a polícia, Gustavo não vai deixar isso barato.
- Confie em mim, tá tudo bem. - Bianca concorda e relaxa os ombros.
Ficamos em silêncio e pela primeira vez, o silêncio parecia um caos de tão contragedor que estava.
- Bi, me perdoa. - começo a falar. - eu nunca quis te magoar, minha intenção era afetar o Bruno - me aproximo dela e Bianca se afasta. - depois da merda que eu fiz percebi que não preciso disso, não preciso viver em pé de guerra com ele e nem com ninguém.
- Nicolas... - ela começa a falar e eu a interrompo.
- Eu te amo Bianca e eu sei que não te mereço, você é boa demais pra mim, não sei se mereço tanta coisa boa na minha vida. - me ajoelho diante dela. - Você me ensinou a viver, me ensinou que não preciso de muito pra ser feliz, me ensinou que eu posso ser bom e você acredita em mim. - tiro a caixinha de veludo do bolso. - e eu quero que você seja minha companheira, minha amante, minha esposa, minha mulher.
Bianca chorava enquanto olhava para mim, fiquei calado apenas admirando a incrível mulher que estava em minha frente. Nossa... como eu a amo, e pensei que depois da Beatriz eu jamais conseguiria amar alguém assim novamente.
Como eu era dramático!
- O que me diz? - pergunto. - meus braços já estão cansados. - concluo e Bianca sorrir finalmente parando de chorar. Ela balança a cabeça em afirmativo e me puxa para que eu voltasse a ficar em pé.
- Eu aceito! - ela diz e junta nossos lábios em um beijo perfeito.
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