Doze
Eu não sabia o que isso significava para nós. Nem se ainda havia um nós com que valesse a pena me preocupar. - América Singer.
♡
- Como foi? - Clystoff me perguntou logo após eu sair do quarto.
- Normal. - respondi.
Não esperava pela minha filha ter reagido daquela maneira.
Esperava uns gritos e tapas.
Nicolas no passado havia se tornado algo tão importante para mim, agora ele se tornaria algo importante na vida da Lua.
Bruno estava sentado no sofá com a cabeça baixa, parecia triste e eu o entendia perfeitamente.
- Ei. - eu disse ao me aproximar e sentar ao seu lado. - não precisa ficar assim, ela te ama.
- Eu sei, não tenho dúvidas. - disse com um sorriso fraco. - tenho medo do Nicolas fazer a cabeça dela contra mim.
- Isso não vai acontecer.
Por mais que Bruno tinha medo, eu sabia que Lua não iria se deixar influênciar. Minha filha tinha um gênio forte, bem diferente de mim.
E agora eu me perguntava, se essa mudança repentina em relação a Nicolas não era mais um de seus caprichos.
Lua as vezes podia ser bem cruel.
- Não teria tanta certeza. - Denise se intromete. - Nicolas sempre foi impulsivo e Lua tem o mesmo gênio.
- Não fala da minha filha como se eu não estivesse aqui! - Bruno se altera um pouco. - acho melhor vocês todos irem embora, precisamos de um tempo a sós.
- Eu entendo, Denise quando quer pode ser bem intrometida. - Meu irmão comenta.
- Intrometida? Só estava tentando ajudar bando de ingratos. - Ela tira o avental e o joga no chão com raiva. - Vamos embora meu filho, não somos bem vindos aqui.
- Calma aí amiga. - tento amenizar a situação.
- Não! Clystoff foi bem claro. - Denise vai embora com raiva, meu irmão fez o mesmo em seguida. E só restou somente Bruno e eu na sala, Bruno andava de um lado para o outro.
- Amor, calma. - digo.
Ele não me respondeu, apenas continuou andando até Lua e Nicolas saírem do quarto.
- Obrigado Beatriz e Bruno. - Nicolas agradece ainda abraçado a Lua. - Foi muito bom conhecer a minha filha e poder esclarecer as coisas.
- Espero que sua volta seja só por isso mesmo e não para tirar a Lua e a Beatriz de mim. - Bruno diz e o olha bem sério. Nicolas sorrir com aquele mesmo sorriso que dava quando queria debochar de algo.
- Se a Beatriz quiser voltar comigo vai ser porque ela quis, e não porque eu a obriguei. - Nicolas deposita um beijo rápido na testa de Lua. - Melhor eu ir embora, venha me visitar quando quiser. - diz.
- Não sei onde você mora. - Minha filha diz ainda olhando para Nicolas.
- Sua mãe sabe. - Nicolas me encara rapidamente e se vai.
♥︎
O clima ficou tenso depois que Nicolas foi embora. Lua apenas saiu e foi até a casa do Antony, Bruno foi para o quarto e permaneceu por lá a tarde toda.
E eu permaneci dividida entre querer tirá-lo do quarto e o deixar em pensamentos.
Escolho a segunda opção.
- Amor, sai desse quarto. - Bruno estava deitado sobre a cama completamente coberto pelo edredom.
Bruno levantou o um pouco do edredom deixando somente uma pequena parte do corpo para fora. E então focou sua atenção em mim.
- Uma hora ou outra isso teria que acontecer. - eu disse, abrindo as cortinas.
Ele se cobriu novamente.
- Não estou pensando nisso.
- No que então? - pergunto indo até a cama e me deitando ao seu lado.
- De você meio que, ainda estar apaixonada bem lá no fundo por aquele mauricinho.
Procuro por sua mão por baixo de todas as aquelas cobertas. Enlacei meus dedos nos dele.
- Eu te amo Bruno, o amor que eu sentia pelo Nicolas acabou no momento em que ele foi embora. - Era verdade, passei meses arrasada igual uma trouxa esperando que Nicolas voltasse e me pedisse desculpas por tudo. Eu teria o perdoado sem nem pensar duas vezes.
Ele soltou um suspiro e me acompanhou.
- Talvez. Mas eu nunca vi você daquele jeito, Beatriz, eu sei que você me ama. Porém nunca me amou do jeito que você amou o Nicolas ou ainda ama.
Ele fez uma pausa, e não consegui interpretar sua expressão.
- Você o amou de um jeito tão... - fez uma pausa novamente. - não sei explicar. Você me deixou por ele sem nem pensar em mim e não quero vê essa história se repetindo de novo.
Inclinei o corpo para a frente e o olhei bem nos olhos. Era incrível como depois de tanto tempo Bruno ainda permanecia sendo meu melhor amigo e meu porto seguro.
- Eu te amo Bruno e é verdade, amei muito o Nicolas. Mas isso ficou no passado, eu tô com você agora e a gente tá esperando o nosso primeiro filho. Não a outro lugar no mundo que eu não poderia está. - ele me puxou para mais perto dele, aproximou seu rosto, e seu nariz tocou a minha pele. E em seguida me beijou.
Bruno me deitou delicadamente sobre a cama e ficou por cima de mim. Entrelacei minhas pernas em sua cintura e o puxei para mais perto.
- Eu também te amo meu peixinho mais chata do mundo. - Responde ao se separar. - e eu não vejo a hora de poder conhecer o nosso filho ou filha.
- Acho que é uma menina. - digo sorrindo.
- Não, é o garoto do papai aí dentro. - ele sorrir de volta.
- Vai demorar tanto ainda, acho que ele tá do tamanho de uma maçã.
- Uma maçã muito linda por sinal. - Responde me beijando novamente.
♧
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