Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 2



O cuzão que a vida transformou em meu irmão, aguarda no ponto de ônibus da escola infantil. Ele não nota que eu reduzo a velocidade antes que o necessário, é provável que está, como sempre, com o pensamento na filha ou em um dos tantos problemas que pensa que tem.

O ver me lembra da nossa pré-adolescência regada de armações; do início da fase adulta cheia de descobertas e pegação, ao menos até ele engravidar uma da suas garotas. Sou o único que sabe o quanto custou para o Elio desistir de uma fase da vida, que ele mal começara a viver, para se dedicar a um bebê. Ele temeu o novo mundo que se desenhou à sua frente e impôs que o seguisse; ele doa tudo de si para a filha... Apenas eu sei que o meu irmão está perdido, e não faço ideia de como ajudar ele a encontrar um novo caminho.

Paro o carro em frente a ele e abro a porta. Elio aparenta estar mais cansado que o normal, e decido não o provocar com uma alta e longa buzinada.

— Você fodeu com a minha vida. — A voz dele soa triste, ainda que seja uma reclamação. Ele afivela o cinto de segurança e, ao invés de me xingar, estuda a janela ao seu lado.

— Pode me dizer que merda eu fiz? — Volto a seguir o fluxo dos carros.

— Colocou a estranha da vizinha dentro da minha casa.

— Tem um tempo que não colo lá.

— Tanto faz, cuzão. Tudo começou naquele maldito churrasco que você armou. — O tom de queixa da conversa, não é novidade; a voz controlada, é o que me preocupa.

— O que tá pegando?

A postura do Elio muda e o sinto se encolher.

— A dona Enésia faleceu.

— A senhora que a Lupita curte?

— A própria.

— Não me fode, cara! — Acerto um soco no volante. — Por que não me ligaram? Como a Lupi está?

Elio se move brusco sobre o banco.

— Está preocupado com a estranha da vizinha? — Ele eleva o tom de voz. — E o que me diz da Carmen?

— A Gatinha? O quê ela tem a ver com essa história?

Busco brevemente a face dele, e encontro Elio surpreso com a pergunta. Ele endireita a postura e suspira alto, como que para expulsar algo ruim de dentro de si.

— A Carmen viu a Lupita chorar, e não tive como manter ela longe de tudo aquilo.

— Levou a Gatinha com você para o enterro?

— O que eu podia fazer? A Carmen só se acalmou, depois que aceitei levar ela para se despedir da dona Enésia... A quem estou enganando? O que ela queria era estar com a estranha.

A pista a nossa frente continua com todos os carros em movimento e, pela primeira vez, me vejo desejando que tivesse trânsito.

— A morte da senhora deixou você assim? — pergunto sem poder o encarar de verdade.

— Assim como?

— Sei lá, cuzão. Pensativo.

Elio volta a estudar a calçada além da janela ao seu lado. Ele deixa o silêncio crescer, nos envolver e decretar o fim do assunto.

— Não teve um único parente da dona Enésia na droga do enterro.

— É o quê?!

— A Lupita cuidou de tudo e teria velado a senhora sozinha, se nós não juntássemos a ela.

— Como essa senhora terminou só?

— Problemas familiares... — A voz dele soa baixa, quase incompreensível.

A necessidade de endireitar a postura deixa o corpo do Elio e passa para o meu.

— Você está com medo de acabar sozinho no próprio velório? — O ronco do motor ecoa solitário por longos segundos. — Seu arrombado de merda, para de bancar o tristinho e responde a porra da pergunta!

— O que devo imaginar, cuzão? — Ele torna a engrossar a voz. — Eu tenho a droga de uma família fodida.

— Seu cu. Está me ouvindo? Seu cu que tem uma família fodida.

— Sério? E o que é a arrombada da Lindalva?

Eu estaciono em frente ao prédio, no qual o Elio trabalha, satisfeito por poder focar o olhar nele no momento crítico de toda a nossa conversa.

— A porra da mãe biológica. Foi você que deu esse nome pra ela.

— Posso chamar a Lindalva como eu quiser, isso não muda o fato de que ela é a mãe da Carmen.

— Família são os seus pais que estão lá quando você precisa, mesmo que se comporte como um completo imbecil. Família é a Lupita que sempre perdoa os seus vacilos.

— A estranha da vizinha?! Não me fode. Seu cu que ela é família.

— Viu isso? Se preocupa com as pessoas que cagam pra você, e pisa em cima de todos que estão ao seu lado.

— Não tenho tempo a perder com uma conversa bosta como essa. — Ele abre a porta e, antes que possa deixar o carro, eu agarro o punho e o detenho.

— Seu medo é que ninguém vá ao seu enterro? Pois faça você o que quiser, eu vou estar lá. Vou contar todas as merdas que você aprontou em vida, e berrar pras paredes que você foi sim um grande cuzão, mas jamais deixará de ser o meu irmão.

O punho dele relaxa e, pela primeira vez no dia, eu vejo Elio sorrir.

— Valeu, irmão. — Ele deixa um tapa em minha perna.


Divisória


O complexo universitário me convida a consultar o quadro de aulas e verificar em qual sala eu deveria estar. A palma vazia reclama da falta de peso; o corpo treinado insiste em seguir o trajeto, que ele conhece de cor, e me lembra de que preciso largar o cigarro ali. Dou um último trago e assisto a bituca se perder entre o cascalho aos meus pés, alcanço a bala no bolso da calça e jogo uma dentro da boca sem me importar com o sabor, ativo o alarme do carro e sigo em direção aos prédios.

Não posso parar o girar impulsivo da cabeça, que procura rostos conhecidos nas tantas pessoas que caminham ao redor. As expressões preocupadas e cansadas continuam por ali, é estranho não encontrar entre elas um colega de curso.

— O que faz aqui? — A voz feminina desperta uma fraca lembrança, e me faz mover o corpo em busca de mais informações. — É a droga de um perseguidor? — Jaque me intima.

— Perseguidor não faz o meu estilo, Gata. — A ideia me faz rir. — Prefiro ser perseguido.

— Não enrola e diz de uma vez o que faz aqui. — Sem receio, a loira me enfrenta e fascina de uma forma que nenhuma outra mulher conseguiu.

— Não que eu deva alguma explicação pra você, — eu a provoco — mas tenho uma palestra pra dar.

Jaque ri alto e debochada, e não se importa com os olhares curiosos que atrai para si.

— Teria conseguido me enganar, se dissesse que é o turista veterano de um curso qualquer.

— Eu sei. Sou jovem e bonito, não pareço com um cara independente e assalariado.

— Está mais para o tipo que conta uma história diferente pra cada mulher.

Pego o celular em meu bolso e consulto a hora.

— Eu preciso ir, Gata. — Guardo o aparelho. — O professor Mauro me espera.

— Que incrível! Ele ao menos sabe o nome de um professor — a loira debocha.

— Também conheço o caminho pro auditório. Me observe.

Dou as costas para a Jaque e finjo não notar a sua presença seguindo os meus passos. Entro no prédio, caminho entre os alunos, e nem isso a intimida.

— Fala sério! — Um amigo me nota. — Então o nome do palestrante está certo?

— Não dava nada por mim, em cuzão?

— Ainda não dou. Quero ver que merda vai virar essa palestra.

— Vai se foder.

Ignoro os risos dele e entro no auditório.

— Você não é o único cara que se chama Oscar. — Jaque insiste em me perseguir.

— Tem razão. Essa é a sua chance de anotar o meu sobrenome, vai precisar dele para stalkear as minhas redes sociais.

— Se estiver mentindo, é um homem morto.

— É bom saber que me restam muitos anos de vida.

Eu observo o professor Mauro descer do palco.

— Oscar. — Ele caminha em nossa direção. — Que prazer receber você aqui.

— O prazer é meu, professor. — Eu aperto a mão do homem em cumprimento.

— Ouvi dizer que está indo bem na carreira. Tenho colegas impressionados com o seu desempenho.

— Tenho pouco tempo de empresa. Não é hora de vacilar.

— Sempre soube equilibrar lazer e responsabilidade. É disso que gosto em você.

A mulher de atitude desperta o meu interesse, e não vejo razão que impeça de procurar por ela pelo lugar vazio. Impetuosa como é, ela não deixou o auditório e nem se importou de ser pega me encarando.

— Aluna sua? — Aponto para a loira sentada na última fila de poltronas.

— Ela cursa uma disciplina comigo, mas é aluna da civil.

— Civil? Que interessante.

— Nem palestrou e já está paquerando aluna? Eu acabo de elogiar você, rapaz — o professor me repreende aos risos.

— Conheço da balada. Fiquei surpreso de encontrar ela aqui.

— Que bom que não escolheu ser professor ou estaria encrencado pro resto da sua vida. — Ele prende o meu ombro e me faz o seguir até o palco.



○○○



Minha garganta, um tanto áspera e cansada, reclama de ter trabalhado por horas. A loira que me aguarda na porta do auditório, não se importa com as horas que gastou ouvindo sobre a carreira na área automotiva.

— Quantos anos você tem? — Ela não tenta esconder o sorriso predador. — Quarenta?

— Vinte de quatro. — Eu paro em frente a loira e estudo de perto o seu sorriso.

— Como conseguiu virar engenheiro automotivo tão rápido?

— Emendando a graduação com a especialização, mas, caso não se lembre, eu expliquei durante a palestra que estou no fim do curso.

— Perdi essa parte, estava distraída com coisas mais interessantes. — A voz dela soa carregada de malícia. — Você é um cara dedicado, não?

— Não faz ideia.

O corpo curvilíneo se move e diminui o espaço que nos separa. As íris caramelo prendem o meu olhar ao dela.

— O que vai fazer agora?

— Eu deveria almoçar e ir trabalhar, mas posso deixar a comida pra outra hora.

— Quer vir comigo conhecer o banheiro do auditório?

— Você vai primeiro, ou vou eu?

— Espere no último privativo.

As tantas poltronas vazias nos dão cobertura. O chão acarpetado abafa o som dos meus passos, e a sutil movimentação não desperta o interesse do professor Mauro, que atende um último aluno empolgado.

Eu entro no banheiro. Caminho calmo e uso o tempo para verificar todos os espaços e garantir que estamos a sós. Ocupo o local combinado; mal tenho tempo de encostar a porta, e logo o privativo é preenchido quase por inteiro por nossos corpos.

— Devo avisar você de que sou o tipo de garota que vai direto ao ponto.

— Me convidar para um tour no banheiro deixou isso bem claro, Gata.

Impacientes, os lábios dela encobrem os meus; a língua esperta pede passagem e acaricia a minha boca certa do que faz.

— Sabia que você beijava bem — Jaque sussurra.

— Faço outras coisas extremamente bem.

— Me mostra — a loira pede ansiosa.

Alcanço o pescoço dela. O cheiro doce invade as narinas e incita todos os meus instintos; a pele quente e macia é condutora dos beijos.

— Quer serviço completo? — eu pergunto sem me afastar.

— Aqui não. Apenas nos dê um bom tempo.

As costas de Jaque se chocam contra a parede. Eu mergulho a mão sob a fina blusa e tenho o prazer de sentir ela estremecer com o toque suave dos meus dedos; a palma encontra o seio nu e, por instinto, se encaixa a ele.

— Isso... — As pálpebras da mulher se fecham. Os dentes torturam os lábios em uma excitante demonstração de prazer. O quadril inquieto se lança contra meu a procura de um contato que acaba por não encontrar o seu objeto de desejo.

Alcanço o ouvido dela.

— Você é uma verdadeira pimenta, não é? Saborosa e capaz de causar grandes estragos.

Empurro a perna entre as dela, os nossos corpos se encaixam além do apropriado, o que não nos impede de buscar a fricção no lugar certo. Levo a boca para junto da dela e encontro a língua quente à espera. Nos acariciamos sem pudor ou limites, ambos ansiosos por prazer.

Os lábios úmidos e avermelhados se abrem... inspiram... Emitem baixos gemidos, incendeiam e me fazem desejar a mulher nua.

— Deve ter ouvido isso antes... mas você é sexy... como o inferno.

As sobrancelhas de Jaque se curvam, confusas. As palmas delicadas alisam o meu rosto. A boca provocante alcança a minha e deposita um curto beijo ali.

— Você...

Eu aumento a pressão sobre ela. Deixo as mãos correrem livres pelo corpo provocante, e assisto a mulher se entregar novamente ao prazer.

— É ótimo nisso, sabia?

— Será que posso entrar... pra sua lista ... de foda amiga? — Eu alcanço o seio e brinco com o mamilo excitado. A reação ao toque é melhor do que eu esperava: a loira sobe uma perna, a prende ao meu redor e deixa sua área sensível exposta para mim.

— Me deixe chegar lá... Depois eu penso nisso.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro