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Capítulo 5 🖋️

Mia Gallardo

Já faziam duas semanas desde a minha conversa com Paola onde contei tudo sobre a minha amizade com Nick quando éramos adolescentes. Ela ficou surpresa e encantada dizendo que o mundo era mesmo pequeno por ele ser amigo do quase namorado dela.

Paola estava encantada com Joaquim e não era pra menos, ele era um cavaleiro, a levava pra jantar, fazia surpresas no trabalho dela enviando ramos de flores. Quando ela não estava se sentindo bem, ele mandava a farmácia entregar remédios e chocolates em nosso apartamento. E além de tudo isso, ela com certeza estava apaixonado pela beleza dele, pois Joaquim era tão gato que você ficava sem fala na presença dele. Era um negro, alto, cabelo baixo, barba bem feita e um sorriso que fazia as placas tectônicas entrarem em colapso.

A combinação dos dois juntos, Nick e Joaquim, era devastadora. Os dois deuses gregos deviam deixar muitas calcinhas molhadas por onde quer que passassem. As mulheres que tinham sorte de ter a atenção deles, provavelmente já se sentiam sortudas o suficiente para nem se quer olhar pro lado estando na presença dos dois. Eu era uma dessas, quando Joaquim ia em nossas apartamento, eu ficava embasbacada com tanta beleza, assim como fiquei sem palavras e com vontade de me esconder quando vi o Nick do presente. Cara, a beleza dele deveria ser um insulto aos outros homens, acho que ele até poderia usar isso ao seu favor se quisesse ficar rico.

Sem exagero, a verdade era que Nick era o homem mais lindo que eu já vira na vida. Joaquim não ficava pra trás, mas eu nem o vi com outros olhos por respeito à minha amiga. Que em falar dela, me ligava no meu trabalho e no meu horário de descanso para me convidar pra uma festa na casa de Joaquim neste fim de semana. Aceitei por não ter mais nada importante para fazer, como sempre, eu estava sem tempo e sem vontade para diversões.

Estávamos em um carro indo para a casa de Joaquim, ele quis nos buscar, mas Paola não permitiu, então pedimos um Uber. Estranhei o horário da festa ser tão cedo, ainda estava claro, o sol ia se pôr daqui a 1 hora, no mínimo. Paola estava elegante em um vestido tubinho preto e salto alto branco, eu estava com um vestido florido mais folgado e um salto plataforma azul que combinava com as flores do vestido. Eu estava bem mais simples que minha amiga, mas além de ganhar mais do que eu, ela tinha um estilo bem mais autêntica, eu só parecia que estava vindo do interior.

Esperava que o lugar estivesse cheio o suficiente para ninguém me notar.

— Está muito quieta hoje, aconteceu alguma coisa? — Paola perguntou ao meu lado no banco de trás, enquanto retocava o batom com o auxílio de um espelho pequeno.

— Me sinto desconfortável por não conhecer ninguém — exponho meus receios.

— Ah, mas eu não vou sair do seu lado, pode ficar tranquila!

— Tudo bem, então — lhe dou um sorriso agradecido e observo o carro entrar em um condomínio fechado depois de permitirem nossa entrada no endereço que Paola deu.

Joaquim já estava nos esperando na entrada e abriu a porta do carro para que a gente saísse. Eles se cumprimentaram com um beijo apaixonado e depois nos abraçamos.

— Entrem e fiquem a vontade, Paola já se acostumou, mas espero que me avise se precisar de qualquer coisa também, Mia.

— Obrigada, Joaquim! Essa casa é linda.

Caminhamos por uma entrada linda de pedras com chafariz e tudo e chegamos a lateral da grande mansão onde havia uma tenda e algumas mesas e cadeiras forradas com panos brancos. Em um dos cantos tinha uma mesa com DJ que tocava apenas músicas clássicas, o lugar estava vazio, as poucas pessoas que estavam de pé não pareciam da nossa idade.

— Vou apresentar meus pais a vocês e também meus tios e tias.

— Ai meu Deus, eu estou bonita, querido? — Paola ficou nervosa, pelo visto seria a primeira vez que ela conheceria os sogros, que vieram para a "festa" que mais parecia uma social. Todo mundo estava bem vestido, até as senhoras.

Me senti deslocada e acabei ficando um pouco pra trás enquanto Paola era apresentada para a família do — já podemos dizer namorado? — qualquer que fosse o título dele e um dos tios me cumprimentou enquanto isso. Não era tão mais velho do que eu e parecia ser o único tio solteiro, pois se apresentou e ficou um pouco na minha cola.

— Posso pegar algo para você beber?

Se tivesse um chá, eu aceitaria, mas estava na cara que eles não teriam um chá da tarde para mim aqui.

— Pode ser água. — respondi.

— Água? — o tio, que se apresentou como Gean, ergueu as sobrancelhas grossas e riu.

— Se tiver um suco, eu agradeço também.

— Claro, eles devem ter — ele pediu licença e saiu. Fiquei mais próxima de uma parede fingindo observar umas plantas artificiais quando senti um toque quente no meu ombro.

— Mia? — a voz que eu conhecia muito bem, apesar de estar mais grave, falou perto de mim e me virei para encarar Nick em carne e osso bem na minha frente. Que idiota eu fui por pensar que ele não estaria aqui, pelo que entendi, ele e Joaquim eram amigos muito próximos.

— Ah, oi.

— Está tudo bem? — ele se mostrou preocupado por me ver sozinha e eu fiquei envergonhada por ser uma deslocada.

— Estou ótima.

— Podemos conversar por um momento? — a pergunta me deixou surpresa e ansiosa, e como não conhecia mais ninguém aqui, apenas assenti e Nick me pediu para segui-lo.

Na porta de entrada que dava para a sala de Nick, esbarramos com o Gean que trazia dois copos de suco nas mãos, ele também pareceu surpreso em nos ver ali e parou na minha frente.

— Ah, oi, trouxe a sua bebida.

— Obrigada — peguei o copo, constrangida.

— Vocês se conhecem? — Nick perguntou, parecia mais sério do que estava antes.

— Ah, sim, esta é a Mia — Gean tinha um grande sorriso, ao passo que Nick fechou ainda mais a cara.

— Eu sei muito bem quem ela é.

— Ah, sim. — o tio de Joaquim franziu o cenho e saiu do caminho para voltar a festa. — Você vem, Mia?

— Ela está comigo, Gean. — a voz de Nick pareceu mais uma trovoada no meio de uma tempestade, e para deixar o momento mais constrangedor, pousou a mão na minha lombar de modo possessivo.

— Sério, Nick? Sinto muito, mas não tem uma coleira nela avisando que você é o dono. — Gean mudou o tom completamente para totalmente sarcástico. Foi tão ofensivo que Nick deu alguns passos e parou cara a cara com ele, me colocando atrás de si.

— Qual o problema aqui? — Joaquim vinha em nossa direção rapidamente, com sua taça de champanhe.

— É melhor cuidar para que ninguém beba de mais — Nick proferiu de forma grosseira, sem desviar os olhos de Gean, mas então se virou e pegou minha mão, me puxou para dentro da casa e deixando os outros para trás.

— Nick, para onde estamos indo?

— Para um lugar mais reservado — me respondeu, sem parar de andar. Ele estava lindo com uma calça de linho preta e uma blusa de botões branca, também segurava uma taça de champanha. Só paramos quando estávamos dentro de uma sala e de porta fechada, me deparei com um escritório, mas não o observei com detalhes.

— O que foi aquilo com o tio de Gean?

— Aquele velho escroto não gosta de mim, e é recíproco, mas não é sobre isso que quero conversa com você. Sente-se aqui, por favor.

Com gentileza, puxou uma cadeira para eu me sentar e se sentou em outra, não parecia mais raivoso, só pensativo. Seu semblante me dizia que estava decidindo se abria a boca e falava de uma vez ou não. Eu queria muito saber o que ele tinha pra falar.

— Mia, tenho algo muito importante para conversar com você...

— Pode dizer, Nick — era tão bom dizer o nome dele depois de tanto tempo, queria falar seu nome toda hora, todo dia, se fosse possível.

— Você pensa em me denunciar?

— O que? — como? Do que ele estava falando?

Sobre o nosso passado. Você entende o que fiz, não é mesmo? — Nick não parecia preocupado, só cansado, talvez.

— Sim, foi embora sem se despedir de mim. — Olhei pro chão.

— Não sobre isso, estou falando da outra coisa que fazíamos. — ele se virou mais na cadeira que estava sentado ao meu lado, para ficar de frente pra mim e mais perto que antes. — Sobre a gente... Transar.

— Você está dizendo que... Que se arrepende?

— Claro que sim! Nunca teria feito isso com você se pensasse como penso hoje.

Mágoa.

A mágoa corroe você em uma velocidade impressionante e rombe coisas dentro de você. A mágoa pode te levar a buracos muito sombrios, e é difícil sair de lá.

Sei porque não faz muito tempo que saí dessa escuridão.

— Não sei o que dizer, Nicolas. Preciso ir embora — me levantei e praticamente corri até a porta e a abri. Ninguém o chamava de Nicolas, ele odiava por ser o nome do pai que o abandonou.

— Mia, espera. O que aconteceu? O que eu disse? — ele vinha atrás de mim, tentando me alcançar.

— Eu não quero conversar com você, por favor, respeite o meu espaço — falei por cima do ombro e corri para a primeira porta que achei e agradeci por ser um banheiro.

Estava no canto, observando o momento que Joaquim chamou a atenção das pessoas e se colocou no centro do espaço com minha amiga, segurando suas mãos. Ela estava corada e envergonhada, mas sorria para ele, demonstrando estar apaixonada. Nunca tinha visto Paola tão feliz, ela brilhava e seus olhos também quando olhava para ele. Nick fez um anúncio que me fez vacilar, ele estava convidando Paola para morar com ele.

— Eu espero muito que aceite, pois não quero mais acordar sem você ao meu lado, querida — ele beijou suas mãos, tinha aquele sorriso de galã que até eu poderia me derreter se estivesse falando comigo.

— Oh, querido — Paola não aceitou de imediato, ela me procurou com os olhos e foi a minha vez de ficar sem graça, mas ergui o polegar para ela, eu estaria feliz se ela estivesse também. Provavelmente eu precisarei mudar de apartamento, jamais conseguiria pagar aquele onde morávamos sozinhas. — Sim. Sim, eu quero!

Eles se abraçam, se beijaram e todos nós parabenizamos o novo casal com assobios, palmas e algumas palavras de incentivo. Os pombinhos receberam abraços e a mãe de Joaquim já começou a falar sobre fazer uma outra festa para comemoração, pelo visto a família dele era festeira, Paola ia se dar bem.

Depois de falar com minha amiga e tranquilizar seu estado de remorso por me deixar sozinha, eu consegui fugir para um lado da casa que estava totalmente vazio e tinha um banquinho de madeira de frente para um pequeno lago, era mais como uma fonte, na verdade. Me sentei lá e não consegui conter as lágrimas, já sentia falta de Paola e já estava surtando por não ter para onde ir.

Infelizmente, Nick me encontrou de novo e precisei enxugar o rosto rapidamente, tinha medo que ele pensasse que eu estava chorando por não estar feliz pela minha amiga e seu amigo estarem oficialmente juntos agora.

— Mia, que bom que te encontrei. Eu queria me desculpar, realmente sou um idiota. Eu nem sei o que a fez chorar, mas sinto que foi alguma estupidez minha. Não sei se lembra, mas você sempre foi a mais esperta de nós dois.

— Não, Nick, não tem nada a ver com você. É só... Uns problemas pessoais.

Teria meu choro a ver com o que ele disse mais cedo também? Eu estava sensível por ter sido rejeitada de novo depois de tanto tempo? Decidi que sim, claro que doía saber que ele se arrependia do nosso passado, de quando éramos a felicidade um do outro...

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