Capítulo 17 🖋️
Mia Sinclair
5 meses e 7 semanas depois
Nossa vida estava um caos. Só agora eu estava me ausentando do trabalho, pois estava perigoso e minha barriga estava enorme, como se eu estivesse grávida de gêmeos.
Bom, o médico me garantiu que só tinha um.
E Nick vem me perturbando para me ausentar do trabalho desde que descobrimos que estávamos grávidos. Ele estava radiante, mas surtou mais do que eu depois, queria correr para montar o quarto do bebê, para fazer uma brinquedoteca, também para adaptar a casa para a chegada do bebê e queria comprar tudo de bebê de uma vez. Ele quase me deixou louca também, Joaquim e Átila precisaram levar Nick para uma noite de bebedeira para ver se ele acalmava os nervos.
E em falar do seu secretário, me fiz de cupido e consegui juntar Átila e Louise quando fizemos um almoço em casa para os amigos mais íntimos. Claro que Joaquim não gostou muito da ideia no início, mas agora já estava conformado e eles faziam um lindo casal.
Nick queria tirar férias até o bebê nascer junto comigo, mas não tinha como deixar os negócios de lado, então permiti que ele trabalhasse de casa se não fosse muito necessário precisar sair. Sua mãe e Marrom já estavam me ajudando muito no que precisava, e depois de descobrir que seria avó, Nikola estava bem mais receptiva, saía mais do quarto e acompanhava cada nova transformação da casa.
Ela estava feliz que seria avó e Nick estava feliz por sua mãe estar se encaixando mais na família, eles ainda tinham muito o que conversar e se resolver, mas tínhamos tempo.
No meu segundo dia em casa, estava arrumando as roupinhas do bebê no cabide, uma profissional já tinha feito isso, mas eu quero ser útil em algumas coisas também. Estava sentada no chão olhando algumas caixas de presentes que o bebê tinha ganhado dos nossos amigos quando Nick entrou me procurando.
— Pelo amor de Deus, mulher, o que você está fazendo sentada no chão?! — esbugalhou os olhos, como sempre, exagerado.
— É muita coisa dentro de caixa, estou tirando. — continuo meus afazeres enquanto ele se ajoelha ao meu lado.
— Temos pessoas para fazer isso, minha vida, você não pode sentar no chão com uma barriga desse tamanho.
— Para com isso, não estou doente!
— Eu sei que não, mas vai que você levanta de mal jeito e se machuca? Temos que pensar no bebê, amor.
— Cala a boca e me ajuda.
— Sim, senhora Sinclair — ele ri um pouco, mesmo que ainda esteja com uma cara de quem está prestes a surtar novamente.
— Você quer pagar até para alguém tirar presentes de caixa, seu dinheiro não vai durar pra sempre, você gasta muito!
— Nosso dinheiro, somos casados, a gravidez te deu relapso de memória?
— Seu atrevido — bato com um sapato de bebê no braço dele e Nick se encholhe.
— Meu amor, é brincadeira! Pelo amor de Deus, não precisa me bater por tudo.
— E você não precisa surtar por qualquer coisa! Só estou com 5 meses, estou ótima, o pilates, a hidroginástica e a caminhada estão me ajudando muito.
— Ainda fico nervoso quando te vejo deitada naquela bola gigante. — ele faz uma careta engraçada.
— Eu te amo, mas você está insuportável com isso. Deveria agradecer que já passou a fase que eu queria você longe e aproveitar que quero você perto. — aproveito o rumo da conversa e largo as coisas, depois puxo meu marido pela camisa.
— Estou com medo de machucar vocês.
— Amor, ou você faz amor comigo agora ou juro que largo você e vou embora dessa casa! — fecho a cara e Nick arregala os olhos.
— Vamos pro nosso quarto.
Retiramos as roupas às pressas e decido me ajoelhar e fazer um boquete em Nick antes, quando ele já não aguenta, me pede pra subir na cama e fico de 4, pois é uma posição melhor para transar com uma barriga desse tamanho. Ele introduz de uma vez, com força, mostrando que estava com saudade de transar tanto quanto eu. Porém depois pega um ritmo mais suave e gostoso e me fode até eu gozar, dedilhando meu clitóris.
Deito na cama pois não aguento mais ficar naquela posição e Nick deita atrás de mim, volta a socar a piroca na minha boceta e geme no meu ouvido, beijando minhas costas também. Ele morde de leve minha pele quando goza e demora a se afastar, tão exausto quanto eu. Fico com preguiça de levantar para tomar banho, então Nick vai na frente, quando volta me acorda da soneca e me ajuda no banheiro. Ele lava meus cabelos na banheira e depois me enrola em uma toalha grande.
— Amo vocês — diz, abraçado as minhas costas, a mão circular minha barriga e ele a acaricia, o bebê mexe para ele, como sempre, e Nick fica todo bobo.
Não sabemos o sexo do bebê, o momento chegou e estávamos aguardando os médicos tirarem ele para ouvir se é menino ou menina. Nick está segurando minha mão e olhando somente para mim, ele não aguenta olhar cortarem minha barriga. Infelizmente não tive passagem e precisou ser cesária, mas o importante é que o bebê estava bem.
Quando ouvi o choro do nosso bebê, chorei também, e Nick ficou com os olhos marejados. Agora ele olhava para o médico que segurava nosso bebê e pediu para Nick cortar o cordão umbilical.
— Parabéns, papais, é uma menina! — a sala inteira comemorou junto com a gente, colocaram nossa filha no meu peito enrolada em um pano, sua cabeça estava suja, mas a beijei mesmo assim, e Nick também.
— Eu te amo tanto, Mia — Nick beijou minha cabeça e colocou a mão nas costas da bebê que gritava sem parar.
— Está tudo bem, meu amor, mamãe está aqui — a bebê foi parando de chorar, os olhos abriam e fechavam, os cabelos eram claros igual de Nick. — Tiraram você do quentinho, eu sei, meu amor, está tudo bem.
A bebê gostava de ouvir minha voz, então continuei conversando com ela até eles precisarem fazer os procedimentos com a nossa menina.
— Já escolheram um nome? — a anestesista perguntou, sorrindo para nós dois.
— Rika Fane Sinclair — respondo de imediato, olhando para Nick. Ele disfarça a risada e dá de ombros.
— Ela é fã de uma saga de livros aí, acho que queria morar em Thunder Bay. — ele explica.
— Eu não entendi nada, mas gostei do nome, bem original — ela sorriu e foi ajudar os colegas.
Nossa filha nasceu com 39 semanas, 4,100kg, 51cm e com uma saúde de ferro. Ficou no quarto comigo, aprendendo a viver fora da sua bolsa e me ajudando a cuidar dela. Os primeiros dias foram mais exaustivos do que a gestação, mas Nick me ajudava em tudo, ele não me deixou levantar para pegar a bebê de madrugada nem uma vez nos primeiros dois meses da nossa filha.
Dessa vez passei a tomar o anticoncepcional certinho, todos na casa me ajudavam sem eu pedir, Marrom deixava um copo d'água pra mim junto com minha xícara de café e Nikova me perguntava se o remédio estava em dia. Elas eram um amor, mas Nick estava dificultando as coisas pra gente, às vezes me lembrava e às vezes ficava dizendo que a gente podia fazer um irmão pra Rika para ela crescer e com alguém da idade para brincar.
Sim, loucura.
Joaquim e Paola batizaram nossa filha, eles insistiram para serem os padrinhos desde quando anunciamos a gravidez. Rika estava sendo muito mimada e não tinha nem 6 meses de vida, todos na casa queriam cuidar e a menina não podia começar a chorar que alguém já estava perto para pegar.
Pelo menos eu deixava ela chorar no banho, faz parte, e chorar um pouco faz bem.
Três anos depois.
Consegui finalmente terminar o livro que eu tinha começado a uma semana atrás, Nick ficou cuidado de Rika enquanto eu me escondia na minha biblioteca particular. Ouvi dizer que se você tivesse mais de 100 livros em casa, então poderia considerar que tinha uma mine biblioteca, eu estava chegando aos 200 livros.
Procuro meus dois amores pela casa, escuto a voz de Nick e os encontro no quarto de Rika, ele estava deitado na cama dela e Rika está deitada no seu braço, com um dos pés apoiados na cama e uma perna apoiada na outra. Ele estava contando uma história e ela prestava bastante atenção.
— ..."Abre essa porta, se não eu vou assoprar, assoprar, e derrubar toda a sua casinha. O porquinho não abriu, então o lobo assoprou e derrubou toda a casinha de madeira." — Nick contava.
— E agora o porquinho vai pra casa do irmão dele? — Fane era muito esperta, mas se tinha uma coisa que ela gostava, era de repetir essa mesma história um milhão de vezes. Coisa de criança.
— Exatamente.
— Se o lobo mau assopar a minha casa de pano lá da blinquedoteca, eu não tenho um irmão pra correr pra casa dele. — escondida, vi Fane levantar o rosto e olhar para o pai. Eles eram idênticos, eu só tinha gerado mesmo e carregado por 9 meses.
— Você quer um irmão?
— Eu quero! — abriu um sorriso grande, se sentando.
— Então o papai vai por a sementinha na barriga da mamãe.
— Então a cegonha vai trazer o bebê?
— É quase isso. Mas você tem que convencer a mamãe primeiro, diz assim: mamãe, eu quero um irmãozinho, por favor. Aí você faz aquele biquinho... Isso, esse mesmo!
— A gente vai convencer a mamãe — Rika solta uma gargalhada gostosa, ela sabe que está tramando uma com o papai e gosta disso.
Eles estragaram totalmente minha surpresa, mesmo assim corro até o quarto e pego a caixa que escondi e que era para ser entregue em outra ocasião. Entro no quarto da minha pequena quando eles estão prestes a sair da cama, Nick já está com ela pendurada em seu pescoço.
— Mamãe, mamãe!
— Shiu — Nick põe a mão na boca dela.
— Mas você disse que era pra eu fazer biquinho e pedir a mamãe um irmãozinho, não foi?
— Foi, princesa — ele não se aguenta e rir, me olhando de lado. Beija o rosto de Rika e olha pra caixa. — Hoje não é meu aniversário e o de Rika é só semana que vem, presente adiantado?
— Ainda não, quer dizer, depende do ponto de vista. Vamos nos sentar?
— Hmm, isso me assusta — Nick vai até a poltrona que eu usava para amamentar Rika Fane e se senta, eu a pego e lhe entrego a caixa, depois me sento em seu colo com Rika no meu. — Posso abrir?
— Deve.
Nick suspira e me olha, beijo seu rosto e ele sorri mais ainda. Abre a caixa e encontra um macacão branco de bebê, um par de sapatinhos e um teste de gravidez que indica que estou grávida de dois meses. Nick olha pra mim e olha pra caixa, abre a boca e pega o teste, a mão que estava na minha cintura me aperta.
— É sério, amor?
— Essa roupinha é minha de quando eu era bebezinho? — Fane pergunta e nós rimos, negando com a cabeça.
— Você vai ter um irmãozinho ou irmãzinha, meu amor — eu beijo sua testa e ela pula do meu colo, gritando e rodopiando o quarto.
— Você disse que estava tomando o remédio certinho, que não queria outro bebê agora — Nick estava feliz do mesmo jeito de quando descobriu a gravidez de Rika. Eu o beijo, limpando a única lágrima e escorre de seu rosto, e ele seca as minhas.
— Eu parei de tomar, queria te fazer uma surpresa, todos na casa já sabiam que eu não esgava mais tomando.
— Mamãe, está chorando? — Rika corre para me abraçar e eu sorrio, Nick põe a caixa de lado e pega nossa filha no colo.
— É de felicidade, princesa.
— Porque vamos ter um irmão?
— Porque a mamãe vai ter outro filho, você que vai ter um irmão ou irmã. — explico.
Ficamos em nossa bolha de felicidade por mais um tempo, contando outras histórias para nossa filha até ela dormir. Depois fomos para o nosso quarto e fizemos amor, Nick deitou de bruços perto da minha barriga e ficou beijando ela sem parar, isso me fez dar risadinhas. Eu o amava tanto que chegava a doer o peito.
Quem diria que o garoto que deitava no sofá velho da minha casa para passar um tempo com a garota solitária e triste estaria morando em uma mansão dessas, e que a garota solitária seria sua esposa, e que eles tinham uma filha linda e um bebê a caminho.
Era um sonho realizado que por muito tempo foi a fé que alimentei dentro de mim para passar pelos momentos mais sombrios da minha vida.
A fé me trouxe até aqui, e é aqui que eu vou ficar.
FIM
Eu vi isso agora no Pinterest e só lembrei deles adolescente (só que o Nick com o cabelo mais claro):
Imaginei o cantinho que Nick fez MAIS OU MENOS assim:
O capítulo das fotos de aesthetic do conto todo vai sair, salvei muita fotooooo kkkk
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