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Capítulo 10 🖋️

  Nick Sinclair

Já havia embarcado no avião de volta quando Mia mandou mensagem avisando que ia até o quiosque onde trabalhava. Ela tinha demorado bastante, até, consegui participar da reunião mais rápida da minha vida, assinei tudo rápido para poder voltar logo, agradecendo por ser um voo curto e estar de volta o mais rápido possível.

Assim que o jatinho pousou, recebi a localização de onde era o quiosque e decidi ir até lá, tentar me encontrar com Mia e talvez almoçarmos juntos, já que ela não tinha comido ainda, segundo minhas fontes.

Me comunicava com o motorista que estava com ela e tive certeza que chegaria a tempo, Mia estava com amigos dentro do quiosque e deveria querer uma despedida longa. Assim que estacionei, avistei o motorista, e ele acenou, entrando no carro para ir embora. Joguei as chaves na mão de um manobrista que abriu um sorriso enorme por causa do carro e travei antes de chegar no quiosque, para ter certeza do que eu estava vendo. Mia parecia atordoada enquanto um cara gritava e gargavalha, logo voltei a andar e acelerei o passo a ponto de ouvir que ele a ofendia pela cor da sua pele.

Apesar de não acreditar no que eu estava ouvindo, com dúvida da minha mente, o meu corpo entendeu muito bem, por isso não hesitei em puxar o cara pelo ombro e meter um soco no meio da sua cara. O imbecil caiu no chão e logo levou a mão ao nariz, agora jorrando sangue. Mas eu estava furioso, pois o rosto de Mia, frustrado e descontente, tomou a minha mente, então fui pra cima do cara novamente e voltei a socar sua cara, repetidamente.

— Nick! Nick, para, solta ele! — a voz de Mia parecia longe, e quando senti sua mão nas minhas costas, parei imediatamente, com medo de acabar machucando ela por estar próxima de mais.

Os caras que trabalhavam perto apareceram, também uma mulher com o telefone no ouvido e se pôs na minha frente, como se para me impedir de continuar.

— Calma, já estou chamando a polícia.

— Nick, não devia ter feito isso! — disse Mia, me empurrando pelos peitos para me afastar daquele merda, minhas respiração estava tão acelerada que eu precisei puxar o ar muitas vezes para desacelerar.

— Ele nunca mais vai insultar ninguém.

— Você não está entendendo, a polícia está vindo!

— Mia, Mia, vão embora, eu cuido de tudo! — a mulher que entrou na minha frente abaixou o celular e falava nervosamente com a gente. — Eu digo que foi uma briga de bar, que foi ele quem provocou, vocês podem ir, rápido!

Não me movi, não me importava com a porra da polícia. Queria ver ele sendo preso. Mas Mia me puxava com mais força, e parecia desesperada por não conseguir me tirar do lugar, então aceitei que me puxasse até o carro. O garoto nos entregou a chave do carro e abri a porta do carona para ela, que entrou com uma rapidez surreal. Contornei o carro e meti o pé na acelerador, passando por um carro da polícia no caminho.

— Caramba, Nick, a gente não bate em clientes!

— E também não estão ali para receber desaforos, disso tenho certeza, Mia.

— Eu sei, aquele cara é um idiota, acho que mora na região, é a terceira vez que vai lá para me ofender, mesmo minha chefe dizendo para ele não voltar mais que não íamos mais atendê-lo. De qualquer forma, brigas pegam mal para o estabelecimento.

— Sinceramente? Estou pouco me fodendo! — gritei, mas me arrependi em seguida por Mais ter ficado em silêncio o restante do caminho.

Por um lado foi bom termos voltado em silêncio, ajudou a acalmar a nós dois. Inclusive deixou que eu abrisse a porta para ela quando chegamos e me esperou para entrar em casa junto comigo.

— Está com fome?

— Não, perdi a fome por causa daquele babaca. — ela ainda estava chateada, obviamente, mas não consegui deixar de notar que ainda ficava linda quando fazia bico e cruzava os braços.

— Aquele babaca não vai mais te importunar, pode ter certeza. Vem comigo. — Peguei sua mão e a levei para a área da piscina, esperei se sentar nos sofás da parte coberta e entrei para buscar umas bebidas. No bar, decidi que ela precisava de uma caipirinha, uma bebida com limão, vodka e açúcar, ajudaria a acalmar os nervos aflorados. E preparei um copo com whisky e gelo de coco pra mim.

Mia já tinha tirado os sapatos e colado os pés pra cima, entreguei sua bebida com um canudo e notei que ela fitou a bebida durante um tempo. Achei que ela poderia estar pensando no que aconteceu mais cedo, mas então a vi dar de ombros e provar um pequeno gole da bebida. Fez careta, mas provou de novo.

— Não gosta de caipirinha? — quis saber, sorrindo para ela, sentado no sofá de frente.

— Nunca tinha bebido, acho que no segundo gole ficou melhor. — ela provou uma terceira vez e sorri, dando um gole na minha bebida também. Tirei a gravata e desabotoei os primeiros botões da camisa, então me recostei no sofá e fechei os olhos.

— Consegui falar com meu amigo que tem uma rede de hotelaria, tem uma vaga para você em um hotel perto daqui. O chefe pode treinar você logo que estiver disposta a voltar para a CLT, mas não precisa ter pressa, ele me garantiu.

— Obrigada, Nick, não precisava fazer isso por mim.

— Não foi nada. — levantei a cabeça e abri os olhos, Mia me encarava, e não desviou os olhos enquanto eu tomava mais um gole, e ela também. — Temos um evento amanhã, sabe aquele treinamento? Precisamos apressar ele.

— Agora?

— Quando se sentir a vontade, amanhã consigo trabalhar de casa até a hora do evento, vamos ter mais tempo, mas se começarmos hoje, melhor ainda.

Ela bebe mais, dessa vez demora com o canudo na boca, sorvendo o gosto da bebida e deixando umas gotas escorrer nos lábios marrom. Senti a fisgada no pau pela visão do paraíso, que me era proibido, Mia estava se esforçando a se manter longe de mim.

Estava pensando nisso, quando surpreendente, ela se levantou e caminhou devargar até onde eu estava, se sentando ao meu lado, de frente pra mim, uma perna dobrada no sofá. Ela riu e colocou uma mecha dos cachos atrás da orelha, estava esquisita.

— Eu acho que devia ter te alimentado antes de te dar álcool. Me desculpe, só achei que precisava.

— Acertou, Nick, como sempre acerta. — a voz estava doce, mais do que o normal. Me virei para ela e peguei a bebida, provei um pouco, não estava forte. — Está. Uma. Delícia. Há há.

Sua risada pareceu forçada, mas seu rosto estava bem acesso, os olhos brilhantes, mas podia ser da claridade do dia.

— Está tudo bem?

— Sabe, estou ótimo! Como vai ser essas aulas? — era impressão minha ou as palavras saíram mais arrastada?

— Ham... Você precisa parecer uma esposa, deixar eu te tocar sem ficar nervosa, e te beijar. Conhecer algumas coisas sobre mim, assim como eu sobre você.

— O que quer saber sobre mim... Nick? — Mia se inclinou para frente ao dizer meu nome, percebi tarde de mais que estava muito alegre, quando o copo já estava vazio.

— Você bebeu isso muito rápido, não acha?

— Estava refrescante — tentou pegar meu copo, mas tirei de seu alcance.

— Ei, calma aí, eu acho que você está ficando bêbada. Não está acostumada a beber?

— Eu sou muito fraquinha, como minha amiga diz — Mia fala de modo arrastado, lança o copo longe, fazendo o gelo se espalhar pelo chão.

— Meu Deus, eu não sabia — eu estava tentado a rir, mas preocupado também. Larguei meu copo na mesa ao lado e me virei para ela no momento em que se jogou em cima de mim, beijando minha boca.

— Querida, eu acho que você não está boa das ideias — tento afastar seus ombros, mas ela parece mais forte que o normal, a chupada que deu no meu pescoço me deixa em agonia.

— Disse que precisávamos treinar, amor, então vamos — ela empurrou minhas mãos e se sentou no meu colo, tentando beijar minha boca de novo. Eu obviamente estava tentado a deixar, e queria muito, se por acaso ela estivesse um pouco mais sóbria. — Me beija, Nick, você quer e sabe muito bem que eu quero também!

— Na verdade, eu não sei, você ficou histérica de manhã quando te dei apenas um selinho. Vamos sair daqui antes que eu morra, você precisa de um banho e dormir, e eu também.

Com uma força sobrehumana, consigo ficar de pé com ela enganchada na minha cintura e Mia fica mexendo no meu cabelo, também passa a língua na minha orelha, me deixando todo arrepiado. Passamos por Marrom, que tenta perguntar sobre o almoço, mas Mia a interrompe quando grita:

— Marrom, sua linda, eu vou receber algum presente daqueles no quarto de Nick agora — ela ri e faz uma pausa. — Fique longe daquele corredor!

Marrom cora e eu peço desculpas em nome da minha linda esposa de mentirinha. Subo as escadas com ela tentando tirar minha camisa, mas consigo entrar no quarto ainda vestido e colocar Mia sentada na cama.

— Nossa, Nick, você é tão musculoso — passa as mãos na minha barriga e seguro elas.

— Consegue tomar banho sozinha?

— Só se você for comigo — Mia fica de pé, super alegre com apenas um copo de bebida, estou impressionado, tanto que acabo deixando ela me beijar e retribuo.

— Meu Deus, preciso chamar alguém para cuidar de você — me afasto contra minha vontade e seguro as mãos que tentam tirar minha camisa de novo.

— Essa pessoa vai me foder como você faria? Eu lembro como você pegou o jeito depois de um tempo, lembra?

— Mia! Meu Deus do céu — a repreendo. Pego uma garrafa de água lacrada da mesinha e dou para ela beber.

— Se eu beber isso, você vai beber de mim? — sorri de lado, tentando fazer uma pose sexy.

Eu sorrio, é linda bêbada também.

— Não está dizendo coisa com coisa. Só pode, por favor, fazer isso por mim?

— Posso fazer tudo por você, Nick. Não entendeu que o álcool está me ajudando a criar coragem para dizer o que não consigo enquanto estou sóbria? — ela pega a garrafa e bebe metade da água antes de me devolver.

— E o que quer me dizer?

— O quanto quero te beijar, te chupar, trepar com você por horas. Nossa, Nick, se seu pau já era grande naquela época, imagine agora? — coloca as duas mãos na boca e arregala os olhos. Já não tenho sanidade, estou excitado e me sentindo um fodido por não poder fazer nada.

Jamais faria, não sem ela estar sóbria.

— Eu deveria gravar você falando essas coisas.

— Grava a gente fodendo. — ela anda sorrateiramente até mim, tirando a blusa, mas seria demais para eu aguentar. Por isso, saio rapidamente do quarto, segurando na fechadura para ela não abrir.

Grito por Marrom, ela aperece com outra funcionária, e minha mãe também, de seu quarto. As três estão preocupadas, me olhando e esperando eu falar. Sinto vergonha por Mia, se ela souber o que está causando, nunca mais vai querer sair do quarto, mas não tenho opção.

— Preciso que uma de vocês cuide de Mia, ela está um pouco alegre. Sei que não é o trabalho de vocês, mas só preciso que ela beba mais água e troque de roupa, talvez ela durma em seguida.

— Não precisa, eu faço isso — Minha mãe saiu de seu sarcófago — vulgo quarto —, dispensando as outras mulheres. Suspiro aliviado por ser ela parecer realmente querer ajudar.

— Conversamos hoje de manhã, ela lembra de mim. Não se preocupe, pode ir cuidar de outras coisas enquando cuido dela.

Soltei a maçaneta e minha mãe entrou no quarto, Mia me viu e me chamou, estendendo os braços, já sem a blusa. Minha mãe fechou a porta e fui para o escritório. Fiquei lá por quase 1 hora até que voltei e percebi a porta do meu quarto aberta e Mia deitada na cama e coberta. Tinha um bilhete ao seu lado, era de minha mãe, dizia que Mia vomitou e que isso ajudaria a ficar sóbria mais rápido, também bebeu mais água e tomou um banho. Terminou o bilhete dizendo que estava melhor e mais calma quando se deitou, pedindo desculpas sem parar.

Obrigado, mãe, é a segunda vez que me salva com Mia.


O capítulo de amanhã é o melhor! Porque as coisas finalmente vão ficar quentes até explodir a temperatura.  🥵😏🫰🏽

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