8 - CATLEN NARRANDO
Catlen Narrando...
O dia raiou, mas ainda parecia ser noite, estava caindo uma tempestade, e o céu estava escuro por conta das nuvens negras. Eu amava aquele clima nublado, me trazia lembranças boas, e saudades da casa dos meus pais.
Quando eu era pequena, eu costumava correr pela rua e ser tomada pela chuva, eu era encantada por tudo aquilo.
As coisas simples da vida me encantava, afinal, o que é vida, sem as coisas simples e minuciosas? Creio que nada!
Jéssica logo apareceu na sala, onde eu estava sentada, encarando a chuva pela janela.
-Eu estou muito cansada!. -Ela bocejou.
-O que aprontou na minha ausência?. -Perguntei.
-Arrumei os armários, não reparou?. -Ela me olhou intrigada.
-Não. Mas, muito obrigada, eles realmente estavam precisando de uma organizada. -Sorri.
-Não estou te reconhecendo Catlen! Você é toda organizada, e os seus armários estavam uma bagunça, quem se encontra em seu corpo?. -Gargalhamos.
-Ai amiga, a vida de adulta é muito difícil, é muita responsabilidade, quero os meus quinze anos de volta!
-Você acostuma, olha pra mim, a vida de adulta é a melhor coisa do mundo!
-Talvez. Eu espero poder ser igual a você um dia.
-Não queira, você pode se inspirar em outras pessoas, mas deve ser você mesma sempre Cat. Vem cá, olha pra mim, você é maravilhosa, não se prenda a rótulos, se explore, e se descubra, e seja você, a sua própria admiração!. -Ela depositou um beijo em minha testa. Jéssica era para mim, como uma mãe as vezes.
-Você é incrível! Obrigada por estar aqui!. -A abracei.
-Eu sempre estarei disposta a te ajudar, e não precisa agradecer minha querida. -Ela sorriu. -O que acha, de assistirmos um filme de terror?. -Jéssica falou, assim que nos soltamos do abraço.
-Olha Jéssica, por mim, tudo bem. Mas, eu não garanto que não vá estourar seus ouvidos com meus gritos.
-Te conhecendo, estou em perigo. -Sorrimos.
Era um domingo, e eu deveria estar na agência, para mais uma festinha do mês, que Julse sempre organizava, mas, optei por ficar em casa com a Jéssica.
-Eu estava com tantas saudades desses nossos momentos, juntas!. -Jéssica falou, enquanto me encarava.
-Eu também Jéssi, você sempre foi a minha melhor amiga!. -Nos abraçamos. Tê-la ali, era a certeza de ter um ombro amigo para todas as coisas, e momentos. E aquilo, me acalmava.
A cada segundo do filme, um grito meu ecoava. Terror, nunca foi um dos meus lances, eu sempre fui uma garota medrosa. Do meu lado Jéssica assistia tranquilamente, aquilo definitivamente seria um sonho para mim, e com certeza, estaria em um dos topos da minha lista de conquista.
O filme não era grande, logo acabou, o que me deu uma sensação de alívio.
-Eu não acredito, que o assassino era o Jordan, eu estava começando a gostar dele!. -Jéssica falou com o rosto emburrado.
-Eu não sei porquê, ainda caio nos seus convites, eu quase morri de medo. -Olhei irritada para ela.
-Por que?. -Ela gargalhou. -Você é muito medrosa Cat. -Sorrimos.
Jéssica não mentia, e era isso o que mais me assustava.
06-04-2020.
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