4 - CATLEN NARRANDO
Catlen Narrando...
Na nossa reunião daquela semana, Jimmy mostrou ser um ótimo homem, e de um bom caráter, eu me admirei ao vê-lo defendendo a Nathália. No dia seguinte, eu estava de folga, o dia mal havia começado, e eu já me encontrava em minha banheira, ouvindo uma das minhas canções favoritas.
Não tinha erro! Para ter um bom dia, bastava colocar uma das minhas músicas clássicas, da minha play-list, e tudo corria bem.
Era como um ritual, aquilo me empolgava de uma forma surreal. Justin costumava me acompanhar nas danças, eu amava tudo aquilo. Se não bastasse a perfeição da canção, eu ainda tinha o privilégio momentâneo de tê-lo do meu lado.
Fui interrompida dos meus devaneios, ao ouvir alguém bater em minha porta.
Levantei da banheira em um pulo, o que me fez escorregar e ter que, levantar-me novamente. Enrolei-me na toalha e fui até a porta, ao abri-la, me deparei com ele. O homem que para mim, tinha a voz familiar, mas que, sua aparência nunca havia sido vista por mim.
-Bom dia Senhorita Meirelles. -Sua voz soou suave.
-É... bom dia Senhor Calvin!. -Tentei encontrar em sua face, respostas do porquê ele estaria ali presente, na porta da minha casa, as sete da manhã.
-Precisamos conversar!. -Ele falou, estranhei a sua feição extremamente preocupada.
-Claro! Eu só vou... -Apontei para a toalha em meu corpo.
-Fica a vontade Catlen, perdoe-me por atrapalhá-la. -Assenti. Alguns minutos depois, já nos encontrávamos sentados no meu sofá velho.
Eu encarava Jimmy, enquanto ele permanecia pensativo e em um profundo silêncio.
-É... Senhor Calvin? Está tudo bem?
-Sim, sim Catlen... Gosta de Paul Anka? -Balancei a cabeça com um sim. Ele sorriu, ao mesmo tempo que suspirou. -Amanhã, a senhorita poderia chegar um pouco mais cedo? Quero que analise os currículos de algumas pessoas, aliás, a Nathália, já é uma de nossas modelos, espero que a acolha de uma maneira empática!
-Sim, Paul Anka é um clássico que meche com as estruturas terrenas, elevando-me ao devaneio. -Sorri. -Sim Senhor! Inclusive, achei de extrema bondade, defende-la, na frente de todos. -A música continuava a tocar enquanto a visita inesperada do meu chefe prosseguia, aquilo tinha invadido tanto meus pensamentos, que eu só me dei conta que a música continuava a ser tocada, quando ele perguntou se eu gostava do cantor que a cantava. Uma pergunta óbvia.
-Devo concordar!. -Ele seguia a música com a ponta dos dedos. -Em relação a Nathália, eu só fiz o que todas as pessoas deveriam fazer nesses casos!
-Claro! Claro!
-Nos vemos amanhã na agência. Até mais Senhorita. -Ele levantou-se do sofá e se dirigiu até a porta, onde abriu a mesma, e seguiu até o carro. Acenei para ele, que apenas adentrou no carro e seguiu o seu caminho.
Aquilo havia sido visivelmente estranho para mim, revirei os olhos na tentativa em vão de tirar da mente meus pensamentos alienados, que surgiram após aquilo ter acontecido.
Ao voltar para dentro de casa, arrumei tudo que estava bagunçado, e ao acabar, telefonei para Julse, que me atendeu no segundo toque. A convidei para assistir um filme em minha casa, eu iria amar compartilhar uma tarde ao lado dela. Ela era uma pessoa incrível. Marcamos o filme para as duas da tarde, e no horário combinado, Julse se fez presente.
Ela me lembrava Jéssica, minha melhor amiga.
-E ele chegou aqui do nada?. -Ela perguntou, enquanto mastigava as pipocas que havia jogado na boca.
-Sim, eu estava na banheira, a minha primeira reação foi ir atender a porta de toalha! Não me julgue, eu não sabia que se tratava dele.
-Oh. -Julse deu uma gargalhada alta. -Cat, você é uma pervertida!
-Eu nego! Eu estava sob o efeito de Paul Anka, que aliás, descobri que ele gosta.
-Então a conversa foi longa? Sabes até sobre um pequeno fato musical a respeito dele.
-Não!. -Relatei-lhe todos os detalhes da visita misteriosa do Senhor Calvin.
-Eu iria adorar recebê-lo em minha casa. -Ela suspirou.
-Ora Julse, cale-se!. -Sorrimos.
Enquanto eu considerava aquilo totalmente estranho, Julse adoraria receber Jimmy em sua casa, o que provava o quanto éramos diferentes, e o quanto aquilo me era engraçado.
Não prestamos atenção no filme, que rolava na tevê, debatíamos sobre possíveis motivos que o levara a me visitar.
-E se... ele estiver apaixonado por você Cat?
-Sem plausibilidade querida! Sem plausibilidade!
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