11 - RICARDO NARRANDO
Ricardo Narrando...
Cat, Cat, Cat.
A quanto tempo eu havia lhe procurado. Queria saber como estava, como andava, com quem, e todos os afins sobre sua vida.
Por muito tempo eu me martirizei por amá-la tanto, mas, percebi que o que eu sentia não era algo mau, ou ruim. Fazia muito tempo, mas eu ainda a amava, e faria de tudo para tê-la novamente só para mim.
Eu admito que eu havia errado, e muito, ao trai-la, com a minha prima Stella, mas, eu, como um pobre ser humano, fui flechado pela beleza surreal dela, seu corpo escultural, chama a atenção até mesmo do homem mais fiel do mundo. Não podia me policiar por aquilo!
Adentrei o meu apartamento, e logo fui surpreendido por uma voz feminina, eu reconhecia, mas não me recordava quem era a dona daquela voz.
-Sim mãe, já estou na casa do Ricardo, darei a surpresa que irei morar aqui, assim que ele chegar.
Para mim, foi realmente uma surpresa, senti minha boca formar um "o" involuntariamente.
Ao perceber que ela já estava terminando a ligação, entrei na cozinha onde ela estava, e permaneci calado, aguardando ela me falar o motivo de estar ali -embora soubesse de tudo.
-Olha você ai. -Ela veio em minha direção e me abraçou, retribui o abraço apertado.
-Stella? O que faz aqui?. -Falei, me fazendo de surpreso.
-Irei morar aqui com você, não é incrível?. -Ela falou empolgada.
-É incrível sim Stella! Mas você deveria ter me contado antes, não pode surgir assim do nada!
-Eu sei disso, mas eu sabia que você me receberia sem relutar, então, achei melhor fazer uma surpresa. -Ela sorriu.
-Tá, tudo bem! Eu estava com saudades!. -Admiti, fazia uns anos que não a via. -Eu estou morto de fome!
-Irei pedir uma pizza para nós dois!. -Ela pegou o celular.
-O que a trouxe até aqui?
-Os estudos! A minha faculdade breve começará, e permanecer no interior me prejudicaria, então tomei essa decisão, e por sorte, você mora aqui.
Stella sempre foi apaixonada por mim, e eu sempre gostei disso, acredito que serve para aumentar o meu ego.
Sem dúvidas ela usou os estudos, para vir morar comigo e nos reaproximar. Acho que tia Aline, sua mãe, cedeu um pouco no início, mas acabou aceitando e cedendo os caprichos dela, provavelmente por confiar muito em mim, e ter-me como um filho.
Lembrar-me da tia Aline, fazia com que os pensamentos pousasse em minha mãe, que falta ela me fazia. Ela nesse momento saberia me dar os melhores conselhos e saberia quais decisões eu deveria seguir, mas eu já não a tinha do meu lado.
Até hoje me pergunto, por que quê ela teve que me deixar tão cedo, a falta dela do meu lado, era latejante em meu peito.
Meu pai nos abandonou quando mais precisamos. Deixando-nos sozinhos
A história de mamãe, era extremamente triste, e as vezes eu me culpava por tudo aquilo.
Meus avós a expulsaram de casa, ao saber sobre o bebê que ela carregava no ventre, e isso sempre me deixou imensamente irritado.
Ela tinha apenas quinze anos, não merecia! A única que a acolheu foi a Senhora Joana, mulher que depois se tornaria minha madrinha.
Ela sofreu! Sofreu muito! E se eu analisar bem, eu tenho uma grande culpa nisso. Se eu não tivesse surgido em seu ventre, sua vida teria sido melhor, e talvez, ela ainda estaria viva.
Ao me dar conta, eu já estava aos prantos, com Stella ao meu lado, a me consolar.
-Eu sinto saudades dela, ela não merecia ser levada por uma overdose, ela só queria que seus problemas sumissem!. -Falei, sentindo o afago dela me acolher.
-Eu sei que sente saudades! Ela era uma mulher maravilhosa, e você não deve chorar, deve ficar feliz por ter tido uma mulher tão incrível como mãe.
Naquela noite, eu conheci um lado sensível em mim, e também conheci um lado maravilhoso de Stella, aquilo me fez olhá-la com outros olhos!
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