019.
SEMANTIC ERROR.
Aquele beijo não poderia ser esquecido facilmente e, no fim, não foi. Sung-hoon se sentia eufórico, animado e feliz. Min-ho, entusiasmado com o beijo, não quis pará-lo tão facilmente.
Mas, no meio daqueles sentimentos, havia algo que ambos sabiam não estar correto. No lado de dentro da cabana, havia uma pessoa a quem Min-ho devia satisfações e Sung-hoon começou a se sentir um pouco mal quando aquilo foi mencionado.
── Espere aqui. Volto logo. ── Min-ho não voltou e a última vez que o viu foi quando voltaram para a KISS ontem.
Cada um seguiu um caminho diferente, como estavam acostumados desde que aquele semestre havia começado. Sung-hoon sabia que aquelas questões não se resolveriam facilmente, mas estava disposto a esperar por Min-ho até quando estivesse pronto para voltar para ele.
── Ah, não. Essa cara de novo? ── Jin apareceu na cozinha enquanto Sung-hoon tomava seu café. ── Quer conversar sobre isso?
Sung-hoon não notou que aparentava estar chateado, mas não estava se sentindo assim. A falta de notícias de Min-ho o preocupava.
── Não, eu estou bem ── Ele sorriu.
Jin encheu sua xícara de café e apenas o observou em silêncio por um tempo.
── Tenho uma coisa estranha para contar ── Jin falou e Sung-hoon o encarou assustado. ── Não esse tipo de estranheza. Você pensa que eu sou um pervertido?
── Às vezes, sim ── Sung-hoon respondeu.
── Tanto faz. É que... lembra quando a Stella me encontrou no armário na cabana? ── Sung-hoon concordou. ── Ela disse que estava procurando cobertores, mas não é verdade. Na verdade, ela estava mexendo nas suas coisas.
── O quê? ── Sung-hoon estava confuso com aquela informação.
── Ela estava mexendo nas coisas do Min-ho antes, mas parecia muito mais interessada em você. ── Jin estava tranquilo ao dizer aquilo e Sung-hoon estava à beira de um colapso. ── Q me disse que ela deu em cima de você, não foi?
── É, algo assim ── Sung-hoon respondeu pensativo. ── Tudo bem. Eu vou dar um jeito nisso.
Jin apenas concordou e, poucos minutos depois, ambos estavam indo para suas respectivas salas. Sung-hoon não conseguiu parar de pensar naquilo e, por um instante, cogitou que Jin estivesse inventando aquilo.
Quando o primeiro período de aula acabou, Sung-hoon voltou para o seu dormitório e começou a vasculhar sua mala. Nada faltava e teve certeza de que suas roupas ainda estavam ali. Porém, algo que havia levado para a cabana não estava.
Uma das cartas que Sung-Hoon havia levado e que torcia para Yejin o ajudar a traduzir. Ele não sabia o conteúdo da carta. Então, começou a mexer nas gavetas e em outros lugares do quarto, nada.
De fato, havia sumido. Stella, poderia ter pegado? Mas não havia provas daquilo. Ou ele apenas a perdeu? Uma das pistas que poderia ajudá-lo a encontrar sua mãe havia sumido e aquilo o deixou em pânico.
Sung-hoon acabou desistindo das últimas aulas e apenas foi para o dormitório de seus amigos a fim de contar sobre aquela teoria de Jin. Até onde sabia, Jin e o resto do grupo estavam bem. E, talvez, Quincy poderia ajudá-lo a saber se aquilo era verdade.
── Preciso da ajuda de vocês! ── Sung-hoon falou assim que entrou no dormitório deles. Dae e Quincy estavam lá, mas Sung-hoon também procurou por Min-ho. ── Vocês vão me achar louco, mas preciso falar sobre isso...
── Park Sung-Hoon! ── A porta foi aberta e Yejin entrou. ── Por que não foi para suas aulas?
── Yejin! ── Sung-hoon sentiu um enorme alívio ao vê-la.
── Garotas não são permitidas aqui ── Dae apontou.
── Fica quieto! É um reencontro ── Quincy disse animado.
Yejin tirou os sapatos e foi para o meio da sala onde eles estavam e encarou Sung-hoon um pouco irritada.
── Eu... sinto muito por...
── Tudo bem. Sente muito e eu também, mas não é sobre isso que vim falar. ── Yejin pegou o celular e mostrou um vídeo. ── É a Stella!
── Estamos falando sobre a Stella? Não gosto dela ── Quincy se aproximou para assistir ao vídeo e, ao lado dele, Dae.
Os três garotos assistiram ao vídeo em silêncio, uma garota nada parecia com a Stella cantava.
── Ela participou de um show de talentos em que o seu pai e o pai do Min-ho eram jurados. ── Yejin explicou ── e... isso aconteceu.
── Sinto muito, mas é um não para mim. ── O pai de Min-ho falou.
── Você deveria tentar outra carreira. Isso... não vai dar certo. ── Sung-hoon riu ironicamente ao ouvir seu pai proferir tais palavras.
Eles ficaram em silêncio por um tempo, confusos. Logo, Yejin, eufórica, praguejou.
── Ela é uma sasaeng! Estava atrás do Sung-hoon e, por ele ser gay e meio burrinho... não conseguiu o quê queria. ── Yejin falou ── e eu também soube que ela vai participar do show de talentos. Não acho que seja coincidência.
── Ela está com o Min-ho agora. ── Dae falou.
── Precisamos avisá-lo antes que... ── Sung-hoon foi impedido de falar quando a porta do dormitório foi aberta e Min-ho, ao lado de Stella, entrou.
Todos ficaram em silêncio assim que os viram e, claro, os olhos de todos caíram em cima de Stella e no estilo ousado de suas roupas. Ao seu lado, Min-ho não parecia muito animado.
Ele não esperava encontrar Sung-hoon ali e, assim que o viu, prendeu seus olhos nele. Porém, Stella agarrou seu braço e não o soltou.
── Não fale nada, ainda ── Yejin sussurrou.
── O que vocês estão fazendo aqui? ── Stella disse, olhando para Sung-hoon e Yejin.
── Bom... é que eu e o Dae...
── Eu vim contar para eles que achei um parente da minha família e eu estava indo encontrá-lo ── Sung-hoon interrompeu Yejin sabendo que falaria uma besteira sem noção.
── É sério? Eu vou com... ── Min-ho tentou se aproximar, mas Stella o impediu.
Foi tão óbvio que todos notaram.
── Que bom para você, Sung-hoon ── O tom da voz de Stella não transparecia felicidade ── Min-ho?
Min-ho suspirou fundo e foi até a geladeira, tentando não encarar seus amigos. Pegou um energético e foi em direção ao seu quarto, e Stella o seguiu.
── Isso não está certo. Min-ho não bebe energético! ── Quincy falou.
── Ele está estranho ── Dae concordou ── Faz alguma coisa!
Dae e Quincy olharam para Sung-hoon, que ficou ainda mais confuso.
── Eu?! Por que eu? Só porque nós beijamos? ── A surpresa no rosto deles fez Sung-hoon notar que eles não sabiam daquela informação. ── Droga.
── Vocês se beijaram? ── Dae perguntou animado.
── Está acontecendo. Finalmente! ── Quincy tentou conter a animação. ── Isso foi tão estressante. Não imagina o quanto tive que me segurar para não esganar os dois!
Ao seu lado, Yejin se divertia com a reação deles. Sung-hoon a olhava com um pouco de preocupação, logo Yejin apenas o empurrou gentilmente com o ombro.
── Estamos bem── Yejin o olhou.
Sung-hoon apenas concordou e se sentiu um pouco mais aliviado com a situação.
Quando as aulas acabaram naquele dia, Sung-hoon não tinha muito o que fazer e nem para onde ir. Yejin disse que investigará mais a respeito de Stella e mandará notícias se achasse algo.
Dae estava ocupado ensaiando e Quincy ainda treinava para o campeonato de corrida. Sung-hoon não estava a fim de ficar no dormitório com Jin, ainda o achava irritante e sabia que ficaria com Quincy assim que o treino acabasse.
Pensou em ir falar com Yuri, já que não a via desde o fim de semana na cabana, mas achou melhor não se intrometer naquela situação.
Assim, ele acabou indo até uma cafeteria local e encontrou Alex. Foi um acidente, não esperavam se encontrar ali, mas ficou feliz ao vê-lo.
Alex pagou seu café e o convidou para sentar juntos. Após longos minutos em silêncio, Alex foi o primeiro a falar.
── Na última vez que conversamos, disse estar com alguns problemas com seus amigos. ── Alex disse ── Como estão agora?
── Bem, eu acho ── Sung-hoon ainda estava incerto de sua resposta ── Na verdade, estamos bem. Um pouco confuso, não é?
Alex riu.
── E você e o senhor Lee? ── Sung-hoon perguntou empolgado.
── Foi meio estranho no começo, mas estamos bem ── disse ── Eu... gostaria de falar sobre você para ele.
Sung-hoon ficou surpreso ao ouvir aquilo.
── Sei que ainda estamos em busca da nossa mãe. ── Alex riu ao dizer aquilo. ── Mas, independente do que aconteça, quero que saiba que estou do seu lado.
Sung-hoon deu um sorriso um pouco triste, mas concordou. Alex era gentil, mais do que ele conseguiria depois de tudo.
Quis falar sobre Min-ho e a situação de Yejin. Também cogitou falar sobre seu pai e no seu pedido que o estava quase matando por dentro. Sung-hoon poderia se sentir um pouco melhor se tirasse aquele peso de seu pensamento.
── Não quero voltar para Los Angeles quando as aulas acabarem ── Sung-hoon confessou ── Mas ainda faltam alguns anos para que eu seja maior de idade e comece a decidir a coisas por conta própria.
── Você quer ser um idol, certo? ── Sung-hoon concordou. ── É o seu sonho?
── Gosto de dançar. Não sei se tenho chances de entrar em um grupo famoso ou virar um solista, mas quero tentar fazer isso. ── Sung-hoon sorriu com a ideia. ── Mas meu pai vai me arrastar de volta assim que as aulas acabarem e me obrigar a fazer parte da empresa dele.
Alex bebeu um pouco de seu café e pensou por um instante. Sung-hoon conseguiu ver a luta interna dele e entendeu que estava se segurando para não falar as próximas palavras.
── Meu apartamento é... pequeno, mas podemos dar um jeito. ── Alex desviou o olhar. ── É perto de várias empresas de entretenimento. Posso levá-lo para os testes se precisar.
Sung-hoon levou alguns segundos para entender a verdadeira intenção de Alex.
── Alex... está me convidando para morar com você? ── Sung-hoon sorriu animado.
── Até você ser maior de idade ── Alex concordou ── Mas, tem que falar com o seu pai antes. Podemos fazer isso juntos, se quiser.
Sung-hoon concordou, mesmo sabendo que seu pai jamais deixaria aquilo acontecer. A ideia de morar na Coreia do Sul, ficar na KISS até o seu último ano e realizar seu sonho era emocionante.
Sabendo que aquilo não aconteceria, Sung-hoon se prendeu naquela ideia e a segurou o mais firme possível.
── É uma boa ideia ── Sung-hoon sorria.
Assim que terminaram, saíram juntos da cafeteria e, antes que Sung-hoon pudesse segui-lo, ouviu seu celular tocar.
Era Min-ho.
Espere por mim.
Sunghoon esperou alguns segundos antes de a outra mensagem aparecer.
Vamos fazer isso juntos, lembra?
Alex estava bem ao seu lado e acabou espiando a mensagem de Sung-hoon e o jeito como ele sorriu. Um sorriso feliz e apaixonado.
── Gosta dele? ── A pergunta inesperada de Alex fez Sung-hoon o olhar rapidamente. ── Desculpa, eu não quis...
── Não. Tudo bem ── Sung-hoon mandou sua localização para Min-ho antes de colocar seu celular no bolso, ainda sorrindo. ── Sim, eu gosto muito dele.
A reação de Alex foi agradável e tranquilizou Sung-hoon. Era emocionante poder falar aquilo para alguém além de seus amigos e a relação dele com Alex estava sendo construída de uma forma natural e boa para ambos.
Alex ficou ali com ele até o carro de Min-ho aparecer.
── Tenho que voltar para o colégio ── Alex avisou ── Me ligue se precisar.
Sung-hoon concordou e o viu seguir um caminho diferente deles. Min-ho saiu do carro e abriu a porta, sorrindo para ele.
Ele revirou os olhos pela gentileza inesperada, mas acabou entrando mesmo assim.
Dentro do carro, Min-ho segurou sua mão. Sung-hoon tentou não fazer daquilo uma grande causa, mas foi incapaz de fazer seu coração bater com tanta força.
☾⋆。AVISOS:
001.
A segunda parte de estendeu
um pouquinho mais de que pensei
e, por isso, também tenho a dizer
que SE está chegando ao fim...
Bom, tudo tem um fim, não é?
002.
Não esqueça de votar e
comentar suas teorias.
Até o próximo capítulo.
Bjos!
saky¡megvmisz
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