SEMANTIC ERROR.
Sung-hoon e Min-ho passaram por cinco restaurantes diferentes antes de achar o que procuravam. A pronúncia de Sung-hoon era pior do que pensava e Min-ho teve que decifrar aquelas palavras. No fundo, estava se divertindo, mas podia ver o desespero de Sung-hoon.
── Meu pai é coreano, obviamente. Mas eu sempre estudei em escolas americanas ── Sung-hoon explicou ── Até minhas babás eram americanas.
── Ele nunca ensinou nada para você sobre a Coreia? ── Min-ho perguntou.
── Acho que ele tentou por um tempo ── Sung-hoon riu ── Mas eu já estava muito americanizado para entender qualquer coisa.
Min-ho e Sung-hoon andavam pela rua juntos, procurando o último restaurante que parecia ser o certo. Sung-hoon havia se desculpado tantas vezes que até havia perdido o sentindo da palavra.
── É aqui ── Min-ho falou ── Não se preocupe, vou traduzir tudo para você.
Jungsik Seoul era um lugar bonito, a iluminação amarelada deixava o ambiente ainda mais aconchegante. Sung-hoon olhava para os lados analisando as mesas e os quadros nas paredes. Ele foi em poucos restaurantes enquanto estava ali e, nessas poucas vezes, achou tudo lindo.
── Vocês tem reserva? ── Uma senhora se aproximou deles e, obviamente, Sung-hoon não entendeu o que ela falava.
── Não, gostaríamos de uma mesa, por favor ── Sung-hoon não estava acostumado com Min-ho falando coreano, o sotaque inglês dele era sua marca registrada e sempre o surpreendia ── Vamos sentar.
Sung-hoon apenas concordou e a senhora os guiou até uma mesa que os dava uma certa privacidade. Eles sentaram e ela entregou o cardápio.
── Obrigada ── Min-ho falou e Sung-hoon apenas fez uma breve reverência quando ela se foi ── Quem estamos procurando?
── Baek Jun-ho. Ele é citado algumas vezes na carta, acho que trabalhava aqui e minha mãe sempre vinha jantar nesse lugar ── Sung-hoon respondeu ── Será que devemos perguntar agora?
── Calma, vamos comer primeiro. Pode ser? ── Min-ho abriu o cardápio e começou a lê-lo, Sung-hoon não o fez sabendo que tudo estava em uma língua na quão não entenderia. Poucos minutos depois, outro homem veio para anotar seus pedidos ── Duas porções de kimchi e tteokbokki, por favor. Sem pimenta.
Sung-hoon entendeu a palavra kimchi e tteokbokki. Assim que o atendente se afastou, Sung-hoon se inclinou um pouco para sussurrar.
── Eu não gosto de pimenta ── Quando falou aquilo, Min-ho riu.
Eles acabaram comendo em silêncio e, em nenhum momento, Sung-hoon sentiu ardência na comida. Ele pensou que talvez Min-ho soubesse disso, mas como?]
── No Chuseok você não comeu tteokbokki porque estava apimentado ── Min-ho apontou ── E, depois disso, me envenenou com aquele doce cheio de lactose.
── Eu não sabia disso e já pedi desculpas ── Min-ho o encarou sabendo que nunca havia feito aquilo.
Min-ho pensou em dizer algo já que era apenas eles dois, mas o clima estava bom e parecia divertido mante-lo assim. Sung-hoon parecia novamente confortável com ele e nada parecia estranho pela primeira vez em muito tempo.
── Acho que estamos bem agora, não é? ── Sung-hoon perguntou.
── Sim, ── Min-ho respondeu com sinceridade ── estamos bem.
Talvez, desde o começo, ambos estivessem errados. Aquilo foi passageiro, breve. Tão rápido que parecia que nem ao menos tinha acontecido.
Quando terminaram, Min-ho e Sung-hoon se aproximaram do balcão para poderem pagar a conta.
── Vai, pergunta ── Sung-hoon sussurrou.
── Não me apressa ── Min-ho o encarou. A mulher falou algo e Min-ho entregou o cartão de crédito.
── O que ela disse? Você já perguntou? ── Sung-hoon dividia seu olhar entre ela e Min-ho.
── Sung-hoon, estou só pagando a conta ── O desespero que Sung-hoon era engraçado, mas um pouco estressante. Ele sempre estava calmo, vê-lo quase perder a cabeça ali era divertido ── Com licença, por acaso alguém chamado Baek Jun-ho trabalha aqui?
A senhora que os havia recebido começou a falar e Min-ho respondia com uma calma absurda. Eles ficaram assim, conversando, por alguns minutos. Um tempo difícil de Sung-hoon lidar, já que não conseguia controlar as perguntas que fazia para Min-ho.
Min-ho sinalizou diversas vezes para que parasse de falar, mas Sung-hoon achou a resposta longa e a tranquilidade de Min-ho era pior. Então, para acalmá-lo, Min-ho segurou a mão que Sung-hoon estava usando para cutucá-lo, assim, o parando.
Sung-hoon finalmente ficou quieto. A mão de Min-ho na sua o deixou calma, era um aperto suave. Dava para senti-lo, foi o suficiente para deixá-lo tranquilo.
── Obrigada ── Min-ho se despediu dela e arrastou Sung-hoon para fora do restaurante ── Você nunca cala a boca, Park?
── Eu só queria saber o que vocês estavam falando ── Sung-hoon fez beicinho, envergonhado por Min-ho brigar com ele ── Vocês estavam falando muito e isso me deixou ansioso. Então, o que descobriu? Jun-ho ainda trabalha aqui? Onde ele está?
── Ele morreu, Sung-hoon ── Min-ho respondeu com calma sabendo que aquela informação ia deixá-lo abalado ── Há três anos.
── Ele...morreu ── Sung-hoon repetiu em um tom triste.
── É, a senhora estava me contato que foi um choque para todo mundo e que Jun-ho era uma boa pessoa ── Min-ho completou ── Sinto muito.
── Eu que tenho que pedir desculpas por arrastar você para isso ── Sung-hoon falou.
Min-ho não precisava de desculpas, já que não achou aquilo uma perda de tempo. De qualquer modo, havia passado um tempo considerado com Sung-hoon e a única coisa que sentia era uma leve tristeza por não conseguir ajudá-lo.
── Você ainda tem alguma carta da sua mãe? ── Min-ho ainda estava disposto a ajudá-lo e, assim como ele, também queria respostas.
Sung-hoon revirou os bolsos e entregou um envelope para Min-ho.
── Eu ia entregar esse para a Yejin mais tarde ── Sung-hoon falou e Min-ho concordou.
Ele abriu o envelope com cuidado e começou a lê-lo. Sung-hoon encarou o seu jeito concentrado de pensar e na pequena ruga que se formou entre suas sobrancelhas ao ler o papel.
Min-ho era inteligente, Sung-hoon já o viu estudando algumas vezes e aquela era a expressão que sempre formava em seu rosto quando estava pensando.
── Você conhece alguém chamado Jin-ah? ── Min-ho perguntou ── Algum parente próximo?
── Na verdade, não. Eu não tinha muito contato com a família da minha mãe ── Sung-hoon respondeu ── Acho que se perguntasse para o meu pai, não responderia.
── Não precisa, no remetente tem o endereço da pessoa que mandou para a sua mãe ── Min-ho falou ── Essa pessoa ainda deve morar lá.
── Sério? Então vamos, agora! ── Rapidamente a animação de Sung-hoon voltou e Min-ho sorriu.
── Calma aí, Park. Já está quase na hora do toque de recolher e eu não quero levar uma expulsão pela sua aventura ── Min-ho viu a animação de Sung-hoon desaparecer ── Podemos ir outro dia, 'tá bom?
── Ah, não. Você não precisa...
── Vai me dispensar?! Você precisa de ajuda, Sung-hoon e eu quero ajudá-lo ── Min-ho explicou ── Só se você quiser, é claro.
Sung-hoon podia falar que Yejin ou Alex para acompanhá-lo e, no fundo, Min-ho sabia que tinha outras opções além dele.
Mas nenhuma opção era Min-ho. Nenhum deles era Moon Min-ho.
Pelo menos daquela fez, quis que o escolhesse.
── Tudo bem ── Sung-hoon concordou ── Podemos fazer isso, juntos.
Min-ho sorriu e Sung-hoon sentiu quando seu coração bateu um pouco mais rápido. Não era certo, Min-ho tinha alguém e, por isso, não deveria sentir-se daquele jeito.
Incapaz de controlar aqueles sentimentos ou de escondê-los ainda mais.
Yejin leu as mensagens de Sung-hoon sobre o que havia feito naquele dia e lamentou por não ter tempo de ajudá-lo, mas, logo ficou feliz por saber que ele havia feito aquilo com Min-ho, o garoto que ainda gostava.
Ela queria brigar com ele ou acordá-lo para a realidade, mas Sung-hoon estava muito feliz e não quis estragar aquilo.
Antes que pudesse mandar uma mensagem para Sung-hoon, Yejin rolou para fora da cama quando ouviu alguém bater.
── Yuri? ── Por vezes, Yejin esquecia que elas moravam juntas, talvez pelo fato de que sempre a evitada e, com isso, acabava sendo surpreendida.
── Podemos conversar? ── Yuri perguntou e Yejin apenas abriu espaço para que ela entrasse no quarto. Yejin fechou a porta e sentiu-se um pouco envergonhada já que seu quarto estava uma bagunça ── Você e o Sung-hoon são amigos?
── Sim, ele é meu melhor amigo ── Yejin respondeu.
── Você falou para ele sobre...nós? ── Yuri parecia tensa, mas Yejin não queria mentir apenas para que tivesse algum alívio e, a falta de resposta, a fez entender ── Ele não vai contar...
── Não se preocupe. O Sung-hoon...
── ...para a Juliana? ── Yuri a interrompeu.
Yejin a encarou por alguns segundo antes de rir, era uma risada baixa e quase envergonha.
── Não, ele não vai ── Yejin respondeu ── Sung-hoon não é esse tipo de pessoa.
── Não pensei que fosse ── Yuri suspirou aliviada ── É que...você está um pouco estranha esses dias e sei que deve se sentir desconfortável...
── Por estar morando com a minha ex namorada e a atual namorada dela? Claro ── Yuri falou ── É estranho demais, Yuri.
Yejin deu uma volta pelo quarto a fim de pensar. Yuri a deixava nervosa e as lembranças que tiveram juntas eram ainda piores.
── Estou com a Juliana agora e amo ela ── Yuri falou ── Será que podemos...
── Esquecer tudo? Por mim tudo bem ── Yejin se virou para a encarar e quase sentia seu coração se partir ── Como se nunca tivesse acontecido.
── Yejin, me escuta ── Yuri se aproximou dela ── Eu não era assumida na época e não é como se eu nunca tivesse sentido nada por você. Eu gostei de você, de verdade. Mas, agora, é diferente.
── Então não vai contar para a Juliana sobre nós? ── Yejin falou ── Não é como se fosse contar que ainda me ama, mas vai esconder isso dela?
── Ela não precisa saber ── Cada palavra de Yuri a machucava.
── Se é o que você acha ── Yejin deu de ombros.
Yuri recuou e Yejin sabia o que aquilo significava, ela nunca contaria a verdade.
── Não posso concordar com isso, mas não vou fazer nada, então não se preocupe ── Yejin passou por Yuri e foi até a porta de seu quarto ── Não sou nenhuma ex maluca, Yuri.
── Yejin...
── Não, por favor ── Yejin a interrompeu ── Já me magoou o bastante.
Yejin abriu a porta, mas Yuri não saiu de imediato e encarou algo na sua frente. Então, Yejin espiou o corredor e viu Juliana.
Não dava para esconder a chateação no rosto de Yejin e nem a expressão de frustração de Yuri. Juliana tentou deduzir o que estava acontecendo, mas não conseguiu.
Então, Yuri saiu pela porta e puxou Juliana para longe de seu quarto. Yejin fechou a porta em seguida.
Na contagem de Yejin, Yuri havia partido seu coração duas vezes e doía.
Doía muito.
☾⋆。AVISOS:
001.
Eita que o mundinho
parkmoon (provavelmente)
tá (meio) feliz enquanto
as hankim vão ter que
ficar nas trincheiras
por elas.
002.
Não esqueça de votar e
comentar suas teorias.
Até o próximo capítulo.
Bjos!
saky¡megvmisz
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro