014.
SEMANTIC ERROR.
A influência de seu pai era grande e qualquer um faria qualquer coisa que ele pedisse. Ele era bonito, tinha dinheiro e era uma versão mais velha de Sung-hoon. A diferença entre eles era óbvia, Sung-hoon jamais conseguiria trair tantas pessoas quanto ele.
Mesmo não concordando, Sung-hoon tinha medo de contrariar. As poucas vezes que cometeu algum erro, seu pai fez parecer que era muito maior e aquilo lhe rendeu algumas crises de pânico. Yejin era a única que sabia delas e, desde que seu pai botou os pés na KISS e fingiu aquela simpatia e moralidade, Sung-hoon não se sentia tranquilo.
Agora, graças a exposição para se autopromover, Sung-hoon recebia atenção por todos os lugares que passava. Nas aulas, os alunos estavam cochichando seu nome e as garotas tinham intenções ainda piores.
A felicidade que sentia ao voltar para a KISS havia desaparecido. Yejin estava ali e não iria deixá-lo, mas ela também tinha suas questões. Alex estava ocupado com o trabalho e iria lhe avisar quando pudessem conversar sobre toda aquela situação.
Sung-hoon acabou descobrindo que o prêmio que Young Moon e Park Sung-woo estavam promovendo era em dinheiro, além de um contrato para virar a nova estrela da empresa deles. Isso atraiu a atenção de Dae, que estava cogitando em se inscrever.
Quincy o avisou que começará a treinar para o campeonato de corrida. Jin também havia dito que faria aquilo pela manhã e Sung-hoon pensou se deveria estar lá para evitar um embate entre os dois.
Seu pai estava ignorando suas mensagens e ligações. Talvez estivesse ocupado demais para ele, como sempre. Mas Sung-hoon sabia que tinha algo ali. Algo que o envolvia e isso o preocupava.
No meio daqueles pensamentos, Sung-hoon não notou a aproximação repentina de uma garota. Tantas haviam o cercado pela manhã que qualquer um que chegasse assim o assustaria.
── Oi, Sung-hoon ── Ela disse seu nome como de fossem amigos próximos, ele teve que dar um passo para trás devido à aproximação repetnina ── Desculpa, não quis assustar você.
Ela tinha um sorriso gentil, então Sung-hoon apenas relevou.
── Está tudo bem ── Sung-hoon sorriu.
── Stella. Sentamos juntos no jantar da Yuri ontem ── Sung-hoon não lembrava daquela informação, mas concordou.
── Ah, sim. Claro ── Sung-hoon esperou que seu sorriso encobrisse que não se lembrava daquilo.
── Ainda bem que se lembra de mim. Bom, estava pensando se gostaria de beber um café comigo. Só nós dois ── Stella sorria animadamente e Sung-hoon não viu maldade ali. Ela fingia tão bem que ele não pensou que poderia ser uma sasaeng ou algo do tipo.
── Parece ser divertido ── Sung-hoon gostou da ideia e já que estava precisando dar uma volta, não faria diferença com quem fosse.
── Ótimo! Eu te ligo ── Stella saiu saltitante e Sung-hoon nem teve tempo se pensar em como ela arranjaria seu número.
Quando se virou para voltar a andar, encontrou Yejin o encarando.
── Às vezes você é tão gay que não percebe as coisas ── Yejin falou dando um leve tapa em sua cabeça ── Ela 'tá dando em cima de você, idiota.
── Sério? ── Sung-hoon recebeu outro tapa ── Aí!
── A maioria das garotas que se aproximam de você só querem tentar ser famosas pelo seu pai famoso ── Yejin falou ── Nem sempre é porque você é bonitinho, Sung-hoon!
── Mas você conseguiu um emprego na empresa do meu pai logo depois que nos conhecemos ── Sung-hoon a olhou confuso.
── É, mas você não faz o meu tipo e eu não te usei. Pare de pensar isso! ── Yejin sabia que aquilo foi apenas uma provocação dele ── E essa garota...parece ser meio estranha. Reconheço ela de algum lugar.
── Você acha todo mundo estranho ── Sung-hoon falou.
── Tem que tomar cuidado ou vai acabar ferrando com sua carreira ── Yejin o olhava com preocupação ── Nem todo mundo que se aproximar de você vai ser interesseiro, mas tem que tomar cuidado. Seu pai ainda é dono de uma empresa de entretenimento e você é o filho dele.
── É por isso que tenho você ── Sung-hoon sorriu.
── Claro, estaria morto sem mim ── Yejin revirou os olhos ── Agora me fala por que precisa de mim. Tenho que ir para a aula do seu irmão.
── Ah! ── Sung-hoon tirou a mochila dos ombros e abriu, tirando alguns envelopes de lá ── São cartas da minha mãe. Acho que foram endereçadas para alguém daqui. E...estão todas em coreano.
── Não vou julgar sua metade americana, mas vou julgar sua outra metade coreana. Precisa aprender coreano! ── Yejin pegou os envelopes e os analisou ── Vou passar a noite lendo isso. Aviso se encontrar alguma coisa.
Sung-hoon apenas concordou. Yejin disse estar atrasada e prometeu ligar para ele mais tarde, Sung-hoon lamentou por terem aulas tão distantes, mas se encontrariam em alguns momentos.
No final do dia, Sung-hoon apenas queria voltar para o seu quarto e dormir até o dia seguinte. No entanto, Quincy lhe mandou uma mensagem para o encontrar em seu dormitório. Ele pensou que não seria uma boa ideia, Min-ho provavelmente estaria lá, mas não poderia ignorá-los, era melhor agir como se estivesse tudo bem.
Sung-hoon nem ao menos precisou bater na porta, Quincy já o esperava.
── Vamos para uma balada gay! ── Ele anunciou e o puxou para dentro do dormitório ── E o Dae vai conosco.
── Eu não sou gay! ── Dae falou rapidamente.
── Não achei que fosse ── Sung-hoon falou ── Eu não posso sair para baladas. Meu pai 'tá por aí e eu não posso ser visto em festas. Muito menos...festas gays.
Quincy o encarou pensativo, foi até o quarto e voltou com um boné preto.
── Aqui. Não ficou tão ruim ── Quincy falou ajeitando o boné na cabeça de Sung-hoon.
── Isso não vai me deixar invisível. Só ridículo ── Sung-hoon falou tirando o boné ── Podem ir sem mim. Vou ficar bem.
── Olha, Sung-hoon. Preciso de apoio emocional. Florian me deixou ── Quincy falou.
── Ele colou nas provas finais e foi expulso ── Dae completou ── Q o denunciou.
── Merda ── Sung-hoon falou ── Sinto muito, mas eu não vou.
Sung-hoon já estava certo disso, mas o olhar que Quincy e Dae compartilharam denunciava algo.
── O quê foi? ── Sung-hoon os encarou ── Podem me contar.
── É que...o Min-ho saiu com a Stella ── Dae falou.
── Pensamos que seria legal se você fosse conosco só para se...distrair ── Quincy concordou.
Eu...segui em frente. A voz de Min-ho ecoou em sua mente. E ele realmente não havia mentido. Sung-hoon não esperava pelo contrário, mas também acabou por se lembrar do que Yejin havia dito. Não dá para esquecer esse sentimento tão rápido.
Stella? Não foi a garota que havia o convidado para sair mais cedo? Aquilo era estranho. Ela havia ido atrás de Sung-hoon, desistido e depois foi até Min-ho.
De qualquer forma, não era problema seu, mas aquilo ainda o incomodava.
── Tudo bem ── Sung-hoon disse ── Eu só...preciso trocar de roupa antes.
Dito isso, Sung-hoon saiu do quarto e deixou Quincy e Dae para trás confusos e animados.
── Acha que foi uma boa ideia contar para sobre a Stella e o Min-ho? ── Dae perguntou olhando o sorriso divertido do amigo.
── Claro. Min-ho vai surtar de ciúmes quando souber que Sung-hoon ficou com alguém e o Sung-hoon vai se declarar para ele quando der um chute na Stella ── Quincy respondeu pensando que seu plano estava começando a surgir efeito ── Final feliz para todo mundo. Sou meio que um cupido, sabia?
Dae não concordou, ainda achava aquele plano maluquice. Mas, o que mais poderia fazer? Esperar que funcionasse.
No meio da música alta, Sung-hoon tentava não sentir tão incomodado por estar ali. Dae também se encontrava no mesmo estado, mas curioso.
── Parem de agir assim! ── Quincy mexeu os ombros de uma forma convidativa ── Me ajuda aí, Sung-hoon.
Sung-hoon não soube o que dizer, estava distraído demais, olhando para os lados a procura de alguém que pudesse o expor ou tirar fotos suas. Com isso, não viu quando um garoto se aproximou deles e olhou na direção de Sung-hoon.
Quincy e Dae deram um passo para o lado e o deixou se aproximar.
── Ei ── Ele falou ── Quer dançar?
Sung-hoon concordou, talvez fosse um erro, mas ele só saberia mais tarde. A música era alta, mal conseguia ouvir seus pensamentos. Sung-hoon olhou ao redor procurando câmeras ou qualquer outra coisa.
── Não se preocupe. É uma balada secreta ── falou ── Ninguém vai tirar fotos nossas.
Sung-hoon riu ao ouvir aquelas palavras. Seu medo de ser exposto era o menor dos casos, tinha medo do que seu pai acharia daquilo. Seu único filho, dançando com rapazes e os beijando.
Ele sentiu quando o garoto começou a se aproximar e não recuou, a mão dele em seu pescoço o puxou para perto enquanto os lábios dele tocaram os seus. Era quente e doce. Não deveria ficar tão tenso, mas ficou. O toque era delicado em sua pele e a língua dele quente ao tocar a sua.
Era bom, Sung-hoon gostou de como aquela sensação o consumiu. Desde seu rompimento com Min-ho, a única coisa que sentia era arrependimento cercado de culpa, mas naquele momento, não. Tudo parecia longe. Min-ho distante, assim como os sentimentos que ambos deixaram para trás.
Sung-hoon acabou indo embora logo depois, Quincy e Dae ficaram e o garoto disse que o encontraria, era um flerte que Sung-hoon torceu para não ser verdade. Seus casos nunca foram nada, além disso, e gostaria que permanecessem assim.
Tinha um sorriso bobo nos lábios enquanto caminhava de volta para a KISS e até tocou seus lábios novamente para sentir aquilo novamente. Porém, por um segundo pensou em como séria o gosto do sabor dos lábios de Min-ho nos seus.
Será que Min-ho já havia pensado nisso?
Seu coração também acelerou assim como o dele?
Sung-hoon parou quando os viu. Stella e Min-ho também estavam voltando para o colégio. Ele viu quando Stella se aproximou de Min-ho com calma e beijou seus lábios. Ele retribuiu.
Ele retribuiu. Sung-hoon prendeu a respiração e deu um passo para trás.
Eu segui em frente. A voz de Min-ho ecoou em sua mente novamente como o lembrete cruel da verdade que estava vendo.
Será que Sung-hoon conseguiria fazer o mesmo?
☾⋆。AVISOS:
001.
Eu escrevi esse capítulo
ouvindo casual da chappell roan
então podem notar o drama. Sei que
tá tudo dando errado, mas bons momentos
estão por vir...eu espero.
002.
Não esqueça de votar e
comentar suas teorias.
Até o próximo capítulo.
Bjos!
saky¡megvmisz
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro