SEMANTIC ERROR.

── Min-ho ── A voz calma de Sung-hoon o acordou ── Ei, Min-ho, acorda.

Min-ho resmungou um xingamento baixo antes de abrir os olhos e encontrar Sung-hoon o encarando com um sorriso divertido.

── O quê foi? Por que está me acordando? ── Min-ho se sentou na calma, confuso ── Por que está na minha cama?

── Min-ho, eu sei o que está acontecendo aqui ── Sung-hoon se aproximou de Min-ho lentamente, ele não recuou ── Você está obcecado por mim.

── Eu...não ── A respiração de Min-ho travou por um segundo, a aproximação repentina de Sung-hoon o deixou nervoso ── Não estou obcecado por você.

Sung-hoon estava mais perto de Min-ho, agora, segurando seu rosto com delicadeza. Min-ho não recuou, não queria. Vê-lo tão de perto o deixava nervoso, era isso que Max havia visto naquele dia em que o beijou.

Por que Min-ho estava pensando no beijo de Sung-hoon com aquele garoto?

── Então, por que está prendendo a respiração? Quer que eu beije você? ── Sung-hoon estava tão perto que Min-ho conseguia sentir sua respiração ── Se não se afastar, eu vou...

Min-ho fechou os olhos e esperou pelo toque macio de seus lábios nos dele. Lentamente, Sung-hoon quebrou os últimos centímetros de espaço que os afastava e o beijou.

Min-ho acordou em sobressalto, assustado. Olhou ao redor e não encontrou Sung-hoon, no mesmo instante abriu a porta e saiu do quarto, encontrando-o juntamente a Quincy e Dae.

── Ah...bom dia? ── Quincy encarou a expressão assustada de Min-ho ── Teve um pesadelo?

── Sonhou que nasceu outra espinha no seu rosto? ── Dae riu.

── Não parece que foi um pesadelo ── Sung-hoon o provocou enquanto bebia seu café.

── Claro que foi! Um pesadelo ── Min-ho praguejou o encarando ── Foi um...pesadelo.

── 'Tá bom. Só estava brincando ── Sung-hoon riu.

── Não tem graça! ── Min-ho gritou antes de voltar para o quarto e bater a porta.

Sung-hoon queria saber o que estava passando pela cabeça de Min-ho e o que aquele surto repentino significava. Um pesadelo? E por que ele saiu procurando por algo pelo dormitório antes mesmo de vestir uma camiseta? 

Não. Nada de brincar com seu colega de quarto que é 100% hétero. Sung-hoon tentou afastar aqueles pensamentos de sua cabeça.

── Bom, preciso ir. Vou encontrar a Yuri ── Dae deu um longo suspiro.

── Vocês estão mesmo namorando? ── Sung-hoon perguntou olhando para ele.

── Sim, estamos ── Dae tentou soar convincente, mas não conseguiu. Sung-hoon apenas aceitou a resposta silenciosamente ── Até depois.

── Acho que o Min-ho teve um sonho erótico com alguém ── Quincy disse se inclinando sobre o balcão assim que Dae saiu do quarto.

── Como é? ── Sung-hoon quase engasgou ── Um sonho erótico?

── É. Sabe...sonhos ── Quincy riu ── Será que ele 'tá saindo com alguém...

── Hm ── Sung-hoon pensou ── Pode ser. 

── Falando nisso...tem algo rolando entre você e o Max? ── Quincy perguntou.

── Na verdade, não. A gente se beijou e agora ele... ── O celular de Sung-hoon tocou e outra mensagem de Max brilhou na tela ── Eu nem sei como ele conseguiu meu número.

 ── Então ele está perseguindo você? ── Quincy o olhou preocupado ── Isso é errado.

── Ah, não. Não é isso ── Sung-hoon não tinha pensando naquela possibilidade ── Vou deixar as coisas claras com ele, de novo. 

── 'Tá ── Quincy ainda estava preocupado ── Me avise se precisar de apoio. 'Tá bom?

Sung-hoon apenas balançou a cabeça concordando. 

Quincy avisou que tinha aula e saiu do dormitório, mas antes lembrou Sung-hoon que podia contar com ele. Min-ho não saiu do quarto, Sung-hoon até pensou em chamá-lo para irem para aula juntos, não fez.

O resto de seu dia foi monótono. Sung-hoon teve algumas aulas nas quais teve uma certeza dificuldade de entender, almoçou sozinho já que não encontrou seus amigos e nem mesmo Yuri, que tinha lhe feito companhia algumas vezes.

Enquanto andava pelo campus procurando um local onde podia relaxar por um tempo antes de assistir suas últimas aulas. Yejin não mandava mensagens desde a noite anterior, onde acabou contando seu pequeno caso com Max e como o fato dele estar atrás dele estava o incomodando.

Mas Sung-hoon não teve muito tempo para pensar nisso, uma chamada de seu pai o tirou daqueles pensamentos.

── Oi, pai ── Sung-hoon deu um longo suspiro já esperando por uma conversa longa e cansativa. Ele se sentou no primeiro banco vago que encontrou, longe dos outros alunos.

── A diretora Han me ligou e disse que você está indo bem nas aulas ── Ele disse sem muita empolgação ── Tem algo para me contar?

── Ah, meus colegas de quarto são legais ── Sung-hoon disse ── Está indo tudo bem, acho.

Ouve uma pausa silenciosa e aquilo quase matou Sung-hoon. Tratamento do silêncio era o que seu pai usava para puni-lo. Não saber o que ele pensava era pior do que saber.

── Eu soube de você do Max ── Sung-woo disse. 

── Como você...soube? ── Sung-hoon não estava gostando do rumo que aquela conversa estava levando. Como ele sabia do Max? Isso era preocupante.

── Na verdade, ele se chama Jay. Eu o mandei para ficar de olho em você ── Seu pai disse simplesmente.

── Colocou um cara atrás de mim só para testar se eu ainda era gay? ── Sung-hoon disse ── É sério, pai? Isso é cruel.

── Estou preocupado com o seu futuro, Sung-hoon ── Aquilo não soou convincente ── Disse para ter cuidado, ficar longe de problemas e concluir esse ano sem outro escândalo, mas parece que eu terei de tomar outras alternativas.

── Pai...

── Se comporte, Sunghoon! ── Sung-woon disse como uma ameaça velada ── Ou pode desistir da sua carreira. Sua próxima parada será um internato na Suíça! E poderá esquecer da dança completamente.

── Pai, espera, eu... ── A ligação foi finalizada logo em seguida.

Sung-hoon não tentou ligar para ele, sabia que não atenderia. Não havia ninguém para conversar sobre aquilo. A KISS está virando sua prisão. Todos as sua volta podiam ser cúmplices de seu pai.

Novamente, Sung-hoon estava sozinho. Ele odiou aquilo.

Min-ho havia passado o dia no dormitório, faltar as aulas não era algo que costumava fazer, mas ele não estava pronto para encarar a realidade lá fora. No fundo, também não sabia se estava só esperando por Sung-hoon e quem sabe conversar com ele.

Ele ouviu batidas na porta, sua respiração travou por um instante.

── Pode entrar ── Era Quincy.

── E aí? ── Quincy adeentrou o quarto calmamente ── Você não foi para a aula hoje. Está tudo bem?

── Sim, estou bem ── Min-ho respondeu nada convincente.

── Foi um sonho erótico, não é? ── Quincy perguntou.

── Caí fora ── Min-ho resmungou.

── Você não negou ── Quincy sorriu ── Foi com a Madison Miller? Soube que ela é a fim de você.

Deveria ser. Min-ho pensou. Madison estava atrás dele desde que as aulas voltaram e era aceitável dizer que foi com ela, certo? Quincy ainda o olhava querendo uma resposta. Curioso como um amigo seria.

── Ah, é. Foi ── Min-ho se sentiu um pouco desconfortável em admitir isso ── com...uma garota.

── Espera aí ── Quincy se sentou na cama ── Foi com um...garoto?

── Quincy, eu... ── Min-ho apertou as mãos, incapaz de concluir a frase sem sentir seu corpo interio tremer. Não estava rejeitando aquele sentimento, apenas ainda estava tentanto entendê-lo.

── Tudo bem. Tudo bem ── Quincy recuou ── Só saiba que estou aqui se quiser conversar. Leve o tempo que for.

Quincy sorriu amigavelmente e se levantou, quando estava prestes a sair do quarto, olhou para Min-ho mais uma vez.

── Não é tão assustador quanto você pensa ── Quincy falou ── É bem...interessante. 

Min-ho apenas concordou, Quincy saiu do quarto e fechou a porta. Enquanto isso, Min-ho ficou encarando a cama vazia de Sung-hoon. 

Seu coração acelerava, seus pensamentos estavam confusos e ele não sabia o que estava sentindo. Min-ho queria que aquilo passasse logo.

Ou não. Ainda não tinha certeza.

☾⋆｡AVISOS:

001.

Vamos pensar: Min-ho está tendo 
um "gay panic" e o Sung-hoon vai
ter só um "panic" já já...

002.

Não esqueça de votar e
comentar suas teorias.
Até o próximo capítulo.
Bjos!

saky¡megvmisz