Lista
MINA ON
- Eu já vou indo lá – falo me referindo a pegar algo para comermos.
- Tudo bem - levanta do sofá - Mina! - me chama e eu olho para ela.
A garota aproxima nossos corpos e me puxa para beijar a sua boca. Um beijo simples, mas cheio de sentimentos e sinto que seja de ambas as partes.
- Bato duas vezes antes de abrir – aviso-a como um código para saber que sou eu.
Ela concorda e volta rapidamente ao sofá, então decido que iria sai nesse momento. Saindo pela porta já me encontro no corredor das cabines, caminho para a lojinha onde tem comidas sendo vendidas e saio a sua procura.
{...}
- Estou no trem indo para o sul da cidade - informa o capanga de Jaehyun por telefone.
- "Ótimo" - Jaehyun diz sério do outro lado da linha.
- Estamos chegando a estação de Cincinnati – diz olhando pela janela de sua cabine.
- "Vamos estar esperando nessa parada" - fala o homem encerrando a ligação.
{...}
Assim que encontrei a lojinha fui pegar uma bandeja para colocar as nossas comidas, no centro do ambiente havia uma espécie de self-service onde tinha alguns pratos já feitos, então decido pegar dois para levar para a garota.
- Nossa que fome...- verbalizo assim que vejo a comida - Será que ela gosta disso? pergunto assim que pego uma barrinha de cereal.
Pego duas sobremesas que havia ali e logo depois em uma máquina de refrigerante que estava ao lado. Fiz o pagamento de tudo e voltei para o quarto, já estava quase chegando quando uma mão foi pressionada sobre a minha boca me impedindo de gritar e o susto fez com que eu derrubasse a bandeja com as comidas.
- CALA A BOCA! – gritou o homem, mas eu só queria gritar assim que ele me levou para dentro de uma das cabines.
Ele me soltou para que eu possa virar e não tenho tempo de pensar em nada, pois o mesmo me deu um soco no rosto me fazendo cair no chão pela força utilizada por ele. Arrasto meu corpo pelo chão no intuito de ir para longe dele, o meu maxilar estava doendo por isso levei a mão até o mesmo para aliviar a dor e quando menos espero um chute é dado em minha barriga me fazendo perder o fôlego.
- Em que cabine ela está? - me pergunta apontando a arma em meu rosto que nesse momento estava banhado em lágrimas.
- Por favor...- imploro negando com a cabeça.
- Dedinhos bonitinhos esses seus...imagina você sem eles? – pergunta enquanto coloca um cortador de charuto em meu dedo - Me fale em que cabine ela está - ordena e eu nego com a cabeça.
{...}
CHAEYOUNG ON
Mina já estava demorando demais e eu acabo por ficar agoniada com a sua demora.
- Já se passaram 20 minutos e nada ainda - falo frustada - Foda-se, eu vou lá – já saio da cabine indo em direção as lojinhas.
Ao chegar no ambiente observo algumas pessoas comendo, mas nada da minha garota..."ela deve ter voltado para lá e acabamos nos desencontrando", era o que se passava na minha cabeça. Ao final de tudo decido seguir de volta para a cabine.
A alguns metros dali o homem vasculhava por todas as cabines procurando por Chaeyoung sendo totalmente falho, pois a mesma não estava por lá. Um, duas, três, quatro cabines e nada dele achar a garota...
Já estava em frente a minha cabine quando olho para a porta e a cortina estava presa na fechadura, então como um estralo em minha mente o pensamento de que alguém havia entrado era verdade. Me escondo no compartimento ao lado e escuto a porta da minha cabine sendo aberta, passos foram escutados por mim e em um movimento rápido saiu do compartimento em que estava para ir ao qual eu havia alugado.
O homem vendo o meu movimento volta e ficamos nessa de fechar ou abrir a porta. Ele sendo mais forte acaba por abrir a porta e me dá um soco, ainda me recuperando vejo ele fechar as cortinas da janela e vir para cima de mim. Dou um soco nele movendo meu corpo em sua direção para acerta-lo com mais golpes, ele me joga na porta de madeira fazendo-a quebrar com o impacto.
Sem tempo de reagir o homem pega o meu corpo e bate a minha cabeça no vidro da janela para ela logo rachar. Ainda não satisfeito ele levanta-me e começa a me enforcar, eu já não tinha apoio dos pés já que estava um pouco acima do chão por conta da força do cara.
- Quer brincar mais é?...garotinha – diz e aperta a minha bochecha.
Cuspo em sua face e o mesmo me arremessa no chão para logo iniciar uma sequência de pisadas, mas eu desvio de todas.
Mina que estava presa em uma das cabines acaba tendo um plano com o copo de vidro que estava na mesa perto dela. A garota chuta a mesa para que o copo caísse inúmeras vezes para tentar se soltar e em uma última tentativa o mesmo caiu no chão deixando apenas os seus estilhaços.
- "Vamos Chaeyoung, usa a cabeça. Mantenha o controle" - ...a voz do meu "pai" ecoa pela minha cabeça assim que estou quase perdendo a consciência devido ao enforcamento que o homem está fazendo novamente. Reuno todas as minhas forças em um golpe na sua têmpora fazendo com que me solte e em um movimento rápido eu prendo sua cabeça entre as minhas pernas.
- "Vai, faz alguma coisa se não eu vou te derrubar"... - novamente ecoa e eu dou um soco em seu rosto virando a perna para que seu pescoço quebrasse. O homem caiu sem forças no chão e ainda de olhos abertos, observo o seu corpo sem vida. Como forma de acabar logo com aquilo eu quebro a janela para jogá-lo por ela ainda com o trem em movimento.
Mina chega ofegante nesse momento por ter corrido até aqui e eu apenas a acolho em meus braços. Sem tempo saímos da cabine e fomos andando pelo corredor quando o trem para seus movimentos do nada nos fazendo perder o equilíbrio. Aproveitando essa ação nós saímos do mesmo para corrermos em direção a floresta que havia perto dali.
- Cuidado - aviso a garota assim que descemos um morro.
- Espera, eu preciso de fôlego – diz ela sentando-se no chão respirando fundo.
{...}
- Essa menina é mesmo filha do Hyunbin - diz Yoongi assim que vê o corpo morto do homem que Chaeyoung havia matado - Não podem ter ido muito longe já que estão a pé - deduz intrigado – Vamos cerca-las, temos que acabar logo com isso - fala entrando no carro enquanto a sua equipe limpa a bagunça que foi feita.
- Agora eu entendo...todo aquele tempo treinando e lutando...ele estava me preparando para essa situação – falo finalmente entendendo o motivo.
- Há dois dias éramos apenas duas estudantes e parece uma eternidade - diz Mina cansada de tudo.
- É uma eternidade – concluo e ela pega em minha mão, entrelaço os nossos dedos e saímos andando afim de sair da floresta.
Assim que chegamos na pista vimos dois carros parando e saindo diversos agentes da CIA dele, corremos de volta para a floresta, mas paro assim que Yoongi grita meu nome.
- CHAEYOUNG...por que está fugindo? Está vendo alguém apontando alguma arma em sua direção? - pergunta próximo a mim.
- Se você é mesmo da CIA...qual é o meu verdadeiro nome? - pergunto curiosa.
- Park Chaeyoung – ele responde.
(N/A: Ignorem que ficou o mesmo nome da Rosé kkkk)
- É Son. Son Chaeyoung – afirmo.
- Son é o seu nome do meio, eles discutiram por causa disso e sua mãe ganhou a discussão - fala gesticulando.
- E como é que você sabe disso? - pergunto e puxo Mina para mais perto.
- Eu estava no hospital quando a sua mãe deu a luz a você – finaliza.
- O que você quer? - pergunto e nesse momento já estávamos cercadas pelos agentes.
- Para começar, quero sair desse lugar sujo...vocês estão fugindo a 22 horas e devem estar com fome...aceitam um hambúrguer e um milkshake? – pergunta e eu cedo sem ter para onde fugir.
{...}
- Sabia que estavam com fome – diz enquanto eu e Mina comíamos os nossos hambúrgueres.
De fato não tínhamos como fugir, porque simplesmente tem agentes até no teto da lanchonete. Os prédios em frente ao estabelecimento estavam com olheiros prontos para atirar.
- Mina, posso conversar com a Chaeyoung em particular?... a agente BoA vai te ajudar com os ferimentos – fala e a garota me olha antes de se levantar para sair.
- Quem matou os meus pais? – pergunto sem enrolação.
- Fala da Yoona e do Taehyung? – pergunta e eu concordo - O nome dele é Park Jaehyun e ele é um agente independente – finaliza olhando em meus olhos.
- Como...como o meu pai? – mexo na mesa intrigada.
- Sim, mas... Jaehyun trabalha para o lado mau da força e Hyunbin é...ele era um de nós...a mulher que você conheceu como Dra. Minnie treinou ele e a Hyuna também – fala e parece ser sincero.
- De quem foi a ideia de me por em um lar adotivo ou seja qual for o nome? - pergunto.
- Quando a sua mãe morreu para ser sincero nós não sabíamos se o Hyunbin iria suportar e ele não tinha condições de criar um filho, sabia disso e prometi que iria deixar você em segurança...assim ele podia continuar a fazer o que sempre fez – olha para a janela.
- E o que é exatamente? - questiono.
- O mundo é complicado, pessoas como o Hyunbin e Jaehyun são os dois lados da mesma moeda – se inclina por cima da mesa levemente em minha direção – O mundo ao qual você foi inserida é o mundo em que poucos veem e o que você viu até agora não é nada...a nossa missão é lutar nessa guerra muito silenciosa e não tem tiros, bombas, fronteiras ou territórios...a moeda dessa guerra é a informação, estamos na era digital e é dados que o Jaehyun quer - diz reclinando de volta ao seu lugar.
- E o que esse Jaehyun quer de mim? pergunto desconfiada.
- O Jaehyun havia roubado uma coisa muito valiosa dele e agora quer de volta...e se ele conseguir pegar você o seu pai irá ficar em uma situação muito delicada – fala mexendo desconfortável em seu assento.
- Eu só queria saber o motivo dele se preocupar tanto comigo agora – falo para ele.
- Chaeyoung, você não sabe nada sobre o seu pai - solta uma risada fraca.
- Mas sei que ele mete medo em você - falo rindo de lado.
Mal imaginavam eles que Jaehyun já sabia da sua localização e havia matado todos os olheiros que estavam em cima dos prédio.
- Jeon responda... Kim responda...- pede o único agente ainda vivo, o mesmo percebe que algo está errado quando os outros agentes não respondem.
- Essa coisa que o Jaehyun tanto quer e que o meu pai roubou...o que é? – pergunto curiosa para Yoongi.
- Aparentemente, é uma sequência aleatória de números e letras...na verdade, é uma lista encriptada de 24 pessoas que já negociaram segredos do Estado...tem ideia de como essa informação pode valer, Chaeyoung? - pergunta e eu lembro do telefone em que peguei na casa do Hyunbin a algumas horas atrás.
- O seu nome está na lista, não é? - pergunto olhando no fundo de seus olhos.
- Você tem imaginação fértil – diz rindo - Isso é muito perigoso – fecha a cara novamente.
Olho para a janela e o agente que estava na frente estava correndo em nossa direção, ele gritava para irmos embora e então o barulho de tiro é ouvido fazendo o homens cair no chão sem vida. A janela ao meu lado foi quebrada e me jogo no chão para proteger-me, engatinho para perto de Mina que estava atrás do balcão e podia escutar os tiros sendo deferidos a todo momento.
- Fiquem aí e de cabeças abaixadas – pede BoA.
Abraço a garota ao meu lado para proteger sua cabeça dos objetos que estavam caindo, olho em direção a porta dos fundos e puxo a garota para vir comigo. Vejo um carro do lado de fora e pego-o fazendo ligação direta para ligá-lo, assim que consigo acelero para fora dali.
- O que, diabos, está acontecendo? - pergunta ela desesperada.
- O assassinato dos meus pais e tudo o que a gente está passando é por causa de uma droga de lista – falo me concentrando na estrada.
- Que lista? - pergunta curiosa.
- Uma lista que meu pai roubou é um tal de Jaehyun veio atrás de mim achando que eu iria fazer meu pai devolver – falo desviando os olhos da estrada para olhá-la, mas voltando logo em seguida – O mais engraçado é que eu estava com essa droga de lista o tempo inteiro e não sabia – olho para o telefone e a mesma segue meu olhar.
- E por que você não entregou logo para CIA? - pergunta novamente.
- Porque a Dra. Minnie disse que eu não posso confiar no Min...estamos sozinhas - olho para ela.
- Onde pegou esse telefone? – me entrega o mesmo assim que começo a tocar.
- Era daquele cara que nos atacou no trem falo e atendo o telefone – Alô? – espero responder.
- "Uma coisa legal no celular é que também pode servir como escuta" - diz e eu já sei de quem se trata, Jaehyun – "Você tem uma coisa que me pertence e agora você tem que devolver...não serve para nada em suas mãos então deixa de ser idiota...é só me entregar que eu te deixo em paz" - finaliza.
- Que garantia você pode me dar? - pergunto curiosa.
- "Eu posso garantir o seguinte...se você não me entrar essa lista eu vou matar todos os amigos que você tem... Eunwoo, Momo, seus vizinhos, até os seus professores chatos e quando eu terminar você vai sentir remorço pela morte de todos os seus amigos do Facebook, mas tem uma pessoa em especial e você não quer que se machuque...os pais delas chegam da Itália no voo 449 amanhã à tarde, às 15:20 e se eu não receber a lista até lá eles morrem...você pode explicar para ela como é perder os pais, estamos entendidos ou quer mais detalhes?" - pergunta depois de tudo.
- Não!...e como é que a gente pode fazer isso? - pergunto.
- "É simples. Eu digo a hora e o lugar..." – interrompo o mesmo.
- Não, eu digo a hora e o lugar...um lugar público - falo e desligo o telefone olhando para Mina.
CONTINUA...
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