[14] Sentimentos não correspondidos.
🦋
— Voltou tem quanto tempo? — Naomi pergunta, deixando sua bolsa sobre o sofá. — Pensei que nunca o veria novamente.
— Tem pouco tempo.
— Seu marido também veio? Vocês estão resolvendo assuntos aqui? — Naomi olha ao redor em busca de uma quarta pessoa, mas não tinha mais ninguém além dos dois ômegas e a criança.
— Não — Jimin cruzou as mãos atrás das costas, observando Naomi sentar de forma graciosa no sofá.
O ômega analisou os traços delicados e bem chamativos da mulher. Naomi possuía um rosto mais maduro e com certeza sua beleza se eleva com o tempo. Seu cabelo estava um castanho muito claro, comparado ao tom fechado que era antes.
— Eu voltei para morar, me divorciei.
Ouvir aquilo causou desconforto em Naomi. Seus lábios abriram de surpresa e seu olhar parecia perdido por alguns segundos. Sua postura havia murchado um pouco e seu polegar fincou a unha contra a palma, que fechou-se em punho no colo.
— Pensei que havia se apegado a outra alcatéia, nunca ouvimos notícias sobre você desde que partiu — Naomi deixa um sorriso sem emoção abrir em seus lábios. — Que bom que voltou.
Jimin sorriu como resposta, então Naomi fixou seus olhos na criança atrás da mesa.
— Sua filha?
— Sim — o loiro concordou e acenou para Nari. — Venha se apresentar, meu bem.
Nari levantou-se e caminhou tímida até agarrar-se às pernas de Jimin.
— Nari, essa é Naomi. Diga oi para ela.
— Oi…
Naomi observou atentamente o rosto da garota. A insegurança que percorria seu rosto havia sumido, então dessa vez um sorriso sincero deixou seus lábios.
— Oi Nari, você é muito linda.
Nari apenas balançou a cabeça concordando e apertando mais o tecido da calça de Jimin. O silêncio durou por alguns minutos até a porta ser aberta e dessa vez Jungkook entrou um pouco afobado.
— Jimin, desculpa a demora, eu… — o alfa para de falar quando percebeu outra pessoa no sofá. — Naomi? Hoje é sua folga, o que faz aqui?
Naomi levanta de imediato e aproxima-se de Jungkook. Até mesmo seu tom de voz tornou-se mais suave.
— Bem, estava aqui perto e pensei em chamá-lo para almoçar.
— Não precisa incomodar-se, deveria se preocupar em descansar. Você faz muito por mim.
Jungkook atravessou a sala, passando por Naomi e parando em frente a Jimin.
— Vim o mais rápido possível, tive receio que a comida pudesse esfriar.
— Não precisava correr tanto — Jimin estendeu a mão para as duas sacolas que o alfa segurava. — Gostaria de juntar-se a nós Naomi? Tenho certeza que Jungkook trouxe bastante coisa.
Naomi tinha o semblante fechado, apenas olhando para Jungkook que olhava apenas para Jimin. Percebendo que o loiro falava consigo, a mulher umedeceu os lábios e negou.
— Imagine, vim apenas para que Jungkook não almoçasse sozinho, mas ele já tem sua companhia — Naomi mordeu seu lábio inferior pensando sobre algo, mas desistiu de dizer. Pegou sua bolsa e caminhou até a porta. — Lembrei-me também sobre um assunto para resolver. Tenham um bom almoço.
Naomi abriu a porta e fechou sem esperar uma resposta. Seus pés moviam-se automaticamente o mais rápido para longe daquela sala. O nó em sua garganta estava se apertando e a pressão dos dentes em seus lábios quase fazia sangrar. Tanto tempo sendo paciente para conquistar Jungkook, todos os planos e momentos que tinha para ela e o alfa, estavam sendo apagados pela simples volta de Jimin.
Como se não bastasse, o ômega estava divorciado e voltou para Fairbanks. Quando o viu sentado atrás da mesa de Jungkook, todos seus pensamentos sumiram, deixando uma enorme lacuna em sua cabeça. De todos os lugares que poderia ter encontrado o loiro, foi bem na sala de Jungkook. Eles haviam voltado? Era só o ômega voltar que Jungkook se renderia aos seus pés? No fim, o alfa não pretendia enxergá-la com nada mais que uma amiga. Seu peito latejava tanto e tudo que queria era sua casa.
Quando alcançou o elevador apertou o último andar tremendo. Quando as portas fecharam, seus olhos já estavam úmidos. Ela não queria perder sua compostura, mas aquilo havia sido um baque para si. As portas se abriram, mas não era seu andar ainda, então baixou seu rosto para quem tivesse entrado não percebesse seu estado.
— Naomi?
Ouvir aquela voz fez a mulher levantar o rosto desesperado. Encontrar aqueles olhos, fez seu autocontrole sumir e então deixou as lágrimas caírem.
— Perséfone.
Ao ouvir seu nome sair arrastado e em um soluço, fez a alfa correr para abraçar a ômega. Naomi escondeu seu rosto no ombro da mulher mais alta e agarrou sua blusa, deixando toda sua tristeza ser esvaziada de dentro de si. Perséfone segurou em um aperto firme Naomi, mesmo não entendendo o que havia acontecido ela não a soltou nem por um segundo.
— Estou aqui, coloque tudo para fora — Perséfone instruiu, sua voz suave como se falasse com uma criança. Seus dedos enterrados na parte de trás do cabelo agora um pouco bagunçado de Naomi.
— Eu perdi… perdi o Jungkook de novo.
Ouvir aquele nome fez Perséfone rangir os dentes, ainda mais pelo estado em que Naomi estava. Então tudo estava claro, Naomi havia visto Jimin e provavelmente ele estava junto com Jungkook. Perséfone sabia que quando esse encontro acontecesse, Naomi não sairá intacta, só não esperava que fosse assim tão depressa.
— Você tinha que ver, a forma como ele olhava para aquele ômega — Naomi soluçou mais alto. — Ele nem mesmo prestou atenção direito em mim, é como se eu não estivesse ali.
Perséfone afastou a ômega para poder enxergar seu rosto, estava todo molhado e seus olhos fechados. As sobrancelhas da alfa se contraíram e ela estava então sofrendo junto com Naomi. Seus dedos tentavam enxugar as lágrimas que escorriam como uma chuva sem tempo para acabar. Perséfone havia sido cuidadosa quando chamou Jimin para fazer aquela entrevista no dia que Naomi estaria de folga, mas não havia passado por sua cabeça que ela iria até o prédio.
— Vou te levar para casa.
— Não quero, preciso de algo que me faça esquecer o dia de hoje.
— Melhor ir para casa e descansar, tentar dormir e…
— Não quero — Naomi afastou-se de Perséfone fungando. Enxugando o nariz e os olhos, ela ergueu a cabeça e mordeu os lábios para que nenhum soluço saísse mais. — Não irei para casa remoer a imagem que está em minha cabeça.
— Beber para esquecer algo é estúpido — Perséfone diz séria. Seu olhar preocupado com Naomi não abandonava nunca a ômega.
— Nem todos temos um bom autocontrole como você, Perséfone — Naomi encolhe os ombros. As portas do elevador se abrem e ela sai.
— Não se trata de autocontrole, beber até desmaiar é estúpido, ainda mais por alguém que nem liga para como isso vai lhe fazer mal.
Perséfone seguiu a ômega até a porta de entrada da recepção. Ela estava em horário de trabalho, mas não tinha tempo para pensar sobre isso. A alfa odiava bebidas, principalmente pessoas que decidiam beber para esquecer os problemas. Mesmo assim, ela não conseguiria odiar Naomi por fazer isso.
— Obrigada por me lembrar que ele não está nem aí para mim — Naomi diz chorosa, com a mão sobre a boca. — Onde tem um táxi quando preciso.
— Naomi.
— O dia está tão claro, qual aquela ideia de que os céus compadecem com corações partidos e torna tudo cinza?
— Naomi — Perséfone segurou o braço da ômega, virando-a para si. — Vamos para minha casa então, no caminho compro algumas bebidas e você bebe lá.
— Não precisa ultrapassar esse limite, Perséfone. Sei que você não gosta que nada alcoólico entre na sua casa — Naomi tentou soltar seu braço, mas o aperto ficou mais firme.
— Abro essa exceção para você, mas deixe-me cuidar de você hoje, por favor?
Vendo a forma que a alfa olhava para ela, Naomi sentiu-se mais miserável ainda. Perséfone era uma amiga valiosa e ver a mulher ultrapassar aquele limite para ajudá-la, deixou algo bom preencher seu peito.
— Tudo bem.
✧*。
No caminho até sua casa, Perséfone comprou todas as bebidas que Naomi colocou no carrinho. Quando chegaram em casa, a ômega já havia aberto a primeira garrafa e nem esperou por um corpo, bebendo do gargalo.
Perséfone apenas sentou-se no chão ao lado da ômega, enquanto a mesma revezava entre beber, chorar e lamuriar o nome de Jungkook. Senti o cheiro do álcool embrulhava seu estômago, pois sempre trazia memórias sofridas em sua cabeça. Desde que sua mãe morreu, a alfa jurou que nunca colocaria uma gota de álcool em sua boca ou deixaria qualquer bebida com isso entrar em sua casa. Agora seus olhos fixaram-se nas garrafas e no som do líquido descendo até a boca da mulher ao seu lado.
Éris afundou-se em álcool quando Héstia morreu, entrando em profunda depressão. Perséfone olhava todos os dias para sua mãe, morrendo aos poucos em vida. Todas as vezes que entrava em seu quarto, o cheiro do álcool era insuportável.
Ver toda vez cada gota de álcool descer pela garganta de sua progenitora, lhe causava ânsia e desespero. Ela não conseguiu fazer sua mãe parar de beber, inclusive já teve que comprar no desespero mais bebidas para beber, uma vez que ela colapsou por ter bebido todas. Era isso ou assistir sua mãe sair de casa para beber em qualquer lugar.
Ver Naomi se afundar na bebida naquele momento, lhe trouxe essas memórias. Ao invés de ser firme e impedir como deveria ter feito com sua mãe, ela novamente comprou as bebidas.
— Sephy, você é tão legal — Naomi diz, sua voz embargada seja pelo choro ou pela bebida. — Se você não fosse minha amiga que tanto gosto, eu me apaixonaria por você ao invés de Jungkook.
Perséfone olhou para os olhos brilhantes e dilatados de Naomi. Ela estava bêbada. As chances de lembrar de qualquer coisa que dissesse hoje, eram quase nulas.
— Eu nunca teria uma chance com ele, né? Não enquanto existir aquele ômega.
— Esqueça Jungkook, você pode achar alguém melhor que ele.
— Mas meu coração quer ele. Gastei tanto tempo da minha vida gostando dele, que não sei mais gostar de ninguém.
— Você ainda tem muito tempo, pode encontrar alguém que esteja disposto a fazer por você, o que Jungkook não pode — Perséfone deu um sorriso forçado e tentou levantar, mas Naomi segurou sua mão.
— Onde você vai? — Seus olhos marejados e vermelhos estavam tão cansados, que não demoraria para que ela apagasse. — Fica aqui comigo.
— Vou preparar algo para você comer.
— Não quero, apenas fique comigo.
Perséfone apertou a mão que Naomi segurava e voltou para seu lugar. A ômega aconchegou contra o ombro da alfa, enquanto desenhava círculos na palma da mais velha.
— Você é tão sortuda, não sofre por ninguém e pode ter quem você quiser — Naomi resmungou, dando mais um gole seguindo na garrafa.
— Isso não é verdade…
— Você é linda, gentil e é uma pessoa importante. Além de tudo é uma alfa, você não precisa correr atrás de ninguém.
— Grande coisa, isso não quer dizer nada…
— Você não sabe o que diz. Ser um alfa, significa que você pode fazer qualquer coisa sem importar com o que a sociedade diz, mas se você é um ômega tudo é regrado — Naomi suspirou e deu um longo gole na bebida até terminar mais uma garrafa. — Se você quer um bom casamento, precisa ser doce e gentil. Além de tudo não é bem visto deitar-se com qualquer um, quanto mais você manter sua castidade, mais valioso você se torna. Para um alfa isso não importa, ele pode ficar com quem quiser. Mantive-me na linha por todos esses anos, segui todas as regras e veja só, Jungkook ainda preferiu Jimin. Ele é fruto de uma traição, casou, esteve por muito tempo com outro homem, teve uma filha e se divorciou. Ainda sim, Jungkook o quer.
Perséfone olhou de canto para Naomi, a ômega derrama lágrimas silenciosas. Seu olhar focado em um ponto longe dali, sua expressão se contraia tentando não abrir um choro maior.
— Sou uma ômega comum, minha família não é tão influente, o máximo que conseguiria é um casamento com alguém do meu nível.
— Não rebaixe-se para encaixar em um padrão tão… Eu acho que você está muito além das expectativas que deseja — Perséfone afastou-se da ômega para segurar seu rosto com as duas mãos. Naomi comprimia seus lábios trêmulos. — Se você não conseguir achar alguém que goste, ficarei ao seu lado por toda a eternidade.
Naomi desabou a chorar balançando sua cabeça, até soltar-se do aperto da alfa. A ômega abraçou os joelhos e enterrou o rosto entre as mãos.
— A única pessoa que gosto é Jungkook. Quero me casar com ele e ter seus filhos, se não posso ficar com ele, não quero mais ninguém.
Perséfone ficou paralisada sem ter o que dizer. Seus olhos que antes esbanjaram compaixão e algo mais além para Naomi, agora pareciam vazios e irritados. Ela queria vomitar o que estava entalado em sua garganta, mas apenas engoliu de volta. Virando para frente, sua cabeça foi suspensa até encostar no sofá. Olhando para o teto, a alfa queria brigar com a ômega ao seu lado, mas nunca teria coragem de fazê-lo. Sem ter mais o que fazer, ela escondeu seus olhos sob sua mão, apenas esperando até o momento que Naomi apagasse e fosse sua vez de lamentar não ser correspondida por quem amava.
✧*。
Quando Aquiles abriu os olhos, foi fácil reconhecer o teto do seu quarto. Sua cabeça doía, mas nem se manifestou a fazê-la parar. Ele não queria mais lembrar-se da discussão com seu pai, mas a cada segundo imagens de como tudo poderia ter terminado, de tudo que poderia ter dito inundava seus pensamentos.
A casa estava silenciosa, ele nem sabia se Jimin havia voltado ou se Athena foi embora. Citar o nome da alfa, fez a cena do beijo ocupar sua cabeça. Seus dedos deslizaram por seu lábio inferior, como se pudesse ainda sentir a pressão e a respiração quente da mulher. Aquiles nunca havia feito nada disso com ninguém próximo de si, ele nem gostava tanto assim de alfas, mas quando sentiu o aperto de Athena contra si, foi bom.
Ele só poderia estar louco por pensar isso, realmente havia fodido seus neurônios naquela briga com seu progenitor. Talvez fosse isso, estava tão vulnerável que seu ômega se confortou com a primeira pessoa que o segurou. Ainda sim, ele conseguia sentir um leve cheiro dos feromônios da alfa em sua roupa.
— Você acordou — Athena entrou no quarto. O ômega nem notou se a alfa havia batido na porta, mas ela já estava caminhando em sua direção. — Está melhor?
Olhar para Athena foi diferente das outras vezes, ele não sabia o que dizer exatamente depois do que aconteceu. Quando a mão fina e fria da mulher tocou sua testa medindo sua temperatura, ele sentiu um choque acertar um lugar específico.
— Você não está com febre, mas seu rosto está um pouco vermelho — Athena diz e senta ao lado de Aquiles. O ômega senta contra a cabeceira da cama, ainda em silêncio. — Quer algo para beber?
— Não…
— Eu já ia embora, mas decidi esperar você acordar, não sabia como poderia ser caso você estivesse sozinho.
— Obrigado — foi a resposta mais breve que deu, ele devia pedir desculpas também, mas não conseguiu se arrepender do que fez.
Athena balançou a cabeça em resposta, então os dois ficaram em silêncio. Mesmo depois que saíram do estacionamento e chegaram a casa do ômega, Aquiles continuou a agarrar-se à alfa e só não ultrapassou mais os limites, porque apagou. Ele já havia ficado com outras alfas, sempre quando estava em um estresse muito grande, ao invés de afundar-se em bebidas, ele saía com alfas, betas e até mesmo ômegas. Ele acostumou a substituir o sentimento de angústia ao de prazer momentâneo. Ele com certeza era algo que qualquer família abominava ter como ômega. No início ele fez mais por não querer ser alguém perfeito que seu pai esperava, apenas para irritá-lo, mas com o tempo foi tornando-se um hábito.
Ele nunca cogitou ter alguém de quem gostasse, formar um vínculo e estabelecer-se somente com aquela pessoa. Todos no fim das ações eram entediantes, querendo sempre algo mais depois, mas Aquiles nunca gostava de repetir a pessoa. Só que agora, depois de ter aquele contato com Athena, ele cogitou novamente abraçá-la e permitir ir mais além.
Talvez era só coisa da sua cabeça mesmo ou talvez poderia ser algo diferente. Pensar em Jimin sendo levado por Jungkook, sendo acolhido e confortado o fez sentir da mesma forma quando Athena o abraçou. Poderia ser um desencargo de consciência, se ele beijasse novamente a alfa e provasse que foi apenas a vulnerabilidade do seu ômega naquele momento.
Arrastando até onde a alfa estava, ele tocou a mesma mão que mediu sua temperatura antes, aquele gesto pegou Athena de surpresa, fazendo-a olhar surpresa para Aquiles. O ômega aproximou seu rosto o suficiente para encontrar seus lábios nos da alfa, mas no último segundo que o toque se encontraria, Athena virou o rosto.
— Aquiles… Não posso fazer isso.
— O quê? — perguntou realmente surpreso pela reação da mulher.
— Antes eu permiti apenas porque você não estava pensando direito, mas agora, não quero repetir isso novamente.
Aquiles se afastou e levantou rapidamente. Contornando a cama até estar em frente a alfa.
— Isso não precisa significar nada. Somos adultos, solteiros e nos conhecemos o suficiente para saber que isso é apenas uma casualidade.
Athena negou com a cabeça e levantou-se afastando da cama. Seus braços cruzaram sob o peito e seu olhar sério e paciente cruzava com os olhos confusos e melancólicos do ômega.
— Isso não é uma casualidade. Você é amigo de Tália e eu gosto dela. Não posso me envolver dessa forma com você.
Aquiles sentiu seu olhar pesar até o chão. Ele era tão estúpido. Realmente alguma coisa havia condenado seu juízo mais cedo. Como ele podia esquecer de um detalhe tão grande como esse. Athena não era apenas uma alfa qualquer, ele não devia sequer ter cogitado fazer isso com ela. Agora ele sentia vergonha de si.
— Tem razão, eu… eu não estava pensando direito. Desculpe por te colocar nessa situação — Aquiles esfregou seu rosto e caminhou até sua cama novamente, deitando sobre ela. — Estou melhor, você pode ir agora.
— Aquiles…
— Tchau Athena.
O silêncio se estendeu entre os dois, dessa vez desconfortante. Então a alfa caminhou para longe até fechar a porta. Somente quando ouviu a porta do andar de baixo fechar, que Aquiles conseguiu respirar novamente. Ainda sim, algo parecia preso em sua garganta. Ele só queria esquecer o resto daquele dia. Havia duas opções, buscar alguém na sua lista telefônica ou tomar seu remédio para dormir novamente. Ficando com a segunda opção, ele desceu até a cozinha e pegou um copo com água.
Com um comprimido na mão, ele mandou-o para dentro seguido de água. Cansado demais para subir as escadas, ele apenas se jogou sobre o sofá e deixou que seus pensamentos o comesse vivo até apagar mais uma vez.
🦋
Corresponder aos sentimentos de alguém ou um presente misterioso? Kkkkkk
Muitos que pensaram sobre Athena e Aquiles, infelizmente isso não foi cogitado haha, mas aposto que Naomi e Perséfone foi algo bem mais surpreso, eu acho.
A próxima atualização saí no dia (25/10). Ainda não consegui organizar as datas oficiais das atualizações, mas em breve pretendo já vir com tudo decidido.
Muito obrigada a quem ainda me acompanha, tenho um imenso carinho por todos. Byeee e até o próximo capítulo! 🦋🧡
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