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[07] Perto, mas ao mesmo tempo tão longe

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Não importava quantos flocos caíam e se juntassem formando uma grande camada de neve sobre o chão, no fim tudo derreteria. Esse era um pensamento que fixava na mente de Jimin. Não importa o quanto se esforçava para ser alguém diferente do que as pessoas pensavam de si, no fim ele sempre seria quem elas quisessem enxergar dele.

Um mês desde sua chegada havia completado. Seu pai não havia se mostrado desde a última vez que se viram, mas quase todos os dias mandava mensagem para Aquiles sobre algo de trabalho, pelo menos era o que seu irmão lhe dizia. Taehyung o visitou mais algumas vezes, sempre mantendo sua presença ativa. Jimin podia notar em cada conversa que tinha com ele, em como todas suas palavras eram postas para fora de forma ansiosa, como se estivesse recuperando o tempo que perdeu longe do amigo. 

Nari mostrou-se alguém animada com as visitas de Taehyung e isso causava algumas cenas de ciúmes de Aquiles, que sempre pontuava que ele era o primeiro tio da filhote e por isso deveria ser o mais importante.

As vezes que Jimin saiu de casa para fazer entrevistas nas poucas vezes que era selecionado, foi suficiente para ele perceber como o tratamento consigo era diferente. Às vezes ele mal entrava para conversar com um gerente e em seguida uma pessoa entrava e sussurrava algo para o entrevistador e logo depois era inventando alguma desculpa, dizendo que havia surgido um compromisso. Tinha vezes que Jimin era dispensado antes mesmo de ter a chance de conversar. Ele sempre voltava para casa desanimado e com um sentimento pesado no peito.

Tudo era muito difícil e ele nunca conseguiria compreender como, mesmo depois de tanto tempo, ainda teria pessoas que o olhavam torto e como se ele tivesse uma doença contagiosa. Seu pai vivia a vida como se nunca tivesse feito parte do erro que desencadeou toda essa situação. Sua mãe, mesmo após a morte, era dilacerada como se fosse a primeira pecadora do mundo. Algumas noites Jimin pensava que era bom ela ter partido, pois assim ela não seria mais obrigada a viver todo o sofrimento que ele foi submetido.

O ômega tinha que ser dez vezes mais forte, para carregar o peso de uma tragédia que nunca lhe pertenceu. Realmente, algumas pessoas foram escolhidas para viver, enquanto algumas nasceram para sobreviver.

Devido a alguns problemas no documento de Nari, custou uma semana adiada para seu início na escola. Aquiles estava tentando se desdobrar para resolver essa situação e focar em seu próprio trabalho. Jimin queria ajudar, mas não havia muita coisa que ele pudesse resolver. Isso o deixava mais angustiado. Querendo diminuir as tarefas do irmão, Jimin, que foi comprar os poucos materiais para a filha, já que no dia que Aquiles iria, surgiu uma reunião importante que o deixou até tarde no trabalho.

Como seu irmão precisou do carro para resolver os assuntos pendentes no dia, Jimin resolveu ir de ônibus, do que chamar um carro particular. Ele também deixou Nari com Taehyung, que buscou a menina sem problemas e a levou para a sua casa. Como todas as vezes que saiu de casa, Jimin estava com seu indispensável óculos escuro e boné.

Carregando três sacolas no braço que tinha os materiais de Nari, Jimin saiu da estação de trem após comprar sua passagem para o próximo dia. Logo após comprar as coisas para a escola da filha, ele decidiu que seria melhor já comprar os bilhetes. O ômega não tinha avisado ao irmão sobre ainda, pois sabia que ele insistiria para ir e Jimin não queria que o irmão fosse. Na verdade, ele não queria que mais ninguém que ele se importasse, tivesse algum contato com aquela alcatéia e principalmente com Hyunki. 

Ele comprou tanto a de ida quanto a de volta, pois um dia seria o suficiente para resolver o divórcio. Apesar de seu corpo sofrer pela ansiedade, ele sentia uma sensação libertadora começar a se instalar dentro de si.

Com Nari ficando, ele não temia qualquer situação, pois sua maior preocupação sempre foi o bem estar de sua pequena alfa. Ele já tinha tudo ensaiado para quando estivesse em frente ao alfa.

Sentado-se o mais longe das outras pessoas no banco do ponto de ônibus, Jimin repassou todo o resto de seu planejamento para aquele dia. Fez uma nota mental de mais tarde procurar novas vagas, talvez em uma cidade mais próxima que não tivesse tanto contato com a capital. Seria cansativo ter que transitar de uma cidade para outra, mas se ele conseguisse algo, isso seria apenas um detalhe.

Completamente distraído em seus pensamentos, o ômega nem percebeu que uma senhora havia deixado cair suas compras e só notou aquele incidente quando algumas coisas rolaram até seus pés. Não havia muitas pessoas no ponto de ônibus, mas as poucos que ali esperavam, não pareciam dispostas a ajudar a mulher. Deixando um longo suspiro escapar, Jimin levantou-se e começou a pegar as frutas redondas mais próximas de si.

— Não são muitas sacolas, mas mesmo assim elas são tão frágeis com poucas coisas — A mulher começou a dizer. Apesar de aparentar ser bem mais velha, sua voz era mais jovem do que parecia.

Jimin colocou as frutas que pegou em cima do banco e repartiu alguns dos materiais de Nari entre uma sacola e outra, até conseguir ficar com uma vazia. Então, colocou todas as frutas naquela, que era mais resistente que a anterior que a mulher usava.

— Obrigado, meu filho — agradeceu com um sorriso. Os olhos da mulher ergueram-se com gratidão, mas aquele gesto paralisou Jimin.

Aquela mulher. Jimin lembrava-se perfeitamente do seu rosto, mesmo que fossem pouquíssimas vezes que havia o visto. Sua semelhança era indistinguível. Uma maré de lembranças afundou seus pensamentos. Aqueles mesmos olhos, tão suaves e parecidos com aqueles que olhavam para Jimin com tanto amor quando criança. Aqueles que estavam à sua frente eram apenas parecidos com a vaga lembrança que Jimin achou perder, mas por mais parecidos que fossem, aqueles que o encaravam naquele momento já o olharam com tanta frieza e sem emoção alguma.

Muitas vezes, quando dormia naquela enorme casa em sua infância, ele se perguntava como seria receber carinho daquela mulher à sua frente. Aquiles sempre visitava a casa de seus avós quando era mais novo, mas Jimin nunca teve esse gostinho, nem mesmo vindo dos pais de Héracles. Jimin ainda tinha vivido em sua mente, quando acompanhou sua família em um jantar de negócios, onde estariam grandes empresários. Foi uma das poucas vezes que esteve ali presente, junto do seu pai e sendo apresentado como parte daquela família. Foi também a primeira vez que Jimin viu aquela mulher à sua frente.

No momento que a viu, ele pensou que era sua mãe, pois eram muito semelhantes. Ele correu por todo o salão até parar ao lado daquela pessoa tão parecida com alguém que ele tinha perdido. 

“Mãe!” 

Foi o que ele exclamou, esperançoso e tudo que recebeu foi um olhar confuso, mas quando Héracles o puxou à força e o repreendeu por aquela atitude, a mulher na mesma hora reconheceu quem era aquele garoto. Olhos que antes eram confusos, agora o olhavam desnorteados. Jimin não desgrudou os olhos da mesma cor que os seus, mesmo sendo repreendido por seu pai, ele ainda olhava em expectativa para a mulher. Depois daquela pequena cena, todos os olhares que aquela mulher lhe lançava eram frios e descontentes.

Mais tarde, seu pai lhe explicou que aquela mulher era sua avó materna, mas que eles não poderiam ter contato e que Jimin não poderia mais se aproximar dela ou qualquer pessoa ao seu redor. No início, foi difícil para Jimin tentar entender o porquê, mas depois foi fácil seguir essa ordem, já que todas as outras poucas vezes que eles se viram, a mulher lhe poupava olhares.

Antes de Héstia morrer, quando ele já estava um pouco maior, aquela mulher esteve um dia em sua casa. Jimin tinha acabado de voltar de uma de suas aulas particulares junto de Aquiles. Seu pai não estava em casa no dia, então quem conversou com ela foi sua madrasta. Héstia tinha um olhar desconfortável, quando viu Jimin chegar e imediatamente pediu para que ele e o irmão subissem para trocar de roupa e aguardar lá em cima. A mãe de Irene, quando viu Jimin, levantou-se do sofá como se quisesse se aproximar do garoto e chamar seu nome. Héstia bloqueou seu caminho e olhou para Jimin com um sorriso carinhoso pedindo que ele continuasse a subir. O ômega obedeceu e depois daquele dia, ele nunca mais viu aquela mulher.

Hoje, foi a primeira vez depois daquele dia que ambos se encontraram. Jimin era adulto agora, talvez Melina não o reconhecesse, mas Jimin não poderia esquecer um rosto tão parecido com o de sua mãe. 

— Pedi ao meu neto que viesse comigo, mas ele só quer saber de ficar em casa jogando — Melina continuou a dizer e sentou-se no banco ao lado do que Jimin estava antes. — Esses jovens de hoje em dia.

— Você tem netos? — Jimin perguntou. O nó que estava formando em sua garganta se apertava forte. Ele não sabia muito sobre a família da sua mãe, então jamais pensou que ela teria um irmão, além dos pais.

— Sim, tenho um. Ele é um adolescente, uma gracinha — Melina respondeu com um sorriso, lembrando-se do rapaz de quem falava. 

— Ele deve ser pelo jeito que você diz — Jimin acenou concordando. Ele não queria ficar abalado com aquilo, esse sentimento já não deveria lhe pertencer.

Sofrer por quem nunca se importou consigo, era um sentimento difícil de deixar. Como se fosse uma memória muscular, sempre vindo quando tinha contato com algo que o trouxesse aos dias passados.

— Você tem quantos filhos? — Jimin perguntou, mesmo não querendo que houvesse mais assunto entre eles. Era inevitável não estar curioso para o que a mulher pudesse responder.

— Tenho dois, bem, agora somente um — a mulher respondeu e Jimin achou que tinha visto errado, o olhar de tristeza atravessou os olhos da senhora ao seu lado. — Minha menina não está mais entre nós. 

— Ela morreu.

— Sim… — Melina respondeu com a voz arrastada. Suas memórias sendo puxadas para o mais longe dali. — Não fui uma boa mãe para ela, mas foi tarde demais para lamentar isso. Na época, eu deveria ter lhe dado o apoio que precisava, mas deixei que a vergonha falasse mais alto. Se eu pudesse, teria feito diferente.

Jimin virou o rosto para longe da vista da mulher e quis rir. Era tão ridículo que a culpa só batia quando era tarde demais. As pessoas não temem as palavras e ações quando quem estamos atacando estão em vida, mas basta a morte chegar que tudo se torna arrependimento. Lutar por aquilo que ainda está ao alcance parece difícil demais, mas quando se distancia é fácil dizer que não há mais tempo, pois não teria mais com o que se esforçar.

— Seja bonzinho com sua mãe, apesar de erros e dificuldades, elas são as únicas que sabem das coisas — Melina aconselhou, seu sorriso e tom de voz como alguém que sabia muito sobre.

—  Eu gostaria de ter tido mais tempo para lhe mostrar toda a bondade que lhe foi negada, mas pessoas ruins tiraram ela de mim — Jimin respondeu, cada palavra parecia queimar sua língua e era impossível não sentir revolta ao ver a mulher lamentar-se daquela forma ao seu lado.

— Oh, eu sinto muito pela sua perda, fico realmente triste vendo que pessoas jovens perdem seus pais cedo demais — Melina diz com a voz carregada de sentimentalismo. Ela tentou tocar o braço de Jimin, mas o ômega levantou-se ao mesmo tempo que o ônibus que o levaria para casa chegava ao ponto de ônibus.

— Não se sinta. Você não merece ficar triste pela morte dela e nem lamentar.

Ouvir aquilo fez com que a mulher olhasse de forma espantada para Jimin. Quando o ônibus parou e abriu as portas, Jimin caminhou até o mesmo e entrou. Antes que a porta fechasse, o loiro virou-se em direção ao ponto e tirou seu óculos. Levou apenas segundos, para que Melina deixasse todas as suas compras cair novamente e se levantar do banco. Olhar incrédulo e a mão erguendo-se, querendo alcançar o ômega. O ônibus então começou a se afastar.

Jimin sentiu os olhos queimar, não de tristeza, mas de revolta. Ele não queria o arrependimento de ninguém que abandonou sua mãe quando ela mais precisava. Do que adiantava esse sentimento agora? Não a traria de volta e não diminuiria a tristeza que lhe foi causada. A única família que Irene teve até o fim de sua vida, foi apenas o seu filho e para ela, ele foi o suficiente.

— Você esperava me contar quando já estivesse dentro do trem?! — Aquiles acusou, seguindo Jimin pelo quarto que o ômega dormia. 

Quando Aquiles chegou em casa, Jimin já havia adiantado a janta e dado banho em Nari. Sua filhote estava deitada na cama que os dois compartilhavam, assistindo um desenho no celular de Jimin. Depois que o irmão tomou banho, Jimin decidiu avisá-lo sobre a viagem e agora estava ouvindo todas as suas reclamações.

— Eu sei que devia tê-lo avisado antes, mas essa decisão foi tomada de última hora. Quero resolver tudo de uma vez, não posso mais adiar — o loiro responde, enquanto dobrava algumas roupas limpas da filha e colocava no armário.

— Não me importa se a decisão foi de última hora, você devia ter me ligado pelo menos quando estivesse comprando os bilhetes, dessa forma eu conseguiria me organizar e ir com você — Aquiles reclamou, colocando-se em frente as roupas que Jimin pegava, atrapalhando o loiro de continuar a tarefa.

— Não será necessário você me acompanhar, afinal, você precisará ficar com Nari para mim. Você é o único que ficarei tranquilo de deixar minha filha — Jimin empurrou o irmão para o lado e continuou a pegar as roupas, mas foi impedido quando Aquiles segurou seus braços.

— Jimin, você não pode ir sozinho para aquele lugar, sabe-se lá o que aquele maldito alfa pode fazer — Aquiles continuou irredutível a sua decisão.

— Darei conta de tudo, não precisa se preocupar. Eu sei lidar com Hyunki. Todo o meu receio sempre foi porque Nari estava comigo. Ela estando protegida aqui com você, não me fará temer nada.

— Mesmo assim, você acha que tem algum super poder? Ele é um alfa violento e se ele tentar novamente fazer aquilo? — o medo era evidente nos olhos de Aquiles e por esse motivo Jimin parou sua tarefa e segurou o rosto do irmão.

— Ele nunca mais tocará em mim, não preciso mais me sujeitar a nada uma vez que ele assinar aqueles documentos — Jimin afirmou cada palavra, mas isso ainda não emanava segurança para Aquiles. — Hyunki se acha poderoso por aquilo que ele tem posse, uma vez que ele não tem mais, ele não é nada. Enfrentei muita coisa para que meu fim seja aquele alfa, ele só foi alguém que fui obrigado a aceitar, mas hoje ele possui mais correntes ao meu redor.

— Jimin… Não quero dizer que você seja fraco ou nem nada do tipo, mas, ele vai estar no território dele e você…

— O quê? Eu sou muito pequeno? Muito delicado? — Jimin se afastou com a voz escorregando em um tom divertido.

— Parece que você se esquece que ainda é marcado.

— Marca? Eu nunca disse que era marcado.

— O quê? — Aquiles sente toda sua linha de raciocínio de desfazer.

Jimin nunca tentou esconder sua nuca desde que chegou a Ketchikan, na verdade sempre ficou à mostra para quem quisesse ver. Na noite após a cerimônia de casamento, Hyunki o marcou, mas dois dias depois a marca havia sumido. Jimin nunca tinha visto nada sobre esse tipo de reação. Quando Hyunki descobriu que o loiro não conseguia manter sua marca por muito tempo no corpo, seu alfa enlouqueceu por não conseguir reivindicar e submeter o ômega com quem casou. Jimin ainda lembrava-se das dezenas de mordidas que recebeu por todo o seu corpo, como uma forma de obrigar aquela ligação. A marca abaixo da sua glândula aromática após dois dias sumiu novamente, enquanto as outras do seu corpo apenas cicatrizaram com o tempo.

Incapaz de injetar seus feromônios em Jimin e mostrar sua posse, foi a partir dessa descoberta que o ômega ficava mais tempo em casa do que acompanhava Hyunki aos jantares e reuniões importantes. Quando aconteciam algumas exceções, o alfa marcava novamente o ômega e exigia que o mesmo usasse blusas de gola alta ou cachecóis para esconder caso a marca sumisse antes. Foram poucas vezes que Jimin acompanhava Hyunki para locais públicos, mas receber todas àquelas marcas repetidas vezes deixava o ômega doente. Jimin não sabia porque seu corpo insistia em expulsar Hyunki, mas isso estava lhe custando um pouco do seu bem estar.

Durante a gravidez de Nari, era quando essas marcas doíam mais. Jimin suspeitava que isso foi o que tornou seu período de gestação complicado, mas mesmo assim Hyunki nunca parou. Por um lado, Jimin sentia-se satisfeito por não conseguir se ligar a Hyunki. Pelo menos isso seria poupado a ele.

Ele às vezes até esquece desse detalhe em si, já que nunca realmente o afetaria. Jimin não precisou fingir sintomas de dependência a Hyunki quando voltou para sua alcatéia, Aquiles também nunca perguntou sobre isso até aquele momento, então era como se esse assunto fosse deletado de sua memória. Jimin já havia adoecido sua mente o suficiente pelos maus-tratos que sofreu enquanto crescia, ele não queria alimentar mais essa parte de si, considerando-se um ômega falho. Isso não importava também, ele já estava conformado com seu destino dado a Hyunki. Ele nunca pensou na possibilidade de se relacionar com outro alfa a ponto de ser marcado novamente.

Jungkook era um sonho inalcançável, então ele perdeu as esperanças.

— Jimin, eu sei o quanto uma marca pode significar para um ômega… Eu… — Aquiles tentou buscar palavras de conforto após ouvir toda a história do irmão.

— Não pense que isso me deixa triste. Na verdade, eu considero tudo isso uma brecha para a minha liberdade — Jimin encolheu os ombros como alguém que não pensava muito sobre isso. — Uma cirurgia hoje em dia seria muito cara e deixaria uma cicatriz feia.

Aquiles apenas balançou a cabeça negando mais para si, do que para a situação. Entre todas as coisas que Aquiles detestava lidar, o otimismo de Jimin era o mais difícil.

— Apenas mantenha seu celular bem carregado e me atenda sempre que eu ligar — Aquiles suspirou em derrota pedindo. Jimin aproximou-se novamente do irmão e mesmo que ambos tivessem uma pequena diferença de idade, às vezes parecia que Jimin era o mais velho.

— Eu vejo sua preocupação e não pense que eu ignoro isso que você sente, apenas não posso viver ou depender de alguém dessa forma — Jimin tocou o topo da cabeça de Aquiles e fez um pequeno carinho ali. — As vezes é assustador lidar com problemas que parecem maior do que podemos carregar, mas não há para onde fugir. Tenha um pouco de fé em mim.

Aquiles encarou aqueles olhos violetas e suspirou sentindo-se cheio demais. Depois que sua mãe morreu, Jimin foi a pessoa que o confortava em toda a sua dificuldade. Muitas pessoas o rodearam na época e quiseram lhe dar apoio e conforto, mas a única que parecia aceitável receber, era do garoto de fios loiros.

Como Jimin também havia perdido a mãe, Aquiles pensou que ele era a única pessoa que realmente entendia o que ele estava passando e por isso decidiu deixar o irmão entrar em sua vida a partir daquele momento. Jimin não percebia, mas o campo ao seu redor era muito aconchegante de estar. Por mais que os problemas apontassem em sua direção, ele nunca foi negativo e isso era o que o diferenciava dos outros. 

— Tudo bem.

Jimin sorriu docemente e voltou a arrumar suas coisas. Aquiles deitou-se ao lado de Nari, pois naquele momento ele queria estar mais próximo do seu irmão, antes dele viajar. Jimin preferiu evitar contar sobre o encontro que teve com Melina hoje, isso não era algo que fazia diferença ser mencionado, pois a mulher não fazia parte da sua vida.

— Você tem certeza que não precisa que eu vá? — Naomi insistiu pela terceira vez. Seus saltos batendo como uma sombra atrás do alfa que organizava todos os papéis em alguma pasta, transitando por toda a sala.

Já era tarde e muitas pessoas do prédio já foram para suas casas, mas Naomi ainda estava após o seu horário. A mulher tinha um olhar preocupado desde que foi informada da pequena viagem de negócios que o líder precisava fazer para a alcatéia do norte.

— Aquele lugar é estranho, seria uma boa se mais alguém fosse com você.

Jungkook suspirou tentando focar seus pensamentos nas palavras escritas no papel em sua mão. Ele desistiu e olhou pela primeira vez para a ômega, que estava quase colada em si.

— Naomi, não precisa ficar tão preocupada — o alfa sorriu gentilmente para a morena. — Essa não é minha primeira viagem sozinho e não será a última. Preciso de você aqui na minha ausência, organizando minha agenda.

— Jungkook, não posso ficar calma sabendo que você vai para onde tem alguém que o detesta — Naomi fez uma cara de desdém.

— Infelizmente muitas pessoas não gostam de mim. Não há muito o que eu possa fazer em relação a isso — o alfa deu de ombros e voltou a andar pela sala guardando os últimos papéis. Antes que Naomi pudesse dizer mais alguma coisa, ele se virou e com um sorriso tranquilizador a acalmou. — Será coisa de apenas um dia, quando você menos esperar estarei aqui de novo. Sei que você é uma amiga que se preocupa bastante comigo e eu valorizo isso, mas antes de ser seu amigo, eu sou um líder. Minhas obrigações estão acima dessa preocupação.

— Eu sei, me desculpe.

Jungkook tocou a cabeça da ômega e bagunçou um pouco seu cabelo, um costume que eles adquiriram quando ainda estavam na adolescência. 

— Não tem com o que se desculpar. Quando eu voltar, podemos sair para jantar, você escolhe o lugar.

Essa declaração foi suficiente para devolver o sorriso no rosto da garota. Qualquer linha de preocupação havia sumido do rosto da mulher, Naomi começou a tagarelar sobre o restaurante que já havia escolhido. Jungkook riu da mudança de humor. 

Quando saíram do prédio, Jungkook chamou um táxi para a ômega e esperou até que a mesma já estivesse dentro do carro. Quando ficou sozinho em frente ao prédio, deu um suspiro cansado e tocou seu pescoço. Só havia uma ansiedade que o incomodava desde o momento que descobriu que teria que ir para o norte. Jungkook rezava para que tudo saísse bem, ele precisava se controlar para que nada fugisse do controle.

Seria um reencontro depois de muitos anos. Era difícil acalmar o coração, quando tudo que queria era deixar a impulsividade tomar conta.

🦋

Primeiramente eu gostaria de me desculpar pelos erros que vocês possam encontrar, não tive tempo para revisar.

Finalmente o encontro dos Jikook já é no próximo capítulo. E pelo jeito vai ser no lugar menos apropriado hahaha.

Vejo vocês no próximo capítulo. Até breve!! 🦋🧡

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