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Capítulo 1 - Esperança a bordo

Olá xuxus!

Dando continuidade as nossas postagens quinzenais, peço desculpas pois está com um dia de atraso. 

Espero que gostem. NÃO REVISADO!

Boa leitura!!!

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"Os olhos que olham são comuns. Os olhos quem veem são raros..."

J. Oswald Sanders

 Marcela

     − Tudo bem então, vamos ver como as coisas vão se sair. – Ele fala levantando da cadeira e indo na direção da senhora. − Preciso falar com ela a sós, mãe. Não pude fazer isso antes.

     − Certo, vou deixar vocês conversarem e aguardo na sala. − Ela diz também levantando e enlaça seu braço ao dele para ser guiada.

     O que ele faria comigo? Era isso o que eu temia, sair da casa da minha mãe e vir para uma pior. Eu estava com medo!

     − Marcela! − Até o jeito que me chamava dava calafrios. − Primeiro, quero informar que não confio na sua mãe e teremos que refazer o teste de DNA.

     − Certo. – Assenti que tristeza pois todos os seus traços estavam em mim, e aparentemente a personalidade forte também.

      − Segundo, não quero faça nada sem minha ordem, você não sai, não traz ninguém aqui sem que eu saiba, entendeu?

     − Posso respirar agora? − Ironizo embora tenha me arrependido do que disse na mesma hora.

     − Terceiro, quero saber quem são seus amigos. Quarto não vai ficar sozinha com minha mãe. Joana me disse que você era rebelde e vejo que ela tinha razão, falou também que você bebe uma e rouba. − Lembrei do dia em que o meu padrasto descobriu onde eu escondia dinheiro, e quando fui pegar de volta ele disse a minha mãe que eu o roubei.

    − Eu não...

     − Nem pense em tentar nada contra a minha mãe, a dona Sofia é a única família que me restou.

     − E eu não tenho ninguém. − Falei com a voz embargada e me sentindo humilhada como nunca senti antes.

     − Você tem a mim. − Dona Sofia falou abrindo a porta da sala repentinamente, parece que eu estava ali faziam horas. Naquele momento me enchi de esperança, uma que nunca tive.

     − Mãe! O que aconteceu? Disse-te que iria conversar com a menina. − Paulo fala um pouco aborrecido.

     − Ora, eu esqueci minha bengala e vim buscar. Vou voltar para o jardim, quer me acompanhar, Marcela?

     − Sim. – Mais que depressa localizei a bengala em cima do piano e rapidamente fui para seu lado. A senhora é serena e transmite uma paz que não sei explicar.

     − Ah, antes que eu esqueça, a babá que você contratou para me aborrecer não veio hoje. –− Ela se dirige ao filho. – Na verdade não preciso mais dos serviços dela já que tenho uma neta, tenho certeza que não sou uma companhia tão ruim para que a Marcela não queira ficar comigo.

     − O que? A enfermeira não veio hoje e só agora a senhora me diz isso? Eu vou contratar outra então.

     − Nada disso! Não ouviu o que falei?

     − Mãe ela é uma adolescente, tem que ir à escola.

     − E ela irá, não preciso ficar sendo supervisionada o tempo inteiro, não é Paulo?! – Era engraçado vê-la ligeiramente chateada, eu não conseguia imaginá-la aborrecida. – Venha fazer companhia a essa velha solitária e me contar como eram as coisas lá com a sua mãe, minha querida!

     Na realidade eu poderia ouvi-la para sempre, como era a sua rotina como ela aprendeu a tocar esse instrumento tão lindo. Nós estamos em uma sala que tem várias estantes com livros e o belo piano nomeio do amplo cômodo, parecia uma espécie de escritório pois também havia um birô e uma cadeira atrás da mesma. Eu estava sentada próxima a ele, enquanto estávamos tendo a conversa, no largo sofá que havia no local.

     − Marcela, você ainda está aqui? – Dona Sofia questiona-me trazendo-me de volta dos devaneios.

     − Sim, dona Sofia, vamos! – Coloco a bengala em sua mão macia.

     − Dona Sofia? – Ela gargalha recebendo a bengala em sua mão. – Está parecendo que é minha funcionária e não minha neta, na minha terra as netas chamam os avós de ou vovó.

     − Ah, é que nos conhecemos hoje... – Eu não sabia o que dizer tamanha era minha surpresa, qualquer incomodo ou tristeza que me pai tenha me causado acaba de sumir pela bondade da mãe; ganhei o meu dia.

     − Vamos fazer um lanchinho, a Zilma vai nos servir no jardim. – Ela fala com um sorriso provavelmente após ouvir minha barriga roncar por estar fazendo uma oferta tão generosa.

     − Então posso te chamar de vovó? – Estava eufórica por dentro, faria de tudo para ela continuar a me aceitar.

     − Não deveria me fazer essa pergunta. – Ela sorri amigavelmente, mas recebo um olhar de repreensão do meu pai. Não ligaria mais para sua grosseria tinha a minha avó para suprir a falta de amor dele.

     Uma vez caminhando com minha avó indaguei para testar seu apelido em meus lábios:

     − Vovó, onde fica o jardim? – Meu coração batei mais forte com a simples pronúncia das duas sílabas.

     − Daremos a volta pela por fora da casa e chegaremos a uma porta lateral que dá acesso ao jardim. – Ela me guia enquanto informa o caminho, quando na verdade deveria ser o contrário. – Vamos fazer um tour pela casa, mas agora acho que deve estar com fome e cansada.

     − Eu estou, mas não me incomodo de ficar com a senhora. – Confessei.

     − Ótimo! – Ela sorri enquanto nos sentamos em uma das mesas do jardim. – Acredito que está bem próximo das quinze horas, seu pai sairá para ir a um dos três restaurantes, ele sempre vai depois das quinze, então poderemos ficar à vontade para conhecer a casa, não preciso enxergar para saber que não se sente a vontade com a presença dele.

     Dona Zilma aparece com alguns pratos empilhados, uma garrafa de chá e uma jarra de suco. Aprecio a mesa farta e a senhora me incentiva a comer.

     − Obrigada! – Respondo quando ela me entrega um copo.

     − Não espere minha permissão para comer, vou relembrá-la que não enxergo.

     − É que tudo para mim é novo.

     − Comer para você é novo? – Ela pergunta com uma risadinha, mas fica claro que não estava preparada para ouvir minha resposta.

     − Sim. A senhora não vai comer nada? – Tento mudar de assunto.

     − Ela trará um prato para mim, pois tudo nesta mesa deve ter açúcar. Eu sei que está com fome, mas pode me contar o que ocorria para eu ter uma resposta tão inesperada? – Ela pergunta séria e complementa. – Vá no seu tempo.

     − Bem,... – Falo servindo-me de um pouco de suco. – ... digamos que o meu padrasto não gostava muito de mim, ele não permitia que eu comesse muito, além de outras coisas. A minha mãe gostava menos ainda de mim, pois nunca fez nada para mudar a situação.

     Esqueci o suco e novamente me perdi em pensamentos até que senti a senhora tateando meu braço subindo pelo ombro encontrando meu rosto. Não pude evitar que ela sentisse as lágrimas rolando silenciosamente pelo meu rosto, pois tinha sido pega de surpresa.

     − Vou garantir, minha querida neta, que você nunca mais sofra nenhum tipo de abuso ou preconceito. – Ela limpa meu rosto, do lado em que estava tocando, com o polegar.

     Seu gesto não foi suficiente para mim, pois me inclinei e a abracei; comecei a soluçar contra o peito da senhora que era magrinha. Ela pareceu surpresa, mas retribuiu e começou a afagar meus cabelos. Dona Zilma chega novamente no jardim trazendo mais um prato com um tipo diferente de biscoitos e também duas finas fatias de bolo. Deixa o prato na mesa a frente da minha avó e coloca seu chá na xícara.

     − A senhora quer que eu coloque adoçante no chá?

     − Não se preocupe, querida, não faço uso de adoçante nas bebidas. Pode comer tranquila e coma o quanto quiser.

     − Obrigada! Eu gostaria de ouvir sua história e também sobre o meu pai.

     − Claro, então vou começar pelo começo. – Ela sorri. – Eu sempre tive diabetes e quando era jovem fui convidada a tocar em um restaurante que tinha música ao vivo, no caso música de um piano. O proprietário precisava contratar um pianista fixo e faria um teste comigo. Eu precisava do emprego pois queria concluir meus estudos de música e não tinha muita condição financeira. Vou antecipar dizendo que a história é um pouco longa.

     − Eu poderia ouvi-la para sempre!

     − Bom saber! – Ela dá uma risadinha e só então percebo que pensei alto demais. – Eu fui contratada e ele me informou que poderia comer o que quisesse no restaurante, então expliquei que tinha muitas restrições por ser diabética e ele se prontificou a cozinhar, ele mesmo, algo sem açúcar. Achei muito encantador seu gesto e o fato de meu relacionamento está por um fio me fez ficar ainda mais atraída pelo chefe de cozinha.

     − A senhora se apaixonou. – Comentei empolgada pelo romance da minha avó.

     − Sim, e acabei terminando meu relacionamento desgastado, pois está interessando no chefe. Ficamos muito próximos até que ele me pediu em namoro e eu aceitei porque já o namorava antes mesmo de ser oficializado. Ele era cerca de quinze anos mais velho que eu e a diferença conferia-lhe um ar de responsabilidade. O Maurício era paciente e tivemos uma ótima vida juntos.

     − Gostaria de tê-lo conhecido.

     − Teria sido interessante, mas ele faleceu enquanto você ainda era pequena; já faz um bom tempo, tem fotos dele em algum lugar dessa casa. Nós tivemos o seu pai e tive muitas complicações durante a gravidez por causa da diabetes o que fez o Mauro ter receio de ter outro filho, outro fator é o fato de ser hereditário, seu pai tinha grandes chances de nascer com a mesma doença graças a Deus o Paulinho nasceu saudável. Outro motivo de eu não ter outros filhos foi minha dedicação à carreira musical, por isso você não tem tios. Compramos essa casa e aprendi a cozinhar, foi uma boa vida e agora saber que tenho uma neta só deixou tudo melhor ainda. Passei bastante tempo nesse imóvel para conhecê-lo, pelo menos os principais cômodos.

     − Eu adorei saber da história.

     − Você comeu bem? – Ela fala localizando sua xícara em cima da mesa e tomando um gole de chá enquanto aguarda a resposta.

     − Sim está tudo uma delícia. – Elogio o lanche porque de fato está tudo muito gostoso, sem falar que pude comer a vontade. – Parece um sonho está aqui.

     − Este é só o começo, te daremos a vida que merece. – Ela toca gentilmente minha mão que estava na mesa.

     − Obrigada por tudo, vovó! – Sorri para ela mesmo que não pudesse me ver.

     − Devo adverti-la que você verá algumas rixas entre seu pai e a Zilma, ele gosta de assumir o comando da cozinha constantemente o que deixa nossa governanta bem irritada. Seu pai é uma excelente pessoa, só precisa de tempo. Lembro-me de quando ele ficou nervoso quando o pai morreu, por um tempo parecia que ele também tinha morrido, mas eu conheço meu filho e sabia que precisava de uma pouco de tempo. O mesmo se deu quando a perda irreversível da minha visão avançou até que não fui capaz de enxergar quase nada e não poder sair sozinha.

     − Ele parece um homem forte e duro. – Comentei pensando na aspereza com que me tratou na nossa breve conversa.

     − Nem de longe. Ele é um homem bem assustado e sabe disfarçar muito bem. – Ela sorri. – Eu o incentivo a sair e encontrar alguém de quem goste e construa uma família, mas ele insiste em dizer que não tem tempo, eu sei que é muito apegado a mim e tem medo que algo de seu controle como está acontecendo agora.

     Estava surpresa com as revelações sobre meu pai. Quando voltamos para dentro de casa ele já não estava lá, então, como cumprimento da promessa que me fez a vovó me mostrou a maioria dos cômodos da casa para que eu me acostumasse ao ambiente.

     À noite vovó Sofia recebeu uma ligação do senhor Paulo. Era engraçada a maneira que seu telefone chamava, ele não parou de falar, "Paulinho chamando", enquanto ela não atendeu.

     − Alô!

     − Mãe, combinei com a Zilma que levaria o jantar de vocês vou voltar um pouco mais cedo hoje. O que quer comer? – Ele fala do outro lado da linha.

     − Qualquer coisa que quiser fazer.

     − Nossa quanta exigência! – Ele sorri e pergunta novamente: − E a garota?

     − Pergunte a filha, Paulinho, você está no viva-voz.

     − O que, não acredito, mãe! – Ele dá uma pausa e pergunta: − O que quer comer Marcela?

     Busquei auxilio na minha avó com olhar, mas obvio que ela não percebeu. Eu gostaria de pedir tantas coisas, mas não tinha coragem nem intimidade para isso.

     − Qualquer coisa. – Disse simplesmente.

     − O que gostaria de experimentar e você nunca comeu, minha querida?

     − Panquecas! – Disse a primeira coisa que me veio na mente, era uma das coisas que tinha muita vontade de experimentar.

     − Panquecas? – Ouço-o falar.

     − Aí está meu filho, ela quer panquecas e traga alguma sobremesa porque ela gosta de açúcar e não parece ser diabética, falando nisso precisamos fazer uma bateria de exames na menina.

     − Tudo bem, mãe!Chego em uma hora e conversamos sobre isso. – Ele fala e desliga sem se despedir. 

     Uma hora depois quando ouvi o carro estacionar na garagem meu coração disparou, estava nervosa de ficar perto dele novamente, principalmente se ele soubesse que passei a tarde sozinha com sua mãe.

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Se gostar do capítulo deixa sua estrelinha.

Abraços!!!

#gratidãosempre

Capítulo publicado dia: 02/11/2022

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