As Luzes piscavam descontroladamente, corpos se entregavam no meu, eu não sei o que me deram, mas estou fora de mim, nada estava nítido e eu amo isso, amo estar Sem controle do meu corpo e das minhas ações.

Eu estou beijando alguém, que não faço a menor ideia de quem é, tão ferroz que eu a comeria aqui mesmo.

-Ei ei ei, calma aí gente. -escuto a voz alta do Aaron e ele se poe entre mim. -Cara, o que te deram?

Ele Pergunta, mas não respondo, eu não quero saber. Saio de perto dele e não demoro para estar em um quarto e eu não estou sozinho.

Fui jogado contra a cama, logo estavamos nos devorando, explorando o corpo um do outro.

-Eu estava com saudades. -ela geme contra a minha boca e eu me afasto, reconhecendo a dona da voz.

Cassandra me beija de novo e eu estou chapado demais para tentar ou querer parar. Ela se esfregava em mim, seguindo o ritimo alto que essoava por todos os lados.

Toques profundos e em meio o beijo selvagem, eu lembrei de outros lábios, um gemido angustiado saiu pelos meus lábios.

Cassandra me ajudava a tirar a blusa, ela ja estava sem nada e eu nem lembro quando ela ficou sem, ela geme contra minha boca, gostando da sensação que eu a dava, mas lembrei de outra boca gemendo pra mim.

A angústia de não consegui tirar isso de mim começava a me consumir, e um meio de conseguir tirar isso da minha mente é a Cassandra, coloquei ela debaixo de mim e explorei cada parte do corpo dela.

Agora alguém estava me sacudindo e chamando meu nome, meus olhos demoraram quase um minuto para finamente me obedecer e abrir.

Foi tudo um sonho? Talvez pesadelo?

-A cass falou que você apagou do nada, vim ver se você está bem. -aaron diz e eu murmúro algo como "estou", Me aconchego nos lençóis da cama e fecho os olhos.

Aaron pareceu não entender minha resposta, ja que ainda continua a me sacudir de um lado para o outro.

-Que merda você deu a ele?

Escuto os murmuros ficando cada vez mais longe e por fim apago completamente.

Depois de acordar em uma cama que não era minha, em uma casa totalmente desconhecida, eu me obriguei a ir embora.

Caminho quase me arrastado pelo asfalto, eu estava sem blusa, não consegui a encontrar e porra, meus olhos não conseguem se materem abertos,essa claridade machuca meus olhos, parece que estou andando pela porra do inferno e minha cabeça lateja sem parar.

O alívio em finalmente chegar na rua, a qual eu morava foi tanta que quase agradeci aos céus, mas acho que la não escutam pessoas como eu.

Paro inconscientemente na frente da casa da Eva, lembrando de quando conversávamos sentados na escada.

Porque as pessoas precisam ser tão complicadas?

Foi esse pensamento que tive antes de me assustar com a porta sendo aberta, mas não evito sorrir ao ver a surpresa dela em me ver, muito menos o olhar dela cair sobre meu abdômen nu, ela agarrou a alça da mochila em seu ombro com força e finalmente encarou meus olhos. Ela piscou algumas vezes, foi gratificante ver as bochechas dela ficarem rosadas, sua boca se abriu para falar algo, mas não saiu absolutamente nada, isso definitivamente é divertido.

-Caso quiser, te mando uma foto, tem um monte delas no meu celular. -Falo de meneira convencida enquanto passo a mão pelo abdômen sem tirar os olhos dela.

Ela contraiu a mandíbula e me olhou furiosa, se ela não fosse "ela" eu provavelmente apanharia.

-Hoje tem a prova de Química.

Ela diz sem muito alarde, voltando com o semblante sereno, agora eu que estou furioso, agora um sorriso torto brotou em seus lábios.

Ela passa por mim, mas antes de se afastar pra longe ela olha novamente pra mim, não da maneira que me olhou a um minuto atrás, agora ela parece magoada.

Droga.

Porque sempre me sinto culpado quando ela me olha assim? Eu não sou o vilão da história.

-Pode me passar a matéria?

Falo rápido antes dela se afastar por completo, na minha mente isso iria reverter o que talvez eu tivesse provocado, ela franziu o rosto ao me olhar, parecia confusa, eu esperei ela dizer algo, mas nada aconteceu, ela apenas voltou a andar.

Fiquei plantado como uma árvore observando ela se afastar, passo as mãos pelo rosto e solto um suspiro logo.

No momento não tem muita coisa fazendo sentindo na minha mente, balanço a cabeça em irritação e caminho até minha casa, ignorei o sentimento ruim que sempre tinha ao entrar no vazio que ali era pra mim.

Me jogo no sofá e tento apagar, mas a única coisa que consigo é ganhar é uma dor de pescoço, gruni um palavrão e fui a cozinha preparar algo pra comer, infelizmente dessa vez eu não consegui e nem quis fugir das lembranças.

—Mãe, se aquele pirralho mexer nas minhas coisas de novo, eu enfio a cabeça dele dentro da privada até....-minha mãe riu das minhas palavras e eu fiquei mais irritado ainda. —Ele só quer atenção do irmão mais velho Logan, quando foi que você jogou com ele? Ou sairam pra fazer algo? -ela diz com as mãos na cintura.

Ela estava defendendo ele?

—Logan, ele é só uma crianç...-não deixei ela terminar de falar e sai irritado dali, se eu ver aquele idiota na minha frente, juro que deixo ele sem dente algum na boca.

—Sério que você foi falar com a mamãe? quantos anos você tem? 5? -ele diz zombando, ele com certeza vai perder um dente.

—Porque caralhos você pegou meus preservativos? -falo irritado. –Você tem 9 anos, nunca nem beijou alguém.

—Pra você não ir mais a essas festas.

Toda raiva se decipou, se transformando em culpa.

—E eu já beijei uma menina.

Ele se defende e eu dou um sorriso zombeteiro, ignorando a culpa.

—Aonde? Nos seus sonhos pervertidos?

Falo irônico e ele aperta os labios nervoso.

—Você é um babaca.

Ele diz antes de sair da minha frente, ele caminha batendo o pé com tanta força que sinto o chão vibrar debaixo dos meus pés, com a porta do quarto dele não foi diferente, bateu tão forte que as janelas tremeram.

Ignorando a silenciosa lágrima que caia dos meus olhos, preparo um sereal qualquer e me jogo em frente a tv, onde depois de um tempo, eu finalmte apago.