capítulo 5
—Já falei que não cassandra, eu não quero mais nada e muito menos quero alimentar qualquer sentimento seu. -falo tentando manter minha paciência, já não basta o fato do Alex ter voltado ao colégio, ainda tem a cassandra enchendo meu saco.
—Você estava certo, a gente podia ter o que tínhamos antes. -ela fala quase implorando e eu balanço a cabeça negativamente. —Olha cassandra, você é linda, inteligente, divertida e a maioria desse colégio iria querer você, mas eu, no momento, acho melhor não.
Falo firme como se isso fosse fazer ela entender, ela dá um suspiro frustrando antes de me olhar.
—Tudo bem, podemos pelo menos ir pra sala juntos? -ela diz e eu concordo, a sigo até a sala, mas antes de entrar, noto a Eva Marie concentrada em algo em seu caderno, definitivamente eu não gostei do que acabei de sentir. —Eu esqueci, mas preciso ir na diretoria.
Falo pra cassandra e saio dali com pressa, mas a cassandra volta a me seguir.
—Logan, o que foi? -ela pergunta me alcançando, me controlo ao máximo para não ser rude. —Nada, eu já falei, vou na diretoria resolver alguns assuntos sobre os próximos jogos.
Minto, de fato eu tinha que ir na diretoria resolver sobre os próximos jogos, que eu não vou jogar, mas nem fudendo que vou fazer isso.
—Você não me parece bem.
Ela diz, instindo mais ainda, porra, eu só quero ficar sozinho e por meus sentimentos em ordem, porque no momento, parece que estou bêbado que nem sexta, quando beijei a Eva, mas agora, não posso por a culpa na bebida.
—Bom, não é legal saber que eu não vou jogar mais. -minto de novo, eu nem sequer ligo pra isso.
—Bom, talvez a gente possa resolver isso no vestiário, eu nem quero ir a aula mesmo.
Ela diz animada, como se fosse a oportunidade perfeita para insistir de novo e acho que esse é o fim da minha paciência.
—Cassandra, Eu não quero ser rude com você, então pelo amor de Deus, para de insistir e eu preciso ficar sozinho, entende?
Mantenho a voz num tom calmo, eu definitivamente não quero ninguém chorando na minha frente, mas os olhos dela se enchem de lágrimas mesmo assim.
—Eu sei Logan, mas poxa, eu sou apaixonada por você desde que você chegou nessa escola, você não é aqueles idiotas e você me trata bem, você é gentil e...eu pensei que poderíamos ter algo, se eu sou tudo aquilo que você disse, porque não tentar?
Ela diz de maneira chorosa e eu coço a nuca constrangido, olho em volta e graças a Deus não tem ninguém.
—Eu sinto muito por você ter confundido as coisas, mas não posso ser mais além do que seu amigo, me desculpe mesmo Cass, você vai achar alguém tão incrível quanto a você.- falo sincero, ela realmente é incrível, tira notas excelentes, uma das melhoros lideres de torcida, apesar do que houve, ela era uma boa amiga antes de confundir as coisas.
—Tudo bem.
Ela diz de meneira simples e eu me surpreendo por ela não instir mais, foi até que "fácil" .
—Nossa, Obrigado por entender, mas agora eu preciso ir.
Falo sem dar muito tempo pra ela responder e saio o mais rápido que eu consegui sem ser visto, geralmente o espetor fica perambulando que nem um zumbi pelos corredores, então, hoje é meu dia de sorte.
Caminho pensativo pela rua, hoje quando eu fui me desculpar, foi quase um sacrifício, porque eu não queria me desculpar, por a culpa no álcool parecia o jeito mais fácil, mas quando eu a vi dormindo sobre os braços, eu senti de novo, definitivamente, deve ter sobrado algum resquício de álcool no meu organismo, até o moletom sem graça ficou bom nela.
—Logan, quanto tempo, como você anda?
A senhora Taylor aparece do meu lado com algumas sacolas, o fato de eu estar pensando em beijar a filha dela momentos antes dela aparecer, me deixou bastante desconfortável.
—Eu estou indo, sabe como é.
Dou de ombros e me ofereço pra pegar as sacolas. Ela aceita na hora, sem pestanejar.
—E a senhora?
Pergunto só para tirar o desconforto que se alojou entre a gente.
—Eu estou indo junto com você, sabe como é. -ela diz como se estivesee segurando a risada e eu a olho sem entender. —Indo junto Logan?!- ela diz de maneira obvia.
Finalmente entendo e rio de tão ruim que foi.
—Você é igualzinho a Eva, nunca entende minhas piadas, mas falando serio, eu estou com saudades da Eliza, sua mãe era minha melhor amiga, sabia?
Ela diz cautelosa, como se a qualquer momento eu fosse quebrar, respiro fundo, eu não posso julgar ela. Eu não sabia que elas eram melhories amigas, pensei que eram só amigas, que sei la, faziam cabelo juntas.
—Não, eu não sabia. -falo esperando por mais resposta e não demora muito pra eu obte-las.
—Desde a época da adolescência, nos conhecemos na escola, fomos inseparáveis até encontrar você, então ela precisou se mudar porque vocês estavam com problemas financeiros e seu pai conseguiu um trabalho em outra cidade, mantemos contatos, quando vocês voltaram, eu fiquei muito feliz por ter a minha amiga de volta, quando meu ex marido foi embora, ela ficou horas comigo no telefone ouvindo eu apenas chorar, ela foi uma mulher incrível.
Ela diz com um sorriso e eu faço o mesmo, ouvir isso, esse lado da minha mãe, foi como se eu a estivesse a conhecendo de novo, ela realmente era incrível e eu estava ocupado demais com as coisas fúteis pra perceber isso quando tive tempo. Minhas sobrancelhas se ergeram pela confusão que foi criada logo após esses pensamentos, que marido?
—Marido? Eu nunca vi a senhora com marido.
Digo nitidamente confuso.
—Ele me deixou alguns dias antes da Eva nascer, pra ser exata, um dia antes, ela nasceu de 7 meses, prematura. Foi uma época difícil e até hoje não sei porque ele fez isso, mas não sinto mais absolutamente nada quanto isso.
Ela diz firme e me olha seria
—E você tem que parar de fugir das aulas.
Ela diz autoritaria e eu arregalo os olhos surpreso, era exatamente assim que minha mãe falava.
—Hoje foi uma exceção.
Minto, com certeza não foi, eu estava pensando em fugir pelas próximas semanas também. Ela não diz mais nada e caminhamos até finalmente chegar em frente a casa dela.
—Muito obrigada pela ajuda, se quiser jantar com a gente hoje a noite, está convidado. -Ela diz animada. —É meu aniversário.
Ela fala enquanto entrego as bolsas pra ela, droga, como eu posso negar isso a ela? Ela se abriu pra mim, contou coisas sobre a minha mãe que eu nem sabia, acho que ela iria ficar feliz.
—Eu...claro, Porque não, né?
Sorrio e ela concorda com a cabeça.
—Vou esperar, Com certeza a Eva vai amar.
Ela diz entrando dentro de casa, batendo a porta sem sequer esperar eu responder algo, acho que também eu não teria nada a dizer.
A eva vai amar.
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