Capitulo 43
Observo a Eva cantarolar enquanto se arrumava pra uma festa, Se quando eu ouvi meu nome pela boca dela, foi a coisa mais linda, imagine
ouvir ela cantar.
Ela atravessa a sala e pula por cima da hope, finjo prestar atenção no jogo e volto a encarar ela pelo reflexo do espelho do quarto.
Ela morre de vergonha quando eu a pego cantando, então tenho tenho que ser sempre cauteloso.
Fazem 5 meses que eu vim pra Califórnia, pra ser mais exato, pra San Diego, perto dela e da faculdade, talvez longe de onde minha família está, mas eles sempre vão está comigo, tatuados no meu corpo, na minha mente, no meu coração ou o que for.
Eu tatuei algo pra cada um, eu tatuei uma borboleta vermelha perto do peito, minha mãe amava borboletas e a cor vermelha, umas minha lembrança preferida dela, foi quando eu tinha 10 anos, eu dei uma borboleta de presente pra ela, porém morta.
Ela riu, agradeceu, me abraçou e falou :
—Acho que eu prefiro elas vivas. -E mesmo assim ela guardou em um quatro de vidro.
Eu tatuei um jornal no braço esquerdo, por que meu pai todas as manhãs nos dava bom dia com a cara dentro do jornal.
E para o meu irmão, eu tatuei no outro braço um desenho que achei quando estava fazendo a mudança, não sei quando ele fez, mas ele nos desenhou em frente à praia.
Lembro do dia que fomos à praia pela primeira vez, ele tinha 7 anos e morria de medo de entrar na água por minha culpa, no dia anterior eu o fiz ver alguns filmes de tubarões e piranhas assassinas.
Como castigo, tive que convencer ele a entrar, foi uma dia bom, uma lembrança boa.
—Oi mãe...-A Eva passa de novo pela sala, indo ao banheiro, agora com o telefone na orelha. —Eu sei, eu sei...acho que não vou voltar hoje.
Ela volta e para no meio da sala.
—E como eu estou? - ela diz dando uma volta lenta, lenta o suficiente pra notar como a calça era boa em marcar a bunda dela e em como aquela camisa xadrez fica melhor nela do que em mim.
—Deliciosa. -sorrio sem esconder minhas intenções.
—Ah...obrigada. -ela sorri. —Você também está delicioso.
Ela diz olhando pra minha roupa, ou pra falta dela, sorrio e me levanto pra terminar de me arrumar.
Gosto da maneira como as coisas estão, leves, sem drama, assim como ela é.
Gosto disso, nunca tive outras namoradas, mas tenho certeza, que eu sou um filho da puta muito sortudo por ter a Eva.
Eu não poderia amar menos como as coisas estão, eu sinto falta de algumas coisas, como sentar no quarto do meu irmão e lembrar dos nossos momentos bons.
Eu sinto falta do meu melhor amigo, de um jeito ou de outro, eu percebi que sobrou algo dele quando ele falou com a Eva.
Mas de qualquer jeito, eu preciso me permitir viver o que um dia serão lembranças tão boas quanto as que guardo em mim, eu queria agradecer ao Aaron, mas ele simplesmente sumiu do mapa.
A Eva me segue até o quarto e me observa a por a camisa.
—Eu nunca fui em uma festa de verdade. -admite ela. —Talvez eu esteja muito nervosa.
Ela murmura olhando pro próprio reflexo no espelho.
—Nem é assim que se veste pra uma festa. -ela se joga na cama, desanimada. —Talvez você devesse ir sem mim.
Olho pra ela, sem entender como ela não consegue se ver como eu a vejo.
—Não existe um padrão pra roupas de festa, você está incrível e se eu não fosse o capitão, eu não ligaria por deixar a festa de lado pra tirar essa roupa, porque definitivamente você fica melhor sem ela, ou qualquer uma outra que você vista. -suspiro e me sento ao lado dela. —Ficamos 5 minutos e eu finjo ligar pra vitória de ontem, aí roubamos algumas bebidas, compramos alguma besteira e comemos vendo algum filme chato.
Me aproximo pra beijar o ombro dela.
—Podemos ver a culpa das estrelas? -ela pergunta com um sorriso nos lábios.
—Outro filme chato. -falo torcendo o nariz, odeio finais tristes.
—Não Aceito negociações.
—Eu to vendo quatro de você. -ela diz rindo enquanto entra dentro de casa se apoiando em mim, rio também, enquanto a seguro para que ela não caia no chão.
O plano de roubar bebida, comer besteiras e ver um filme triste foi para o ralo quando a Eva resolveu que hoje seria o dia de ficar bebada pela primeira vez na vida.
—Por favor, não me joga debaixo daquele chuveiro gelado dos infernos. -ela implora quando percebe que eu a estava levando para o banheiro.
Mudo o caminho e a levo até o quarto, a colocando na cama.
—Que tal você tirar minha roupa agora? -ela sussurra enquanto me puxava para um beijo cheio de desejo, a beijo na mesma intensidade, mas me afasto para a observar.
A imagem da Eva bebada com certeza não é algo que eu queria esquecer.
Ela sorri mais ainda quando me afasto ainda pra tirar os sapatos dela, logo depois a calça, tiro minha camisa, o sapato e calça, ficando apenas de boxer.
Rio baixo quando percebo o olhar dela em mim, vou pra cima dela e a beijo com calma, sem pressa alguma, aproveitando tudo que posso antes de me afastar.
—Boa noite, gata. -falo dando um último beijo nos lábios dela e rolo para o outro lado da cama.
—O que? Por que? -ela pergunta incrédula.
—Prefiro você sóbria debaixo de mim. -falo sabendo que a primeira reação vai ser suas bochechas ficarem vermelhas.
—Eu acho que discordo. -ela murmura enquanto tentava esconder o sorriso, se aconchegando contra meu peito.
—Eu não duvido nada disso. -sussurro e percebo que já estou falando sozinho.
Balanço a cabeça negativamente com um sorriso nos lábios.
Não poderia está mais perfeito.
Esse é o penúltimo rsrs.
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