Capítulo 3
Eu não conseguia mais controlar o que eu estava fazendo, tudo se passava como flashs em minha cabeça.
Agora eu estava por cima da Melissa a agarrando sem nenhum pudor, eu sei o quanto o álcool me deixa vulnerável a certos sentimentos, mas eu não quero de forma alguma dar espaços a eles e acho que ela com certeza vai me ajudar.
Não sei o que aconteceu depois ou durante, mas nesse exato momento eu estou perambulando pela minha rua, tonto demais para andar sem segurar em qualquer coisa que aparece.
Chutei a lata de lixo da casa de alguém, enquanto olho Para minha casa, escura e solitária, a única vontade que eu tenho agora é de gritar até que não houvesse mais ar nos meus pulmões, não é justo eu ainda está aqui.
—Você não pode ficar chutando a lixeira das casas dos outros Logan.
Alguém fala e eu procuro a voz, virando meu corpo bruscamente, o que me causa uma puta tontura.
—O que você faz acordada essa hora?
Pergunto assim que vejo Eva parada com os braços cruzados e com um pijama ridículo, com estampas de letras!? Meu Deus.
—Não te interessa, você vai limpar isso, não é?
Ela diz desafiadora e sorrio de maneira convencida para deixá-la enfurecida.
—Vou é?
Falo me aproximando, mas minhas pernas falham miseravelmente, porra de álcool.
Me seguro ao poste que estava ao meu lado e encosto a cabeça nele, respiro fundo tentando me manter consciente.
—Você está horrível.
Ela diz e eu evito a olhar, continuo na mesma posição, não demorou muito para eu começar a vomitar todo o álcool no chão, talvez eu tenha passado do limite.
—Aí meu Deus Logan, droga, que droga, vou ligar pra minha mãe.
Ela diz correndo para dentro da casa dela, eu passo a manga da minha blusa na boca e me forço a caminhar pra minha casa, a qual um dia foi meu lar.
Abro a porta e olho em volta esperando ouvir uma bronca da minha mãe.
Eu não escuto nada, ela sempre me dava broncas quando eu chegava assim.
Subo as escadas com dificuldade e entro no quarto do meu irmão, esperando ver ele jogando, ele sempre passava a madrugada jogando aqueles jogos estúpidos e barulhentos que me tiravam o sono.
Mas ele não está aqui, os jogos estão, mas ele não.
A dor no meu peito só aumenta enquanto olho para todos os cantos daquele quarto.
Caminho até enfrente a TV e me sento no chão, colocando um dos jogos barulhentos que ele tinha, quando eu estava de bom humor nós sempre jogávamos.
Coloco na maior altura possível e enquanto eu jogava, eu chorava.
—Minha mãe falou pra eu dar um jeito em você e por você deitada de barriga pra baixo porque você pode se sufocar com seu vomi...
Eva aparece na porta do quarto do meu irmão e assim que me vê, ela se cala, ela já tinha entrado aqui, não que eu já tinha visto ela aqui antes, eu sempre estava no meu quarto, mas sei que a mãe dela era amiga da minha.
Olho brevemente pra ela e volto para o jogo, na altura do campeonato eu não estava mais me importando com meu estado deplorável.
Consigo ver ela parada me olhando do lado de fora do quarto.
Expiro e inspiro, com tentativas inúteis para conseguir para de chorar, enquanto sinto raiva de mim, eu deveria ter ido com eles, eu poderia ter feito algo
—Eu poderia ter feito algo.
Repito em voz alta, jogando o controle longe, forte o suficiente para despedaça-lo no chão.
Eva caminhou até o meu lado e se sentou, não consegui olhar pra outro lugar que não seja o controle quebrado no chão.
—Toma, minha mãe falou que isso ajuda, desculpa entrar, não achei você na rua.
Ela diz fazendo com que eu a olhe, pego o comprimido que não sei o que é da mão dela e tomo, ignorando o copo de água que ela tinha na outra mão.
—Obrigado, acho que posso me virar agora.
Digo enquanto passo as mãos no rosto, mas ela nem sequer se meche, olho pra ela em busca de qualquer atitude.
—Você não poderia ter feito nada Logan.
Ela fala e eu sorrio, um sorriso triste e a observo por completo, ela definitivamente fica melhor sem moletom, fica melhor ainda com esse pijama horrível, olho para o rosto dela, que me encarava com um olhar cheio de pena, eu odeio esse olhar.
Ela morde os lábios nervosa, eu me aproximo e ela não se afasta, uma das minhas mãos vão até o rosto dela, acariciando o local, ela não se mexeu, nem quando nossos narizes se tocaram, muito menos quando meus lábios tocaram o dela.
Esperei ela se afastar, mas ela não se afastou então eu continuei, movi meus lábios lentamente e ela retribuiu, mesmo surpreso eu continuei a beijando, coloco minhas mãos na cintura dela para puxa-la para mais perto, ela agora não estava mais sentada ao meu lado, agora ela estava no meu colo com suas pernas em volta à minha cintura enquanto eu estava no chão.
Intensifico o beijo e eu a aperto contra mim e ela geme na minha boca, porra, Ela gemeu.
Quando eu percebi o que estávamos fazendo eu simplesmente paro, porra, A Eva Marie estava sentada no meu colo, me beijando e gemendo.
Quando finalmente consigo pensar melhor eu a afasto e ela me olha tão assustada quanto eu a olho, ela rapidamente sai do meu colo passando as mãos pelo rosto.
—Marie...Isso é...—Foi um erro e nunca mais vai acontecer.
Ela diz me interrompendo, claramente com raiva.
—Por que você não se afastou?
Pergunto confuso com o comportamento dela, já que mal nos falávamos antes.
—Dorme de barriga para baixo, caso você vomitar enquanto dorme e não sufocar.
Ela diz saindo praticamente correndo, fico parado pensando no que merda eu estava pensando quando a beijei e porque caralho ela não se afastou.
Ela é a Eva Marie, que merda.
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