E observo mais uma vez Logan se livrando de uma expulsão como sempre, tendo de tudo que ele sempre quis.

Antes eu estava inseguro sobre tudo, sobre dar um jeito de tirar ele do time, no começo era só isso, eu tentei usar a Cassandra pra isso, pra manipula-lo de alguma forma.

A única coisa que eu queria, era o que ele me tirou de mim, mas agora eu quero mais.

Observo ele sair da sala da diretoria, com a pose confiante de sempre, antes de finalmente sair de vista o filho da puta se vira pra sorrir pra mim, eu juro por Deus, que se a coordenadora não tivesse aparecido, eu acabaria com ele.

—Aaron? -a diretora Drica me chama, bufo antes de levantar e entrar na sala, me sento na cadeira em frente a mesa dela.

Ela suspira ao me olhar e começa:

—Como está sua boca? -ela pergunta apontando pra minha boca, meus dedos vão automaticamente pra lá, onde ainda tinha um pouco de sangue, pelo corte que o soco dele provocou na minha boca.

Dou de ombros e a respondo.

—Está de boa.

—Você vai me falar o que houve entre vocês dois? -ela pergunta e completa: —Ele não quis me contar.

—O de sempre, amigos brigam. -zombo, agora ela obteve uma postura rígida.

—Seja o que for, parem. -ela diz autoritária. —Já basta as brigas incontroláveis que o Logan arrumou tempos atrás, não vou tolerar mais isso e também não vou tolerar que você entre em brigas nessa escola também, seu castigo será ficar na biblioteca depois das aulas e treinos e só saíra com todos os livros organizado, isso tudo apenas por uma semana.

—O que? -falo alto sem ao menos acreditar. —Eu não fiz nada, ele que me socou.

Me defendo, mas ela parece não escutar pois continua me olhando da mesma forma.

—Aaron, você é um bom aluno aqui, não vou tolerar essas coisas de você, porque acredito em você.

Ela diz de maneira sincera e eu bufo, foda-se o que ela acha.

—E pra ele? O que você deu?

Pergunto torcendo que seja tão pior quanto o meu.

—Ele fará visitas obrigatória ao psicólogo da escola.

Ela diz e eu me seguro pra não xinga-la.

—Que porra...ele que me socou e eu fico com a porra da pior parte?-falo sem conter a rispidez.

—Aaron, ele acabou de perder a família toda em um acidente e sei muito bem que você estava o provocando, os alunos que foram me chamar. -ela fala se levantando.

—Seus repousáveis estão vindo. -ela diz abrindo a porta.

—O que? Porque você chamou eles? -falo sem acreditar e me levando. —Porque ao contrário do Logan, eu tenho a quem chamar pra conversar sobre seu comportamento ultimamente.

—Eu não sou a porra de uma criancinhas. -falo alto, mas recuo ao receber um olhar severo dela.

—E também não é de maior, não vou tolerar desrespeito algum aqui, sente-se ali e espere eles chegarem.

Saio da sala e me sento na cadeira de espera, que tem em frente a sala da diretoria, não demorou muito pra eles chegarem, me limito em apenas encarar eles, que me olhavam com aqueles olhares frios de sempre.

Bufo quando eles entram na sala e tombo minha cabeça pra trás, esperando o inferno que vai ser.

Fecho os olhos impaciente enquanto meus pés se mexem incontrolavelmente.

Longos 15 minutos depois a porta se abre, meu pai sai primeiro que minha mãe e avança na minha direção, me puxando pra ficar em pé com força.

—Juro por Deus que estou ficando cansado de você, em menos de uma semana você chega em casa carregado por um amigo, no outro dia tivemos que ter o desprazer de ver você comendo uma puta e agora somos chamados pôr briguinha de escola?

Ele aperta meu braço com mais força, e ela, minha mãe fica encarando de longe, como sempre.

—Falta pouco pra te mandarmos pra casa da sua vó, muito pouco mesmo seu inútil.

E então ele finalmente solta meu braço e começa a caminhar pra fora, eu o sigo, mas ele levanta a mão, fazendo sinal pra mim parar.

—Você vai andando.

Ele diz e eu fico parado vendo eles partirem, enquanto os observo sumirem do meu campo de visão, eu imagino mil coisas pra ferrar o infeliz do Logan.