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16 - Senhor Herrera

Ninguém em sã consciência me contrataria para ser uma representante comercial. Talvez por isso eu tenha me sentido tão feliz e importante quando Luka me propôs isso. Eu sabia que não teria outra chance igual.

-Alex tem razão, eu não devia ir vestida assim. - eu disse olhando meu conjuntinho verde.

-Podemos tranquilamente passar em uma loja de roupas se você quiser... Com certeza não é com a roupa que você deveria se preocupar... - Luka sorriu.

Eu sabia o que ele queria dizer. As chances de eu mandar um rico escroto a merda era realmente muito grande, talvez o suficiente para eu não precisar me preocupar com roupa alguma.

-Quero fazer isso. - respondi.

-Ok. - ele respondeu prontamente - Marcos! - ele chamou o motorista - Nos leve a uma loja de roupas.

-Que loja, senhor?

-Eu sei lá... - Luka virou de volta pra mim dando de ombros.

-Er... Marcos? - eu chamei - Você já levou Gabriela para fazer compras?

-Já sim, senhorita.

-Lembra de alguma loja que você a tenha levado?

-Sim.

-Ótimo, nos leve para a mais próxima daqui. - disse sorridente e confiante.

Não demorou muito para chegarmos. A loja parecia cara só pela fachada com portas de vidro fumê. As etiquetas não tinham preço, apenas nome de marcas. A atendente me olhou de cima a baixo e acho que se não fosse o Luka estar chique de terno do meu lado ela não me atenderia.

-Então... - Luka começou a puxar assunto enquanto eu estava no trocador - A Camila tem... Saído com alguém ultimamente?

Oh céus... Será que o Luka sabia da verdade? Tipo... Ele nos salvou eu sei... Mas...

-Bem... - começo a falar de dentro do trocador enquanto tento puxar o ziper do macaquinho preto super chique tomara que caia o qual eu tenho certeza que custa no mínimo duzentas vezes mais que meu conjuntinho verde - Ela não está namorando ninguém se é isso que você quer saber... Mas isso não significa que ela não esteja... Saindo... Com... Alguém... - eu tentei deixar bem implícito.

Será que consegui? Não gosto de mentir e nao sei se posso falar a verdade, que situação complicada.

-Me refiro... Fora os clientes normais dela...

Suspirei aliviada e saí do trocador.

-Ah... Você sabe... Que bom... Pensei que teria algum problema ela ser prosti...

-Sim claro, é normal que vendedoras tenham que sair para negociar com clientes... - ele disse discontraidamenre. Eu emudeci na hora e arregalei os olhos. Ele parou por um instante e me olhou com diversão nos olhos - Eu estou brincando, eu já a vi na boate.

Dei um soco no ombro dele por isso e ele caiu na risada.

Falamos um pouco mais sobre a Camila, e depois de escolher um macacão preto com alguns acessórios chique saímos da loja. Passei o número da Camila pro Luka, sei que ela vai me agradecer depois.

Na maior parte do tempo eu ensaiei mentalmente no carro o que eu deveria falar para o senhor Herrera. Eu sabia que ele detestava os Druelli então eu devia deixar claro que Alex não era como os outros Druelli. Sabia também que Herrera gostava do Lorenzo e tinha contratos com ele então eu precisava dizer que Alex cumpriria esses contratos, que ele era bom e honesto e iria cuidar muito bem das empresas. Herrera era um ricasso metido a caridoso então talvez fosse bom falar que o Alex tem trabalhado muito para abrir oportunidades nas areas carentes e dar continuidade ao trabalho do Lorenzo. É isso! Esse era meu plano. Pintar a melhor imagem possível de Alex para o tal Herrera. Fazer ele parecer um santo, mas sem mentir em momento nenhum porque eu não sou boa nisso.

Bastaria eu esconder o fato que Alex é violento, auto destrutivo, tem problemas com bebibas e tentou se suicidar hoje de manhã... Ah e que tem uma ex louca que tá jurando de pé junto que ta grávida dele.

Com tanta coisa na cabeça nem vi quando finalmente chegamos ao tal restaurante.

-O senhor Herrera é muito frio e sério. Espero que seu jeito possa amolecer o coração dele. - Luka disse ao entrarmos no estabelecimento.

-Ah Luka você é louco se acha que vou amolecer algo... Normalmente meu trabalho é o contrário... - comentei rindo.

-Você é uma figura... - ele disse rindo - Vou perguntar na recepção se o Senhor Herrera já chegou, escolha uma mesa na área aberta.

O lugar era chique, havia uma luz dourada iluminando todo o restaurante. As mesas e cadeiras eram de um metal preto e as toalhas reluziam um tom creme muito chique. Mas Luka marcou de encontrar o senhor Herrera na área ao ar livre, mais despojada com alguns guarda-sois, então obedeci e fui para lá.

Sentei-me confortavelmente em uma cadeira e fiquei a vontade.

Garçons de smoking passavam para lá e para cá. Muito diferente dos restaurantes de esquina ou dos bares da onde eu comumente tinha que ir resgatar meu pai aos fins de semana.

Meu pai já entrou e saiu de clínicas de reabilitação várias vezes. E uma delas foi a clínica Nueva Esperanza, do seu Ramón.

Ramón era um velho muito simpático, ele tentou ajudar o papai muitas vezes. Vivia andando pelo bairro de bermudão, tinha um bigode preto parecendo o Ratinho e era careca. Vivia falando para gente ficar longe de gente ruim e tomar cuidado com quem oferece drogas ou bebidas. Era um velho muito legal. Puxou a orelha dos meus irmãos várias vezes.

Ele não ficava muito no bairro porque tinha a clínica, eu achava que ele era médico, quando não estava de bermudão estava com um jaleco de enfermeiro tentando convencer outro alcoólatra de outra família a ir para a clínica...

Muita gente do meu bairro se tratou naquela clínica, o atendimento lá era gratuito e o Ramón era super gente boa, ajudava todo mundo.

-Seu Ramón?! - nem a pau que eu esperaria ver o seu Ramón num restaurante chique desses e de terno ao invés de bermudão ou jaleco.

Mas aqui estava ele, um senhor velho bigodudo e meio gordo, porém com o mesmo brilho simpático de sempre.

-Ketlyn? O que faz aqui? - ele me cumprimentou.

-Afs longa história tio... - ele não era meu tio, mas todo mundo mais jovem chamava ele de tio.

-E como está seu pai?

-Esses dias chegou caindo de novo, estamos para internar ele mais uma vez.

-Você sabe que não é assim, a pessoa tem que querer... Viu como não deu certo das outras vezes. - ele falava sorrindo e puxou um cadeira do meu lado.

-Ele tem é que tomar vergonha na cara tio! A gente não aguenta mais... Gerson já está meio passo pra fora de casa por causa do filho que ele arrumou. Wesley ta se matando de trabalhar... Meu pai não colabora... Na moral...

-E sua tia Cíntia como está? - seu Ramón era velho, mas nem tanto, e acho que ele só insistia em salvar meu pai do álcool porque isso faria minha tia feliz. Claro que Ramón tinha um bom coração, mas sinto que ele achava que se salvasse o irmão da minha tia (vulgo meu pai) ganharia pontos com ela.

-Ah vai bem na medida do possível né tio... Hey escuta, tem como internar minha irmã por vício em narguilé?

Seu Ramón caiu na risada.

-Ai Ketlyn... Mas ela não é viciada.

-Mas vai la em casa só dá um susto nela tio, por favor. - eu pedi me esticando um pouco para pegar a mão dele e fazer carinha de pidona.

-Ah Ketlyn... Mas o que você faz aqui? Está sozinha?

-Olha na verdade... Eu vim falar com um velho escroto que... - nessa hora Luka aparece ao longe e vem caminhando com uma cara preocupada em minha direção - Ah o Luka vai saber explicar melhor. Quem sabe o senhor até me ajuda. - levantei da mesa e gesticulei pro Luka apesar de saber que ele já havia me visto - Hey Luka o seu Ramón pode me ajudar?

Luka arregalou os olhos para o Ramón, o qual retribuiu com um olhar de ódio que eu nunca havia visto no seu Ramón.

-Bem, Ketlyn... - Lukas começou cautelosamente com as mãos levemente levantadas em minha direção.

-Sério... Deixa... - implorei para Luka, com certeza seria muito mais fácil com a ajuda do seu Ramón, ele era muito bom em convencer as pessoas - Olha seu Ramón é muito simples. - eu disse voltando o olhar para ele - A gente ta aqui pra convencer um velho escroto a fazer acordo com o primo do Luka, o Alex, que é o meu namorado. - eu fiquei tão, mas taaaaaao feliz de dizer isso que nem percebi que o clima estava cada vez mais estranho.

-Então você namora o Alex... - Ramón falou calmamente.

-O probema é que esse velho não gosta da família do Alex, ele acha que o Alex é igual aos irmãos dele.

-Hmmm... - seu Ramón me escutava atentamente.

-Ketlyn... - Luka tentava me chamar, mas eu estava empolgada demais.

-Enfim, o Alex quer comprar as empresas, basicamente meu plano era convencê-lo que Alex vai cuidar bem das empresas e que como o cara já ta velho ele precisa de alguém para fazer isso por ele.

Nesse momento Luka bateu na mesa, pigarreou e disse:

-Ketlyn, acredito que você já conheça o Senhor Herrera. - ele gesticulou para o seu Ramón, e por um segundo eu fiquei confusa - Senhor Herrera, eu sinto muitíssimo pelos insultos...

-Imagina garoto... Eu já estou acostumado com essa daí.

Eu estava muda. Completamente muda.

-Acredito que o senhor queira que nós nos retiremos agora. - Luka diz ao me pegar pelo braço com olhar de reprovação.

Eu começo a me levantar com as pernas bambas. Ok que eu esperava estragar tudo no final, adimito que nao esperava realmente convencer o tal de Herrera, mas eu consegui FODER COM TUDO numa velocidade recorde! Eu nem sabia que estava falando merda até notar que a merda já estava feita.

-Acredito que isso seja o que VOCÊ quer meu jovem. - seu Ramón me segurou pelo pulso antes que eu saísse da mesa.

Agora cada pulso estava sendo segurado por alguém.

-Perdão senhor eu não entendi. - Luka se fez de desentendido. Os olhos azuis estavam implorando para sair daquele lugar. Eu podia ver o grau de arrependimento dele subindo a cada instante.

-Entendeu sim. Acho que está querendo calar a menina porque ela não está fazendo o que você quer. Pois eu já disse que conheço muito bem essa daqui. E nem você nem o engomadinho do seu primo, nem aqui nem em um milhão de anos vão conseguir controlar essa garota. Agora senta ai Ketlyn, a gente tem que tratar de negócios.

Meu corpo gelou e ainda bem que eu não havia me afastado da cadeira porque cai sentada sobre ela. Estava muito nervosa agora que sabia que estava falando com o temível senhor Herrera.

Mas ao olhar em seus olhos, seu bigode e pança que o faziam uma mistura de Ratinho com Seu Barriga, meu deus, aquele homem nunca me deu medo. Ele sempre foi um amor.

-Como preferir senhor, mas me juntarei a voces na mesa. - Luka disse puxando uma cadeira para ele e me olhando com reprovação.

-Felizmente sei que isso não vai inibir nossa Ketlyn. - Seu Ramón disse. E realmente ele estava certo, o olhar de Luka não me inibia, era com Ramón que eu estava preocupada.

-Bem seu Ra.... Senhor Herrera... - gaguejei.

-Ah por favor Ketlyn... O que aconteceu com velho rico escroto heim? - ele ria alto. Realmente não parecia ter se importado com minhas ofensas - Me fale mais como você pretende me fazer mudar de opinião sobre esses 2 pedaço de bosta. - ele gesticulou para o Luka e eu soube automaticamente que ele também se referia ao Alex - Porque eu já deixei claro que não vou vender as empresas para um Druelli. Tinha minhas ressalvas com Lorenzo. Mas nenhum outro Druelli tem caráter.

-Está errado! - eu disse tentando parecer confiante - Alex não é como os outros Druelli, ele é bom e honesto e vai cuidar muito bem das empresas. Ele tem trabalhado muito para abrir oportunidades nas areas carentes e dar continuidade ao trabalho do Lorenzo. - fiquei particularmente feliz por não gaguejar no meu discurso ensaiado.

-Aham sei... Bom e honesto, heim? - Ramón disse com desdém - Luka de quem é a boate e o ponto de drogas perto da rodovia principal?

PUTA MERDA.

Luka colocou as duas mãos sobre o rosto e sua decepção estava clara.

Eu queria enfiar minha cabeça na terra feito um avestruz.

DROGA! DROGA! DROGA!

KETLYN SUA IDIOTA!

Era tudo culpa minha.

Vendo minha cara de CÚ seu Ramón disse:

-Está surpresa por isso? Nunca que eu deixarei minhas empresas, que sustentam a minha clínica de reabilitação, nas mãos de um traficante. Vai me dizer que você não sabia que seu namorado era traficante?

Saber eu sabia... Quer dizer... Não ele não é... Tipo eu nem levei isso em consideração quando vinha pra cá que merda!

-Não é isso tio... Eu sabia... É que...

-"É que..." nada Ketlyn! Como você está envolvida com isso menina? Você nunca foi de usar drogas. Esperaria isso se fosse um de seus irmãos, mas você sempre foi uma boa garota!

-Porra tio, mas cê num sabe de nada mesmo... - eita porra eu pensei nisso, mas não devia ter falado. As vezes não dá para segurar... Bem agora já foi. - É culpa minha o Alex ter comprado o ponto.

Seu Ramón estava com as sobrancelhas levantadas e os olhos arregalados pela minha falta de respeito.

-Ketlyn você está usando drogas? - ele perguntou seriamente - Você sabe que pode contar comigo e com a clínica para se livrar disso. Você conhece as moças de lá, os enfermeiros são todos muito simpáticos. Você vai se livrar disso eu sei que você pode.

-Cala a boca tio. Não é nada disso. Eu não to usando drogas.

Apesar da minha reação nada educada seu Ramón parecia feliz e recostou relaxado na cadeira.

Luka não estava entendendo nada. Ele estava parado entre nos dois aparentemente catatônico com a situação.

-Eu me prostituía num ponto perto da boate. - falei de cabeça baixa. Seu Ramón voltou o olhar surpreso como se eu tivesse falado um palavrão, o que na verdade nao seria tão estranho já que eu falo muito - O Ricardo, o cafetão, batia em todas as garotas... O Alex deu uma surra nele e integrou o ponto com a boate para que pudéssemos ter acesso a área vip e seguranças. Ele protegeu as garotas. Mas para fazer isso ele tinha que comprar tambem o ponto de drogas da boate. Isso é tudo culpa minha.

Levantei cabisbaixa. Queria chorar.

Eu prometi não chorar.

De todas aa fomas que eu tinha para foder com esse acordo eu nunca pensei que me sentiria tão culpada.

Não conseguir o acordo tudo bem. Mas não conseguir porque o Alex comprou o ponto de drogas pra me proteger... Porra eu queria que fosse porque o tal Herrera fosse mau. Porque minhas capacidades argumentativas foram falhas... Qualquer motivo...

-Você tem algo a acrescentar, bostinha júnior? - Seu Ramón falou para o Luka.

-Não senhor... Só que... Uma garota muito especial também trabalha nesse ponto... E eu sou grato ao Alex por ter protegido ela também. - Luka se levantou e veio logo atrás de mim.

Caminhamos em silêncio a caminho do carro.

Entramos em silêncio e seguimos em silêncio até outro restaurante, mesmo não conseguindo o acordo com o Ramón eu ainda não tinh comido nada então precisávamos almoçar.

-Está tudo bem Ketlyn. Sabíamos que não seria fácil. Luka disse saindo do carro ao meu lado.

-Eu não sei o que dizer ao Alex quando eu o ver.

-Ele provavelmente vai me matar se souber que eu te trouxe no L'Oiseau Blanc.

-No que?

Luka riu.

-Nada é só o nome do restaurante. Vamos entre. - ele segurou a porta para mim.

Outro restaurante chique igualmente bonito. E com um nome lindo... Seria o que? Italiano? Sueco? Sei lá que língua é essa. Passamos da recepção e fomos direcionados para uma mesa.

Estou distraída olhando a decoração quando me deparo com uma cena que não posso descrever.

Bem ali na minha frente, em uma mesa sentados lado a lado está Alex e uma vadia.

-MAS QUE PORRA É ESSA!? - eu grito já armando um barraco.

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