❝Sittin On The Dock of The Bay❞parte/6
Ela permanecia na constante tremedeira, aguardando que a mãe de expressão rigorosa, manifestasse alguma atitude, além daquela de estreitar os olhos em altivez.
A essa altura “Stifferson” não estar mais no quarto de Virginia, e a garota castanha está encostada na porta do quarto observando a irmã com ainda, então, implicância.
Kiara é maníaca por atenção, é assim que ela descreve a irmã mais nova.
⎯ Eu estou morrendo, mãe. Me ajude, por favor. ⎯ falou chorosa a filha mais nova, enquanto o sangue entrava por sua boca.
Ela pigarreia descontrolada impelindo o liquido pelo piso.
⎯ Para de ser dramática, Kiara!⎯ Jane arrancou a toalha da mão da filha, arremessando no chão.
Kiara encolhe com o susto da ação repentina da mãe, seus lábios tremem.
⎯ Não morreu antes, e agora por causa de uma gota de sangue quer estragar a comemoração. ⎯ Ela diz, passando a mão uma na outra por conta do sangue da toalha. ⎯ Isso é bem do seu feitio. Não sou como o tolo do seu pai, é só dizer que tem uma gota de sangue e ele se rende ao seu teatro, correndo pelas as ruas aos prantos.
Um silêncio enternecedor rompe pelo pavimento, por mais que o som turbulento do piano abafe a voz da mulher, que tem a face rigorosa.
Kiara Anderson que observava a mulher, deixa o seu rosto pender sobre o chão, com quem não aguenta o insustentável olhar repreensivo da própria mãe.
Ela segura um pano invisível no nariz, enquanto o liquido escapa por entre os dedos. O seu corpo vibra com as palavras, e uma sensação ruim segue por sua espinha.
Ela sente o olhar pesado de sua mãe, e o da irmã ⎯ pode notar tangencialmente Virginia balança a cabeça em zombaria, e um risinho ser proferido por entre o nariz.
Nunca sofreu tanto por uma represaria como no justo instante. Porque ela está fazendo isso?
É efetivamente normal que a sua mãe a tratasse com indiferença, ela fazia isso desde muito tempo. Não se baseia a trivialidades como cor de vestidos ou perucas. É uma vida. Ela não consegue enxergar o atual estado desesperador da filha mais nova?
⎯ Eu estou com muito medo, mamãe. ⎯ A sua visão lampeja um breve borrão, e a sua respiração entre em declínio gradativamente.
⎯ Cala a boca, Kiara. ⎯ Ela esfregou o cenho impaciente, sendo a dona da brutalidade implacável.
O que as pessoas falariam ao ver a garota ensanguentada, e as ambulâncias?
Era sempre assim, a casa dos Anderson sempre vinculada a doença e ambulância.
O renome da família está muito perturbado pelos acontecimentos recentes da filha mais nova.
Essa comemoração era um ponto de fuga, seria um manto escuro jogado aos anos negros, que viveram a mercê da doente.
Eles comentariam sobre aquilo, e seria um terror a imagem da família.
Precisamos de respeito e reverência, não dessa coisa penosa, disse a mulher ao marido.
⎯ Posso ir sozinha para Holden, me deixa pegar um táxi? ⎯ implorava pela comiseração.
⎯ Não, vá para seu quarto e não saia de lá até eu dizer que pode. Beba alguns analgésicos e anticoagulantes, e vista uma roupa limpa. Vai passar, sempre passa. ⎯ Retrucou seca a mãe, com uma aparecia tranquila.
⎯ Está doendo muito. ⎯ as palavras mal saiam corretamente de seus lábios.
O modo como a sua mãe a olhava e pronunciava as palavras ficaram sintetizada em sua mente, uma das imagens que não são erradicadas, nem se tivesse um forte ataque de Alzheimer.
⎯ Vá para o seu quarto, garota malcriada! ⎯ ordenou a mãe.
Aquilo proporciona uma dor aguda e estridente em seus ouvidos, é sempre opressor.
Kiara fora para seu quarto naquela noite, e agonizara sobre o proprio sangue. Ela morreu naquela noite, a parte que havia luz e delicadeza.
Quanto mais gemia de dor, os demônios pareciam adentrar em sua alma.
Anos depois as pessoas questionariam o que havia acontecido com a personalidade de Kiara Anderson. É misteriosa a forma como as coisas funcionam, aquele ato se deu origem a menina que talvez conheçam como: Psicótica, sádica ou a simples, Garota flamejante.
Trinta e quatro minutos depois de Jane descer as escadas para a sua comemoração, e o vinho português caríssimo. Uma ambulância junto aos socorristas chegaram na grande mansão.
Uma garota havia feito uma chamada para uma adolescente com ataque hemorrágico.
Sarah Anderson fez a ligação anônima.
Kiara passou na maca vermelha ao sangue, mais pálida e fria que a própria noite invernal.
Os convidados com semblante horrorizados e em comiseração surgem aos olhos imóveis e vazios da garota.
Jazia uma plateia observando aquele suposto “Drama” ainda não premiado ao Oscar, que a mãe repreensiva tanto se referia.
Zade Sifferson gesticula algo aos seus pais sobre aquele infortúnio.
Um dos socorristas diz algo as pessoas que estão na porta atrapalhando a passagem, e resmunga sobre alguma outra coisa que é inaudível aos ouvidos dela.
Seria incomum se o estado de divagação não possuísse a menina pálida. A sua visão está muito fragmentada e confusa, pela quantidade de sangue perdido.
Contanto, ela ver a sua mãe na escada ao lado de suas duas filhas observando-a ser levada pelos socorristas. Ela em tamanho desgosto. Cenho fechado, e as comissuras apertadas.
Está acostumada com aquela imagem.
Um lampejo de borrão inunda a visão da pobre garota doente e forjada ao vermelho. Ela desmaia com o rosto de sua mãe cravada em sua mente.
Ela a deixou morrer.
Feridas, uma ostensiva ferida, uma dor indescritível. Uma ferida tão pior e mais amarga, são aquelas que ninguém ver, aquelas que se escodem, mas elas estão lá. Abrindo um buraco negro, consumindo a sua alma.
Kiara Anderson ganhou uma ferida naquela noite, ela doía mais que o tumor engolindo cada átomo de seu corpo. Sua família havia feito aquela ferida.
Os mate com desprezo, e eles mataram muitos com esse mesmo desdém.
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