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Vários caminhos

Após terminar a verificação dos arredores, pausada por causa do ataque a Selene, e conversar com seus guardas, exigindo que espalhassem, dentro e fora da fortaleza, à condenação que atentar contra a rainha causaria, Cedric voltou para o palácio.

Precisando de um banho e trocar as roupas sujas do sangue de Selene e do empregado condenado, logo na entrada do palácio deu ordens que esquentassem água e enchessem a tina de suas acomodações.

Passava pelo grande salão, rumo a escadarias para o piso superior, quando viu Tristan saindo do corredor que levava a ala médica.

Com o olhar indecifrável, permaneceu parado no lugar, aguardando o amigo aproximar-se já imaginando o motivo dele estar daquele lado do palácio.

— Boa noite, Majestade! — Tristan saudou com toda pompa, o sorriso atrevido fazendo Cedric revirar os olhos.

Cresceram juntos, até mesmo lutaram lado a lado nos anos sangrentos de guerra contra o reino de Magdala. Tristan conhecia Cedric melhor que qualquer pessoa no mundo e até o salvou em detrimento da própria vida. Cedric o considerava um irmão de alma, por esse motivo deu a ele acesso livre ao palácio e pediu, após sua coroação, que Tristan não o chamasse de majestade fora de ocasiões que o título exigia. Se encontrar pelos corredores do palácio era um que não exigia, mas Tristan gostava de provocá-lo.

Em silêncio, voltou à caminha em direção as escadas, não se surpreendendo ao ser seguido de perto pelo melhor amigo.

— Sempre mal-humorado, Majestade! — Tristan zombou quando não recebeu nenhuma palavra de volta. Logo mudou o assunto para o que fez até tão tarde. — Estava com a princesa Selene até agora. Pensei que a encontraria em pior estado, mas ela é forte e se recupera rápido. — Apontou para o lado direito de seu rosto: — A magia dela deve ter suavizado as feridas como faz com as minhas.

— Segundo Ayala, foi exatamente isso que aconteceu — comentou. Sendo um homem pragmático e atento a tudo que podia prejudicar ou beneficiar seu reino, sondou: — Durante suas visitas Selene disse algo sobre ter ascendência élfica?

— Selene possui ascendência élfica?! — Tristan questionou confuso, sem conseguir conectar a doce e sensível Selene a seres místicos de poder gigantesco, podendo pender para forças negativas ou positivas conformes suas emoções e de quem os controlasse.

— Depois de examiná-la e reparar que suas orelhas têm leves pontas, Ayala acredita que Selene é uma mestiça. — Olhou Tristan de canto de olho, os passos vagarosos na subida da enorme escada. — Passa tanto tempo ao lado de Selene, não sabe como era a vida dela em Magdala?

Tristan encarou o amigo com o cenho franzido, captando uma certa censura no modo que Cedric disse que passava muito tempo ao lado de Selene, embora fosse algo combinado entre eles para minimizar as dores nas feridas ganhas ao defender a vida do rei.

— Sabe que a procuro por causa do poder que suprimi essa dor insuportável, como combinamos — Tristan ressaltou. — E, mesmo assim, passo pouco tempo ao lado dela por causa de minhas obrigações na muralha. — Deu um sorriso caçoador. — Por acaso está com ciúmes, Majestade?

— Porque sentiria isso? — Cedric retrucou cruzando os braços.

Tristan observou o amigo com curiosidade, notando que a questão o deixou desconfortável.

— Selene nunca fala de Magdala, das poucas vezes que questionei como é o outro reino, se sentia falta do pai e demais pessoas de lá, ela desconversou — contou dando de ombros.

Cedric ficou pensativo. Parando ao chegarem ao fim da escada, em que tomariam rumos diferentes, ordenou:

— Nas próximas visitas a questione sobre os parentes, arranque o máximo que puder sobre a ascendência dela e dos pais.

Com o constante sorriso zombeteiro, Tristan comentou:

— O homem bom em interrogatórios é Vossa Majestade. — Apontou para as vestes do Rei cobertas de sangue. — Soube o que fez com o homem que atacou Selene e da ameaça a quem repetir o feito.

Estando sozinho com o amigo, Cedric contou:

— Não tive opção. Pretendia solta-lo, mas ele não se arrependeu.

— Queria libertar o agressor de Selene? — Tristan disse exasperado com o amigo. — Achei excessivo decapita-lo, mas deixá-lo livre seria pior.

— Acontece que entendo e compartilho os sentimentos dele a respeito da princesa de Magdala...

— Sua esposa, rainha não coroada de Eszter — Tristan citou interrompendo-o.

Vendo Cedric crispar os lábios e mover-se em direção as acomodações reais, sustentando uma expressão sombria, aviso de que não escutaria mais nada dele e preferia ficar sozinho, Tristan hesitou por um momento, mas por fim soltou com a confiança de anos de amizade:

— Cedric, se puder, trate Selene melhor. Ela é uma moça gentil. O povo a despreza porque você a trata com desprezo e nem mesmo a coroou como Rainha de Eszter — informou com pena da jovem que considerava uma amiga. — O demônio do pai dela é o único digno de ódio. Selene é boa e seria uma rainha digna se lhe desse uma chance.

Mantendo-se de costas, tenso da cabeça aos pés, Cedric apertou os punhos enluvados e soltou um resmungo de aborrecimento. Desde que tomou à inusitada decisão de salvar Selene, vários caminhos abriram-se a sua frente, alguns desagradáveis e opostos ao que planejou ao mantê-la viva dentro da fortaleza.

A memória de seus pais e de seu povo dizimado pelo monstro que se declarava rei de Magdala, progenitor de Selene, cortou sua mente como uma espada afiada e venenosa. A simples ideia de trata-la bem, de coroa-la como sua rainha tingia de vermelho seus olhos e enchia suas narinas do cheiro pútrido da morte.

Juntando em sua mente tudo que escutou e viu naquele dia, seus planos para os próximos dias tomaram forma, mas ainda não se sentia preparado para expô-los a mais ninguém.

— Preciso de um banho — disse com frieza seguindo a passos firmes para suas acomodações.

Em pé no alto da escadaria, observando Cedric se afastar, Tristan levou os dedos, cobertos pela luva de couro até as feridas profundas que dominavam o lado direito de seu corpo, deformando-o e enchendo-o de dores excruciantes quando o magma da maldição aflora nas feridas, naquele momento endurecido pela magia de cura de Selene. Maldição resultante de proteger Cedric com o próprio corpo contra a magia sombria do feiticeiro real de Magdala.

Somente Selene aliviava a sensação de queimação, de repuxar e cortar que as feridas tinham quando sua coloração saia de cinza para um vermelho vivo, de lava queimando e se arrastando ao longo das feridas por todo lado direito do cavaleiro.

Se não fosse leal a Cedric, ajudaria Selene a escapar da fortaleza e a levaria para bem longe de Eszter e Magdala, de forma que ela pudesse viver em paz e com um pouco de alegria longe de pessoas que a reconhecesse.

No entanto, além de não poder ir contra Cedric, ajudá-la a fugir de Eszter significaria sofrer com dores horríveis e com o cheiro de enxofre da maldição quando não a tivesse por perto. Mesmo considerando-a quase uma irmã caçula, era egoísta demais para abrir mão da cura fornecida pelo poder dela.

Só lhe restava torcer para o melhor amigo se apiedar de Selene e, mesmo não a amando, demonstrasse um pouco de carinho e respeito por ela.

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