Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Se te faz infeliz, não insistirei

Antes de sair para a vistoria da muralha, Cedric atravessou os corredores que levavam as acomodações reais, o passo lento, guiado pelos ecos das lembranças da noite anterior. Ao alcançar a porta de Selene, hesitou por um instante. Segurando o primeiro instinto, o de simplesmente entrar, bateu na porta.

A acompanhante de Selene abriu a porta e o olhou apavorada. Dobrando-se em reverências, ela o deixou entrar antes de partir apressada.

Recostada contras as almofadas, Selene ajeitou-se, observando inquieta Cedric se aproximar.

— Como você está hoje? — ele questionou, sentando na poltrona ao lado da cama. — Estão cuidando adequadamente das suas feridas?

— Estou bem... — respondeu incerta de como agir após o beijo. — As feridas já estão curadas, não se preocupe...

Desconfiando que ela mentia por causa do ocorrido entre eles, Cedric observou-a atentamente, examinando cada detalhe de seu rosto em busca de qualquer sinal de dor ou desconforto.

— Não é necessário que minta — Cedric expressou cruzando os braços.

— Sempre me curei rápido. Esse é o único traço que restou da magia que herdei de minha mãe, a auto cura — contou abaixando o olhar, recordando o quanto o pai odiava que só tivesse esse poder.

— Deixe-me ver.

Mesmo desconfortável com a situação, compreendendo a necessidade dele de certificar-se, Selene não recusou o pedido. Virou as costas e, com um gesto gracioso, desabotoou a camisola, revelando a pele dos ombros, marcada por cortes e contusões da luta durante o ataque, agora sem ferimentos.

Prendeu a respiração ao sentir ele deslizar devagar os dedos por sua clavícula, o toque irradiando um estranho e magnético calor. O beijo compartilhado na noite anterior dominou de imediato a sua mente, fazendo uma revoada dominar seu estômago, a face aquecer e a respiração tornar-se rarefeita.

— Ainda tem rastros, mas realmente as feridas cicatrizaram rápido — Cedric murmurou percorrendo com os dedos os suaves riscos que restaram do local em que as garras afundaram na pele macia.

Esticou as mãos, verificando as feridas, uma a uma, devagar. Sentindo a garganta seca, um desejo ardia dentro de si, uma vontade de deslizar as mãos por cada centímetro do corpo delgado da esposa. Desejava comprovar se a pele dela era tão doce quanto os lábios.

Incomodado com o rumo descontrolado de seus pensamentos e anseios, Cedric ergueu-se, movendo-se até a poltrona novamente. Porém, no lugar de sentar, posicionou-se atrás da poltrona, os dedos angustiados em voltar a sentir a maciez da pele feminina apertados no encosto coberto por uma manta.

— Está é uma prova que deve ter aulas para refinar sua magia — disse para alinhar os pensamentos e o rumo de seus planos em relação à esposa.

— Autocura não necessita de aulas para funcionar — Selene resmungou recolocando as vestes no lugar. — Não tenho aptidão com magia e estou cansada dessas aulas inúteis. Mamba e meu pai me pressionaram até o limite. Nunca funcionou. Tentei seguir os ensinamentos de Ayala, mas simplesmente nada dá certo. — Suspirou, olhando para as palmas abertas. — As aulas só destacam o quanto sou inútil em colocar para fora a magia.

Entendendo a frustração de Selene, manteve o silêncio por um momento, observando-a cabisbaixa e decepcionada consigo mesma.

— Se te faz infeliz, não insistirei.

Um sorriso surgiu nos lábios de Selene, surpreendida pela compreensão de Cedric. Uma mistura de emoções a dominou ao fitar Cedric, desde a surpresa até um calor reconfortante. E outra sensação crescia em seu coração, uma que precisava evitar a qualquer custo para não se machucar com esperanças vazias.

— Cedric... Majestade — corrigiu envergonhada com seu deslize —, quero pedir novamente para viver fora dos muros da fortaleza...

— Já discutimos isso antes, minha resposta sempre será não — ele a cortou convicto. — Seu lugar é ao meu lado.

— Desde que cheguei a Eszter, não passo de uma estranha, uma prisioneira nesta fortaleza. Seu povo me odeia e você me despreza — ela argumentou irritada. — Quero uma chance de ser respeitada e talvez amada, coisas que aqui não conseguirei — Selene falou, buscando nos olhos do Rei Corvo um vislumbre da compreensão de instantes antes.

Cedric franziu o cenho.

— Não precisa buscar aceitação em outros lugares. Pode encontrar tudo o que precisa aqui, ao meu lado.

Selene cruzou os braços, desafiadora.

— Todos na fortaleza, incluindo você, me enxergam como a desprezível filha do inimigo. Não negue.

— Dou-lhe minha palavra de que mudarei essa percepção — retrucou confiante, mesmo que ele mesmo tivesse suas reservas em relação à Selene.

— Mudar a percepção? Majestade, não se muda o que está enraizado na mente das pessoas, especialmente quando meu próprio marido me trata como uma desconhecida.

Cedric recuou como se tivesse sido atingido. E de fato foi. Atingido pela culpa.

~*~

Retornando da vistoria ao redor da fortaleza, Cedric atravessou a escadaria que levava ao topo da muralha, mergulhado na escuridão que só o manto da noite poderia proporcionar. O brilho dos globos de fogo parecia ofuscado pelo peso que carregava em seu peito. Cada passo ecoava como um eco de suas próprias dúvidas, acentuando o desconforto que se instalou em sua mente desde a conversa com Selene.

A imagem da expressão magoada da jovem rainha pelo tratamento recebido desde que ela chegou a Eszter o atormentava.

Precisava encontrar uma maneira de reparar suas falhas naquela união forçada, fazer o povo de Eszter mudar o modo que tratavam Selene, e também parar de agir como se ela fosse à culpada pelas atitudes de Phelix.

A brisa fresca da noite acariciou seu rosto, e Cedric dirigiu-se ao parapeito que cercava as muralhas da fortaleza. Seus olhos contemplaram o reino adormecido abaixo, procurando respostas nas sombras das ruas vazias.

"Como posso fazer com que ela queira ficar?".

Lutando contra o orgulho ferido, tentava vislumbrar uma maneira de conquistar o coração de Selene, de transformar o castelo em um lar. Seus pensamentos percorriam labirintos de estratégias, mas uma pergunta amarga continuava a assombrá-lo: Queria convencer Selene a ficar ao seu lado por causa do poder dentro dela, ou por causa das sensações que o dominava sempre que a tinha por perto?

Um suspiro de frustração escapou de seus lábios. O dilema era complexo e suas inseguranças agravavam a situação. A figura silenciosa do Rei Corvo agora pairava sobre Eszter, não apenas como um monarca, mas como um homem dividido entre dever e desejo.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro