Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Pequena bruxa

Estreitando o olhar, Cedric fechou a mão em volta da cabeça de corvo incrustada no punho da espada. Um movimento instintivo, comum quando algo ou alguém o perturbava. Nesse caso, estava extremamente zangado com a atitude rebelde de sua pequena esposa.

— Sou seu marido e, acima disso, seu Rei. Assim que estiver melhor retornará as aulas de magia, que serão intensificadas até que domine algum elemento — comandou com dureza.

— Não posso, não quero e nem preciso aprender magia — declarou encarando-o com determinação. — Passei meses em aulas aborrecidas para despertar algo impossível. Meu poder acabou para sempre.

Cedric estreitou o olhar.

— O que quer dizer com acabou? Já teve algum poder? — sondou interessado.

— Tive na infância. Quando minha mãe vivia compartilhávamos o mesmo poder — respondeu, logo argumentando para fazê-lo entender sua motivação em acabar com as torturantes aulas. — Meu pai e o feiticeiro Mamba me davam aulas diárias, forçavam os treinos até minha exaustão, mas simplesmente sumiu.

— Que elemento compartilhavam?

— Não era um elemento... — murmurou desviando o olhar do dele por um instante. — Tínhamos poder lunar...

O observou, esperando ver a mesma sede de poder que consumia os de seu pai ao ambicionar o poder raro, ou o mesmo brilho perverso de Mamba. Mas Cedric não parecia afetado pela descoberta.

— Poder mágico não some sem motivo. Tem que estar em seu centro elementar à espera de um esforço verdadeiro para eclodir — ele comentou, surpreendendo-se com a careta e a bufada alta que ela soltou.

— Pensa que não tentei? — ela retrucou aborrecida. — Nesses meses em Eszter tentei alcançar a expectativa, de que os ensinamentos de Ayala liberasse a magia de meu centro elementar. Mesmo odiando, li todos os manuscritos e repeti a exaustão os exercícios. Nada funcionou.

Assim como acontecia quando seu pai insistia que despertasse a magia, a cada aula só recebia olhares reprovadores da maga de Eszter, como se não estivesse se esforçando o suficiente. O mesmo olhar que recebia agora de Cedric ao acusá-la de não se esforçar. Pelo menos não havia as agressões após cada falha.

— Os aprendizados sobre magia são aborrecidos e inúteis. Não frequentarei mais as aulas no futuro e acabou o assunto — afirmou de queixo erguido.

Bravo com a mostra de desobediência, que foi mais do que Cedric suportaria de uma mulher, ainda mais uma que lhe devia respeito duplo, por, como havia declarado antes, ser o marido e rei dela, moveu-se pela primeira vez desde que chegou a porta do quarto.

Com uma rapidez extraordinária, antes que Selene sequer percebesse as intenções dele e, caso não estivesse impossibilitada de fazê-lo, escapasse, avançou até ela.

Ficando sem ar, tanto pela surpresa, quanto por ter o peso do tórax forte de Cedric pressionando-a contra a cama, Selene o encarou apavorada, incerta do que pretendia. Um enorme alerta brilhou em sua mente, um aviso gritante de que ele se arrependia de salvá-la e agora a mataria.

— Vai fazer o que ordenei, como todos fazem em meu reino. — Encarando-a fixamente, Cedric ameaçou entredentes: — Não me provoque, pequena bruxa.

A aproximação repentina, mas rápida que um piscar de olhos, deixou Selene em choque, os olhos arregalados fixos no rosto a centímetros do seu. Ainda assim a injustiça da situação, a insistência dele em obriga-la a seguir a disciplina inútil e ter coragem de exigir respeito por ser seu marido, a fez se restabelecer rapidamente e ignorar a ameaça.

— Pode me insultar, ameaçar e exigir obediência como desejar, mas nada me convencerá a fazer o que não quero — disse encarando Cedric. — Estou a meses vivendo solitária, sendo desprezada por você e seu povo. Meses andando de cabeça baixa, fingindo-me surda aos insultos a meia voz, fazendo-me de cega aos gestos e olhares ofensivos — contou com os olhos se enchendo de lágrimas.

Estavam tão perto que respiravam o mesmo ar, o hálito dele batendo em seu rosto, as íris negras mescladas com a magia de fogo refletindo nas retinas dela.

— Embora duvidem, tentei reacender a magia no meu centro elementar, para agradar à maga, cativar o reino e ser útil, de forma que seu povo tivesse um mínimo de apreço pela minha pessoa e não cuspissem no chão quando passo — declarou sentindo um bolor crescente na garganta. — Insisti incansavelmente, engoli as intragáveis ervas de despertar, mas fora o gosto amargo e a ânsia, o poder não eclodiu e creio que jamais irá.

Ergueu as mãos dos lados do rosto de Cedric, pela impossibilidade de passa-los pela muralha pressionada contra seu tronco, deixando-as abertas ao relatar embargada:

— Apesar das aulas e da minha persistência essas mãos foram incapazes de emitir magia. O único que elas conseguiram nesses meses como Rainha de Eszter — gritou para que as palavras passassem por sua garganta apertada e dolorida —, foram secar minhas lágrimas de vergonha, humilhação e solidão. — Chateada por ninguém se importar com seus sentimentos, inclusive o homem que alardeava ser seu marido quando convinha, manifestou com amargo pranto: — Estou cansada dessa vida e determinada a não continuar com ela. Então, a menos que me mate, não irei a nenhuma aula de magia. E morta só participarei se Ayala utilizar meu corpo para os experimentos — finalizou afundando todo o corpo no leito, os olhos encarando-o com desafio apesar da visão dificultada pelas lágrimas.

A reação arrebatada e queixosa pegou Cedric, de surpresa, deixando-o sem palavras para revidar. Embora não devesse, uma vez que as acusações lançadas por Selene, de como foi os últimos meses, coincidiam com as de Tristan e do homem que executou naquela manhã.

Óbvio que tinha conhecimento do tratamento do povo para com ela, da rejeição em aceita-la como rainha ou mesmo como parte do reino. Nunca se intrometeu e nem exigiu que a respeitassem por também sentir-se da mesma forma.

Mesmo sido enviada para selar a paz, Selene não passava de uma intrusa em Eszter, filha do maior inimigo do reino, o demônio que sugou a vitalidade mágica de seu povo e dizimou milhares, de velhos a bebês não nascidos. Como respeitá-la e amá-la quando o sangue do inimigo circulava em suas veias?

Em silêncio, por um tempo - segundos que pareceram uma eternidade para Selene -, Cedric, percorreu a face acetinada com o olhar, reparando que mesmo fitando-o com indignação, as íris azuladas pareciam gentis, suaves, enluaradas como a magia que ela achava ter perdido, emitindo naturalmente e sem perceber para curar a si própria e Tristan. Suave também era a boca em forma de coração. Parecia doce, atrativa...

Levantou-se tão abruptamente quanto ao se abaixar sobre Selene, indo embora a passos largos e apressados, deixando-a sozinha e chorando.

Chorava de alívio pela partida dele. Mas também chorava por, mais uma vez, ter alguém a pressionando a fazer o que não queria e nem podia, destacando novamente sua total incapacidade e inutilidade.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro