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Tenham uma boa leitura!
Gosto de você.
Quem se importa com quem gostou primeiro?
Gosto de você.
Eu irei até você agora.
- Fancy (Twice)
Me balancei no balanço devagar, e fui aumentando a velocidade. Estava esperando Soobin aparecer, e enquanto ele não vinha, resolvi aproveitar para pensar no que faria agora.
Tentei falar com a minha mãe, mas ela mesmo apenas defendeu meu irmão. Ela ainda teve a ousadia de dizer: " Isso é passado, esqueça! " O que ela não sabe, é que quanto mais o passado for doloroso. Mas difícil de esquecer e deixar para trás é.
- Vai mais devagar, você pode se machucar.
Escutei a voz de meu namorado e sorri, virei a cabeça a sua procura, e o vi de pé do lado do balanço me encarando. Quando o balanço já estava em uma velocidade não tão perigosa, bulei quando ele foi pra cima. E me virei para o garoto.
- Você ficou louca? - o garoto veio até mim me repreendendo. - E se você se machucasse?
- Eu estou bem.
- Não faça mais isso - sorri com a sua preocupação e abri os braços.
- Vem cá!
O garoto sem pensar duas vezes me rodeou com seus braços, e me tirou do chão me girando no ar. Soltei um gritinho antes dele me colocar no chão novamente.
- Como foi lá? - me encarou.
- Deu tudo errado - dei de ombros. - Minha mãe apenas o defendeu.
- Sério? - perguntou e eu concordei com a cabeça. - Uau, inacreditável. Eu adorava sua mãe, mas estou começando a duvidar de meus sentimentos por ela.
- Você não é o único - apenas abracei a cintura do rapaz, e coloquei minha cabeça em seu peito, fechando os olhos.
- Você está bem? - escutei sua voz com um tom preocupado e murmurei um sim. - O que vamos fazer agora?
- Vamos pra casa - murmurei e finalmente o encarei. - Quero tomar um banho.
- Posso tomar banho com você?
- Você deve.
[......]
Eram dez da noite. Soobin estava na cozinha fazendo um sanduíche para si, enquanto eu estava no quarto deitada confortavelmente encarando o teto branco.
Confortavelmente em corpo. Em alma não.
Eu estava tão magoada, com tudo que tem acontecendo por causa do Bae He, que eu estou começando a pensar que no final de contas a culpa sempre foi minha. E por quê? Eu não sei, mas tipos de pensamentos assim surgem quando estamos com o psicológico afetado.
Eu sabia que eu não tinha falado tudo o que eu disse a minha mãe, por causa da influência de Soobin. Longe disso, se não fosse o garoto, eu não teria nem sequer mandado mensagem a minha mãe. Sim, ela é a minha mãe, mas isso não quer dizer que ela pode fazer o que fez comigo. Mesmo sabendo que a errada na história não era eu. Nunca fui eu. E não vai ser agora que eu vou ser.
Eu só queria que ela enxergasse isso, que parasse de passar a mão na cabeça de meu irmão. Que parasse de agisse como se ele fosse santo. Que ela parasse de pensar desse jeito ao meu respeito. E que parasse de pensar que Soobin é uma má influência para mim, coisa que ele nem de perto é.
- Pensando na sua mãe de novo? - Soobin entrou no quarto, com uma bandeja em mãos, que continha dois pratos, e em cada um dos pratos havia um sanduíche. Contando com os copos de leite que também estavam ali. - Quer conversar?
- Estou bem - suspirei e me ajeitei na cama, sentando na beirada da cama. - Eu apenas não sei o que fazer.
- Eu posso tentar conversar com ela, se você quiser.
- Você? - arqueei uma sobrancelha.
- Sim.
- Sério?
- Sim.
- Mas não sei se é uma boa ideia, ela acabou colocando na cabeça que o motivo de eu ter dito tudo aquilo, e a enfrentado, era por que você estava me influenciando - faço um bico. - Esse argumento nem é válido, ela sabe que você não é assim.
- Hwa Min, você acha que eu sou uma má influência para você? - perguntou e arregalei os olhos com a pergunta inesperada. Neguei rapidamente com a cabeça. - Então nenhuma outra opinião importa para mim. Só a sua.
- Meu namorado é tão fofo, e lindo, e maravilhoso... - caminhei até o rapaz e abracei sua cintura, enfiando meu rosto em seu dorso. - Não sei o que faria sem você.
- Não sei o que eu faria sem você. Sem você, tudo estaria a mesma coisa coisa agora, - alevantei minha cabeça para poder encarar seu rosto, e vi que o mesmo já me encarava. - Todos ainda não falariam comigo e me ignorariam, eu não teria afinal nenhuma lembrança boa de todos os meus anos escolares. Mas você mudou isso, mudou demais. Então, eu não sei o que faria sem você.
Choi Soobin
Era terça feira. Hwa Min ainda estava em minha casa, e não ousou sair de lá. Afinal, seu irmão ainda estava em sua casa, sendo que sua mãe disse que ele ficaria apenas o final de semana.
Eu via como minha namorada estava desanimada e triste pela discussão que havia tido com sua mãe domingo. E eu a odiava vê-la assim. A garota era o que mais alegrava meu dia, ela era mais radiante que o próprio sol no céu. Nem ele chegava ao nível do brilho e da aura que a garota tinha em volta de si.
Caminhei a caminho da casa de minha namorada, era final da tarde. E o sol logo iria se por. A garota havia ficado em casa, pois eu disse que iria apenas ir ao mercado. Não queria deixa-la ansiosa. E eu saberia que ela ficaria ansiosa caso eu dissesse que estava na verdade indo a sua casa.
Bati na porta de sua casa, enquanto enfiava a mão no bolso de meu casaco escolar. Estava ficando frio, e eu queria apenas ir ao mercado comprar alguma besteira, para ela acreditar na minha mentira e ficar agarrado a ela me esquentando. Mas eu ainda precisava resolver isso. Era a minha vez de retribuir tudo que a menor havia feito por mim.
Quando a porta finalmente abriu - depois de eu dar mais umas batidas insistentes - encaro a imagem de Bae He. O garoto me olha de cima a baixo antes de arquear uma das sobrancelhas.
- Pois não?
- Quero falar com a mãe da Hwa Min - me expliquei e passei pelo mesmo, entrando na casa. - Ela está?
- Lá em cima.
Não demorei muito para que eu subisse rapidamente as escadas e estar de frente para a porta de seu quarto. Bati na porta e murmurei um "com licença" audível. E entrei.
A mulher de aparência mais velha penteava seus cabelos com vários fios brancos, e encarou meu reflexo no espelho antes de se virar para mim.
- Soobin?!
- Olá Sra. Son - me curvei em educação. - Vim conversar com a senhora.
- Creio que seja por causa de Hwa Min - a mulher se virou novamente e voltou a pentear seus cabelos, dessa vez, mais devagar. - Pode dizer, estou ouvindo.
- Porque está fazendo isso? - perguntei sem excitar. - Por quê continua protegendo o Bae He, mesmo sabendo que ele é o errado?
- Você não entende...
- Não, eu não entendo - a encarei. - Como você pode estar fazendo isso com sua própria filha? Você não percebe o que está fazendo? Está a deixando mal!
- Esse assunto não tem nada a ver com você! - disse grosseiramente. - É assunto de família.
- Assunto de família ou não, eu amo a Hwa Min! - me exaltei. - E não vou deixar que ninguém a machuque. Eu gostava muito da senhora antes, de verdade, mas vendo suas atitudes estou começando a mudar a ideia e opinião que tinha sobre você.
- Vá embora!
- Eu só vou embora, quando você me dizer o por que de-
- Eu nunca quis ter a Hwa Min! - gritou me encarando, e arregalei os olhos com sua fala. - Era é um erro. Como o meu primeiro casamento foi, um erro! Eu nunca quis dar a luz a ela. É por isso que eu estou fazendo isso. Não aguento mais fingir!
- Você...
- Então me deserde.
Arregalei os olhos e olhei em direção a porta. Vendo a figura da minha namorada parada nos encarando. A expressão de decepção em seu rosto. Mas eu sabia que aquela cara de decepção, não era pra mim.
- Hwa Min... - sua mãe e eu falamos ao mesmo tempo, mas a garota parecia em transe. Como se estivesse em estado vegetativo, sem nenhuma expressão no rosto.
- Pare de fingir, mãe... - adentrou o quarto e ficou de frente para a mais velha. - Eu sou um erro não sou? Então me deserde. De qualquer modo, este ano ficarei adulta. Não precisará saber de mim nunca mais. Nem fingir que se importa e que me quer por perto. Muito menos me ver.
Após dizer isso, a garota caminhou para fora do quarto, e caminhou para o seu. Abrindo uma grande mala, e começando a colocar suas roupas e pertences mais importantes. Quando terminou fechou a mala e disse do quarto:
- Amanhã eu volto para pegar o resto das minhas coisas.
Segui ainda sem palavras, e a ajudei com a mala, a levando até a porta. Mas parei a poucos centímetros quando vi a garota parar de frente para Bae He, que estava sentado no sofá comendo um pacote de salgadinho.
- Você ganhou. Conseguiu finalmente o que sempre quis. Está feliz?
Após dizer isso, a garota sai porta a fora de sua própria casa comigo em seu encalço. Ainda sem conseguir formular tudo que havia acabado de acontecer.
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