Julgamento
Não gentilmente, Toji arrastou Cérbero para fora do motel e em seguida para o hospital a fim de dar um jeito em seu nariz quebrado. Todos os agentes do submundo jujutsu usavam criaturas como codinome, o Zenin, que aguardava na recepção, se lembrava de ter visto algo sobre um cão de três cabeças em algum lugar.
Assim como Dragon — morto por [Nome] semanas atrás —, Cérbero tinha a função de distribuir avisos e tarefas para os contratados e foi assim que se conheceram. Se bem se lembrava, os boatos eram: bestas, juízes e deuses. As três categorias que operam abaixo de Mundi, deuses sendo os mais altos na hierarquia, e aqueles que também tinham contato próximo com o grande chefe.
Bateu o pé no chão nervosamente, [Nome] iria atrás do velho por conta da menina rosa se demorasse demais talvez sua esposa o matasse antes mesmo que tivesse a chance de o encontrar. Se isso acontecesse, teria que procurar uma única pessoa no mundo inteiro. Inquieto resolveu sair do hospital por um momento, levava tanto tempo assim para se consertar um nariz?
Esticou as pernas no estacionamento colocando as mãos nos bolsos, o sol brilhava, no entorno reparou nas dezenas de árvores de cerejeira. O rosa das pétalas quebravam a paisagem cinza e cheia de prédios da cidade grande, fosse para aqueles trazendo uma vida ao mundo ou partindo dele, permanecia sendo uma boa vista para quem olhava das janelas do hospital.
A porta automática abriu, Cérbero olhou para os lados mantendo a mão no nariz enfaixado. Ele não mexeu os pés para ir ao encontro do assassino de feiticeiros de imediato, poderia correr para o outro lado e pegar um táxi, afinal que simpatia poderia ter com alguém que afundou sua cara em uma latrina? Porém, tinha certeza de que se fizesse isso — fugir —, o homem não o deixaria apenas com uma fratura da próxima vez.
— Sei que seu objetivo é Mundi, mas não tem muito o que fazer — respondeu depois de tomar sua decisão —, ao menos eu não tenho muito o que fazer. Se quiser ter alguma chance de encontrar o cara, precisa expandir suas conexões.
— Certo, pode fazer isso.
Cérbero fechou a mão em punho — Oi, para de falar comigo como se fosse seu subordinado, assassino de feiticeiros!
— Não é isso que os cachorros fazem?
— Fala sério, é só um apelido — rebateu erguendo a mão até a cabeça, se bem que no momento estava cheirando como um cão de rua. Precisava de um banho.
Ignorou a companhia e pegou a chave do carro no bolso andando em direção a ele, Toji o seguiu logo depois. Era uma situação estranha ter alguém tão famoso quando o homem em seu carro popular, quase fazia parecer um automóvel de brinquedo. Sem falar em sua aura que por si só era esmagadora.
Não percebeu na ida até o local pois estava preocupado com o ferimento, mas não era agradável, tinha um sentimento ruim, apertava o volante emborrachado em suas mãos nervosamente. Se sentia esmagado aos poucos, suor se formava em sua testa e escorria pela lateral do rosto, também não conseguia respirar pelo nariz. O coração covarde batia nervoso, o cara ao seu lado não falava, não se mexia, nem parecia respirar! Era um humano?
Foi então que Toji levantou sua mão, quantas pessoas haviam morrido por ela? Será que ele havia mudado de ideia? Será que ele devia ter ficado quieto? Agora julgando um inútil por não poder ajudar, era apenas uma peça descartável.
Clique.
— Você devia tomar um banho, está fedendo — o assassino de feiticeiros abaixou o vidro ao lado do seu assento.
— É de quem é a culpa! — suas unhas cravaram no volante, por sorte estava num semáforo, caso contrário poderia ter causado um acidente ali mesmo. Sentiu dores percorrer seu corpo, estava tão tenso que havia se contraído por completo.
Virou numa rua sem saída depois de percorrer as ruas por trinta minutos, guiando o carro vagarosamente. Aquele cara era a pior pessoa para estar ao seu lado, ser tão imprevisível era um terror para sua ansiedade.
Estacionou o carro e saiu num salto, alcançando as chaves que abriam a porta do apartamento.
Toji andou atrás dele ainda que sem um convite, claramente era sua residência. Surpreendentemente mais arrumada do que se esperava de alguém com o perfil dele, na verdade, nem parecia que Cérbero morava ali ou qualquer outra pessoa.
— Não venho aqui com frequência — respondeu os questionamentos em sua cabeça —, já volto.
Então sumiu num dos corredores, portas se abriram e fecharam e logo ele pode escutar o barulho de um chuveiro. Toji ficou parado algum tempo até que resolveu olhar em volta, nenhuma decoração fora os sofás empoeirados e eletrodomésticos velhos. Apenas um objeto se destacava, um porta-retrato — também parecia o único que não sofria com o tempo —, na foto havia três pessoas. Um casal e uma filha, não sabia dizer quem era a mulher e a criança, mas o homem com certeza era Cérbero, numa época mais saudável e provavelmente mais feliz.
— Elas morreram, antes que pergunte qualquer coisa — Cérbero retornou com uma toalha na cabeça e vestes limpas andando até a geladeira, nada havia além de garrafas de água —, quer?
— Pode ser — respondeu —, imagino ser aqui que morava com elas.
— Sim, não tive coragem de vender. Também não tenho determinação para morar aqui, não sendo essa existência patética — Cérbero tinha plena consciência do que era e do que se tornou, e de como sua falecida esposa o condenaria por isso. Ainda que não acreditasse em fantasmas, não queria desonrar as memórias decentes gravadas naquelas paredes; de dias felizes, dias antigos.
— Tenho um contato, ele geralmente me repassa os pedidos, mas antes de ir até ele preciso saber quais os seus objetivos, depois que encontrar Mundi o que vai fazer?
Toji não queria abrir muito de seus planos, mas não teria como conseguir alguma colaboração se não explicasse ao menos seu propósito. Pegou a garrafa de água e torceu a tampa de cor azul — Pegar informação e então ir atrás da Yokai.
Aparentemente a sua relação com [Nome] não era segredo, contudo não tinha certeza de quais eram os boatos circulando, era melhor manter a cautela no quanto que provia de informação. Se bem que no calor do momento revelara ao homem que procurava sua esposa, precisaria prestar mais atenção no que dizia e manter Cérbero por perto.
Aquele que tinha a posição de besta bateu o dedo na mesa, parecia estar num dilema interno enquanto olhava o assassino de feiticeiros parados em sua antiga sala. Foi nesse momento que ele pegou o celular e discou algo, no seu ponto de vista poderia estar tomando uma atitude ruim, só que os sentidos refinados que ganhou após anos no submundo gritavam que não.
— Kon, tenho algo para você — disse em voz alta —, melhor que isso. Sabe aquele plano que mencionou para mim? Tem alguém na minha frente que está interessado no velho também.
Toji tinha os sentidos mais aguçados do que a maioria dos humanos, então não teve problema em ouvir a pessoa do outro lado perguntando 'se essa tal pessoa era forte'. Era o tom de alguém educado, falava devagar e com boa pronúncia, apesar de ter um sotaque escondido que não conseguiu identificar.
— Mais do que isso — Cérbero respondeu levantando a mão até o nariz —, só que temos um limite de tempo para cumprir. Podemos nos encontrar ainda hoje?
Quem estava do outro lado respondeu positivamente e também deu um endereço, pedindo para se vestirem de acordo. Então Cérbero respondeu que sim e que estariam lá, ele olhou o relógio murmurando algo como não tinham muito tempo.
— Suponho que você não tenha nenhum terno ou roupa social com você — questionou —, bem. Sequer tem uma bolsa, então meio que é obvio, é mais alto que eu, então nenhum dos meus serve. Vamos precisar passar em um lugar antes e comprar roupas.
A informação o pegou de surpresa, enquanto nas terras Zenin não usava outras vestes que não fossem as tradicionais. E fora delas preferia aquelas que eram mais largas e simples. Sequer se lembrava de ter vestido uma roupa social comum alguma vez na vida, e quando o fez decidiu imediatamente que não gostava.
As calças eram de um tecido estranho que não pareciam ser muito flexíveis, ao menos eram escuras e não chamavam atenção. Os sapatos brilhantes pareciam escorregadios, e camisa que Cérbero havia lhe entregue o restringia, mar podia girar os braços naquela coisa, então ignorou os últimos botões próximo ao pescoço e também dobrou as mangas longas até os cotovelos. Ele se olhou no espelho encontrando o reflexo de alguém que não conhecia, aquele não era ele.
Lembrou então do que a velha Hatsu disse, ele não era aquele que conhecia. Ou o que pensava ser, talvez estivesse certa porque nunca se vestiria daquela forma se não fosse para dar um passo em direção a [Nome]. Jogou suas roupas antigas na sacola e saiu do banheiro comum do distrito comercial para se encontrar com o guia, ele estava na praça em frente aos vestiários e o caminho até lá foi desconfortável.
Para ele, que sempre foi invisível, ter tantas pessoas o olhando era insuportável.
— Achei que ia ficar estranho, mas até que caiu bem em você. Quase parece alguém decente, onde está o paletó.
— Não vou usar, já me sinto preso demais a camisa.
Cérbero soltou ar pela boca — Suponho que é o suficiente, considerando que estava parecendo um vagabundo desempregado que passa o dia gastando o dinheiro da esposa em apostas.
Ele não podia rebater essa.
De volta ao carro pequeno de Cérbero, Toji jogou a sacola no banco de trás e tomou o lugar do passageiro, precisou ajustar o banco para trás para que coubesse suas pernas confortavelmente.
— Quem é esse tal Kon? Para precisar de toda essa porcaria, não é um cara qualquer.
— Exatamente o que você disse, um cara que não é um qualquer. Se tivesse que falar, ele está na categoria dos deuses. Isso é se ele trabalhasse para Mundi em primeiro lugar.
Toji levantou a mão direita e pegou o homem pela frente da camisa — O que quer dizer com isso? Achei deixar bem claro as minhas intenções?
De novo a ansiedade de não conseguir prever suas ações — Por favor, ele tem muitos negócios com Mundi só não trabalha para ele diretamente. Para que eu ia gastar meu dinheiro comprando roupas para você se não tivesse nada de vantajoso para mim também?
O homem o soltou, e tossindo um pouco ligou o carro — Você precisa tratar dessa sua impulsividade, posso imaginar porque sua mulher te largou. Céus.
Pelo contrário, foi o que respondeu mentalmente. O motivo de [Nome] ter o deixado, além das mentiras, foi o fato dele deixar de agir quando foi necessário. Tinha a impressão de que se conseguisse ter dito a situação real antes de Minori chegar, ela ainda estaria ao seu lado. Talvez tivesse o ignorado, e o socado algumas vezes, mas nada permanente.
Se afundou no banco apoiando o braço na janela — O que fazia quando brigava com a sua esposa?
De longe aquele tom foi o mais sincero que escutou saindo da boca do assassino de feiticeiros. Cérbero até se assustou quando viu que ao seu lado estava apenas um homem com problemas familiares e não um assassino impiedoso, quase sentiu pena, pois ele claramente tinha arrependimentos. Ele mesmo não estava envolvido com jujutsu há muito tempo, mas ouvira o suficiente sobre a família Zenin para saber que aquele cara não teve uma vida fácil.
— Me desculpava, independente de estar certo ou errado. E ficava por perto, fazia tudo para agradar, ser o que ela precisava. — respondeu, realmente não falou com ninguém sobre ela depois do acidente de carro que ceifou suas vidas. Tinha um gosto amargo as lembranças, metálicos como sangue.
Num cruzamento, depois de uma visita ao aquário, um veículo em alta velocidade acertou o carro. Do lado do passageiro, a filha que sempre sentava atrás dele naquele dia escolheu ficar atrás da mãe e faleceu ainda no local. Ele que era o menos merecedor, sobreviveu.
— Se era alguém para limpar a casa, um marido, um amigo, um segurança. Fazia o necessário até que ela decidisse estar bem o suficiente para conversar sem me jogar um prato ou um copo.
— Parece ser comum a obsessão com utensílios de cozinha — Toji respondeu longe, pensando no gosto de [Nome] por talheres, facas, especialmente.
— Louças são ruins, principalmente quando quebram, mas as panelas — ele balançou a cabeça —, essas de verdade, são as piores.
Pouco tempo depois eles pararam num estacionamento, Cérbero disse que seria melhor se eles chegassem ao restaurante andando. Já que era frequentado por uma certa elite, o homem entrou e logo no hall Toji entendeu a necessidade da troca de vestimenta, joias adornavam o pescoço das mulheres e relógios de luxo os pulsos dos homens. Apenas alguns deles seriam o suficiente para comprar duas ou três casas daquela que Hatsu estava junto das pirralhas.
O maître os cumprimentou, com certo deboche, provavelmente pensou que uma dupla como aquela havia errado de estabelecimento. Porém, Cérbero tirou do bolso do casaco um cartão, Toji não conseguiu ver o que estava nele, pois o homem estava em sua frente. Mas viu a expressão do funcionário mudar rapidamente, era medo. Poderia até mesmo dizer pânico.
— Me desculpe senhores — as mãos tremulas pegaram cardápios e em seguida indicou o caminho para seguir —, por favor por aqui.
Eles passaram pelas mesas indo até o fundo onde haviam salas separadas, para clientes especiais, foi o que imaginou. Mesmo antes de abrir a porta sentiu cheiro de cigarro, alguém já estava ali.
Aquele que esperava atendia pelo nome de Shiu Kon, um ex-detetive de nacionalidade sul-coreana que estava acostumado em intermediar assuntos de clientes no submundo jujutsu. Tinha cabelos curtos na lateral e levemente compridos e espetados para cima, olhos estreitos e afiados que conseguiram esconder a surpresa de ver o assassino de feiticeiros de sentar a sua frente. Ouviu histórias sobre ele, de todos os tipos, e agora sabia apenas de encarar sua postura que a maioria delas era verdade.
Ele pegou o cigarro entre os dedos, puxando um longo trago antes de apagar a ponta no cinzeiro de cristal ao seu lado, soltando em seguida a fumaça para cima, ajeitando o bigode ralo e rindo sozinho.
— Se eu disse que não estou impressionado, é mentira — indicou para que os dois homens se sentassem. Reparando em seguida no nariz quebrado do conhecido Kon imaginou que foi obra do acompanhante. Ainda enquanto eles se ajeitavam, pegou a garrafa de uísque em sua frente colocando uma dose e quando perguntou se eles queriam Toji recusou.
— Imaginei que fosse um cara de bebidas.
— Pessoas andam imaginando muitas coisas sobre mim aparentemente — retrucou olhando pela janela ao lado —, bebo, mas não gosto muito, não é como se eu ficasse bêbado de qualquer forma. Então, apenas em ocasiões especiais.
Na companhia de [Nome] a maioria delas, provando direto de sua boca como preferência.
— Essa é uma ocasião especial — e continuou depois de um pequeno gole —, afinal vejo nascendo uma parceria de sucesso.
— Difícil dizer quando não sei como que você pode me ajudar — Toji cruzou os braços sobre a mesa olhando fixamente para aquele que chamavam de Kon.
— É bem simples, você quer achar Mundi. Meu cliente quer ele morto — foi então que puxou do seu lado uma pasta de arquivo e empurrou na mesa em sua direção —, como pagamento te entregamos ela.
Toji abriu apenas para se deparar com uma imagem da câmera de segurança de um hospital, era [Nome] tinha um curativo na testa e andava na companhia da garota hacker — Pinxie ou qualquer algo do tipo —, marcava a data e a hora. Ontem de madrugada.
— Foi um pouco de sorte Cérbero te trazer aqui antes de eu oferecer isso a outra pessoa — foi o que disse —, o mundo jujutsu está um pouco fervoroso. Principalmente depois que a recompensa dela dobrou.
Ele não conseguiu tirar os olhos da foto, enquanto isso o ex-detetive continuou a falar.
— Não são muitos que conhecem a natureza da relação de vocês, sabem apenas que estava com um pedido relacionado a Yokai — explicou —, Mundi fez um bom trabalho com isso. Considerando que a recompensa já era grande, muitos poderiam tentar, mas não com o assassino de feiticeiros por perto. Agora com um valor muito mais alto e longe de você, todo tipo de pessoa está desesperado por informação. Só essa foto já poderia render alguns bons milhões.
O assassino de feiticeiros soltou a imagem na mesa e fechou a pasta, levantando a cabeça para encarar Kon nos olhos. O mesmo precisou recuar com a intensidade da sua expressão, assustador. Aqueles que o evitavam tinham razão para isso.
— O que você quer?
— Meu cliente, está farto do monopólio de Mundi sobre os negócios. A proposta original era de duzentos milhões pela morte do velho, mas colocando achar Yokai no contrato pagamos cem milhões — puxou um cigarro do maço e acendeu —, é pegar ou largar.
— Que garantia tenho que você vai conseguir encontrar ela?
Peculiar, sabia que o homem tinha certo apresso por dinheiro, só que no momento parecia não o preocupar. Sentimentos certamente mudas as pessoas.
— Não tem, mas ao contrário das outras associações, com meu histórico na polícia consigo ter um pouco mais de informação, e como deve ter percebido pelo nosso amigo Cérbero. Mundi tem muitos traidores por perto, inclusive é um — Kon cruzou a perna apoiando o braço no estofado —, só haviam mais três pessoas que sabia qual era seu trabalho e sua relação com a Yokai fora Mundi. Isto é, antes de dar tudo errado.
Uma nuvem de fumaça foi soprada em sua direção.
— Dragon era um deles — Cérbero, então tomou a fala se servindo de uma dose de bebida com gelo —, por isso Mundi mandou você o matar. Era um dos traidores, também um agente duplo de merda, depois dele Minos e então Hades.
— Você que me passava informações — Toji se virou para ele —, talvez deva te incluir nessa lista de vingança.
— Sou o mais insignificante deles, apenas recebia hora e lugar levava o pagamento, então tudo estava acabado — respondeu —, e não sei se percebeu, mas estou trabalhando contra Mundi no momento e colocando a minha cabeça no fio da guilhotina. Também fui eu que arrumei aquele celular do Dragon seu desgraçado, nunca me agradeceu.
— Posso assegurar que Cérbero não tem nada a ver com isso, até porque ele trabalha para mim — o comentou Kon —, Minos julgou a situação após observar você e a Yokai no caminho para Kyoto e Mundi que tomou a decisão de contar a Minori.
— Para alguém de fora você parece saber muito — observou começando a desconfiar do sujeito, embora não duvidasse das informações.
— Como eu disse, Mundi tem muitos traidores, pessoas falam qualquer coisa com a quantidade de incentivo certo — ele fez um sinal de dinheiro — já falei demais, o que preciso de você é saber se aceita o serviço, assassino de feiticeiros.
— Quero a localização de Minos e Hades — antes que o ex-detetive puxasse a pasta com a foto de [Nome], Toji a pegou —, e é claro um adiantamento.
— Disse ser o começo de uma parceria — Shiu Kon ajeitou o paletó e novamente apagou o segundo cigarro que já estava no fim, sorrindo ao ver a fumaça sumir —, fechado.
N/A: Os capítulos do Toji vão ficar entre 5 a 10 capítulos, pra cobrir o "arco de redenção" dele, não me abandonem. Juro que vai ser pelo menos legal ver a porrada comer solta.
Até mais, Xx.
------------- Trívia ---------------
• Minos é um dos três juízes do submundo também o rei no mito do Minotauro, " Após sua morte, Minos tornou-se um dos três juízes do inferno, sendo ele o juiz responsável pelo veredito final, ou seja, as decisões dos demais Juízes só eram validadas se Minos as aprovasse, as almas dependendo de seus pecados seriam enviadas ao Tártaro para punição ou para os Campos Elísios se absolvidas, sendo assim líder dentre os Juízes. É um homem muito calmo e racional e sempre calcula o próximo passo de acordo com a situação a sua frente, é considerado um homem bem frio e sádico."
Fonte: https://literaturaecontos.wordpress.com/2014/04/05/os-tres-juizes-do-inferno/comment-page-1/
Amo minhas referências gregas, então continuem comigo. São apenas os nomes, nada verídico ou com maiores ligações aos poderes, entidades, enfim. Só codinome mesmo.
• Shiu Kon é um personagem real da obra. Diz que ele deve conhecer Toji a mais de 10 anos, mas vou adaptar um pouco pela história.
Fonte Imagem: Guia Oficial Jujutsu Kaisen (acervo pessoal da Nanadindin)
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