Irresponsáveis
Há quem diga que Diego e Gabriela foram feitos um para outro, não apenas pelo profundo amor que sentem, mas, infelizmente, por também serem dois irresponsáveis.
Diego e Gabriela são adultos, mas com síndrome de Peter Pan. Um homem e uma mulher que possuem um lar, três filhos pequenos e que se negam a adquirir maturidade, vivendo em um mundo utópico, brincando de bonecas, pensando que o mundo jamais irá cobrá-los por tais atitudes.
Diego e Gabriela estão casados há dez anos, após Gabriela ter engravidado da primeira filha, Isabella, com apenas dezesseis anos.
"Mãe, pai, foi sem querer. Esquecemos de usar a camisinha, naquele momento eu me esqueci totalmente das consequências, eu apenas deixei me levar. Eu não queria que isso estivesse acontecido, mas aconteceu e eu vou cuidar do meu filho." Gabriela disse aos prantos.
"Pai, eu assumo total responsabilidades pelos meus atos, eu já tenho dezoito anos e posso trabalhar para cuidar da minha mulher e do meu filho. Casarei com ela e trabalharei. Está decidido." Diego disse categórico para o Pai, João. João não havia dito, mas estava orgulhoso da atitude do filho.
-Meu filho cresceu, virou um homem.-Foi o que João pensou após ouvir tais palavras da boca do filho.
João reprimiu o sorriso de satisfação, visto que ele e a esposa Solange estavam dizendo o quanto Diego era irresponsável, então João julgou ser inconveniente um sorriso durante aquele momento.
"Vou te ajudar a procurar um emprego e farei uma suíte no nosso terreno para você morar com a Gabriela depois que casarem." João disse em um tom seco.
"Obrigado, Pai!" Diego sorriu e abraçou o pai com força devido a felicidade que estava sentindo. João não conseguiu mais se manter na
pose de pai durão e sorriu para o filho.
João imaginou que o filho assim que se firmasse financeiramente, moraria em outro lugar com a esposa e justamente por pensar que a situação seria temporária, havia feito apenas uma suíte.
Diego arrumou um emprego com a ajuda do pai e casou assim que a suíte ficou pronta.
Dez anos se passaram e eles continuaram morando na mesmo local, agora ampliado, mas agem como se o tempo não houvesse passado, como se eles ainda tivessem a idade que tinham quando Gabriela ficou grávida.
Eles pararam no tempo, muito provavelmente, como forma de manifestação contra a vida que possuem, a final, eles eram tão jovens e não aproveitaram como se devia, porém, a vida não aceita a birra tão bem quanto uma mãe paciente.
Em uma bela noite de sexta feira, Gabriela e Diego abriram a porta da casa de João e Solange com a chave reserva que possuem. João estava sentado na sala, assistindo o jornal na televisão e Solange estava finalizando o jantar.
Gabriela foi logo em direção à cozinha, Diego sentou-se na sala para conversar com pai e as crianças já estavam espalhadas pela casa toda, rindo, brincando e contagiando o ambiente com toda aquela alegria oriunda das mesmas.
Gabriela começou a espiar o que a sogra estava fazendo para o jantar. "Veio jantar aqui?" Solange perguntou mesmo já sabendo qual seria a resposta .
"Sim. Acabou o miojo e eu fiquei com preguiça de comprar, além disso, vim deixar as crianças aqui porque eu e o Diego não iremos voltar para casa hoje."
Solange respirou fundo. "Deixa eu adivinhar: vocês vão para o baile funk?"
"Claro! Foi aonde eu conheci o seu filho, lembra? Jamais deixarei de frequentar!" Gabriela sorriu e Solange nada disse, mas o olhar que ela lançou para a Gabriela já havia sido mais do que suficiente: ela reprovava tal atitude.
"Obrigado pelo jantar, mãe! Estava maravilhoso." Diego disse enquanto lançava um olhar repreensivo para a esposa que bocejou, apenas para fazê-lo entender que ela jamais esquentará a barriga no fogão, ela não é empregada e sim mulher dele. Se ele quiser que cozinhe.
"Obrigada, meu filho." A mãe respondeu, mesmo percebendo a indireta que o filho havia lançado para a esposa.
"Isabella, Luna e Caio, venham aqui!" Gabriela elevou o tom de voz para que os filhos a escutassem. Em pouco tempo, eles já estavam na cozinha.
"A mamãe está indo. Se comportem e pelo amor de Deus, tentem não quebrar nada desta vez."
"A mãe, só foi um prato." Luna disse.
"Foi só um elefantinho feio que ficava na sala." Isabella disse.
"Foi só o vidro da janela. Mas não fui eu, foi a bola!" Caio cruzou os braços e ficou com uma expressão emburrada.
"Mas isso tudo foi em um único dia, vocês precisam prestar mais atenção, não é, Diego?" Gabriela olhou para o marido em busca de apoio.
"Se você diz... Perdi a conta de quantas coisas eu quebrei quando eu era criança, principalmente o vidro da janela por estar chutando a bola. A propósito, adorei a sua desculpa, Caio. Queria eu ter a sua inteligência quando eu tinha a sua idade, garoto!" Gabriela revirou os olhos em protesto, enquanto Caio tentava reprimir um sorriso para que a mãe não visse.
"Vocês vão dormir fora de novo?" João perguntou nitidamente revoltado com aquela situação.
"Vamos ao baile funk, pai. Toda a sexta feira tem, esqueceu?" Diego perguntou enquanto deixava escapar um sorriso maroto nos lábios.
"Vocês dois é que se esqueceram que são pais e que devem cuidar dos seus filhos. Eu os amo e amo ficar com eles aqui, mas toda a sexta feira vocês os deixam aqui para se divertirem como se fossem solteiros e isso é inadmissível. Não acredito que você vai permitir isso de novo, Solange, é por isso que o seu filho é desse jeito."
"Ele é nosso filho, ouviu bem? Por mais que eu não concorde com a postura do Diego e da Gabriela, os nossos netos não tem culpa dos pais que possuem e eu não vou negar um lugar para eles dormirem!" Solange gritava à medida em que o João se afastava.
"Depois dizem que somos nós dois que brigamos." Gabriela disse baixinho para o Diego que tratou de beijá-la assim que ela sorriu. Para Diego não existia nada mais bonito do que o sorriso da mulher. Ele sempre diz que o sorriso dela é capaz de iluminar o mundo inteiro e, principalmente, a vida dele.
"Cadê o beijo da mamãe e do papai, crianças? Estamos saindo." Gabriela disse. As crianças os beijaram e os dois saíram à francesa depois de terem sido o pivô da briga do João com a Solange.
Enquanto estavam a caminho do baile funk, Diego disse para Gabriela: "Você bem que poderia cozinhar como a minha mãe, ao invés de sempre comer na casa dos meus pais quando não está mais aguentando comer macarrão. Você poderia pedir para a minha mãe te ensinar.".
Gabriela soltou a mão do amado e disse: "Você poderia aprender a lavar a louça, ao invés de sempre deixar para mim, poderia aprender a lavar roupa e a passar também, poderia, principalmente, cuidar dos seus filhos e me apoiar quando eu estiver os educando. Eu odeio fazer tudo isso, mas sou obrigada, pelo menos com relação a comida eu consigo fugir um pouco disso e posso comer na casa dos seus pais. Você não quer uma mulher ao seu lado, quer uma empregada."
"Mas o homem não precisa fazer nenhuma tarefa doméstica, enquanto vocês mulheres são obrigadas a isso. Não fui eu quem criei as regras do mundo! Com dez anos de casamento você já deveria ter aprendido a cozinhar, ainda faço muito de te aturar." Diego deu de ombros.
"Seu machista!" Gabriela gritou devido a resposta dos tempos das cavernas do marido e seguiu rumo ao baile funk a passos largos.
"Vai me deixar aqui sozinho?" Diego gritou para que ela o ouvisse, indignado por ter sido abandonado.
"Vai procurar a sua empregadinha e me deixa em paz!" Gabriela gritou, mas a voz dela já se encontrava embargada.
"Eu vou mesmo! Pelo menos eu vou chegar em casa e ter um almoço de verdade."
"Quer um almoço de verdade? Faz você! Você tem duas mãos também!" Gabriela parou no meio da rua, virou para trás e gritou.
Diego nada disse, Gabriela entrou na fila para entrar no baile funk. Diego finalmente a alcançou. "Eu sou homem, coloca isso na sua cabeça." Diego a pegou com os dois braços e a balançou.
"E eu não sou sua empregada. Quero um companheiro, não alguém que não me ajude em nada." Diego a soltou. Os dedos dele estavam marcados nos braços dela. Ela colocou as mãos por cima da marca e respirou fundo.
Os dois entraram juntos, mas se separaram. Gabriela começou a dançar, enquanto Diego bebia no bar. Ela sabia muito bem aonde ele estava e dançava de modo sexy para provocá-lo porque ela sabia que ele a estava observando.
Diego entrou na pista de dança, ele estava completamente fora de si ao vê-la se exibindo daquele modo para todos os presentes, mas antes que ele conseguisse chegar até ela, uma mulher começou a dançar de modo sensual na frente dele, então Diego optou por dançar com a mulher desconhecida e a tirar uma casquinha da mesma.
"Quer uma bebida?" Um homem perguntou para Gabriela e começou a dançar na frente dela.
"Não." Gabriela disse em um tom seco e olhou em direção ao bar para ver se Diego ainda a observava, mas percebeu que ele não estava.
"Tem certeza?" O homem insistiu após vê-la olhar em direção ao bar.
"Tenho." Gabriela revirou os olhos em protesto e depois começou a olhar de um lado para o outro afim de localizar o marido até que o achou dançando com uma mulher.
"Está sozinha, gata?" O mesmo homem a perguntou assim que a viu olhar ao redor como se estivesse procurando por alguém.
"Está vendo alguém comigo? Vamos dançar." Gabriela dançou o mais provocante que podia com o homem porque estava com ciúmes.
Quando Diego viu que Gabriela fazia o mesmo que ele, largou a mulher com quem estava dançando porque estava enfurecido com o que estava vendo e foi correndo tirar satisfação com o tal homem que Gabriela estava dançando.
Gabriela já estava se sentindo desconfortável com o jeito que o homem estava a tocando e tudo piorou quando ele tentou beijá-la.
"Eu não quero!" Gabriela gritou devido ao desespero.
"Larga a minha mulher agora!" Diego gritou e antes que o homem pudesse ter qualquer tipo de reação, Diego começou a desferir socos até que o segurança os tirou de lá. Gabriela saiu logo em seguida porque depois do que houve, o baile funk havia perdido toda a graça.
"Se você estivesse do lado dela, nenhum homem faria o que eu fiz e que provavelmente outros fizeram, seu otário!" Antes que o homem pudesse entrar no carro, Diego o deu mais um soco e só parou quando o homem desmaiou.
Diego sabia que o homem tinha razão, ele jamais poderia ter brigado com ela em um lugar como aquele e principalmente ter dançado com aquela mulher, sabendo que Gabriela não é de deixar por menos, porém ele nunca admitiria o próprio erro, pois era orgulhoso demais para isso.
Gabriela ficou ali parada, olhando a cena sem dizer uma só palavra e quando ele havia terminado, tudo que ela pensou em dizer para ele havia simplesmente desaparecido da mente.
Assim que chegaram em casa, Diego voltou a brigar com a Gabriela devido ao que ela fez no baile funk, como se ele não tivesse feito o mesmo.
A frase - Eu sou homem - era sempre usada por Diego para justificar algo que não tem justificativa e isso sempre irritou e magoou Gabriela, mas o corpo, o cheiro, a voz imponente, o sorriso dele sempre foram elementos que a faziam delirar.
"Me diz que não vai mais fazer isso!" Ele gritou com ela. À medida em que ele dava um passo para frente, ela dava outro para trás até que ela não teve outra opção se não encostar-se na parede.
Diego diminuiu o espaço entre eles e colocou as duas mãos na parede tudo para que ela não pudesse escapar dele. Gabriela arregalou os olhos, mas nada disse. Ela sabia que estava em um meio de uma discussão, mas tudo que ela conseguia sentir era desejo. Sentir o corpo dele contra ao dela e o hálito dele tão fresco, tão próximo a ela, mas ao mesmo tempo tão inacessível, a deixou fora de si.
"Me responde!" Ele elevou a voz mais ainda devido ao silêncio dela, mas ela não se assustou, pelo contrário, o beijou intensamente.
Diego colocou as mãos no corpo dela e ela começou a puxar os cabelos dele com força. O que teria tudo para ser uma noite de briga, se tornou em uma noite bastante romântica e por que não dizer selvagem?
Na segunda feira, Gabriela foi trabalhar no salão de beleza e durante o expediente, Diego entrou no mesmo e disse assim que a localizou fazendo a unha de uma cliente: "Pedi demissão da farmácia. Não aguentava mais trabalhar naquela farmácia atendendo aqueles velhos com o pé na cova.".
"Mas você só estava trabalhando há um mês! Arruma outro emprego porque o meu não da conta sozinho não."
"Querida, você não vai mais fazer a minha mão? Eu não tenho o dia todo!" A cliente perguntou com uma certa indignação por ter tido o seu serviço interrompido daquela forma.
"Eu estou conversando com o meu marido, se não aguenta esperar pega o esmalte e faz você mesma!" Gabriela disse com raiva.
"Eu quero falar com o gerente!" A cliente gritou e Gabriela perdeu o emprego por justa causa.
"Os seus pais vão enlouquecer porque estamos desempregados de novo!" Gabriela disse.
"Eles não precisam saber, darei um jeito." Diego disse. Gabriela sorriu.
Gabriela ligou o som nas alturas, foi varrer a casa e começou a cantar a musica - Tá vendo aquela lua - do cantor Thiaguinho. "Tá vendo aquela lua que brilha lá no céu?/ Se você me pedir, eu vou buscar só pra te dar/ Se bem que o brilho dela nem se compara ao seu/ Deixa eu te dar um beijo vou mostrar o tempo que perdeu/ Que coisa louca, eu já sabia! / Enquanto eu me arrumava algo me dizia/ Você vai encontrar alguém que vai mudar/ A sua vida inteira da noite pro dia!" Ela tinha um sorriso nos lábios de quem sabia que já havia encontrado essa tal pessoa.
"Gabriela, abaixa este som. Logo os vizinhos vão começar a reclamar." Diego disse.
"Pois que reclame. Saí daquele emprego horrível! Vou comemorar até de manhã." Gabriela sorriu e deu de ombros.
"Os policiais vão vir aqui de novo por causa da lei do silêncio. Você vai acabar indo presa desse jeito."
"Duvido que eu seja, eles são nossos amigos e jamais fariam isso comigo." Ela disse.
Diego respirou fundo e disse: "Espero que esteja certa. Vou jogar bola agora com os meus amigos."
"Mas não vai mesmo, não está esquecendo de nada, não?" Gabriela cruzou os braços e bateu o pezinho.
"Da minha identidade? Você sabe que eu sempre esqueço, mas dessa vez eu lembrei e ela está dentro da minha carteira. Prometo que não a tirarei mais daqui." Diego abriu a carteira para mostrar para a Gabriela que a identidade estava lá mesmo.
"Não, dos nossos filhos. A nossa casa está uma bagunça e já que você não faz nenhuma tarefa doméstica, poderia pelo menos buscá-los agora."
Diego respirou fundo e disse: "Eu vou buscá-los, onde esses pestinhas estão?" Ele sorriu, mas na verdade, estava revoltado por não poder jogar bola com os amigos.
"Na escola! Vou precisar te dar o endereço ou você se lembra aonde eles estudam? Eles saem daqui a meia hora. Vai logo para lá porque eu não aguento mais as ligações da diretora dizendo que eu esqueci os meus filhos na escola, eu não os esqueço só tenho muitos afazeres e não posso buscá-los no horário em que a escola os libera, então os deixo lá porque sei que eles ficarão bem." Gabriela revirou os olhos em protesto.
"Quantas vezes isso já aconteceu mesmo, meu amor?"
"Não sei, mas tenho certeza que deve ter acontecido mais com a Isabella do que os outros dois." Diego e Gabriela riram.
Diego conseguiu chegar a tempo para buscar as crianças. "Você é o pai da Isabella?" Uma mulher perguntou.
"Sou e quem é você?" Diego perguntou com um misto de impaciência e curiosidade na voz.
"Sou a Valéria, professora de matemática da sua filha."
"As notas dela vão melhorar, eu sei que ela é péssima." Diego tratou de se adiantar para finalizar logo aquele assunto.
"Não, é a Luna que não sabe matemática. As notas da Isabella são excelentes, pelo o que eu saiba a dificuldade dela é em português." Valéria disse. A professora estranhou o fato do próprio pai não saber sobre isso.
"Três filhos, a gente se confunde." Diego respirou fundo e continuou encarando a professora para que ela o dissesse logo o que desejava comunicar.
"A Isabella brigou com uma coleguinha de classe hoje." Valéria disse e a Isabella abaixou a cabeça.
Diego começou a analisar a filha. "Ela não está machucada, suponho que ela tenha ganhado a briga. Mandou bem, filha!" A menina deu um sorriso contido para o pai, mas continuou de cabeça baixa.
"A questão não é ela ter vencido ou não a briga, a questão é ela ter brigado. Isso é inadmissível."
"Posso não saber sobre as notas da minha filha, mas sei a personalidade que ela possui. Posso te dizer que a minha menina é calma e que se ela brigou é porque a outra garota realmente a provocou." Diego disse.
Diego sabia que a professora estava correta e sabia que teria que brigar com a filha depois, mas jamais faria isso na frente de quem quer que fosse. Ele não mentiu sobre o que disse para a professora e se a filha se exaltou a ponto de bater em outra criança, algo muito sério aconteceu.
"Não importa se a sua filha tinha razão ou não e sim que esta escola não admite comportamentos violentos vindos de alunos." A professora disse. Ela estava inconformada com toda aquela situação.
"Se é só isso, te asseguro que a minha filha não baterá mais em ninguém. Na verdade, nenhum dois três." Diego olhou para cada um dos três com um olhar severo e eles engoliram em seco. A professora sorriu satisfeita com a atitude do pai.
"Vamos para casa, meus filhos." Diego tratou de dizer antes que a professora acordasse um novo assunto, afinal eram três filhos e assunto era o que não deveria faltar.
Assim que saíram da escola, Diego disse: "Vou jogar bola e vocês vão comigo. Vamos pegar um táxi porque estou atrasado, aquela professora fala muito!". Diego revirou os olhos em protesto.
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Boa noite, meus amores!
Me desculpem pela demora em postar o capítulo novo, mas é que eu estava muito ocupada nestes dias.
O que acharam da primeira parte deste conto? Ele é o último conto do livro, infelizmente. 😔
Mas quando este livro terminar teremos livro novo e ninguém ficará livre de mim! 🙌🙌
Gabriela vai brigar com o Diego por ele ter ido para o futebol ou não?
Este casal irresponsável tem jeito? 😂😂
Só lendo para descobrir. Muita coisa ainda vai acontecer!
Beijos 😚😚
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