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61 - Eu aceito

Jurava que me casaria de branco. Que tudo seria tradicional e tranquilo, sem muito estresse. Mas se tudo estivesse nos conformes, não seria o meu casamento. Jamais o matrimônio entre Lucca e Eloá seria algo monótono. Ele é fogo e eu, a gasolina. O surto foi coletivo quando saltamos da viatura.

Passei o caminho averiguando o ferimento no pescoço de Lucca. Por sorte, havia uma caixa de primeiro socorros na viatura, então limpei o ferimento com soro e gases. Por baixo do sangue seco, encontrei apenas um corte superficial, nada demais. Entretanto, foi o suficiente para manchar o meu vestido branco. Flashs e mais flashs foram disparados em nossa direção, acredito que esse tenha sido o principal motivo. O vermelho atrai o olhar da mídia, principalmente em situações de sequestro.

A sorte é que o sargento Machado acabou se tornando nosso amigo e nos escoltou para dentro do clube. Agora proibidos de participar da cerimônia, os jornalistas ficaram desesperados querendo algum tipo de informação. Ciente da dificuldade da profissão, parei no meio do caminho e me dispus a falar em direção às câmeras:

- Está tudo bem. Lucca se feriu, mas nada grave. Seguiremos com o casamento. - Concluí e continuei andando ao lado de meu noivo e do sargento. Os repórteres fizeram inúmeras perguntas, mas sequer me preocupei em prestar atenção nelas. Meu foco era outro.

Assim que entramos, mesmo ainda acompanhados pelo sargento Machado, o surto foi ainda maior - agora por parte da família. Todos estavam extremamente preocupados. Fui recebida pelo caloroso abraço de minha mãe, que apenas notou o sangue no meu vestido depois que me soltou. Lucca foi imediatamente acolhido pelos pais.

- Querida! - Ela deu um beijo carinhoso na minha bochecha e se afastou. - Seu pai não havia falado que você se machucou. - Me analisou, em busca do ferimento.

- Esse sangue não é meu. - Afirmei e encarei Lucca, que se afastou dos pais, exibindo o pescoço. Com isso, minha avó, que estava bebendo um copo com água e açúcar, o derrubou no chão e mancou até o meu noivo, já empurrando a cabeça dele para cima, com o objetivo de observar melhor o ferimento.

- Por Deus, vó. Por mais que não seja profundo, isso está doendo. - Ele gemeu.

- É bom que aquele Judas não cruze meu caminho. Estou muito velha para ser presa. - Ela respirou fundo, deu uns passos para trás, cruzou os braços e nos encarou repreensivamente. - Vocês têm que parar de se meter em confusão. Já têm 24 e 25 anos, não estão mais na idade disso. Vão nos matar do coração assim.

Eu e Lucca nos encaramos, sem resposta para isso. Ela estava certa. Nos últimos meses, tudo que temos feito pode se resumir a confusão. Para quebrar o clima, meu noivo deu um passo à frente e se pronunciou.

- Em minha defesa... - Ele soltou um pigarro. - Mário está namorando uma atriz de filmes adultos há um ano.

Em resposta, minha avó, que até tentou manter a seriedade, não se aguentou e soltou uma gargalhada. A chateação que preenchia seu rosto se esvaiu em questão de segundos. Já minha mãe, arregalou os olhos, demonstrando choque com a nova descoberta.

- De onde tirou isso, Lucca? - Perguntou e ele lançou aquele sorrisinho travesso de sempre.

- Ela estava gravando um filme adulto quando viu Jonas chegando com Eloá no motel, local que o mesmo escolheu como cativeiro. Mas essa é uma história que deveríamos deixá-lo contar depois, porque existem muitos detalhes que também quero saber e ele não está aqui. - Lucca riu e eu balancei a cabeça negativamente. Esse homem é impossível. - Temos que prosseguir com a cerimônia! Nosso amigo ali - apontou para o policial, que deu um tchauzinho - abriu uma exceção, mas temos que ir o quanto antes para a delegacia prestar nossos depoimentos e realizar o exame de corpo delito.

Ao ser mencionado, sargento Machado, que parecia estar esquecido no local, deu um passo à frente. Com um sorrisinho, ele afirmou.

- Por mais que adore esse clima caótico e recheado de ameaças de morte, infelizmente receio dizer que Lucca tenha razão. Preciso levá-los o quanto antes para a delegacia, então seria ótimo que a cerimônia prossiga o mais rápido possível. - Ele explicou de maneira paciente.

Nesse momento, Lúcia, que provavelmente estava ajeitando o restante dos convidados no salão após receber a informação de que retornaríamos para concluir o casamento, veio correndo até o restante da família.

- Está tudo pronto. Tio Márcio está esperando Eloá, para que os dois entrem juntos. Mário já está no lugar do padrinho. Eu vim chamar vocês e... - Ela me encarou. - Prima, você está parecendo uma assassina. Vai entrar assim mesmo? Venha cá para que eu possa ajeitar seu cabelo.

- Vou. Essa é a história do dia do casamento. É algo a ser lembrado no futuro. - Respondi e me aproximei. Nesse momento, todos da família que estavam presentes foram andando até o salão da cerimônia, para ocuparem seus devidos lugares. Ficamos ali apenas eu, Lucca, Lúcia e o policial.

Ela passou alguns minutos arrumando meu cabelo que, no fim, mesmo solto, ficou lindo.

- Tudo bem, então. Pelo menos, Lucca não aparenta ter saído de um filme de terror, mesmo com o pescoço machucado. - Neste momento, Lúcia encara o sargento Machado. - Uau, você é figura nova. E essa farda lhe cai perfeitamente bem. É solteiro?

Machado, que antes tinha uma feição completamente séria e impassível, ficou com as bochechas coradas. A intensidade da sua emoção era evidente, apesar de sua normalmente calma e controlada aparência. Lúcia percebe e sorri. Já eu, faço questão de repreendê-la imediatamente.

- Lúcia, pelo amor de Deus, foque no casamento! Não importune o sargento, por favor. - Viro na direção do policial. - Peço desculpas pela ousadia da minha prima. Às vezes, meus familiares perdem completamente a noção, mas acho que já deve ter percebido isso com o Lucca.

Sargento Machado nos lança um sorriso contido, sendo notável a vergonha em seu rosto, e coça a nuca.

- Só não estou acostumado a receber cantadas de mulheres bonitas assim. - Ele encara Lúcia, que sorri orgulhosa e retira a caneta que está posicionada de maneira estratégica no decote de seu vestido, segura a mão dele e anota algo.

- Me mande uma mensagem depois que terminar o expediente. Sei que ainda tem muito problema pra resolver... - Lúcia o encara maliciosamente de cima a baixo, deixando eu e Lucca constrangidos com a tensão sexual que estava criando. - Deve ser muito difícil enfrentar o crime e prender assassinos... - Ela passa a ponta das unhas lentamente no braço do homem e meu noivo solta um pigarro.

- Sei que o próximo passo é vocês arrancarem a roupa e tudo bem. - Lucca sorri e eu arregalo os olhos, afinal, ele está falando com um policial. - Eu respeito isso. Mas precisamos ir para o salão. - Ele encara o agente. - Se quiser, pode nos acompanhar.

Mais uma vez, o sargento Machado fica envergonhado.

- Vou preferir ficar. - Afirma e Lucca dá de ombros.

- Tudo bem, então. A escolha é sua, por mais que ache que Lúcia adoraria te atacar no fim da cerimônia. - A garota arregala os olhos, mas não fala mais nada. Em seguida, prosseguimos os três para o salão. Durante o caminho, Lúcia repreende o primo.

- É sério, Lucca? SÉRIO? - Fala enquanto caminhamos rapidamente pelo longo corredor, mas respondo por ele.

- Lúcia, querida. - Sorrio. Já estávamos quase na porta do salão. - Ele não prendeu Lucca por desacato. Isso foi um ótimo sinal.

Lúcia sorri de volta, justamente no momento em que chegamos. Ela me abraça e beija meu rosto, antes de entrar com Lucca, seguindo para o altar. Um minuto depois que os dois entram, meu pai sai, para me acompanhar.

- Você está linda, filha. - Ele sorri e beija o topo da minha cabeça.

A melodia tradicional de casamentos começa a ser tocada pouco depois e meu coração acelera. Finalmente chegou a hora.

Todos os convidados nos encararam, curiosos. Principalmente por conta do ferimento, mesmo que leve, em meu pescoço. Apesar disso, não me importei. Lúcia se posicionou ao lado de Mário, apenas aguardando a minha entrada para dar o sinal ao meu tio, que acompanhará Eloá ao altar.

Minha prima afirmou que o cerimonialista que iria oficializar nossos votos precisou ir embora, o que seria um problema, caso não existisse a Internet.

Ela me explicou que, nesse meio tempo que estivemos fora, cogitando as inúmeras possibilidades que poderiam vir a acontecer, eles decidiram licenciar a vó Conceição para oficializar cerimônias. Admito que fiquei muito feliz com isso, pois torna o casório ainda mais significativo.

Me posicionei na área central do altar, em frente à vovó, que estava em um pequeno banquinho de madeira para ser enxergada pelo público. Por fim, a tradicional melodia de casamento foi colocada e as portas, abertas.

Finalmente Eloá entrou de braços dados com o tio Márcio. Todos se levantaram. É impressionante como o lugar estava repleto de amigos e parentes, mas só conseguia enxergá-la. Borboletas rondavam pelo meu estômago. A sensação de leveza que senti ao vê-la desfilando até mim é inexplicável. Simplesmente porque era o único caminho que nos separava de uma eternidade juntos. Porque a quero nessa e em todas as outras vidas.

Eloá sobe lentamente as escadas e para ao meu lado. Ela me encara sorridente e depois vira para frente, demonstrando grande surpresa ao encontrar nossa avó. Antes de qualquer coisa, a mais velha se pronunciou.

- O cerimonialista precisou ir embora. Afinal, ninguém contava com o imprevisto que tivemos, não é? Mas pode deixar que a vovó resolve. - Ela toca o ombro de Eloá cuidadosamente e nós dois sorrimos.

- Não poderiam ter escolhido uma pessoa melhor para ocupar a vaga disponível, afinal, a senhora colocou a mão no fogo por nós em relação ao meu pai. - Ela responde e a vó sorri.

- Minha querida, além de ter vivido essa experiência na pele, no fundo, a vó sempre soube de vocês. - Ela sorri de maneira acolhedora. - Posso começar a cerimônia?

- Sim. - Eu e Eloá respondemos de maneira uníssona.

- Boa tarde a todos. - A vó aumenta o tom de voz, chamando a atenção da plateia. - Quase noite, aliás. - Meus netos quase morreram. Eloá mais de uma vez, inclusive. Esses dois têm me dado bastante trabalho. Em 71 anos de vida, nunca vivi tantas emoções como neste.

Todos riem, por mais mórbido que o discurso parecesse. A vó está certa, esse ano foi e está sendo do caralho.

- Mas também tivemos surpresas boas, queridos. Esses dois aqui eram melhores amigos durante a adolescência. Crianças, então. Viviam de mãos dadas, sempre tão cuidadosos e implicantes um com o outro. Lucca era do caralho... Mas Eloá conseguia acalmá-lo.

Ela fala nostálgica e eu seguro a mão de Eloá. Realmente. Nos aproximamos muito mais durante a adolescência, mas também éramos próximos quando crianças. Gostava muito da Lolô, mesmo que ela implicasse com tudo que eu fizesse.

- Não sei vocês, mas acredito em destino. - A vó prossegue com o discurso. - E em amor de outras vidas. Certas coisas não se explicam, o que é o caso desses dois. Mesmo com tanto amor já durante a juventude, brigaram e se afastaram por quase oito anos. Toda a família ficou perplexa, porque ambos eram inseparáveis. Carne e unha. Então, do nada, voltaram a se falar. Está certo que descobrimos que o motivo foi uma pulada de cerca. - Ela abriu um parênteses, gerando burburinhos. Eloá arregala os olhos e eu repreendo a vó.

- Dona Conceição... - Falo entredentes. - Muitos detalhes NÃO.

- Mas isso já passou na televisão! - Ela rebate consternada.

- Só que agora não, vó! - Respondo na mesma hora e ela concorda, se dando por vencida.

- Prosseguindo, porque meus netos não gostam de exposição, apesar de toda a história do relacionamento deles estar disponível na Internet. - Ela ironiza e eu reviro os olhos. - E então descobriram que, na verdade, sempre se amaram. Ela, no caso, nunca deixou de amá-lo. Ele descobriu que o sentimento sempre esteve ali. Pode ter parecido repentino, mas os dois já viveram tantas coisas e agora é o momento de experimentarem a vida juntos. Não poderia ser diferente. Para quem quase viu o fim, um novo começo ao lado de quem amamos é sempre a melhor escolha, certo?

Lolô deita a cabeça em meu ombro e eu sinto uma lágrima escorrendo pela minha bochecha.

- Por isso, pergunto a você, Lucca Maldonado Oliveira. Aceita se casar com Eloá Lima Oliveira?

- É tudo o que mais quero na vida. - Viro meu corpo na direção da minha quase esposa e seguro suas duas mãos. Ela faz o mesmo.

- E você, Eloá Lima Oliveira, aceita Lucca Maldonado Oliveira como seu marido?

- Sim, sim e sim!!! - Fala enquanto lágrimas escorrem por sua bochecha.

- Portanto, pelo poder atribuído a mim pela Internet, eu os declaro marido e mulher. - Vovó fala com um grande sorriso no rosto. - Podem se beijar.

Seguro a nuca de Eloá cuidadosamente e a curvo para trás, dando-lhe um beijo rápido, porém cheio de desejo, demonstrando exatamente o que a mesma deve esperar pelos próximos dias.

A plateia aplaude emocionada e nós dois retornamos à posição normal.

Viro-me para nossos convidados e falo.

- Obrigado por estarem aqui, apesar do atraso. O buffet será oferecido na sala ao lado. Infelizmente, eu e Eloá teremos que ir até a delegacia para prestar depoimento e fazer os trâmites necessários. Mas aproveitem por nós. Em seguida, viajaremos para a nossa lua de mel, então não voltaremos. Mas a noite é de vocês. - Declaro e seguro a mão da minha esposa. Prosseguimos até a entrada do salão de festas, onde o sargento Machado estava à nossa espera.

***
Nota da autora

E vamos de lua de mel? Sei que foi maiorzinho, mas é pra dar tchau à essa fase de conflitos.

Agora sim, leitores. É amor! Últimos capítulos para se despedir ❤️

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