Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

10 - Usa o dedo, minha filha

Os fogos de artifício iluminavam o céu e todos se abraçavam ao meu redor. Agora vamos brindar com champanhe à beira-mar. Estão todos aqui, inclusive Eloá e Jonas, que trocaram o primeiro beijo do ano quando o relógio bateu meia-noite. Ótimo para eles. Um brinde à felicidade.

Que este ano seja diferente dos anteriores. Melhor, assim espero.

Tio Márcio ficou emburrado a noite inteira, apesar das inúmeras vezes em que sua esposa tentou acalmá-lo.

Assim como o restante da família, ele definitivamente não está acostumado com a filha provocando situações caóticas. Não o julgo, afinal, é a princesinha dele. Só que o mesmo precisa entender que Eloá cresceu e agora faz o que bem entende da vida. Por mais que seja uma situação extremamente adversa, é algo que o mesmo precisa compreender.

A sorte é que esse problema não é meu e estou pouco me fodendo com o que Eloá fez nesta noite e fará no decorrer da madrugada. Até fiquei incomodado com as memórias que vieram à tona, mas que se foda, eu que não vou ficar me prendendo às frustrações do passado, principalmente após a decepção que ela me provocou. Minha querida prima é viciada nisso: me magoar. Portanto, não vou estragar um momento de diversão focando em gente que não merece.

Ainda bem que a parte boa da noite está prestes a começar, pois já não aguentava mais tanto estresse.

Os artistas de que gosto vão cantar no palco montado na área central da praia. Por fim poderei aproveitar esse Réveillon e a embriaguez a que fui obrigado a abraçar para aguentar a Eloá com essa roupa sem infartar. O primeiro será ninguém menos que Baco Exu do Blues, o meu favorito. A animação finalmente voltou a tomar conta do meu corpo.

Estava quase conseguindo sair despercebido, mas Jonas, de mãos dadas à Eloá, decidiu me abordar e chamar a atenção de toda a família. Filho da puta. Se estivéssemos a sós, juro que o xingaria até a morte por isso. Talvez faça depois, se lembrar.

— Vou ao show do Baco com Lolô, está bem? — O fato dele usar o apelido que dei para a Eloá quando éramos mais novos quase me faz revirar os olhos. Para quem daria um fora na minha prima há algumas horas, a relação deles está ótima. Estou enojado com tudo isso.

— Não precisa me dar satisfações sobre o que vai fazer com a minha prima, mano. — Respondo rindo. — Vocês são maiores de idade, têm total responsabilidade dos atos. — Dou de ombros.

— Estou falando porque quem me convidou foi você, idiota. — Jonas rebate e eu dou de ombros.

— Tanto faz. Divirtam-se e usem camisinha. Baco costuma provocar sensações estranhas nas pessoas. Falo por experiência pessoal. — Encaro Eloá e ela desvia a atenção para outro foco, pois sabe que estou falando do incidente do chuveiro.

— Filho, não fale essas coisas! Sua prima vai ficar envergonhada. — Minha mãe me repreende.

— E ele está errado, Carlota? — Tia Viviane, que chegou pouquíssimos minutos após a virada, questiona. — Tem que usar camisinha mesmo, principalmente no show desse homem. — Ela dá uma golada no champanhe. — Eu e Maria já transamos muito ao som de Baco. — Dá de ombros e as gêmeas arregalam os olhos em sincronia.

— Mãe, pelo amor de Deus! — Lúcia repreende. — Não fica falando essas coisas!

— Ah, para né, Lúcia! — Tia Maria responde. — Você acha o quê? Que eu e sua mãe fazemos o quê? Brincamos de pique-pega? A gente transa também, ué!

— O ASSUNTO NÃO É ESSE! — Beatriz corta a mãe. — Pelo amor de Deus, gente, parem de falar sobre sexo. Já entendemos que vocês transam, que eles transam e que todos aqui transam. — Ela vai apontando para todos enquanto fala.

— Eu sou muito nova para ser bisavó, Eloá. — Vó Conceição se pronuncia. — Se quiser transar, usa camisinha. Ou só o dedo. O dedo por hoje tá bom, minha filha. Está todo mundo bêbado, vocês podem esquecer, ou algo do tipo. Se fizer direitinho, fica bom. Seu avô sabia fazer. — Ela começa a refletir e eu dou uma gargalhada. Meu Deus, essa família é caótica demais.

Tio Márcio está muito próximo de ter um surto psicótico. Nunca o vi fumar tantos charutos na vida. Meu pai e Mário estavam tentando acalmá-lo, mas a conversa entre as mulheres começou a ter novos desdobramentos, então o mesmo decidiu se afastar.

Mas não antes de passar ao meu lado e segurar levemente meu braço. Viro em sua direção e ele aponta com a cabeça para a tenda, onde, no momento, não há ninguém.

Entendo o recado de imediato e o sigo.

***

— Tio, o senhor vai me perdoar, mas não posso servir de babá para a Eloá. Tenho uma extensa lista de motivos, inclusive! Primeiro que ela não me suporta... — Começo a falar, mas sou interrompido imediatamente.

— Lucca, eu, de coração, não entendo o que aconteceu para que a amizade de vocês se tornasse ódio mútuo, até porque viviam colados. Só que ela não está bem, não vê? Minha filha não é assim! Aquela que está ali não é Eloá. Não quero que ela tome alguma atitude de que se arrependa amanhã ou depois. Caso decida continuar nessa energia mais ousada depois que o surto passar, tudo bem, terá meu apoio. Só que... — Ele respira fundo. — Pelo amor de Deus, ela está com os mamilos de fora.

"É, tio. Eu percebi muito bem", sinto vontade de dizer, mas o poupo de mais esse estresse. Bêbado? Sim, mas não o suficiente para ser um babaca.

— Vai ver ela só quis ousar um pouco, não sei. — Tento justificar o injustificável. Ele está certo. Ao que tudo indica, minha prima está surtando. — E Jonas é um bom rapaz. Jamais faria algo que ela não queira.

— Não consegue entender que essa é a questão, Lucca? Ela vai querer de tudo do jeito que está e eu conheço a minha filha, ela vai se arrepender disso logo em seguida. Se estivesse fazendo algo de cabeça leve, mas... — Questiona um pouco exaltado e respira fundo. — Se o ódio de vocês for tão grande que até mesmo apagou o significado da tatuagem que fizeram na costela juntos, faça isso por mim.

Ele pegou pesado agora. Levo a mão até a costela e lembro perfeitamente do dia em que fizemos essa tatuagem. O que não sou capaz de fazer por você, Lolô?

Nossa amizade era tão linda e éramos tão unidos. Vivemos tantos momentos inesquecíveis. Ódio eu tenho é de guardar com tanto carinho nossas vivências e aprendizados, mesmo que não mereça. Mas jamais odiarei Eloá, por mais que queira e tente com todas as minhas forças.

O carinho que guardo no peito por ela sempre será maior.

Jurei que a protegeria de situações ruins quando tentaram machucá-la uma vez, não seria diferente hoje. Sempre serei sua pessoa, independente de tudo.

— Está bem, tio Márcio. Farei isso pelo senhor. — Minto. — Mas terá que me pagar um ingresso para o show do Baco, porque esse não vou aproveitar um minuto.

Ele sorri satisfeito e assente.

— Feito, pode me cobrar.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro