Capítulo 40 - Me entreguei.
O lugar que o Vicent disse que era especial pra ele era um bar a poucos metros da casa dele, não estava surpresa por aqui ser especial pra ele, aonde há bebidas sempre será especial pro Vicent. Na vitrola antiga estava tocando uma música country de um cantor que eu não conhecia. Eu e Vicent estávamos sentados em uma mesa encostada na parede e a poucos metros do balcão, Vicent pediu duas garrafa de whisky acompanhado de um prato com coxinhas e enroladinho de salsicha, coisa de bar mesmo.
Estava com uma movimentação grande no bar. Algumas garçonetes anotavam pedidos, homens assobiava para algumas delas, outros estavam cantando a música que tocava na vitrola e os que estavam no balcão, simplesmente apreciavam suas bebidas em paz, esse não era o tipo de lugar que eu gosto de frequentar.
- É bem a sua cara esse bar sabia ? - ele me olhou e riu concordando com o que eu disse - Porque é tão especial aqui ?.
- Simples, me faz esquecer dos meus grandes problemas - ele bebeu o whisky dele direto da garrafa.
- Problemas com roubos e drogas não é ? - ele gargalhou e empurrou a garrafa de whisky pra eu beber, eu recusei - Você é um bandido.
- Do bem - sorriu de canto - Nunca fiz mal a ninguém.
- Claro que fez ! Drogas não são como balas que adoção a vida, elas estraga as vidas dos portadores sabia ?.
- Na época que eu vendia, eu não me importava com o que iria acontecer com a pessoa que comprava, o que importava mesmo era a grana que eu ganhava, isso era o mais importante.
- E o dinheiro ainda é importante pra você ? - peguei uma coxinha e olhei pra ela.
- De uma certa parte sim, mas não faço mais isso - ele olhou para a garrafa do whisky dele - Já faz um tempo que eu parei...
- Já cheirou alguma vez ? - perguntei e dei uma mordida na coxinha que por sinal era bem crocante.
- Nunca, eu jamais usufrui das drogas que eu vendia, não fazia parte do negócio.
- Porque parou ? - peguei outra coxinha.
- Não me sentia bem fazendo isso e eu também estava cansado de ficar fugindo por ai - ele bebeu mais um pouco do whisky.
- Você deve ter se metido em vários problemas no Decorrer do tempo - ele me olhou por alguns segundos e logo surgiu um sorriso no canto dos seus lábios - Sorriso de safado, deve ser a verdade.
- Eu sabia que tinha uma cara de safado, mais de sorriso de safado não.
- Vince.... - sussurrou alto uma mulher que ficou ao nosso lado - Que milagre te encontrar por aqui. - ela beijou a bochecha dele e logo em seguida colocou a mão nos ombros dele.
- Pamela ? - ele olhou pra ela com certa dúvidas e ela sorriu e sentou na nossa mesa mas ao lado dele.
- É Grayce, como sempre esquece os nomes das mulheres que você já ficou - riu e tocou no rosto dele - Nova cicatriz é ? Te deixou muito gato - Vicent olhou para mim e a tal de Grayce também olhou para mim e fechou seu semblante - Quem é você ?.
- Minha namorada - encarei ele e ele sorriu e ela me olhou de cima a baixo com seus olhos azuis - E estamos em um encontro então....
- Não acredito que o cara mais galinha desse universo conseguiu uma namorada - ela me olhava debochada - Esse mundo não é mais o mesmo - Ela se levantou e olhou pra mim - Toma cuidado docinho, esse homem aqui é perigoso - ela arrumou o decote generoso dela e rebolando se afastou da gente indo pra outra mesa.
- Não sou a sua namorada - peguei o enroladinho de salsicha e comi.
- Disse aquilo para ela não encher o nosso saco, aquela mulher é chata de mais - disse ele olhando para ela que estava rindo com outros homens. - Me admiro que não tenha me corrigido, parece até que gostou de ouvir isso de mim.
- Ha Ha Ha, até parece - ele rindo levou a garrafa de whisky em seus lábios - Ela é muito vadia, porque sai com mulheres assim ?.
- Eu sai com mulheres assim, hoje em dia estou sossegado, estou em outra - ele piscou pra mim - Você não vai beber um pouco ?.
- Não quero ficar bêbada.
- Não quer porque tem medo da gente ficar bêbados e fazer alguma besteira ? - ele passou sua língua em seus lábios.
- Não - virei o rosto e vi uns bêbados dançando descodernados - É sempre assim ?.
- Sempre - ele abriu o outro whisky e colocou um pouco do liquido em um copo e empurrou para mim - Beba um pouco anjo.
- Dispenso - empurrou o copo pra ele de novo que me encarava - Outra hora eu bebo.
- Outra hora é ? - ele deu uma risada sem graça e bebeu o whisky que estava no copo que me ofereceu - Meu celular está vibrando.
- Atenda, veja quem é - ele meio incomodado pegou o celular dele e olhou no visor, seu olhar ficou sério - Quem é ? - ele virou o celular dele e vi o nome do Antônio lá - É o pilantra.
- Eu não vou atender - ele deixou o celular em cima da mesa.
- Se você não atender, ele vai desconfiar de você Vicent, atende - ele olhou pro celular e pegou e se levantou.
- Já volto - ele com celular andou para a saída do bar.
O que sera que aquele desgraçado quer com o Vicent ? Talvez ele tem algum plano em mente e precisa dele ou quer saber informações sobre mim. Eu deveria acabar com tudo isso e enfrentar meus medos mais porque não consigo ? Lembrar o que esse infeliz fez para mim me da medo e não consigo encarar ele mais terei que fazer isso, terei que ser forte. Peguei a garrafa de whisky e bebi pela garrafa mesmo, tava afim de esquecer aquele idiota e esquecer tudo isso.
Vicent demorou um pouco pra voltar e eu me animei de uma hora para outras. Pedi para o balconista colocar uma música mais agitada naquela vitrola, por minha surpresa ele colocou a música Carry on de Avenged Sevenfold , não sei como ele fez isso mais eu curti o som dançando em cima da mesa e os bêbados lá gritando e curtindo o que eu estava fazendo, sim eu acho que fiquei maluca. Diante aquilo na minha cabeça vinha a Carla, eu lembrei dela dançando , era divertido mais ficava com raiva em lembrar de sua traição com minha pessoa. Eu comecei a sentir uma tontura ,acho que era por causa do whisky mais perdi o desequilíbrio e cai de cima da mesa e fiquei no chão e não sei o que ouve mais dei uma desmaiada.
Abri meus olhos e meio zonza eu me encontrava na cama do Vicent. Isso de desmaiar e acordar aqui já estava virando hábito, me sentei e vi que do meu lado estava deitado o Vicent, ele estava com os olhos abertos me olhando, eu apoiei minha cabeça no travesseiro e olhei para ele que estava com uma expressão séria, não era normal ver ele assim.
- O que ouve ? - perguntei mesmo sabendo o que aconteceu.
- Me falaram que você bebeu e subiu na mesa e começou a dançar e nisso acabou caindo no chão, só sai por alguns minutos e você vira os centro das atenções ? Caramba Ana.
- Você estava demorando e eu bebi....nem lembro direito como rolou isso - fechei os olhos e senti a mão dele a carecia o meu rosto - Porque demorou ?.
- O Antônio tava me dando ordens....- ele olhou para o teto e colocou a mão no peito dele.
- Que tipo de ordem ? - ele virou a cabeça pra me olhar e suspirou e se levantou - Não vai me falar nada ?.
- É complicado Ana , descansa um pouco pois amanhã a gente conversa sobre isso - ele andou em direção a porta e saiu.
O que deu nele ?.
Não contente com sua resposta eu sai da cama e descalça e com um pouco de dor de cabeça eu sai do quarto, desci as escadas e encontrei Vicent sentado no sofá, ele aparentava tristeza. Me sentei ao seu lado e coloquei minha mão em sua perna, ele olhou para mim mais permaneceu calado.
- Seja lá o que ele mandou você fazer, eu sei que tudo ficara bem entre eu e você.
- Ele me pediu uma coisa e eu não vou fazer isso.
- O que ele pediu ?.
- Ele sabe que estou próximo de você , não sei como mas ele sabe. Ele me pediu pra eu conquistar muito mais a sua confiança e depois disso era pra eu armar pra você e te levar para o lugar que ele pediu.
- Que desgraçado.
- Ele me ameaçou dizendo que se eu não fizesse isso, ele me mataria pois eu não estava servindo pra nada, eu não vou obedecer ele, prefiro morrer do que entregar você pra ele.
- A gente sabia que isso poderia acontecer Vicent, você vai ter que me entregar pra ele - ele negou balançando a cabeça - Sim, você terá que fazer isso - coloquei minhas mãos em seu rosto - Não vou querer que ele machuque você, não mesmo, está na hora de enfrentar ele e acabar logo com isso.
- Não vou fazer isso, você é muito importante pra mim e não posso deixar que nada de mal aconteça com você, eu já estou pronto pra morrer, não se preocupe Ana, não vou entregar você.
Antes de falar algo, Vicent me surpreendeu com um beijo em meus lábios e eu acabei o correspondendo. O beijo dele era tão calmo e ao mesmo tempo novo pra mim, nunca tinha sido beijada por um homem mas era bom ser beijada por ele. Meu coração estava bem acelerado e turbilhão de coisas passavam pela minha cabeça, meus sentimentos estavam bem confusos pois eu amava a Carla mais também amava o Vicent e soube disso por causa do beijo.
Nossos lábios se separaram e nossa respiração estava bem ofegante. Coloquei minhas mãos em seu peito e olhei para aqueles olhos ônix dele, não podia negar que ele era o homem mais lindo que eu já vi, eu sorri pra ele e logo retornei a beijar ele e ele me correspondeu.
Fomos para o quarto e na cama estávamos nos beijando ainda. Vicent começou a beijar meu pescoço e eu comecei a prensar muito mais o seu corpo ao meu. Eu não tinha medo dele pois sabia que ele nunca faria mal para minha pessoa, eu tinha uma grande confiança e era por isso que eu permitia isso, ele não vai me machucar.
Eu senti suas mãos grandes passeando em minha coxas. Eu comecei a desabotoar sua camiseta e deixar a mostra seu peito nu, a gente parou de se beijar e nos olhamos , ele beijou minha testa e sussurrou sutilmente em meu ouvido perguntando se ele poderia continuar com aquilo pois ele não queria me assustar, eu como estava querendo sentir ele eu acabei concordando e ele me beijou e começamos a nos despir.
Meu corpo estava tão quente assim como o dele, com muita delicadeza ele colocou seu membro dentro de mim e ao mesmo tempo falava coisas bonitas. A sensação de ter ele comigo era tão boa, sentia muitas coisas e medos antigos não estavam mais presentes, era só amor entre um homem e uma mulher. Ele começou a fazer movimentos calmos mais depois acelerou e eu comecei a sentir tantas coisas que eu mal conseguia explicar, eu sentia como se eu estivesse perdido a minha virgindade sabe mais de um jeito novo e especial.
Passaram alguns minutos e Vicent estava deitado ao meu lado nu ainda, quando acabamos ele apagou por estar cansado e eu também estava cansada mais não queria dormir. Fiquei observando ele que dormia tranqüilamente, mesmo estando confusa eu estava feliz por tudo isso que aconteceu, existe vários homens ruins mais o Vicent, me mostrou que nem todos os homens eram assim.
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Notas da autora
Queria dizer que estou muito feliz hoje pois meu livro chegou a 2K ❤❤❤💕💕 mds eu não acredito nisso kkkkkk , estou muito feliz pois esta na reta final e chegar a 2K é uma conquista enorme, espero que cresça sempre ❤❤❤ , obrigado a todos que lêem esse meu livro que amo de verdade eu nem sei o que falar kkkkk só tenho que agradecer mesmo 💕💕💕
Queria avisar que o livro ele continua sendo como começou OK ? Kkkk ele ainda é lésbico, não é porque a Ana se deitou com o Vicent que mudou o livro de gênero kkkkkkkkk, muitas coisas iram acontecer nesses últimos capítulos e de coração espero que gostem pois estou com o coração na mão por causa dos últimos capítulos kkbhjjs , ser escritora as vezes doi na alma com as escolhas e destinos que escolhemos para os nossos personagens que amamos 😢😢💔💕
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