Capítulo 25 - Memorias do meu pai
Eu estava caminhando na praça que havia perto de casa. O céu estava meio nublado e parecia que iria chover, já era tempo pois fazia alguns meses que não chovia. Eu corri para uma árvore que no qual me agarrei a ela a abraçando como se fosse minha melhor amiga , atrás de mim escultei risos do meu pai , olhei para ele e sorri mostrando as janelinhas que havia em minha boca.
- Meu amor, tem que tomar cuidado para não cair quando correr.
- Não vou cair nunca papai - corri até ele e abracei ele pelas pernas dele - Mais se eu cair o senhor me levanta certo ?
- Certinho meu amor - ele se agaichou ficando quase de minha altura - Sempre estarei aqui para te levantar - ele beijou a ponta do meu nariz e eu rindo o abracei - Você é o tesouro mais precioso de minha vida meu amor , por você eu faço qualquer coisa.
- Até pegar uma lua pra mim papai ? - perguntei com brilhos de esperanças em meus olhos.
- Tentaria pegar - ele riu e olhou para o céu - Pegaria as estrelas só para ver um sorriso lindo em seus labios .
- Que lindo papai - coloquei as mãos no rosto dele - Pelo senhor eu pegaria aquela nuvem - apontei para a nuvem que estava meia cinzenta - Assim ela iria ficar feliz e não iria chorar - ele gargalhou e sentou na grama eu fiz o mesmo - Acho que vai chover papai.
- Se chover podemos tomar banho de chuva , é muito bom sabia ?
- Mais a gente iria ficar molhados e a mamãe iria brigar com a gente - fiz uma careta.
- Sim mais não iríamos se importar com isso pois nós dois iríamos nos divertir não é mesmo ? - ele piscou e eu ri.
- Mamãe é muito chata - afirmei e fiz bico.
- As vezes sim meu amor mais tem que respeitar ela - disse passando as mãos em meus cabelos.
- Ela nem parece que é minha mãe , nem cuida de mim papai - meus olhos começaram a ficar marejados.
- Sua mãe tem um jeito muito diferente das outras...
- Ela não gosta de mim.
- Oh meu amor - ele me colocou no colo dele e eu comecei a chorar - Não fala isso, sua mãe não é muito de demostrar mais ela gosta de você .
- Não gosta - solucei por conta do meu choro - Uma vez ela disse pra mim que iria me devolver para o orfanato quando o senhor não estivesse em casa.
- Sua mãe ela é muito má - afundei meu rosto no peito dele - Não ligue pra ela ok ?
- Papai , eu sou adotada ? - segurando minhas lágrimas olhei para ela que estava com uma cara de quem queria rir.
- Claro que não meu amor, você é sangue do meu sangue , é minha filha legítima e não é adotada não, eu vou falar pra sua mãe parar de falar essas bobagens pra você .
- Eu queria morar apenas com o senhor , seria mais legal e eu não iria ficar triste .
- Vou fazer de tudo pra você não ficar triste minha princesa ,me diga , o que você quer pra te deixar muito feliz ?
- Eu quero ter aventuras com o senhor.
- E que tipos de aventuras seria ?
- Aventuras de ir no pólo norte ver o papai noel , de acampar em uma floresta e bricar na neve papai - disse eu empogada .
- Isso tudo é bem legal e muito interessante exclusive o de ir ao pólo norte pra conhecer o papai noel - ele gargalhou .
- Vamos fazer um dia isso papai ?
- Claro que vamos, quando eu tiver tempo vou dedicar mais a você e vamos fazer tudo isso.
- Eu vou poder convidar o padrinho Johnny ? Ele vai amar conhecer o papai noel.
- Ele ficará honrado com esse convite.
- Ele é meio doidinho né papai ? - nós dois rimos - Não conta pra ele que eu disse isso , ele pode brigar comigo papai.
- Ele nunca brigaria com você e você sabe muito bem disso - coloquei a mãos em minha boca para impedir meu riso - Lembra daquele vaso caro que você quebrou sem querer ? Então , ele não brigou com você , e daquela vez que você derrubou sorvete no sofá dele ? Ele riu de você naquele dia.
- Ele comeu o sorvete papai - gargalhei.
- Comeu mesmo , ele é muito louco concorda ?
- Mais louco do que o chapeleiro do mundo da Alice .
- Verdade - ele riu e olhou para o céu.
- Eita papai.
- O que foi meu amor ? - perguntou preocupado.
- Pingou na minha cara - ri mostrando a ele a gotinha de água que caiu na minha cara.
- Vai chover mesmo - eu sai do colo dele e comecei a pular - O que está fazendo sua maluquinha ?
- Estou fazendo a dança da chuva - comecei a bater em minha boca fazendo os sons que os índios fazem.
- Mais porque princesa ?
- Pra gente tomar banho de chuva papai - continuei a fazer a dança da chuva .
- Que filha mais doidinha que eu tenho - ele riu e se levantou - Vou fazer a dança da chuva também - ele começou a fazer igual a mim.
- Venha chuva , Venha chuvaaa - gritei olhando pró céu e ainda pulando.
- Venha chuvaaaaa - ele também pediu isso e pulou eu parei de pular e olhei pra ele - Continua pulando minha filha que a chuva vai aparecer.
- Não dá - ri.
- E porque meu bebê ?
- Porque o senhor está muito engraçado - coloquei a mão em minha barriga e ri mais ainda.
- E está passando vergonha ? - perguntou ele ainda pulando eu olhei para os lados e vi algumas pessoas olhando para meu papai.
- Não papai - pulei também - O senhor nunca me faz passar vergonha , eu tenho muito orgulho do senhor papai.
Quando eu disse isso , ele me pegou no colo e me abraçou e depois me girou e isso me vez rir e muito.
- Eu te amo minha filha - disse ele ainda me rodando em seus braços
- Eu também te amo papaiiii - disse eu rindo e ele ainda me girando.
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Acordei e olhei para os dois lados e lamentei por ter acordado de meu sonho que na realidade não era um sonho e sim uma lembrança de uma época em que eu era feliz. Nesse acontecimento eu tinha apenas 8 anos , era uma criança inocente que sabia muito pouco da vida mais entendia de algumas coisas, meu pai era tão protetor tão incrível ele era meu super herói favorito , eu o amava....
Naquele dia na praça choveu muito e eu e meu pai nos divertimos bastante , posso dizer que com ele foi um dos meus melhores dias de minha vida, correr atrás dele e se jogar no chão me sujando toda de lama , nunca me senti tão livre quanto me senti naquele dia chuvoso. Meu pai não brigou comigo por eu ter me sujado toda , ele fez o mesmo com ele e estava mais sujo do que eu. Meu pai era um brincalhão e era muito criança eu amava o jeito dele eu era sortuda e sempre na escola me izibia falando que meu pai era o melhor do mundo porque ele era mesmo.
Sinta sua falta pai...
- Teve pesadelos amor ? - perguntou Carla me abraçando de lado.
- Não tive não - sorri - Eu sonhei com as lembranças de meu pai, não queria ter acordado tão cedo - apertei minhas têmporas .
- Que bom que sonhou com seu pai , isso é bom em todo caso.
- E muito , sinto falta dele.
- Eu sei como é isso , eu também sinto falta do meu.
- Você nunca me falou sobre o seu pai, o que ouve com ele ?
- Meu pai ele é um homem muito ocupado e bom ele é separado de minha mãe isso já faz uns 7 anos.
- E vocês não se falam ?? Não se vêem ?
- De vez em nunca , meu pai tem outra família e tem três filhas então sou meia esquecida - ela riu mais um riso de desânimo .
- Não fica triste com isso , você tem o amor de sua mãe e o meu amor - vi um sorriso se formar em seus labios .
- Como ele era ? o seu pai.
- Divertido , engraçado e muito simpático ,era muito lindo e chamava atenção da mulherada sério Carla , muitas davam em cima dele até na minha frente mais meu pai levava tudo no bom humor ele era fiel a minha mãe.
- Deve ter sido a melhor pessoa desse mundo.
- E ele era , meu pai merecia tudo , menos morrer....o triste é que nem enterro teve - apertei minha mão contra meu peito.
- E porque não teve ? - ela colocou a mão em meus ombros .
- Quando os policiais chegaram no local do acidente o carro estava todo cabornizado e...
- Me perdoe eu não deveria ter perguntado, não quero causar dor em você meu amor - ela beijou minha bochechas e deixou seu rosto junto ao meu.
- Teve homenagem mais não enterro , ele morreu em 22 de Abril.
- 22 de abril ? Amanhã será dia 22 Ana.
- Mesmo ? Nossa eu nem percebi, vai fazer seis anos que ele se foi.
- Podemos fazer uma homenagem pra ele se quiser - ela segurou minha mão e beijou.
- Adoraria.
- Eu te amo amor.
- Eu também te amo - ela me beijou e eu a correspondia.
Mesmo não estando aqui pai, você sempre estará em meu coração e jamais irei te esquecer.
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