capítulo 18
Terceiro treino livre
A F1 não começou seu sábado do GP de Singapura conforme o esperado. Uma repentina chuva forte que se abateu sobre Marina Bay desde a manhã no horário local encharcou a pista e fez com que o terceiro treino livre, liderado por Charles Leclerc, durasse apenas 30 minutos. O monegasco anotou 1m57s782 em seu melhor giro, com 0s5 de vantagem sobre Max Verstappen. Carlos Sainz foi 3º.
Em condições adversas, valeu a consistência das líderes RBR e Ferrari. Por outro lado, as Mercedes, mais competitivas sob pista seca e que tem sofrido para aquecer pneus nesta temporada, apareceram pouco. Lewis Hamilton e George Russell tiveram dificuldade e chegaram a errar algumas vezes. Eles terminaram fora do top 5; o jovem britânico em nono e o heptacampeão em 12º.
Com pouco tempo de pista e os bolsões d'água aumentando os tempos de volta em mais de 20s, ficou difícil tirar conclusões mais aprofundadas sobre o desempenho das equipes nesta última sessão livre. Os pilotos puderam testar apenas os pneus intermediários e os de chuva, enquanto os giros abaixo do top 5 ficaram na casa dos 2 minutos.
A precipitação, que atrapalhou e também encerrou precocemente a classificação da W Series - com pole da espanhola Marta García -, parou pouco antes do TL3 da F1. A sessão começou no horário marcado (7h, no fuso de Brasília), mas os pilotos tiveram que esperar meia hora até que o pit lane fosse aberto.
Depois, levou pelo menos mais cinco minutos até que as equipes resolvessem arriscar, e Pierre Gasly, Daniel Ricciardo, Lance Stroll, Guanyu Zhou e Sebastian Vettel se aventurassem entre os bolsões d'água, com praticamente apenas 25 minutos totais de ação na pista.
Gasly, o primeiro a arriscar-se nos compostos intermediários anotou o tempo a ser batido no TL3 ao fazer 2m09s894. Depois dele, foi a vez do campeão Verstappen. Já na metade dos 30 minutos de treino, todo o grid havia aderido aos pneus de faixa verde.
O piloto da RBR conseguiu rebater as voltas rápidas de Sainz e Leclerc para liderar grande parte do treino e e chegou a ser o primeiro a baixar os tempos da casa dos 2m. Entretanto, o monegasco da Ferrari conseguiu melhorar sua própria marca já nos minutos finais, abrindo 0s5 para o rival.
Classificação
Após o dia começar com chuva e muita água na pista antes do último treino livre, a situação era diferente para a classificação. Neste sábado (1), a Fórmula 1 até pegou um resto de água no traçado na hora de começar a definição do grid de largada para o GP de Singapura, mas já não chovia mais. O começo da classificação aconteceu de pneus intermediários, mas logo a pista secou de vez. Charles Leclerc levou a melhor neste cenário e conquistou a pole-position.
Foi, sem dúvidas, uma classificação diferente. O Q3, com todo mundo já de pneus macios, ofereceu a possibilidade de que permanecessem por mais tempo na pista, sem aquela longa parada nos boxes para preparar a última volta. Assim, a mudança de mãos da primeira colocação foi intensa. E terminou na mão de Leclerc.
É, assim, a nona pole de Leclerc em 17 fins de semana do ano. Ou seja, larga na frente em mais da metade das oportunidades. Sergio Pérez estará ao lado na primeira fila, enquanto Lewis Hamilton e Carlos Sainz estão logo atrás. Fernando Alonso, Lando Norris e Pierre Gasly ainda aparecem na frente de Max Verstappen. Kevin Magnussen e Yuki Tsunoda concluem o top-10.
A situação de Verstappen foi curiosa. O holandês era o último piloto na pista bem após zerar o cronômetro e tinha pista limpa. O tempo era competitivo: tinha chances de pole, mas era quase certeza que pularia para as duas primeiras filas no grid. Entretanto, pouco antes de chegar, a Red Bull ordenou que voltasse ao pit-lane. “Porra! Mas que porra é essa?”, questionou, assim mesmo. “Eu não entendo”, falou. Christian Horner, chefe da Red Bull, só respondeu que explicaria na garagem.
O que os fatores postos — situação climática, o fato de ser uma pista travada e onde a F1 não ia desde 2019 — criaram foi abertura para coisas estranhas. Por exemplo, George Russell foi eliminado no Q2 e larga em 11º. Esteban Ocon, que até o momento tirava muito da Alpine no traçado de Marina Bay, será 18º no grid de largada.
O sábado da Fórmula 1 em Singapura começou com céu fechado e com pista molhada por conta da muita chuva que aconteceu nas horas anteriores ao terceiro e último treino livre. Portanto, o treino teve somente 30 minutos e variou entre pneus intermediários e de chuva extrema.
A situação estabilizou nas horas seguintes. Não que a pista chegasse ao horário da classificação totalmente seca, mas estava no caminho e, ao longo da hora, caso a água não caísse novamente, provavelmente os pneus slick reinariam. O começo seria de intermediários ainda. O clima se mantinha extremamente úmido, acima dos 80% de umidade, e com temperatura ambiente de 26°C.
Mais cedo, num treino estranha pelas circunstâncias que se impuseram, Charles Leclerc liderou e contou com Max Verstappen na segunda colocação.
Q1 – Hamilton sobra na frente, enquanto Ocon se atrapalha e é eliminado
Os trabalhos da classificação se abriram na hora certa e com os dois pilotos da Mercedes puxando a fila, George Russell na frente de Lewis Hamilton. Era apenas o começo de uma fila ampla, com bastante gente saindo. Lando Norris foi o primeiro a avisar no rádio que os pneus intermediários eram os corretos, uma vez que a pista ainda estava “muito molhada”.
Apenas cinco pilotos ainda não haviam saído dos boxes após os primeiros três minutos, mas todos participavam da atividade quando o relógio anotou cinco minutos.
A primeira volta mais competitiva veio com Charles Leclerc, que levou a Ferrari a 1min55s054. Logo depois, o mesmo Leclerc quase tocou o muro da curva cinco e foi parar na área de escape, da qual teve de rodar para sair.
Quando conseguiu dar uma volta normal, Max Verstappen partiu para 1min54s395 e passou a liderar. Hamilton também andou mais forte que Charles, mas ficou cerca de 0s3 atrás do rival pelo caneco de 2021. Com dez minutos de Q1, a dupla da Haas ainda não anotara tempo algum: tanto Mick Schumacher quanto Kevin Magnussen contavam apenas com voltas de instalação.
E as condições da pista? “Ainda para intermediários”, afirmou Verstappen após ser questionado para a Red Bull. A equipe dos energéticos, aliás, entrou numa confusão quando Sergio Pérez perguntou o motivo de Verstappen ter ficado lento na frente dele enquanto estava em volta rápida. “Achamos que você tinha abortado a volta”, respondeu. Mesmo assim, pulou para o terceiro lugar.
Quando, com três minutos para o fim do Q1, a dupla da Haas finalmente deu volta rápida, ambos entraram no top-10 de momento. A McLaren começava a ver certa preocupação, porque tanto Daniel Ricciardo quanto Lando Norris se aproximavam da zona de perigo.
Enquanto os olhos se voltavam para a briga contra a eliminação, Leclerc fez 1min54s222 e virou líder. Por pouco tempo, porque Hamilton andou em 1min53s161.
A dupla da Williams teve uma tentativa derradeira para sair do Q1, mas não conseguiu. Nicholas Latifi ficou com o pior tempo, enquanto Alexander Albon foi mesmo 19º. Tirando os dois, a correria contra as outras três vagas de eliminação era grande.
Valtteri Bottas e Schumacher tinham se afastado, mas foram puxados de volta pela melhora dos demais. Sebastian Vettel saiu de lá no último momento, bem como o companheiro Lance Stroll, que nem estava dentro, mas se afastou de vez. Esteban Ocon, porém, pegou o tráfego de Lance e não melhorou. Assim, de maneira surpreendente, foi eliminado e larga no 18º lugar. “Eu não tinha freio na volta”, lamentou.
Ricciardo foi outro incapaz de fugir e terminou mesmo na 17ª colocação. Bottas, apesar do respiro instantes antes, caiu para 16º e também saiu, enquanto Guanyu Zhou passou com tranquilidade. Lando Norris ficou na beirada, em 15º, mas classificou.
Q2 – Russell sofre e acaba eliminado com Mercedes
Assim como no Q1, uma fila grande de carros se formou na saída do pit-lane instantes antes da pista ser liberada. Apesar de nenhum pneu de seco, Leclerc avisou que “a pista está secando rapidamente”. Logo depois, anotou 1min52s343 de volta rápida.
Verstappen sequer se aproximou e passou a segundo, 0s380 atrás. Pérez, ainda pior, quase 0s5 na primeira rodada de voltas do Q2. Dessa vez, a Haas não atrasou a entrada dos pilotos na pista e, após menos de dez minutos, todo mundo estava na tabela de tempos cronometrados.
Com menos de seis minutos pela frente, veio o primeiro pedido por pneus de pista seca. “Podemos colocar slicks?”, questionou Leclerc para a Ferrari, mas a equipe colocou outro jogo de pneus com faixa verde. Foi a Aston Martin, com Vettel e Stroll, que inaugurou a utilização de slicks: pôs pneus macios.
Hamilton foi para mais uma tentativa de volta rápida no Q2 e, apesar de sobrar no setor intermediário na pista de Marina Bay, ainda terminou 0s348 atrás de Leclerc. A Alfa Romeo também chamou Zhou para colocar os pneus macios.
Valia a pena? Stroll escorregou e quase saiu da pista na volta de aquecimento, mas nada muito grave. Ocupava o nono lugar, enquanto Vettel era 11º. Mas apenas os dois e Zhou, realmente, iriam decidir a vaga com esses pneus. Favoritos a serem eliminados, não tinham nada a perder. E não ganharam nada, porque sequer conseguiram melhorar o tempo. Vettel também passou direto numa das curvas.
Assim, Vettel e Zhou foram, respectivamente, 14º e 15º colocados. Stroll terminou com o 12º tempo, na frente de Schumacher. O outro eliminado? Russell! O piloto da Mercedes não conseguiu entregar uma volta rápida final e vai largar no 11º lugar.
Leclerc, Hamilton, Verstappen, Pérez, Fernando Alonso, Carlos Sainz, Pierre Gasly, Yuki Tsunoda, Norris e Magnussen disputariam a última fase da classificação.
Q3 – Leclerc leva a melhor e fica com pole que passou nas mãos de Hamilton e Alonso
No que diz respeito à organização de pneus, tudo mudou no começo do Q3. Tsunoda foi o único a sair de pneus intermediários, enquanto todos os outros oito pilotos que resolveram dar o ar da graça apostavam em macios. Magnussen ficou nos boxes, num primeiro momento, ensejando que daria só uma única volta.
Hamilton saiu na frente e foi o melhor na primeira rodada de voltas, mas Alonso resvalou e tomou a dianteira. Por pouco tempo. Lewis dobrou a aposta, partiu para 1min51s019 e voltou a liderar.
Verstappen e Pérez vinham na sequência, respectivamente 0s3 e 0s7 atrás. Diferente da classificação normal, as circunstâncias nesse caso permitiram que os pilotos permanecessem na pista ao longo dos mais de dez minutos.
A Ferrari não tinha rendimento tão forte de macios e, em dado momento, com somente três minutos pela frente, chamou Sainz para colocar pneus macios novos. O espanhol disse que não e continuou na pista.
Valeu a pena, ao menos para Leclerc, porque o monegasco tirou a volta que queria e anotou 1min49s412.
Pérez foi até 1min49s434, meros 0s022 mais lento, enquanto Hamilton ficou a 0s054 do monegasco. Sainz era o quarto, seguido por Alonso, Norris e Gasly.
Verstappen se posicionou para ser o último a tentar e, quando esteve no fim da volta que era competitiva para ao menos colocá-lo nas duas primeiras filas, ouviu da Red Bull que tinha de voltar aos boxes. “Porra, mas que porra é essa?”, questionou, assim mesmo. “Eu não entendo”, falou. Christian Horner, chefe da Red Bull, só respondeu que explicaria na garagem. O líder do campeonato larga em oitavo. Magnussen e Tsunoda fecham o top-10.
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