Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 5

No dia seguinte, Ryan acordou cedo, vendo sua "esposa" dormir tranquilamente do seu lado. Ele, no entanto, sentiu-se estranho por estar ali.

— Como isso não é um sonho? — perguntou a si mesmo, esfregando os olhos. "Acho melhor eu dormir no sofá, na próxima". Pensou e a mirou novamente. Em seguida, levantou-se indo em direção ao banheiro. Ele pegou a pasta de dente e a escova, ficando de frente para o espelho, observando-se. Após alguns breves instantes, começou a fazer a limpeza de sua dentição. Enquanto o fazia, Melanie apareceu no banheiro, coçando os olhos, com uma aparência sonolenta. Ele a fitava através do espelho antes de cuspir na pia toda a espuma. Já Melanie, recostou-se no canto da pia, esperando que ele desse espaço para que ela também escovasse a dentição. Ao vê-lo terminar, desencostou da parede e pegou a sua escova, fazendo o mesmo processo que ele.

Ryan, porém, sentiu-se incomodado com o mutismo instaurado e decidiu ao menos se pronunciar com um "bom-dia", porém ela somente o encarou e não lhe deu resposta alguma, no que ele deu de ombros e se retirou do banheiro, seguindo para a porta de saída do quarto que se encontrava entreaberta; e saiu, direcionando-se à escada e logo após para a cozinha. Ao chegar no cômodo Ryan parou e mirou o relógio na parede, vendo que estava a marcar seis da manhã. Sem delongas, abriu as portas dos armários procurando o alimento ideal para o café da manhã, até que encontrou torradas, pasta de amendoim, um pedaço de bolo numa vasilha e pães. Depois seguiu até a geladeira, abrindo-a e visualizando uma jarra com suco e outra com água. Pegou, então, um copo de vidro e colocou água a fim de beber antes de fazer seu desjejum. No mesmo instante, Melanie apareceu para o café. Quanto a Matt, ainda estava a dormir pois não iria à escola. Sim, Ryan tinha noção de tudo isso, como se estivesse ali há muito tempo.

Ryan estava a preparar a mesa quando Melanie questionou o motivo dele se encontrar de pé tão cedo:

— ...Não sei. Senti vontade. E quanto a você? — disse tranquilamente.

— Dar de mamar a Christian. Eu esqueci de levantar pela madrugada para alimentá-lo como sempre faço — falou e por um momento ele pensou: "Então o nome do bebê é Christian. Bom saber". Certamente ele gostara do nome dado ao seu filho e de ter o conhecimento do tal, afinal não queria deixar Melanie mais triste por não ter noção de qual era o nome de seu próprio filho, apesar de tudo.

— E por que não o fez? — Ryan buscou não ser rude com as palavras.

— Estava mui exausta. E ele não chorou dessa vez, então... Fui vê-lo nestante e dormia como um anjo. — Sorriu, apertado.

— Mel. — Chamou a sua atenção.

— Sim? —E ela o encarou.

— Esqueça a forma como eu agi ontem, está bem? — falou assim, pois sabia que estava magoando-a. Ainda que não compreendesse toda a situação, não queria que os que estivessem em sua volta ficassem mais entristecidos por sua posição retraída. Ao menos estar ali estava lhe trazendo um bom senso.

— Certo. Você agia como um louco. — Riu dele. Ele apenas suspirou.

— É, talvez eu tenha ficado.

— Não se torture! — Aproximou-se e tapeou o braço dele.

— Mas vem cá. Você ora três horas, três vezes ao dia, mesmo? — Ryan falou, rindo em seguida. — Daniel dois!

— Eu só estava brincando! Seu bobo. Talvez eu até ore mais do que isso, em pensamento claro — riu e se aproximou ainda mais no intuito de beijá-lo, porém ele se afastou, ignorando-a, sentindo-se confuso e receoso pelo que estava prestes a acontecer. Ele sequer a amava para se permitir envolver de tal maneira e no fim machucá-la.

— É, irei alimentar Christian. Ele está com fome — proferiu, Melanie, certamente sem entender a atitude do esposo.

— Certo. Vá lá, então.

Ela saiu da cozinha e ele suspirou aliviado, afinal tentou reagir o mais natural possível com ela, contudo não agia como seu esposo.

— Querido! — Mel bradou do quarto.

— Oi! — Alteiou a voz.

— Já meditou na mensagem de hoje?

— Não! — Fez uma careta desgostosa. Mensagem, sermão... mal se recordava da última vez que tocou numa bíblia ou pelo menos foi o que ele pensou.

— Esquecestes que o orientador dos jovens pediu para que desses uma palavra? — Apareceu próximo da escada e ele a olhou estirado.

— Creio que sim — respondeu. O que ele queria realmente dizer é: "Nem sei quem é o orientador, que dirás". No entanto, soube ser sábio em suas palavras para não chateá-la.
Ele fez seu desjejum tranquilamente só porque Melanie ainda não descera para tomar o seu café da manhã realmente. Assim que ele terminou, ela surgiu mais uma vez na cozinha. Ryan colocou a louça suja na pia enquanto ela se assentou para fazer seu desjejum. Em seguida, ele se retirou do local, seguindo para a escada apoiando-se no corrimão e subindo os degraus.

— Por que não aproveita a calmaria para orar e ler a bíblia? — questionou, Melanie, indagando, quando ele já havia chegado no topo da escada.

— Pode ser... — disse, sem pensar nas palavras ditas.

(...)

— Ah, porque eu me meti nisso! — murmurou, folheando a bíblia, pois sabia que Melanie iria continuar a cobrá-lo até que a sua tarefa fosse cumprida. Desde quando ele se sentia tão dominado assim? Por um momento cogitou, afinal ninguém vivia lhe dando ordens, muito pelo contrário, era ele quem não suportava ser contrariado. — Orar antes de ler, está bem. — Parou de folhear e fechou os olhos.

Será que ainda consigo fazer isto? — pensou, embora continuasse com os olhos fechados.

— Deus, é... Preciso de sua ajuda para entender sua palavra. Amém. — Fora tão rápido sua oração que nem pareceu que Deus poderia verdadeiramente ter recebido. Ele nem desejava fazê-lo mesmo. Enfim, abriu os olhos e encarou a página. — Não! — Coçou o couro cabeludo. — Não é assim. — Irritou-se consigo e suspirou, buscando relaxar.

— Desde quando tens dificuldade para orar? — Sua esposa cruzou os braços e arqueou a sobrancelha. Ele que se encontrava de olhos fechados abriu um deles e a observou nesse instante.

— Desde que a bíblia diz que 'não sabemos orar como convém'?¹ — Tentou inventar uma desculpa, mas a verdade é que desejou responder: "Desde que eu não o sirvo mais".

— Ryan, Ryan! Sabes muito bem que esta passagem não é margem para não orar. Não use isso como desculpa. — Ryan revirou os olhos e ela os semicerrou.

— Não seria melhor eu pregar que Jesus os ama? — sugeriu e ela lhe deu um tapa. Sua sugestão, no entanto, foi uma gozação e não fora qualquer gozação, porquanto não acreditava mais no amor de Deus. Porém havia momentos em que ele tinha a sensação de estar a acreditar nesse amor incondicional. Talvez por causa de onde se encontrava.

— Isso eles já sabem. Ore e peça a palavra a Deus, homem! — Mudou o tom de voz calmo e passou a soar mais rudemente. —Tem algo de errado com você! Ama lê-la todo o santo dia!

— Mas hoje eu não quero lê-la, Mel! — Estirou-se na cama, indignado. Ele não queria ler nenhum dia mais.

(...)

Durante a tarde, seu coração parecia saltar do peito de nervosismo diante de toda aquela gente. A intenção era abandonar o altar e sair porta afora para nunca mais voltar. Para ele lidar com a empresa era mais fácil.

— A paz do Senhor esteja convosco, amados irmãos de fé e visitantes. — Ryan disse e todos responderam em uníssono um "amém". Ainda ele se lembrava de como deveria proceder. As pessoas esperavam ansiosamente pela ministração da palavra.

Melanie o mirava encantada e sorridente por ele ministrar a palavra. Existia uma boa quantidade de jovens na igreja – essa de tamanho mediano, com púlpito amadeirado assim como os bancos e uma cruz vazia, que simbolizava a ressurreição de Cristo, depositada no centro, por detrás. Havia, também, quatro pedestais dispostos do lado esquerdo, próximos dos instrumentos musicais. Do lado direito, quatro fileiras de bancos, para o coral se assentar e janelas de vidro nos quatros cantos do ambiente – dentre eles, visitantes.

— Iremos meditar em 1 João 2.14, parte b, que diz... — Pigarreou e mirou o povo que abria as bíblias a fim de ler. Ele suspirou e então assim leu:

"Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes e a palavra de Deus está em vós, e vencestes o maligno"

Pela manhã, depois de tanto relutar consigo, decidiu fazer uma oração mais contundente e assim abriu a bíblia, onde seus olhos, de imediato, bateram no versículo lido. No entanto, como esplaná-la? Essa indagação não saia de seu psiquê. Entretanto, o impossível aos seus olhos aconteceu e a palavra fluiu como se ele já tivesse feito aquilo diversas vezes.

— Quando somos jovens, somos mais tentados à concupiscência dos olhos, da carne e à soberba da vida. O inimigo prepara um banquete com as coisas mais saciáveis e agradáveis aos nossos olhos com o objetivo de nos comprar. Porém temos a liberdade de escolha se queremos o que o banquete nos oferece ou não. Por mais que Daniel, no capítulo 1 do livro de Daniel, fôra levado cativo à babilônia junto com os outros jovens, ele e seus amigos, Misael, Hananias e Azarias foram os únicos que não aceitaram comer dos manjares do rei, antes preferiram comer legumes por dez dias. Eles escolheram ser diferentes e fazer a diferença, e é exatamente por esse motivo que sois fortes; pela sabedoria que vos é dada para não cair nas artimanhas de Satanás. A palavra de Deus, no livro de Tiago 4.7, manda-nos nos sujeitar a Deus, resisti ao diabo e ele fugirá de nós. E, diante da palavra lida e das tais proferidas, coloco um tema: Uma questão de escolha. — Ryan gesticulou e falou automaticamente todas as palavras, sentindo não ser a sua pessoa a proferir tais coisas e sim um outro indivíduo. — A decisão está nas minhas mãos, está nas suas mãos. — Apontou para os irmãos. Contudo, suas verbalizações batiam em si próprio. Estava sendo hipócrita então? Nem tanto, afinal era e não era ele. — Quem você prefere servir: A Deus ou as riquezas?². Qual porta você prefere entrar: a larga ou a estreita? Daniel e seus três amigos obtiveram o melhor dos céus por terem escolhido o certo. Em um mundo corrompido, faça a diferença! Em um mundo corrompido, escolha aquilo que é certo. Escolha aquilo que vem de Deus para ti, pois escolhendo o certo, o mal não prevalecerá.
'Já vencestes o maligno'. Não está dizendo: vais vencer, muito pelo contrário, diz que já venceu. A guerra que travamos não é para hoje e sim para ontem. A vitória não é para hoje e sim para ontem. Existem pessoas que estão enfrentando guerras que já deveriam ter acabado, para ontem. Estão atrasadas no campo de batalha, onde já eram para terem vencidos as batalhas. Faça o certo, escolha o certo, para que o hoje seja dia de comemoração pela vitória contra o nosso maior inimigo: nós mesmos. Amém?

— Amém.

Após a mensagem, eles entoaram um hino de adoração e depois fizeram a oração final. No término do encontro de jovens, o orientador da mocidade foi até Ryan com o intuito de agradecê-lo por ter aceitado o convite, porém Ryan não o reconheceu:

— Desculpe-me, mas acho que estou mais velho alguns anos e não sei se devo estar com mal de alzheimer, se isso é possível na minha idade, porque estou aparentemente esquecido das coisas. Como é mesmo seu nome? — O orientador riu, incrédulo com o que ele acabara de dizer.

— Ryan Kent! — Melanie mudou o semblante, esboçando um olhar irritado para ele e o repreendeu.

— É... Thomaz Phillip, Ryan. — Franziu o cenho.

Essa é uma parte que ele contara que me faz rir até mesmo enquanto escrevo sobre. Mais a frente, meus caros leitores saberão o porquê.

— Boa foi a palavra. Que Deus continue o abençoando assim como toda a sua família.

— Amém. Fica na paz. Nós já iremos para casa, né querida? — Ryan olhou para Melanie e ela semicerrou os olhos, proferindo através de leitura labial "em casa conversaremos". Ele, porém, apoiou o braço no ombro dela e disse que a amava, risonho, sem ter noção das palavras ditas.

(...)

Já em casa, Ryan não perdeu tempo em subir as escadas e adentrar o quarto, fechando a porta por detrás de si, arregalando os olhos, abismado com todas as palavras que dissera durante o sermão. Nem quis entrar em discussão com Melanie a respeito de sua atitude de outrora, pois em seu psiquê só permeava tal coisa.

— De onde me surgiram aquelas palavras? — perguntou a si mesmo, apertando os olhos rapidamente. — Acho que eu estou incorporando meu outro eu, só pode —  proferiu, afastando-se da porta e indo em direção a haste, apanhando a toalha. Nesse instante alguém questionou:

— Outro eu?

_________________________________

[¹] Ver Romanos 8:26
[²] Ver Mateus 6:24b
[³] Ver Mateus 7:13-14

Eita! O que vem por aí? :D

Deixa seu comentário e/ou voto caso tenha gostado. Vale muito!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro