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Capítulo 15

— O que fazes aqui, sua insolente? Clarke chame a segurança, agora! — Ryan indagou, irado, e bradou para que a sua secretária o obedecesse de imediato. Quem dera se fosse seu primo Otávio, seria tudo mais brando. Contudo, lá estava o desprazer de Ryan: Layla Roberts, aquela que o magoou, desprezou, a quem um dia chamou de amiga, não só num relacionamento amistoso, mas em algo além. Seu olhar transparecia o que sentia ao vê-la, a tristeza por todo o mal que ela o fizera.

— Não vai nem me dar um abraço? —Esboçara um semblante aparentemente magoado, e ele buscava se controlar para não perder todo o bom senso. "Você é cristão, Ryan! Lembre-se que você é um cristão agora." Ele falava para si, no psiquê, à medida que inspirava e expirava lentamente até que suas palavras se tornaram um pouco mais suaves.

— Por favor, retire-se Layla. A sua presença é incômoda — proferiu, calmamente, assim que os dois seguranças surgiram na porta, mas ela não parecia disposta a ir embora então ele fez o que achou melhor. —Levem-na. — Ordenou e eles entraram, segurando-a pelo braço e ela tentou desvencilhar-se deles com ira no olhar.

— Soltem-me! Eu sei o caminho de saída —vociferou e o encarou: — Isso não vai ficar assim, Ryan.

— Nunca mais volte aqui — disse, entre os dentes.

— Pensei que já soubesse que não sou de desistir tão facilmente. Se depender de mim, faço da sua vida um inferno só para fazê-lo pagar por essa humilhação que estás me fazendo passar! — gritou em suas últimas palavras.

— Tirem-na daqui! —  bradou, Ryan, e todos saíram de imediato da sala, exceto Clarke que o encarava sem saber o que dizer. E, quando questionou se ele havia superado as coisas do passado, não foi tão aprazível aos ouvidos de Ryan. De modo algum, ele queria pensar naquilo. Clarke ficou relutante e ele praticamente só faltava levá-la para a porta de saída. Ele resmungou, voltando a mirar a tela do monitor enquanto ela continuava ali parada com as mãos entrelaçadas em frente ao corpo.

— senhor, eu não sou cristã, mas até onde eu sei, o perdão tira o jugo pesado do coração e você deve amar aquele que é seu inimigo e não somente aquele que está do seu lado — falou, esperando que ele respondesse algo e ele o fez. Contudo arregalou os olhos, surpreso, pois era a primeira vez que ouvia sua secretária falar de tal maneira. Uma boa repreensão eu diria. E estava aí alguém que serviu a seu pai quando ainda permanecia com vida e acabou por presenciar momentos difíceis na vida de Ryan. Clarke podia ter alguns defeitos em sua forma de trabalhar, mas tinha virtudes de se admirar. Pelo menos é o que pude perceber ao ouvir falar dela.

— Se eu permitir que ela esteja próximo de mim, eu estarei permitindo me entrelaçar num laço e não é isso que eu desejo, Clarke. Ela não é a inimiga, mas o que está nela.

— Porque não lutamos contra a carne, nem sangue...¹ — respondeu, meditativa, levando a Ryan franzir o cenho. A moça sabia o que dizia apesar de tudo.

— Você já foi cristã?

— Não. Mas eu e meu irmão visitamos a igreja de vez em quando junto a nossos pais. Eles sim são cristãos e, se bem que, talvez, eu queira me tornar uma crente também. Meus pais estão bem mais felizes e mais unidos desde que aceitaram a Jesus e isso só me deixa com mais vontade de confessar a Jesus — proferiu, sorridente.

— E deve. Falastes numa tamanha alegria que eu tenho a certeza que será a melhor coisa a se fazer. Mas agora eu preciso ficar sozinho, se é que me permites — falou, suavemente, e ela assentiu, deixando-o só, finalmente. Logo, intentou ponderar por um breve instante que de modo algum queria desperdiçar a dádiva que ele havia recebido ao conhecer Melanie por causa de seus problemas do passado retornarem a fim de atormentá-lo.

(...)

— Matt se você o trouxer aqui em casa, novamente, eu te coloco de castigo! — Melanie havia repreendido o irmão por trazer Ryan à sua casa sem seu consentimento. Porém ele não se arrependia de modo algum. Ele fizera bem ao levá-lo antes que o pior acontecesse. Depois de Deus, sua irmã era e é seu bem maior e sempre a amara como se fosse sua mãe; se bem que ela agia e ainda age como tal.

— Mas se não fosse por ele o que seria de ti?

— Não é ele quem cuida de mim, é Deus!

— Mas Deus usa pessoas para nos abençoar e cuidar de nós também, maninha.

— É, isso é verdade! — Difícil era para ela admitir isto, ainda mais quando se tratava de Ryan. — No entanto, eu não quero que ele venha aqui. — Ajoelhou-se em frente ao irmão, segurando-o nos ombros. — Matt, ele finge gostar de nós para que eu aceite a proposta dele e eu não irei aceitar nunca, entendeu?

— Sim, minha irmã — falou, cabisbaixo. Ah, se ela soubesse! No seu íntimo ele torcia para que ficassem juntos.

— Precisamos comprar uma nova casa, mesmo que pequena. Eu irei por currículo em algum outro lugar que possua um salário maior, assim poderemos nos mudar.

— Por que não vamos à igreja, hoje? Faz meses que não congregamos, minha irmã — indagou, alternando o assunto, porém não deixava de ser uma verdade. Congregar era importante até porque a própria Bíblia deixa explícito que não se deve deixar a congregação.² Muitos o faziam, mas não deveriam. Não congregar é o mesmo que não querer fazer parte da igreja de Cristo, pois todos somos templos do Espírito Santo³ e membros do corpo de Cristo que é a Igreja. Longe deste corpo qualquer um irá enfraquecer e posteriormente morrer.⁴ Ninguém é bom o suficiente para estar sozinho e ainda que nossos irmãos sejam pessoas difíceis de se lidar, precisamos estar unidos a eles e todos a Cristo. Quem é perfeito afinal? Ninguém é. Todos somos seres complicados. Só Cristo Jesus para nos suportar tanto. Mas, enfim, Melanie concordou com Matt, porém mantinha um semblante entristecido e se levantou do assento, suspirando.

— Mana? — Matt a chamou e ela o encarou. Por um momento permaneceu com a mente distante. — Não sente nada pelo Ryan? —questionou, retomando o assunto em que ela não queria falar. Logo, ela franziu o cenho.

— Claro que não. Por que eu sentiria? — Riu, incrédula, dando de ombros.

— Talvez ele goste mesmo de você — falou e correu em direção ao quarto, deixando-a meditativa, mas logo buscou não pensar em tal coisa, pois, em sua mente, ele não passava de um aproveitador de situações.

— Impossível eu gostar de alguém como ele — dissera para si.

(...)

Ryan se esforçava para conseguir manter-se focado no trabalho do dia, porém, com tal desfecho, apenas permaneceu olhando o papel por mais de meia hora reiniciando a leitura mais de uma vez, desistindo então de tentar ler. Ele suspirou fundo e passou a mão no rosto, pensando no que fazer, afinal saber que o infortúnio de sua vida estava lá fora à espreita para buscar perturbá-lo o deixava incomodado em demasiado. Entretanto, ele buscou repousar seus pensamentos em Melanie e na conversa que teve com Matt, porquanto fora bastante promissor para ele, dando-lhe muitas expectativas a respeito de seu relacionamento que, até então, era conturbado com ela. Por isso, a vontade que tinha era de, claro, encará-la novamente, mas conteve-se, pois tudo tinha seu tempo e ele havia decidido ficar por um pequeno período de tempo sem vê-la e até lá tentar congregar e dar continuidade a sua jornada com Deus. No entanto, havia um problema: não dava para fazer isso em um mês, sendo que esse foi o prazo estabelecido para que ele se encontrasse novamente com Rodolph. Ficar distante de Melanie por uma semana equivalia a sete dias a menos de conquista, porém não concernente a empresa, e, sim, ela. A corporação só seria uma consequência, assim ponderava.

(...)

Pela noite, Ryan se encontrava concentrado em ler toda a papelada sobreposta à mesa enquanto boa parte dos funcionários da empresa já tinham ido embora, incluindo Clarke, sua secretária, até que escutou alguém bater na porta e chamá-lo conseguinte. Ninguém menos que Kevin a fim de questionar-lhe se já iria para casa, mas Ryan ainda demoraria um pouco mais.

— Você está metade do dia nesses contratos e ainda não terminou? — Semicerrou os olhos e Ryan nada proferiu. — Fiquei sabendo que a nossa amiga cascavel esteve aqui. Esse é o motivo para estar tão distraído e preocupado? — questionou.

— Também. — Limitou-se a dizer.

— Você barrou a entrada nela permanentemente nessa empresa né?

— Não exatamente.

— Como assim? —Kevin indagou, indignado.

— Pedi apenas que ela não pusesse mais os pés nesta empresa, mas não deixei claro que poderia impedir a sua entrada. — Suspirou. — Se bem que era o que eu deveria fazer.

— E não fez. — Kevin revirou os olhos. — É melhor você furar os pneus e tirar a gasolina daquele trator ou não me inclua quando as coisas ruins se sucederem. — Alertou.

— Eu sei. Você tem razão. Talvez eu só esteja tentando não ser radical demais.

— Claro que eu tenho razão! — exclamou. — E isso não seria ser radical e, sim, ser prudente — proferiu. — Ryan, escute. E daí que um dia ela foi a nossa amiga. Ela te destruiu de maneira que me atingiu em cheio também. Aquela crentizinha de meia tigela. Realmente merece estar onde está agora.

— Esqueça isso. Não se perturbe também por isto.

— Eu sou seu amigo! Quero seu bem!

— Maior bem que farás agora é encerrar esse assunto. — Pediu.

— Isso tudo é porque virou cristão, não é? Por isso ages de forma tão branda — disse e Ryan o mirou sério. Tais palavras soavam tão sarcásticas que ele se perguntava como Kevin algum dia também fora um crente.

— Ver você falar dessa forma sobre eu ter retornado a Cristo é estarrecedor.

— Falei alguma mentira?

— A questão é que és tão indiferente quanto que não sei o que pensar a seu respeito.

— Apenas deixei de seguir dogmas. E eu não sou um tolo, Ryan. Sei o que a bíblia diz. —Cruzou os braços, mantendo o desdém nas palavras ditas.

— Na verdade és um tolo, pois é conhecedor da verdade e faz questão de manter-se longe dela.

— E você a pratica? — E Ryan fechou o semblante tomando uma postura séria.

— Estou buscando praticar, mas existem coisas que não mudam de um dia para o outro e sim de forma gradativa. Voltei recentemente e, pelo que eu me recordo, estou num processo de purificação espiritual, enquanto tu estás literalmente na lama.

— Que seja. Não dou a mínima para isso. — Kevin desdenhou.

— Então não haja como se fosse a pessoa ideal para me aconselhar em como proceder na fé cristã quando tu nem sequer deseja retornar a ela.

— Certo, Ryan. Você venceu. Eu não irei dizer mais nada quanto a isso, mas não diga que eu não te avisei, apesar que os filhos das trevas são mais prudentes que o da luz não é mesmo? — disse, com tremendo sarcasmo, entretanto Ryan manteve sua postura séria.

— Assim como os mesmos por conta de suas escolhas estão condenados a perecerem por permanecer na impiedade enquanto os que são da luz tem os olhos abertos para enxergar o caminho e a chance de possuírem a vida eterna. — Sim, Ryan rebateu exatamente com tais palavras, causando um mutismo entre os dois por um breve instante. Eles se encararam sem proferir coisa alguma, permitindo que o olhar de ambos falassem por si. Enquanto Ryan possuía um olhar sereno, Kevin tinha uma expressão debochada em seu rosto. Sendo assim, Ryan tomou a palavra. — Sei muito bem o motivo que o deixou longe de Deus e o quanto se assemelhou a mim.

— Então vai me dar um sermão agora?

— Não. Apenas estou tentando dizer que ainda tens a chance de retornar assim como eu retornei. Pomos a culpa em Deus, sendo que ele não tem culpa de nada do que nos acontece nessa vida, e muitas vezes ele permite que coisas se sucedam como um modo de nos provar e apenas achamos que não suportamos, perdendo então para a dificuldade. Mas nada nesta vida é eterno, nem ninguém. Preferimos jogar tudo para trás e nos entregarmos ao vil por conta da nossa falha diante de Deus e difícil é para regressar a casa do Pai, mas não é impossível. É uma questão de escolha e esforço. Mas as paixões mundanas nos prendem não é mesmo, Kevin?

— Eu prefiro estar livre da religião, Ryan. Você não me entende.

— Tu pões a culpa na religião quando o problema não é ela e sim você e os que estão nela. — Mas as palavras de Ryan não agradaram nenhum um pouco a Kevin que decidiu encerrar o assunto ali mesmo, porém Ryan persistiu a lhe repreender. — Viestes até aqui a fim de me aconselhar e ainda me chamaste de hipócrita, mas quando eu digo a verdade que você também não quer ouvir, retrai-se! — Kevin virou o rosto para não olhá-lo nos olhos, engolindo em seco. — Achas o quê? Que dormir com duas ou três mulheres numa noite é o ápice do prazer que o satisfaz e o deixa completo não necessitando de absolutamente nada? Sua alma está vazia tanto quanto a minha esteve. De nada adianta o prazer, pois quando estamos sozinhos o vazio da alma nos preenche. Queremos mais e mais e nunca nos satisfazemos. Só Jesus pode nos completar, Kevin!

Kevin nada proferiu, porém Ryan viu uma lágrima solitária verter em sua face. Ele era apenas mais uma alma que lançava a culpa em Deus se esquecendo do livre-arbítrio que o Senhor dera. Uma liberdade de escolher o que fazer, mas não um passo para se inclinar ao pecado e é isso que muitas vezes acontece fazendo com que o juízo divino recaia sobre qualquer indivíduo que assim proceda. Kevin precisava de Deus, mas parecia que algo o prendia para que não o fizesse, sua própria mente.

— No dia em que meus pais morreram, eu estava fraco espiritualmente, passei a reconhecer isto, e por isso não suportei e pus a culpa em Deus, odiando-o; foquei somente na empresa, em beber, em ter noites fartas de prazer, até que eu conheci uma pessoa e ela me induziu a fazer algo bom que por muito tempo eu tinha deixado de fazer e Deus veio ao meu encontro através dela, sendo que eu não merecia nada, porém ele não desistiu de mim e eu sei que ele não desistiu de ti, Kevin. Só não há mais chance caso te endureças para a verdade e faleça.


— Essa conversa termina aqui. — Kevin falou com um olhar visivelmente alterado, indo em direção a porta e, ao sair, fechou-a com força.

— Todos nós fomos crentes de meia tigela, caso contrário nunca teríamos desviado do caminho da salvação. — Ryan falou consigo ao lembrar de algumas palavras que seu amigo dissera durante o diálogo e suspirou em seguida. Nem tudo era tarde demais para os outros, assim ponderava. Na vida há esperança de uma nova vida, um recomeço. Sendo assim, apenas faltava disposição da parte de cada um.

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Nota:

[¹] Observar Efésios 6:13
[²] Observar Hebreus 10:25
[³] Ver 1 Coríntios 3:16
[⁴] Medite em 1 Coríntios 12:14-27

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