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Estou tentando atrasar o Alejandro o máximo que posso com a desculpa de que quero levar algumas coisas minhas que acho importantes. Em minha boca, o gosto de sangue ainda é forte e isso me coloca para refletir. Algo durante esses meses o fez mudar e se tornar uma pessoa ruim, pois ele nunca havia levantado a mão para mim.

Chica, não temos todo o tempo do mundo... — ele fala enquanto eu finjo procurar algo nas gavetas da cômoda, disfarçando as lágrimas que derramo.

— Tenha um pouco de paciência, vida. Eu não vou voltar mais aqui e preciso me certificar de estar levando o necessário — minto.

— Onde está sua mala? — questiona claramente sem paciência, querendo acelerar o processo.

— Embaixo da cama — respondo e no mesmo instante, ele se abaixa para pegá-la, mas ainda mantém sua arma em punho e o revólver do Douglas da cintura.

Coloco algumas roupas aleatórias e documentos meus dentro da mala, com a ajuda constante dele. Meu medo aumenta ao ver o quanto ele quer que eu vá. Se o Douglas não chegar logo, eu irei com o Alejandro para a Colômbia e não faço ideia de como vai ser a minha vida. Caso esse lugar seja mesmo uma fortaleza como ele disse, ninguém nunca vai me achar. Meu filho e eu seremos eternos prisioneiros do Alejandro.

— Vamos logo, Karen! — ele fala ríspido e eu me mantenho parada ao lado da cômoda, me recusando a aceitar esse destino aterrorizante. Ele aponta a arma para mim e insiste. — ¡Vamos ahora!

— Tudo bem! — concordo levantando as mãos em sinal de rendição e começo a pegar a mala sobre a cama.

Meu corpo estremece e sinto uma forte pontada no baixo ventre. Solto um gemido sem querer, levando a mão aonde dói por instinto e me inclino para frente, tentando amenizar a dor.

— O que está acontecendo, Karen?! — ele questiona de forma suspeitosa e eu me sento na cama.

— Nada! — respondo disfarçando a dor que diminui um pouco.

— Sinto que você está escondendo alguma coisa de mim... — insiste ele com um semblante que me arrepia a espinha.

— Quer saber de uma coisa? — inquire e não espera por resposta. — Só vamos sair daqui quando você me disser o que está escondendo.

Tento manter a calma para parecer convincente ao mesmo tempo em que quero adiar mais o momento de sair daqui.

— Não está acontecendo nada, vida. Eu só estou um pouco nervosa... Não esperava que fosse sair do país assim, de uma hora para outra. Se você me avisasse com antecedência...

— Você poderia me entregar para a polícia?! — ele indaga me interrompendo. — Vou te dar um incentivo par me contar logo.

Alejandro ergue a arma rapidamente e um estouro rompe pelo quarto seguido de estilhaços sendo espalhados pelo chão. Ele atirou no espelho a milímetros de distância de mim. Minhas mãos tremem e um nó se forma em minha garganta. Espero que algum vizinho tenha ouvido e faça alguma coisa. Mesmo que eu sinta muito medo do que ele pode fazer comigo, aos prantos, resolvo tentar resgatar um pouco de sua sanidade mental.

— Ygor, foram muitos meses que ficamos longe um do outro. Muitas coisas aconteceram. Como você sabe, eu conheci outra pessoa. — seu rosto se contrai de raiva e ele se senta ao meu lado de cabeça baixa. — Você também vai encontrar outra pessoa para ser sua chica, mas não sou mais eu. Além disso, eu estou grávida. — ele balança a cabeça negativamente e, com uma expressão ilegível, coloca o cano da arma na própria testa. Me apavoro, mas não falo nada. Os segundos parecem se estender por tempo demais enquanto eu me aflijo.

— Não, não, não.... — diz ele baixando a arma. — Podemos resolver esto. Usted puede hacer un aborto cuando llegamos allí, todo está bien.

Meu choro ganha muito mais força e meu desespero me corta a alma. Como ele pode ser tão frio a ponto de sugerir algo tão horrível assim? O meu bebê não!

— Eu não quero ir, Ygor! Quero ficar aqui com meu noivo e ter o meu filho com ele! Não te amo mais! — ele se exalta com meu protesto e me levanta à força.

Venga, allá vamos a recomenzar nuestra vida — diz ele ao passar o braço pelo meu pescoço, a fim de impedir que eu escape.

Eu não quero ir.

Sentindo o peito doer a cada batida em meio aos soluços, passamos pela porta do quarto. Volto a olhar o corpo do Théo caído e sem vida no chão, amaldiçoando a minha infeliz ideia de abrir seu portão. De repente, noto um homem branco de cabelos castanhos com arma em punho. Imagino que seja um comparsa do Alejandro e aceito o meu fim. Mas mudo de ideia quando o Douglas surge logo depois dele.

— Douglas! — exclamo aliviada.

— Polícia!!! Solta ela!!! — Douglas ordena com a arma apontada para o Alejandro e para mim, pois rapidamente, ele me colocou em sua frente me fazendo de escudo.

— Então o cara por quem você me trocou é polícia, Karen?! — inquire em meu ouvido. — BAIXE A ARMA OU EU ATIRO NELA!!! ACHO QUE ISSO VAI DOER MUITO MAIS DO QUE SE EU ATIRASSE EM VOCÊ, NÃO É?! — Alejandro grita e empurra o cano na minha cabeça com tanta força que chega a doer.

O homem de cabelos castanhos olha para o Douglas buscando uma ordem ou uma instrução, mas ele não diz nada e mantém seus olhos em mim.

A respiração alterada do Alejandro sopra em meus cabelos e eu sinto nojo quando ele beija meu rosto.

— Fique tranquila, chica — ele diz em meu ouvido. — Não vou atirar em você, só quero que ele nos deixe ir.  BAIXE A ARMA E NOS DÊ PASSAGEM!

— Você não vai conseguir chegar a lugar algum — Dougals diz calmamente, prendendo a atenção do Alejandro. — O país inteiro está à espreita aguardando sua tentativa de fuga. Nas mãos deles, você vai ser morto, mas se você se render aqui, vou fazer o possível e o impossível para que você seja extraditado para a Colômbia em segurança.

— Eu só vou se a Karen for comigo — fala Alejandro em tom desafiador provocando o maior dos meus medos. — Se ela não for, vai ficar caída aqui no chão feito uma cadela morta.

Estou no fim da linha. Logo após existe um abismo no qual eu desabarei em poucos segundos. Minha visão escurece e minhas pernas perdem a força. Tento me manter de pé e não consigo. Aos poucos sinto meus sentidos sendo enfraquecidos, mas um estampido me coloca em alerta novamente. O Alejandro cai no chão e seu peso me derruba também. Acho que ele foi atingido. Me arrasto em direção ao Douglas enquanto ele corre até mim.

— Você está bem? Está ferida? — pergunta ao se abaixar para me ajudar a levantar.

Ele ergue minha blusa manchada de sangue a procura de algum ferimento. Nego com a cabeça e o abraço me rendendo ao fato dele estar aqui, de eu estar viva.

— Me desculpa — peço chorando ao soltá-lo. — Eu não deveria ter saído sem te avisar.

Tudo o que acontece a seguir é repentino demais.

O Alejandro se mexe próximo a nós.
O policial grita o nome do meu noivo. Douglas se lança entre mim e o Alejandro no instante em que mais um disparo é efetuado e em seguida, despenca no chão. Mesmo caído, ele ainda atira no Alejandro. Eu me abaixo ao lado do Douglas, e, quando os disparos cessam, a única coisa que se ouve na casa, é o Douglas gemendo de dor.

— Douglas! O que você fez?! — indago sem acreditar que ele está sangrando e ferido.

Todo o meu corpo arde como se eu tivesse mergulhado em ácido. O que corre em minhas veias não é mais sangue, é arrependimento.

— Pegou em vo-você? — ele questiona com dificuldade enquanto eu procuro o local do ferimento com a ajuda do outro policial. — A bala... A bala me atravessou? Te atingiu?

— Não — respondo inclinando-o para o lado e vendo um buraco em suas costas.

— Chame uma ambulância! — grito aflita pressionando a lesão para evitar que sangre ainda mais.

— Estão a caminho! — ele responde. — Chamei enquanto vínhamos. Aguenta firme, cara. Aguenta firme.

Minhas lágrimas escorrem sem controle e eu me sinto uma inútil. Todos os meus conhecimentos não me servem de nada neste momento, pois não estou em um hospital e nada posso fazer, além de pressionar sua ferida. Ferida que eu provoquei ao não fazer o que ele disse. Eu o atingi. Eu puxei o gatilho.

Vejo-o fechar os olhos lentamente e minha angústia expande em meu peito.

— Douglas!!! — grito e não vejo uma reação sua. — DOUGLAS! — berro mais uma vez e dou um tapa forte em sua face e, sem querer, sujo-o com seu próprio sangue. Seus olhos se abrem novamente, mas sem um ponto de foco. Toco seu rosto. — Fica comigo! — suplico no instante em que ouço a ambulância chegando.

Tudo em diante torna-se um borrão. O policial me afasta do Douglas contra minha vontade. Eu grito, pois não quero sair de perto dele. Os paramédicos entram rapidamente. Um deles verifica o pulso do Douglas enquanto outro, fecha os olhos do Alejandro com as pontas dos dedos. Logo alguém me instrui a sair de dentro de casa e entrar no ambulatório, mas eu não quero. Tantas pessoas dando os primeiros socorros ao meu noivo me fazem perder o alcance da visão. Ouço alguém dizer que preciso abrir espaço para que saiam com ele na maca. Só então aceito sair e caminho para fora. Alguém me pergunta se sinto dor, se estou ferida em alguma parte do corpo. Nego, mantendo os olhos no Douglas entrando na ambulância desacordado.

• • •「◆」• • •

Passei os vinte minutos do trajeto da minha casa até aqui em aflição. Por não estar ferida e muito nervosa, não me deixaram vir na ambulância. O Ronie, amigo do Douglas, foi quem me trouxe.

Desço do carro às pressas e corro até ambulância para ver como o Douglas está. Meu coração parece que vai saltar pela boca e minha cabeça dói como se eu tivesse levado uma martelada. Os paramédicos abrem as portas da ambulância e o retiram na maca com muita pressa.

Meu Deus!

É a mesma cena de meses atrás, porém agora, ele não é mais meu paciente e eu não estou no domínio da situação.

Inútil.
Inútil.
Inútil.

Eu puxei o gatilho.

— Karen! — ouço a voz do meu pai me chamando e corro em sua direção. — O que aconteceu?!

Desesperada e com as mãos trêmulas, busco seu acalento.

— Ele se jogou na frente da bala! — digo lembrando da cena e voltando no instante em que tudo aconteceu. Meu pai arregala os olhos refletindo meu desespero. — Levou um tiro para me proteger!

— Doutor — Ronie chama meu pai —, ela está muito agitada. Veio o caminho todo tremendo.

— Tente se acalmar, Karen! Nós vamos levá-lo para a cirurgia — diz ele e de repente, vejo toda a mobilização de médicos e enfermeiros levando-o para o centro cirúrgico.

Daniel surge no meio deles e corre até mim. Vou ao seu encontro e o abraço forte.

— Leve-a para o tratamento 3, Daniel — pede meu pai. — Vou me inteirar sobre o estado do Douglas e irei lá em alguns minutos, antes de o operarmos.

— Não! — exclamo. — Eu quero participar da cirurgia!

— Karen, você sabe que não pode — diz Daniel calmamente.

— Sou seu pai e o Daniel também vai ajudar. Não confia em nós? Vá com ele, Karen. Eu vou voltar lá para dizer como ele está.

Desisto de resistir e sigo com o Daniel para a enfermaria. Perco o Douglas de vista e meus soluços desesperados não me deixam esquecer nenhuma das cenas que vi há pouco. A sala da minha casa virou um cenário de banho de sangue.

Me sento na maca e uma enfermeira aparece com um medidor de pressão. O Daniel tenta me acalmar me trazendo um copo d'água e dizendo coisas nas quais não consigo me concentrar agora. Só consigo pensar no Douglas e me arrepender de tê-lo colocado nessa situação.

Por que eu não o ouvi? Por que eu saí de casa?

— A pressão dela está em16x9, Dr. Daniel — diz a enfermeira.

— Está alta demais! — exclama Daniel enquanto meu pai adentra à sala.

— O que foi?! — meu pai pergunta.

— Não é nada — respondo. — Como ele está???

— A pressão dela está 16x9, Olivier — Daniel toma a frente.

— Karen, ele vai ficar bem — meu pai diz tentando me confortar. Em seguida, ele olha de soslaio para a enfermeira.

— Aplique 5ml de Propofol.

— Não! — grito e tento descer da maca, mas o Daniel me impede, pedindo calma.

Meu pai quer me sedar, me deixar incapacitada de agir.

— A cirurgia vai levar umas 5h, Karen — diz meu pai enquanto eu me debato para dificultar o trabalho da enfermeira. Preciso convencê-lo a não me impossibilitar de ter notícias do Douglas. — Quando você acordar, ele vai estar bem.

Fecho os olhos obrigando minhas lágrimas a escorrerem de uma vez para que eu possa pensar.

— Você pode ter uma pré-eclâmpsia, Karen — diz Daniel. — Pense no seu bebê.

Ele tem razão. Quero o bem estar do meu filho e além do mais, o Douglas não merece acordar da cirurgia e saber que estou com complicações na gravidez. Deito na maca e me forço a relaxar.

— Imagine um lugar tranquilo — pede meu pai.

Assinto e ele faz um aceno com a cabeça indicando que a enfermeira pode me aplicar a injeção.

Daniel segura minha mão à medida em que um sono pesado vai caindo sobre mim.

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