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Caminho até o portão e o abro para receber a Dona Ana. A hora de contar a grande novidade se aproxima. Ela me abraça forte sem dizer uma palavra. Devolvo o carinho na mesma medida e convido-a para entrar. Logo ofereço algo para ela beber, já que o dia está bem quente.

— Não, meu bem. Obrigada — diz ela. — O Douglas não está?!

— Está no banho — respondo enquanto a olho com outro ponto de vista.

Eu já a admirava muito por ter criado um homem de caráter. Agora, ainda mais, pois de alguma maneira, ela encontrou forças para seguir em frente só com ele. Um sendo a fortaleza do outro.

Douglas chega à sala indo direto a mãe e ela some em seu abraço. É exatamente isso que parece, que ele a embrulha. Malditos hormônios querendo me fazer chorar de novo com esta cena. Quantas vezes será que eles se abraçaram assim para conseguirem chegar até onde estão? Quantas vezes Dona Ana deu colo ao filho? Quantas vezes o filho deu colo à mãe?

— A senhora chegou mais cedo — diz ele.

— Filho, eu não estava aguentando mais — ela fala para o Douglas me deixando confusa.

— Mãe, a gente tinha combinado — diz ele em tom repreensivo.

— Karen — fala ela vindo em minha direção. — Eu estou tão feliz! — ela toca minha barriga cuidadosamente acariciando-a e eu olho brevemente para o Douglas.

— Desculpa, eu já contei — ele fala sem jeito.

— Não brigue com ele, filha — ela pede. — O Douglas nunca conseguiu esconder nada de mim.

— Não vou brigar, Dona Ana — digo rindo da situação. — Eu só queria estar presente, mas não estou chateada — explico.

— Foi no domingo passado, Karen — articula ele. — Enquanto a Paola e o Wesley estavam na sua casa.

Agora faz todo o sentido e todas as peças se encaixam. Ele saiu para buscar seu porto seguro. Se abriu com a mãe e lhe contou tudo o que estava afligindo-o. Sou incapaz de ficar chateada por isso. Pelo contrário, fico feliz por ele ter conversado com ela enquanto estavam a sós. Isso, com certeza, trouxe à tona sentimentos que precisavam de privacidade para emergirem.

Dona Ana me pede para sentar-me ao seu lado e abre sua bolsa, retirando dela uma caprichada embalagem de presente. Sinto um impacto quando abro e vejo que é um conjuntinho de casaco, calça, touca e sapatinhos de tricô na cor amarela.

— Nossa! — exclamo encantada e com os olhos cheios de lágrimas novamente. — É tão lindo!

— Douglas me contou em um dia e no outro eu já tinha enchido meu armário de lãs — ela fala rindo alto enquanto retira outra embalagem da bolsa.

— Mãe, a senhora fez tudo isso em uma semana?! — Douglas pergunta surpreso.

— Não — ela responde. — Algumas peças eu já tinha começado a fazer depois que conheci a Karen. — começo a rir após saber disso. — Eu ia fazer o enxoval aos poucos, não imaginei que vocês fossem levar a sério quando pedi para não demorarem muito.

A cada roupinha que ela mostra, vou ficando mais apaixonada por essa fase das nossas vidas. Esse bebê vai trazer muita alegria para as nossas famílias, cada uma à sua maneira, e a ideia do Douglas de reunir todos hoje, vai findar esse novo ciclo.

— Meu bem — Dona Ana me chama —, um bebê já é um presente maravilhoso para um casal. Mas é um presente também para mim, sabe? — fala sendo interrompida por um soluço e o Douglas logo se aproxima dela. — Por muitos anos fomos só eu e o Douglas e...

— Mãe, não chora — ele pede comovido enquanto acaricia suas costas.

— Karen, você salvou a vida do meu filho de várias maneiras — ela diz segurando em minha mão e minhas lágrimas começam a descer pelo meu rosto. — Quando você salvou a vida dele, salvou a minha também e eu agradeço a Deus por isso todos os dias.

Enxugo as lágrimas e tomo fôlego.

— Dona Ana, eu nunca imaginei que salvaria a vida de alguém que meses depois, se tornaria o pai do meu filho — digo e de repente estamos os três rindo. — Vocês são um presente na minha vida, essa gravidez também, eu não estava esperando.

— Era um plano de Deus, filha. E o que Ele quer, Ele faz.

Sorrimos por uns segundos enquanto secamos mais e mais lágrimas, cada uma com sua razão.

— O que uma mulher grávida tem que fazer para parar de chorar, Dona Ana? — pergunto já sentindo vergonha de tanto chororô e ela e o filho sorriem.

— Vá descansar, querida — responde ela. — Quando acordar, vai ter um monte de comidas gostosas para você comer que eu e o Douglas vamos fazer.

Sorrio e sem muito protesto, tomo um banho rápido e despenco na cama.

• • •「◆」• • •

Não sei por quanto tempo dormi, mas parece ter sido por apenas meia hora. Pego o celular e vejo que são 18h55. Eu deveria levantar agora e começar a me arrumar para receber minha família e meus amigos, mas de onde tirar forças?

Deixa ela dormir — uma voz feminina fala baixo atrás da porta.

Ela vai ter tempo para dormir mais tarde — responde uma voz masculina, porém aguda.

— ESTOU ACORDADA! — grito. — ENTREM!

Paola e Wesley entram e fecham a porta.

— Mas que senhorinha fofa é a sua sogra, Karen! — diz o Wes ao sentar-se na beirada da cama.

— É, ela é um amorzinho — digo concordando.

— Karen, desculpa por não ter te contado que o Douglas estava bem — diz Paola. — Na hora eu fiquei em dúvidas sobre o que fazer... Ele tinha pedido para manter segredo...

— Não faz mal — respondo sem ressentimentos. — Já está tudo bem.

— Claro que está! — vocifera Wesley. — Tenho certeza que o anjo do seu namorado te deu um belo trato com aquela vassoura de fogo! — Paola balança a cabeça reprovando as palavras do irmão enquanto eu gargalho.

— Bem que eu queria, mas a Dona Ana chegou bem na hora H — justifico.

— Levanta dessa cama — ordena o Wes. — Se arruma porque daqui a pouco, seus pais estarão chegando.

Era tudo que eu precisava. Um incentivo e uma ajudinha para me arrumar levando em conta meu cansaço. Não será uma tarefa difícil, pois no começo da semana, eu já havia comprado alguns vestidos. Um deles é perfeito para hoje.

• • •「◆」• • •

Chego da porta da cozinha e vejo que está tudo lindo. O jantar será ao ar livre próximo ao jardim que fica atrás da casa, uma área que não costumamos passar muito tempo. Embaixo de uma tenda de tecido em tons claros, há uma grande mesa retangular onde Dona Ana está colocando algumas travessas de comida. O cheiro está me conquistando. Várias luminárias iluminam o ambiente trazendo um tom a mais à noite. Enquanto meus olhos passeiam pelo lugar muito bem decorado, sinto os braços do Douglas me envolvendo. Ele tira meus cabelos do meu ombro e beija meu pescoço me causando um arrepio por todo o meu corpo. Arqueio minhas costas involuntariamente e logo me envergonho da cena.

— Você está linda! — diz ele em meu ouvido.

— Obrigada — digo. — Você fez um ótimo trabalho aqui. Isto está maravilhoso.

Viro-me e ele se inclina para me beijar. Nossos lábios se tocam como na primeira vez em que nos beijamos. Possui toda ou mais intensidade daquela tarde no café. Estamos, mais uma vez, cruzando outra linha de chegada. Nossas famílias vão ter a primeira interação hoje à noite. E por falar nisso, a campainha toca. Abrimos a porta e logo sou agarrada pela Kássia.

— Mas como assim?! — indago mais que surpresa. — Ninguém me disse que você viria!!!

— Pois é — diz ela me soltando enquanto vejo que o Eduardo também veio e logo atrás dele, vêm os meus pais. — O Douglas nos convidou, mas não sei exatamente por quê estamos aqui. Não é seu aniversário e nem o dele...

Olho para os meus pais e para o Douglas e eles sorriem.

— Ninguém contou nada, Karen — minha mãe fala e meu pai faz um sinal com a cabeça, indicando que eu devo contar enquanto a Kássia faz uma expressão confusa.

— Que bom que darei a notícia para alguém, já que o Douglas contou para quase todo o mundo — digo e eles gargalham, menos a Kássia e o Edu, por não saberem de nada. — Tem dois corações batendo dentro de mim — falo e sou encarada por olhos extremamente arregalados.

— Oh, meu Deus! — exclama Kássia. — Eu vou ser titia?! — ela pergunta e volta a me abraçar. Ouço o Eduardo dando os parabéns ao Douglas enquanto Kássia fala em meu ouvido: — Olha só o que um piercing na xoxota pode fazer. — gargalho tentando controlar o volume da minha voz.

— Deixa de ser boba, garota! — peço.

— Parabéns, Karen — Eduardo me felicita. — Que venha com muita saúde e que a Kássia se inspire em você para me dar um menino logo.

Todos na sala gargalham e em seguida seguimos para o jardim. Apresentamos nossos familiares e amigos e logo todos estão entrosados. Mamãe e Dona Ana engatam em uma conversa sobre a espera do netinho enquanto vêem as roupinhas que minha sogra fez. Meu pai, Douglas, Diego e Eduardo, estão falando sobre algo muito interessante e divertido, pois gargalham alto com bastante animação. Kássia, eu, Paola e Wesley, estamos relembrando da viagem e tudo o que ela acarretou. Pareço estar vivendo um sonho e sinto medo de que possa acordar a qualquer momento. No início, meu relacionamento com o Douglas foi um pouco perturbado pelo Dr. Gilberto. Hoje posso dizer que isso não é mais um problema.

Meu estômago ronca e eu aproveito a deixa para iniciarmos o jantar, já que não falta mais ninguém. É tudo tão perfeito... A comida está deliciosa, o clima da noite, super agradável, o tilintar dos talheres até estão abafados por estarmos todos tão acalorados pela novidade que nos une.

Papai está bebendo um pouco mais do que deveria e provavelmente, alguém vai ter que assumir o volante na volta para o apartamento deles. Em alguns momentos, noto que ele está um pouco tenso. Fico um pouco preocupada, mas temo que perguntar se está tudo bem com ele, possa acarretar alguma coisa.

Estamos todos entretidos e conversando alegremente na varanda quando eu olho para todos e me bate um vazio. Não um completo vazio, só sinto que falta alguma coisa, alguém. Minha família está aqui, a mãe do Douglas, meus amigos também. Mas não todos, sinto falta de um em especial, o Daniel. Me retiro disfarçadamente e vou até a cozinha para beber um copo d'água. Foi uma grande mancada da minha parte ter transformado nossa amizade nessa situação constrangedora. Eu queria que ele estivesse aqui também. Se nunca tivesse rolado nada entre a gente, o Daniel e o Douglas poderiam ser amigos e acho que ele seria um ótimo padrinho para o nosso bebê.

Volto para a varanda e me desligo dos meus devaneios com o flash do celular da Paola virado em minha direção.

— Por que você está me filmando? — indago, mas nem dá tempo de ouvir uma resposta. Sinto alguém tocando meu ombro e me viro na direção. É o Douglas.

— Pequena, eu espero que você esteja gostando da noite — diz ele.

— Eu estou! — exclamo temendo que ele tenha notado que fiquei um pouco triste no minuto anterior. — Ninguém nunca preparou algo assim para mim antes. Estou tão feliz em ver todos aqui e se dando bem... — pego em seu rosto e o puxo para um beijo.

— Eu te amo muito, amor. Faço qualquer coisa para te ver sorrir. Eu convidei todos aqui hoje, não só para jantar, mas por um outro motivo — fala ele pegando em minha mão, me deixando perplexa e curiosa. — Karen, você se tornou uma pessoa muito especial para mim em pouco tempo. Antes de darmos um nome para o nosso relacionamento, já era para sempre e eu não quero esperar mais tempo para oficializar isso.

Meu coração acelera ao vê-lo retirar uma caixinha do bolso e se abaixando em minha frente. Ouço uns "Oh" e um "AAAHH MEU DEUS!!!" vindo do Wesley. Tapo a boca com uma das mãos enquanto as lágrimas brotam nos meus olhos. Isso está mesmo acontecendo?

— Karen, quer se casar comigo?

É a cena dos sonhos de qualquer mulher. Ser pedida em casamento em uma noite como essa, na companhia de pessoas que eu amo, esperando um bebê do homem que eu amo, é perfeito.

— Aceito — respondo com a voz trêmula e uma emoção desproporcional ao meu tamanho.

Nossos amigos e familiares gritam e comemoram o que acaba de acontecer enquanto o Douglas coloca um lindo anel no meu dedo. Em seguida se levanta e me beija ao som de aplausos vibrantes. As pessoas se aproximam de nós e nos parabenizam emocionadas.

Estou surpresa, extasiada, feliz, nas nuvens. Eu não esperava mesmo por isso, não hoje. Foram tantas coisas que aconteceram, que eu acabei não percebendo que havia algo mais. A noite que já estava maravilhosa, agora está tendo um final único e perfeito.

A Paola disse que era a única que sabia e eu acredito. De acordo com suas palavras, Douglas pediu para não contar ao Wesley, porque eu acabaria descobrindo. Fico tentando imaginar que tipo de "fantasia" o Wesley iria insistir para que eu usasse hoje. O fato é que eles conseguiram fazer uma surpresa maravilhosa.

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