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O tempo tem passado de uma forma acelerada para mim. Assumi o trabalho da minha mãe na clínica quase que inteiro, tanto como médica, quanto dona e administradora dos negócios. Enquanto ela ainda se recuperava do acidente que a deixou com um braço quebrado, já se queixava de estar entediada com o trabalho. Iria completar vinte anos que ela estava nessa rotina e consigo entender seu cansaço. Ela não consegue ficar parada e não sabia o que poderia fazer para continuar trabalhando em sua área, mas sempre que eu a levava para a fisioterapia, tocava no assunto novamente. Eu já desconfiava que minha mãe estava tentando me preparar para cuidar de tudo sozinha. Vez ou outra ligava me alugando por horas para falar sobre a chegada de novos equipamentos à clínica, como eu poderia fazer os pedidos de instrumentos médicos e drogas. Coisas que ela mesma poderia fazer sem precisar sair de casa ou da minha ajuda ou do meu pai.

Em uma noite de quinta-feira, ela e o papai apareceram de surpresa na minha casa. Mamãe expressava animação e meu pai também, mas não tanto quanto ela. Eu não fazia ideia do motivo por detrás da euforia da minha mãe até ela contar que recebeu um convite para lecionar em uma Universidade Federal. Aí entendi tudo. Minha mãe encontrou um meio de continuar abordando a medicina de uma nova maneira. Meu pai estava feliz por não ter que ouvir mais os mesmos discursos de como ela estava entediada e sem vontade de voltar para a clínica, porém, é um cargo público e ele detesta que algum de nós trabalhe muito e ganhe pouco, ainda mais atrasado.

Não pude deixar de ficar feliz por ela. Tomei para mim sua excitação e a parabenizei. Depois de uns minutos comecei a me sentir um pouco assustada por ter que comandar aquilo tudo sozinha. Eu não tenho problemas em aprender coisas novas, já estava familiarizada com muitas coisas que não tinha pensado que faria um dia, como estar feliz longe da emergência. De qualquer forma resolvi admitir que estava apreensiva sobre me tornar a nova chefe de todos naquele lugar, mas meu pai me ofereceu ajuda e prometeu estar sempre disponível para qualquer coisa. E como não poderia? Seria mais um artifício para estar mais próximo à mim e de me proteger do policial, como ele mesmo mencionou há uns dias atrás depois de umas doses de whisky em sua casa. Naquele dia o Douglas não estava conosco e ainda bem. Foi possível achar graça e mamãe e eu perdemos o controle na risada alta.

Eu não consegui escapar dos meus pais naquela noite e eles me arrastaram para jantar com eles em uma churrascaria. Me deixaram convidar a Paola e o Wesley já que o Douglas não seria aceito pelo meu pai naquela ocasião. Vez ou outra meu pai torcia o nariz para os comentários do Wesley sobre o garçom que nos servia, mas estava feliz demais e com muito álcool nas veias para não achar graça também.

Depois de acertarmos tudo sobre em quais dias da semana meu pai iria na clínica para me ajudar, o entusiasmo já partia de forma igual de nós três. Estava sendo estressante mesmo procurar um novo lugar para eu trabalhar e eu ficava adiando essa ideia por já ter feito novos amigos na clínica e ainda ter levado a Paola para lá. Esse convite, como diz o ditado, matou dois coelhos com uma cajadada só.

Meu pai visita a clínica duas vezes por semana e raramente tenho algum problema para relatar. Hoje mesmo já me ligou pela manhã perguntando se eu precisaria dele, mas está tudo bem e o liberei desse compromisso para que ele tirasse umas horas de descanso antes de se afundar em suas pesquisas para remoção de tumores cerebrais.

Faltando algumas consultas para o meu horário de almoço, o Douglas me ligou perguntando se eu poderia almoçar com ele, pois queria conversar comigo. A delegacia fica bem longe da clínica e, para ele se deslocar de lá até aqui, pode ser algo sério. Talvez seja a decisão da corregedoria. Nós já esperávamos que talvez ele fosse mesmo exonerado da polícia por causa daquele incidente. Ele se mostrava imparcial quanto a isso, ou tentava. Às vezes eu o pego distraído e sério. Com certeza estava apreensivo e, no fundo, eu sei que o desejo dele é continuar seu trabalho.

Eu fico uma pilha quando alguém diz que quer conversar comigo e não me dá nenhuma informação sobre o que é. Aproveitei um intervalo pequeno entre um paciente e outro e fui conversar com a Paola. Ela sabe que eu sou péssima para confortar alguém e me aconselhou a evitar falar e apenas ouví-lo. Dizer que sinto muito pode até ajudar, mas preciso parar por aí e não tentar prolongar o discurso para não deixá-lo pior. Espero que eu consiga seguir isso.

Passei o endereço do restaurante que costumo almoçar por mensagem e já estou aguardando há quase vinte minutos. O local hoje não está tão cheio quanto de costume. Gosto do ambiente daqui. É distante do grande movimento da avenida e me possibilita ter uma refeição tranquila sem os sons constantes de buzinas e veículos pesados transitando o tempo todo.

Entrei em colapso quando vi a lasanha à bolonhesa na bancada selfie-service e não pensei duas vezes antes de decidir o que iria comer. Eu ia esperar meu namorado chegar, mas nunca resisti a um prato desse. Sentei-me e comecei a comer. O sabor era bem próximo ao que experimentei no dia em que conheci de fato a dona Ana, mãe do Douglas. Ela é um amor. No final de semana seguinte ao nosso salto de bangee jump, ele armou mais essa surpresa na casa dele, em um almoço no domingo. A recepção da dona Ana quando cheguei foi bem semelhante a da minha mãe com o Douglas. A diferença era que nós já havíamos nos conhecido no hospital, na madrugada que em operei seu filho. Naquela ocasião, ela estava devastada, chorando muito e isso era compreensível. Óbvio que aquele momento merecia uma segunda chance, pois agora não sou mais a médica do filho dela, e sim a namorada. O semblante dela naquela tarde era totalmente diferente. Estava alegre, sorridente e parecia até mais jovem. Eu sou baixinha, mas ela é um pouco menor que eu. Provavelmente, a altura do Douglas veio do pai. Eu esperei por algum momento para ouvir alguma história sobre ele, mas nenhum dos dois tocou no assunto, e não seria eu quem entraria nessa questão. Posso conviver com a curiosidade.

Depois que ele nos reapresentou, ela disse que teve que insistir muito para que aquele almoço acontecesse. O Douglas se explicou, falou que ela conversa muito e gosta de deixá-lo constrangido. Eu ri, os dois juntos são engraçados. É como se ele ainda fosse um menino perto dela.

Dona Ana disse que eu estava muito magrinha e no que dependesse dela, eu sairia de lá mais "fortinha" depois de comer a comida que ela preparou. Ela estava certa, pois eu não resisto a uma lasanha à bolonhesa. Nos servimos e de fato estava uma delícia.

Era estranho. Estávamos à mesa almoçando e a dona Ana contava sobre os primeiros dias do Douglas após a cirurgia. Ele estava tenso com a situação e eu não entendia o porquê. Pedia à mãe para mudar de assunto e ela ignorava. Eu fiquei sem entender, até que ela chegou ao assunto em questão.

— Nós temos um ótimo plano de saúde, sabe? — franzo o cenho e dedico mais da minha atenção.

— Mãe, dá para falarmos de outra coisa? — O Douglas pediu mais uma vez e ela levantou a mão em sinal de pare e ele obedeceu revirando os olhos e balançando a cabeça.

— Eu insistia para que ele me deixasse tratar logo sobre a transferência dele para um hospital particular, mas ele não deixava.

Eu corei e senti que arregalei os olhos. Logo tentei disfarçar. Como o próprio Douglas diz, ele só não estava corado também porque a cor de sua pele não permite. Ele tinha condições de estar internado em um hospital muito superior ao que eu trabalhava, mas preferiu ficar lá, sob meus cuidados. Me senti péssima por ter deixado ele lá quando fui forçada a tirar férias.

— Mãe, a senhora está deixando a Karen constrangida. Dá pra parar agora? — ele pediu, tão constrangido quanto eu.

— Imagina... Não quero te deixar constrangida, querida — falou em tom doce. Sei que ela não falou por mal. — Ele me assegurou que nenhum outro médico trataria dele tão bem, e agora mais do que nunca, vejo que é verdade.

Olhei pro meu namorado. Um homem de 1,90m de altura, forte e com pinta de durão. Porém naquele momento, estava desconcertado e sem jeito. Ri alto e concordei.

— É verdade. Ele me ganhou com aquelas flores. Aliás — falei lembrando quem realmente as escolheu —, a senhora participou disso escolhendo aquele arranjo.

— Mas o charme é meu — Douglas disse em protesto. — O resto eu fiz sozinho.

Sorri enquanto eles começaram um debate sobre de quem ele puxou o tal charme e a dona Ana acabou vencendo a discussão. Eu já tinha raspado o prato e ia terminar de beber o suco, mas ela me serviu com mais uma fatia generosa da lasanha. Eu tentei dizer que já estava satisfeita, mas ela justificou sua atitude.

— Você precisa ficar mais fortinha para dar bastante leite pro meu netinho. — acho que fiquei branca. — Não me façam esperar muito — falou olhando pro filho.

— Mãe!!! — falou exaltado. Se ele já não pode ficar vermelho, imagina branco. — Agora chega, por favor!

Apesar de ter ficado pasma e envergonhada, ri bastante. No caminho para lá, o Douglas já tinha me contado que eu seria a primeira namorada que ele apresentaria à ela. Ele já tem 33 anos e é bem compreensível que ela esteja ansiosa para ter netos, mas está totalmente fora de questão. Estou concentrada no meu trabalho e nós começamos a namorar há pouquíssimo tempo. Ao meu ver, as coisas tem uma ordem certa para acontecer e este não é o momento.

Depois de deixarmos ela em casa, o Douglas me pediu desculpas pelas coisas que ela falou. Eu disse que não tinha motivo para isso, ela é um doce e é natural que esteja empolgada com a nossa relação. Ele ficou em paz vendo que não levei a mal nada do que conversamos.

Fiquei tão concentrada nas lembranças daquela tarde agradável que só agora percebo que o Douglas chegou, vendo-o colocar seu prato sobre a mesa.

— Desculpa por não te esperar, eu estava morrendo de fome. - me justifiquei.

— Fez bem, não tem que passar vontade para me esperar — diz e me dá um beijo na testa antes de se sentar.

— Eles decidiram? — pergunto e continuo comendo.

— Não. — ele puxa o ar meio tenso. — Na verdade, eu fui chamado para liderar uma investigação.

— Sério? — pergunto passada. — Mas você não pode atuar como agente enquanto estiver aguardando a decisão. Ou pode?

— Não posso, mas o agente que estava à frente da investigação teve que se afastar por motivo de doença e depois dele, eu sou o mais qualificado para assumir o caso. — continuo chocada e sem saber o que dizer.

— Que tipo de caso? — indago jogando no ar a única coisa que vêm à minha mente.

— Ainda não sei, mas mesmo que soubesse, não poderia te falar, amor. Você sabe que meu trabalho exige sigilo.

— Tem razão. — concordo.

— O delegado só me falou que tem um caso para mim e que eu não posso falhar. — acho que agora entendo a pressão. — Vai me colocar a par de tudo quando eu voltar. — ele faz uma pausa me encarando enquanto bebo um gole da Coca. Ele já me deu bronca várias vezes dizendo que isso é uma bomba calórica e açucarada. — Quero saber sua opinião primeiro.

— Minha opinião???

— É claro. Sua opinião é muito importante para mim. — fico vacilante pensando no que dizer. Eu não acho que ele vá cometer o mesmo erro.

— Não vejo problema algum em você voltar a trabalhar normalmente. Você já foi à três consultas com o psicólogo e até agora está tudo bem. Você nem tem dificuldades para dormir. Tudo indica que essas consultas fazem parte de um protocolo mesmo e não tem nada de errado com você.

— Tá bom. Agora quero ouvir a opinião da minha namorada.

— Te tratei como um paciente de novo, não é? — pergunto reconhecendo que dei uma resposta do ponto de vista médico e ele só balança a cabeça, confirmando. — Bom, eu sou boa observadora e sei que ficar quase o dia todo de frente para um computador está te deixando doido. Eu não gosto de te ver assim. Você já fez o que tinha que fazer para se corrigir e acho que vai te fazer muito bem voltar a trabalhar com o que você gosta. — percebo que falei o que ele esperava ouvir quando vejo-o abrir um sorriso e finalmente começar a comer. Sorrio também continuo minha refeição.

Ser policial é a vida dele. Este sonho foi motivado por algo muito forte. Um acontecimento que marcou a família dele, uma tragédia. O Douglas detesta impunidade, seja ela qual for. Se as pessoas vêm ao mundo com uma missão, a dele é essa: colocar os infratores atrás das grades. Eu me orgulho de ter um namorado assim, que luta pelo que acha certo. Todos nós erramos e merecemos não só uma chance de se concertar, mas uma chance de permanecer acertando.

— Será que você vai estar muito ocupado mais tarde? — pergunto fazendo cara de cão sem dono.

— Para você?! Nunca. — sorrio, era o que eu queria ouvir. — O que você quer fazer?

— Não sei... Poderíamos sair para comemorar sua volta ao trabalho, de verdade. — sugiro.

— Ótima ideia, pequena. — concorda sorrindo.

• • •「◆」• • •

Voltei para a clínica querendo que as horas voassem, mas preciso lidar com o lento passar dos minutos. Os pacientes da minha mãe já são meus, praticamente. Os que precisam de acompanhamento semanal e mensal, já se acostumaram comigo e me adoram. Definitivamente agora estou na minha praia, a emergência não era para mim. Apesar de eu ter me saído bem, aquela rotina trazia um peso enorme no meu psicológico. Era um trauma e eu não estava enxergando. O Daniel sempre me falava isso e eu não entendia. Achava que era implicância, mas na verdade, era cuidado. Ele sempre se preocupou comigo e eu nunca havia percebido. Desde de que eu tive aquela reação alérgica, nós não nos vimos mais. Eu já não tinha o costume de ligar para ele, pois achava que poderia confundir sua cabeça. Sinto saudades da rotina de trabalho em sua companhia.

Antes de ir para casa, atualizei a Paola sobre a novidade do Douglas. Ela ficou tão surpresa quanto eu, mas achou ótimo, pois eu já tinha relatado várias vezes sobre como eu o via incomodado com suas novas funções no trabalho.

Não chegamos a combinar o que faremos hoje à noite, mas não importa. Mesmo que hoje seja terça-feira, um passeio pela cidade, caminhar no calçadão de Copacabana, qualquer coisa, já vai nos trazer uma oportunidade de comemorar e conversar sobre a boa nova. Mas óbvio que o fim da noite é que vai ser o melhor evento.

O Douglas chegou na minha casa um pouco mais cedo do que eu esperava e eu ainda não estava pronta para sair. O bom é que o Théo sabe distrair meu namorado. Os dois se dão muito bem já que o Douglas ama cachorros e o meu adora uma atenção. Eles estão na sala se divertindo enquanto eu tomo um banho e lavo os cabelos. De repente, a euforia do Théo para e além do som da TV, não ouço nada, até que o Douglas bate na porta do banheiro.

— FALTA MUITO AÍ, KAREN? — inquire um pouco impaciente. Ele sempre me espera sem reclamar. Não sei porque está com pressa, ainda é cedo.

— JÁ ESTOU TERMINANDO. SÓ MAIS CINCO MINUTOS.

Tento ser mais rápida para não fazê-lo esperar muito. Me enxaguo e me enrolo na toalha. Abro a porta do banheiro e para minha surpresa, ele está sentado na minha cama, e não na sala como estava antes de eu vir tomar banho. Com o celular nas mãos, ele me encara de olhos cerrados.

— Quem é Ygor?

Não faço ideia de como o Douglas ficou sabendo do Ygor. Fico imóvel quando percebo que o celular que está em suas mãos é o meu. O que terá acontecido enquanto eu estava tomando banho? Uma ligação do Ygor? Ouvir o nome dele sendo pronunciado pela voz de alguém que não seja a minha própria consciência, traz de volta todos os sentimentos ruins que ele me causou. Junto a eles, vêm também todos os meus questionamentos sobre ele ter ido embora sem ao menos me dizer que tudo havia acabado e o porquê disso, já que ao meu ver, eu não tinha feito nada para que ele quisesse partir.

— Fala, Karen!!! — o Douglas ordena. — Quem é Ygor?!

— É o meu ex-namorado — respondo ainda mirando o celular.

— E por que ele ainda te manda mensagens?

— O que dizia na mensagem?! — indago cega por explicação para tudo isso.

— É sério que é isso o que importa? — inquire revoltado com o meu questionamento. — Você pode escolher o que achar mais importante. — ele coloca o celular sobre a cama. — Ou você vê a mensagem, ou me explica isso.

"Oi, amor.
Desculpa por tudo o que aconteceu. Eu fui um idiota e estou morrendo de saudades de você. Estou atolado de coisas da empresa para resolver, mas assim que for possível, eu vou dar um jeito de conversar contigo com mais calma. Te amo. Ygor."

Não acredito que ele teve a audácia de dizer que sente saudades de mim e que iremos conversar com mais calma. Pelo código do país e DDD, ele está em Medellín, na Colômbia mesmo e não foi ele quem andou me ligando sem falar nada. Para mim, já estava tudo acabado. Eu só precisava mesmo ver que o erro foi dele e que eu não contribuí para ele tomar a decisão de ir embora. Vou bloqueá-lo e está tudo resolvido.

Enquanto bloqueio-o ouço a porta da sala sendo batida. Tiro os olhos do celular. O Douglas! Saio correndo do quarto e o alcanço no portão da minha casa.

— Espera, Douglas! Vou te explicar tudo. — peço desesperada, pois sei que ele deve estar uma fera por eu ter pegado o celular sem pensar duas vezes. Eu me arrependo dessa atitude, mas não percebi, foi um impulso.

— Você já fez a sua escolha, Karen — fala com frieza na voz e muito decepcionado.

— Volta! — insisto segurando em seu braço. — Eu quero te contar tudo. Cada detalhe — digo já enxergando tudo embaçado por causa das lágrimas que brotam em razão da minha escolha mal feita.

— Não estou mais interessado! — ele puxa o braço meio brusco e se dirige até o carro.

— ELE ME LARGOU, DOUGLAS! — falo alto já que não posso ir atrás dele por estar enrolada na toalha. — NÃO É ALGO QUE EU GOSTE DE FICAR FALANDO. — ele ignora, entra no carro e sai cantando pneu.

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