Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

20

Acordo com o celular tocando, é a Paola. Minha cabeça gira e eu acabo não atendendo, pois o cansaço e a dor de cabeça ainda me impedem de agir. A chamada se encerra e logo o celular volta a tocar. Atendo.

— Você sabe que eu ainda estou dormindo, né?! — minha voz soa cansada e arrastada.

— Até que enfim! Já te liguei umas dez vezes!

— Quem morreu? — pergunto irônica.

— O Douglas!

— O quê? — levanto bruscamente e devastada. — Como assim?

— Isso te despertou? — indaga em tom sarcástico.

— Tá de brincadeira?!

— Só falei isso pra te fazer acordar. - respondeu rindo.

— Sua vaca! — exclamo enfurecida. — Quer me matar do coração?

— Seria uma morte bem irônica, não acha? — não respondo, tento me recuperar do susto. — Eu estou ligando para dizer que eu pensei muito no que você falou ontem e queria perguntar o porquê de você não ter me contado antes?

— O que eu falei ontem? — pergunto totalmente confusa.

— Eu sei que você deve ter bebido, mas foi tanto assim para esquecer que me ligou?

— O que eu falei ontem?!? — insisto na pergunta, agora já bem preocupada.

— Nada demais, só que está apaixonada pelo Douglas, que se sentia quente sempre que o via... — sinto o rosto queimar de vergonha. — Você disse que ficava fantasiando uma transa com ele na cama do hospital! — após dizer isso ela começa a rir descontroladamente.

— Por que você ficou me ouvindo em silêncio?

— O que você bebeu?! — indaga surpresa. — Eu não fiquei em silêncio, conversei com você.

— Então não era a voz da minha consciência...

— Claro que não! Você não pode beber... nunca mais. Eu tive que desligar quando percebi o que você estava começando a fazer, para te dar privacidade, sabe? — ela começa a rir de novo enquanto eu me encho de vergonha.

— Posso te ligar depois, Paola?

— Quando a vergonha passar? Não vou deixar você desligar. Tem noção do quanto isso teria sido mais fácil se você tivesse me contado?

— Não — respondo. — O que seria diferente?

— Eu poderia ter vigiado a porta para você realizar sua fantasia! — diz em tom sarcástico.

— Você pirou?

— Falando sério, eu poderia ter dado o seu número quando ele pediu.

— Ele pediu meu número? — indago incrédula sentindo uma pequena explosão de felicidade.

— Pediu quando percebeu que você não estava vindo trabalhar. Ficou me perguntado sobre você. Isso me irritou num grau...

— Te irritou por qual motivo? — pergunto sem entender.

— Eu sei que tem algo mais nessa história. Você saiu transtornada do quarto dele naquele dia. Eu entrei lá tão puta para colocar os eletrodos no lugar que ameacei cortar o pau dele com a lâmina 10 se ele não te deixasse em paz.

— Oi? Você ameaçou um policial federal??? — pergunto em um rosnado.

— Nossa! Eu ameacei um policial federal! Eu sou muito foda! — diz gabando-se.

— Você é maluca, isso sim.

Tento me manter séria, mas mesmo que eu não tivesse planejado contar tudo à ela, me sentia aliviada. Me permito achar graça dessa situação e rimos juntas.

— Você está de plantão hoje? Já o viu?

— Ele já teve alta, amiga. Faz dois dias. — me mantenho em silêncio, absorvendo a informação. — Eu posso pegar o número dele no prontuário...

— NÃO! — grito equivocada. — Não precisa, deixa do jeito que está. A gente se desentendeu e é definitivo.

— Se desentenderam?! Então estavam entendidos?

— Não complica. É um assunto sério e infelizmente eu não posso te contar. Mas não fique preocupada, eu estou bem. — tranquilizo-a.

— Você não consegue esconder nada de mim por muito tempo. Quando voltar vamos encher a cara e vou descobrir tudo.

• • •「◆」• • •

Aquela notícia me surpreendeu. Perdi a noção do tempo aqui. Até era o que eu precisava, me distrair, sair do tédio, me divertir... Eu queria muito vê-lo, mas me dói lembrar que ele me usou e que talvez o que ele disse não tenha sido verdadeiro.

Fiquei relembrando cada plantão meu depois que ele foi internado. Cada um. As flores, a infecção, o agravamento... Ele quase morreu e nesse meio tempo alguma coisa em mim se perdeu. Eu demorei, mas reconheci isso como uma paixão. Foi um convívio breve, mas que mexeu comigo. Me sensibilizou, me desestruturou. Me deu esperanças e depois tirou.

Saber que ele já teve alta me fez sentir algo estranho. Eu me sentia no controle, pois o hospital era a minha concha, minha bolha. Eu ia trabalhar todos os dias sabendo que ele estava lá e que o veria a qualquer hora que eu quisesse. Agora isso acabou.

— Karen! — minha irmã chama batendo na porta. — KAREN! — ela parece preocupada. Levanto e abro a porta.

— Por que você está usando uma calcinha com abertura?

Merda, Wesley!

— É uma longa história — respondo vestindo meu short.

— Trouxe alguém pra cá ontem?! — inquire tentando entender a razão de eu estar usando esta calcinha.

— Não, Kássia... Você parecia preocupada quando me chamou — digo tentando tirar o foco de mim.

— Ah, é. Eu tô tentando ligar para a mamãe e ela não atende.

— Já ligou para fixo?

— Já e para o papai também. Nenhum dos dois atende.

Me vesti e continuamos ligando para os dois sem sucesso. Comecei a preparar o almoço enquanto ela ligava e depois de almoçarmos, liguei mais uma vez e o papai atendeu. Ele disse que mamãe estava no hospital com o braço quebrado, recebeu a ligação do Dr. Gilberto avisando e foi correndo para lá. Fiquei apavorada com a notícia, mas ele falou que ela já estava bem, com gesso. O Daniel deve ter cuidado dela. Mamãe explicou ao papai que se distraiu olhando uma vitrine ao atravessar a rua e um ônibus se chocou contra ela. Sorte que não estava em alta velocidade. Ela só levou um tombo brusco.

— Essa compulsão da mamãe está passando dos limites! — Kássia fala angustiada.

— Nem me fale — concordo. — Kássia, acho que vou voltar pro Rio.

— Tudo bem, fiquei com vontade de ir também para ver a mamãe.

— Não só por querer vê-la, mas para ajudá-la. Acho que talvez seja a melhor hora de começar na clínica.

— É verdade. Deve ter consultas marcadas até daqui dois meses.

— Você quer ir comigo? — pergunto.

— Vou ver se consigo alguém para substituir minhas aulas. Assim cuido dela em casa e você assume o trabalho dela.

— Então vamos agir? — indago entusiasmada.

Kássia começou a contactar as outras professoras de dança e eu fui para a internet procurar vagas nos vôos para hoje ainda. Sinto uma ansiedade me invadir por vários motivos. Queria ver minha mãe, já estava com saudades antes, agora somada à tensão de saber que ela foi atropelada e quebrou o braço. Só quero chegar, abraçá-la e dar uma boa bronca por ter ficado olhando vitrines.

❦ ══════ •⊰❂⊱• ══════❦

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro