O sequestro
Estamos no dia primeiro de maio. Faltam 3 meses para eu me casar com a Leila agora!
Filippo vai fazer o buffet com a Reclene, o Christian, a Dayane, o Rafaello e a Kathy serão padrinhos do nosso casamento.
Prometi que vou torturar algumas pessoas para descobrir se os pais da Leila estão vivos e se estão, aonde estão, se eles estiverem a perdoado pelo sumiço de anos, o pai poderá levá-la para o altar. Caso ao contrário, Giuseppe a levará.
“Amor, vou matar um cara com o Christian! Quer tomar um banho comigo?” Perguntei.
“Você sabe que não dá! Já tomei e estou me arrumando para ir para o Shopping. Transamos na volta!” Ela disse.
A agarrei por trás já sem roupa e duro, a fazendo gemer baixinho. “Negando para mim, gata?” Falei no ouvido dela.
“Reclama com o Luigi que não tem paciência de esperar a gente transar.”
Bufei. “Foda-se o Luigi! Vou contratar um outro segurança para você!”
“Enquanto não contrata...” Ela me chupou até que eu gozei na boca dela.
Terminei o meu banho e a vi chorando. “Leila, o que foi?” Perguntei sem entender nada.
“Eu fui pegar o seu cartão na sua carteira e eu vi isso.” Ela me mostrou o colar que a Marinne me deu. Arregalei os olhos ao olhar para aquele objeto.
“Amor, isso não significa nada para mim.” Tentei fazer carinho no rosto dela, mas ela virou.
“Se não significa por que guardou?”
“Leila, os meu pais morreram, eu não tinha ninguém e era menor de idade, fui encaminhado a um orfanato, mas eles me maltratavam lá, conheci uma menina muito legal lá, ela me ajudou a fugir, conheci o Christian e ele invadiu o orfanato para pegar as minhas coisas que ficaram lá e ela pediu para eu entregar este colar. Eu guardei, mas não significa nada para mim.”
“Já significou?” Olhei para baixo e não consegui responder.
“Já?” Ela gritou.
“Sim.” Disse quase inaudível.
“Leila, está pronta?” Luigi bateu na porta.
“Estou sim, Luigi!” Leila disse.
“Quanto tempo tem isso?” Ela me perguntou.
“11 anos.” Ela me deu um beijo longo.
“Te amo muito.” Eu disse.
“Também.” Ela respondeu, deu um jeito na maquiagem que borrou e saiu.
Me arrumei, saí de casa, encontrei com o Christian e nós dois matamos o homem que nos mandaram matar com facilidade.
Hoje é aniversário do Christian, então eu combinei de acompanhá-lo num ensaio fotográfico depois de matar o cara e depois iremos para a mansão porque a Meirieli fez questão de comemorar lá.
Estávamos num corredor da agência, enquanto uma loira de parar o trânsito parou para falar com o Christian. “Oi, Chris!” Ela disse com uma voz melosa.
“Oi, Gracy. Este aqui é o Salvatore.” Christian me apresentou. Ah, se eu fosse solteiro...
“Meu pai, me diz que é modelo novo!” Gracy olhou para o teto e juntou as mãos como se estivesse fazendo uma prece. Christian sorriu e eu me mantive sério. Não poderia deixá-la perceber que eu a achei interessante.
“Deus me livre!” Respondi revirando os olhos. Modelo é coisa de viado.
Ela riu. “Se quiser me conhecer melhor...” Gracy deu um cartão para mim, mas assim que ela passou joguei fora. Se a Leila ver este cartão eu estou morto, ainda mais depois de hoje.
“Faz isso não! Ela é uma das mais gostosas da agência!” Christian disse.
“Se a Dayane ouvir isso, está ferrado!” Rimos.
“Christian, está 10 minutos atrasado! O que aconteceu?” Vânia perguntou assim que entramos no estúdio.
“Estava matando um homem.” Christian falou a verdade, não se preocupando que havia um homem sentado lá que poderia se assustar com a resposta.
“Você é um brincalhão! Christian, quero que conheça o senhor Mark Brickin, dono da Men's Health.” Vânia sorriu, tentando ao máximo fazer com que o homem acreditasse que era brincadeira.
“Claro, bom humor faz parte da vida. Prazer em conhecê-lo, senhor Mark.” Christian sorriu com a cara mais deslavada do mundo.
“O prazer é todo meu. Aquele dali também é modelo?” Mark perguntou para o Christian, apontando para mim, ao mesmo tempo em que me analisava.
Minha vontade era de sacar a 38 e matá-lo. Vai analisar o cu dele, porra!
“Não. Sou apenas um amigo.” Resolvi responder ao viado.
“Christian, vamos fazer umas fotos com você só de cueca, ok? Cueca preta vai ficar bom.” Mark falava enquanto analisava o Christian.
Christian começou a tirar as fotos.
Mandei um Whatsapp para a Leila.
“Está aonde?” Perguntei.
“Saindo do Shopping.”
“Estou esperando acabar aqui e estou indo para a mansão com o Christian. Te amo!”
“Ok. Também te amo.”
Christian deixou a mochila com a arma e o celular comigo. Vi que o celular dele apitou, peguei e era uma mensagem do Whatsapp que a Sarah havia mandado. Deve ter acontecido algo.
O ensaio acabou. “Parabéns, garoto. Você tem futuro!” Mark disse.
“Obrigado.” Christian sorriu e apertou a mão do homem que se encaminhou para a porta do estúdio, me deu uma piscada e saiu de lá. Ainda bem que ninguém viu! Que vontade de matá-lo!
“Gostou do ensaio, Salvatore?” Christian me perguntou para me irritar.
“Não prestei atenção. Vai colocar uma roupa.” Revirei os olhos e o Christian riu.
“Eu vou.” Christian disse já se encaminhando para o biombo para colocar uma roupa.
“Christian, só vê a mensagem que você recebeu antes. Foi da Sarah.” Christian pegou o celular e leu a mensagem.
“Salvatore, sai daqui. Diane está vindo para cá com a Sabrinna e a Jaqueline. Vai para a mansão. Eu vou passar em casa e logo vou para mansão, fala para a minha mãe me esperar um pouco que eu já estou chegando e pede para que ela não mate as minhas irmãs. Elas são idênticas a ela.” Christian sorriu.
“Pode deixar. Se precisar de alguma coisa, me manda mensagem.” Disse e o Christian assentiu com a cabeça.
“Vai embora não, Salvatore! Meu horário de trabalho ainda não acabou!” Lyta gritou ao perceber que eu estava saindo, mas a ignorei por completo. Tenho que sair daqui!
Dei uma porrada na parede ao me dar conta que eu não faço ideia de como sair daqui sem ser pela entrada da frente. Se eu sair pela frente, estarei fodido. Se eu ficar neste prédio estarei fodido, caso elas entrem. Vou ter que me esconder e mandar uma mensagem para o Christian, espero que ele responda.
Voltei a andar em busca de algum lugar em que eu possa me esconder para mandar a mensagem e aguardar a resposta até que... “Aí!” A mulher disse, após nossos corpos se chocarem. Onde ela estava que eu não vi?
“Desculpa, estava distraído!” Disse.
“Salvatore!” Ela sorriu ao olhar para cima.
“Rosi, estou fugindo da polícia. Este prédio tem uma saída pelos fundos, sabe onde é?”
Eu lembro que tem porque no dia que o Passarinho Preto entrou aqui para ficar de olho na Dayane para o Christian sequestrá-la, ele disse que iria sair pelos fundos.
“Meu trabalho acabou, posso sair com você.”
“Prometo que te dou cobertura, caso algo dê errado.” Disse. Ela sorriu.
“Pega na minha mão, finge que a gente está namorando, talvez elas não olhem tanto para você.” Peguei na mão dela e saímos de lá.
Não tivemos problema algum e fomos para a mansão.
“Salvatore, o que está fazendo com a minha mulher?” Riccardo perguntou.
“Encontrei com ela na agência.” Disse.
“Cadê o meu filho?” Meirieli perguntou.
“Foi bater um papinho com a polícia, eu não pude ficar porque se me reconhecessem eu seria preso. Christian disse que depois disso, vai passar na casa dele para pegar a Dayane.”
“Eu vou matar essa delegada!” Meirieli disse.
"Meu, amor!" Leila disse e me deu um beijo apaixonado que eu tratei de devolver com a mesma intensidade.
Um tempo depois recebi um Whatsapp dele: “Já estou em casa, mas a Dayane ainda está na rua. Está tudo bem aí?”
“Está sim. Estamos te esperando.” Respondi a mensagem.
Começamos a ver um filme. “Não acha que o Christian está demorando muito não?” Reclene perguntou sentando no sofá.
“Devem estar transando.” Leila respondeu sorrindo.
“Vou matar a Dayane! Meu filhinho tinha que estar aqui, na minha casa!” Meirieli disse. Nós a ignoramos.
Passou mais umas duas horas até que ele finalmente chegou.
“Parabéns, seu arrombado!” Disse assim que o vi e o dei um perfume de presente. Já tinha dito antes, mas ele merece ser parabenizado muitas vezes.
“One million! Amo esse perfume! Obrigado.” Christian sorriu.
“Como foi lá com a delegada?” Perguntei curioso.
“Ela queria que eu invadisse o cabaré, mas eu não vou ainda mais agora que eu descobri que vou ser pai!” Christian sorriu.
“Parabéns!” O abracei.
Espero que a Leila mude de ideia assim como a Dayane mudou e que ela engravide também. Sou louco para ser pai!
“Parabéns, Dayane!” Leila abraçou a Dayane quase chorando. Os outros também parabenizaram os dois.
Hoje é um dia de festa mesmo. Dia do aniversário do Christian, um ano de casamento e a notícia de que a Dayane está grávida! Hoje tem tudo para ser uma data inesquecível.
“Meirieli, para as suas diabinhas.” Dayane deu as armas para os bebês que ficaram loucas mexendo que até pararam de chorar.
“Otárias! As armas não são de verdade!” Meirieli gritou com as meninas, inconformada por elas terem gostado das armas de brinquedo.
“Ma.” Mily disse apontando a arma para a Jully.
“Tar.” July disse apontando a arma para Mily. São filhas da Meirieli mesmo!
“Giuseppe, elas falaram matar! Elas falaram! Que orgulho que eu tenho dessas meninas! A primeira palavra do Christian foi bola. Mulheres são tão mais inteligentes!” Giuseppe sorriu embasbacado ao ouvir as gêmeas.
“Mãe!” Christian a repreendeu, mas ela não o deu atenção e ficou brincando com as gêmeas.
“Christian quando o Diane vai invadir o cabaré? Preciso entrar antes com a Leila e com o Luigi!” Lorenzo disse.
“Com a minha mulher você não vai mesmo. Vai invadir essa porra sozinho ou com o Luigi se quiser, com a minha mulher não.” Disse puto da vida.
“Eu vou sim! Você não manda em mim!” Leila respondeu e eu lancei um olhar de repreensão para ela. Jamais a deixaria ir.
“Diane não disse, Lorenzo. Mas acho que ela não vai demorar muito para invadir. Paolo, fica uns dias sem encontrar com a Aline. Será melhor para você.” Fabrício mora no cabaré e o Paolo só encontra a Aline lá.
“Não consigo ficar um dia sem vê-la.” Paolo cruzou os braços.
“Então, fica esperto.” Christian piscou o olho.
Ficamos conversando e horas passaram-se num piscar de olhos.
“Dayane, vou subir para pegar o meu Blue Seduction que eu deixei aqui na última vez que nós dormimos . Já volto.” Christian a deu um beijo.
Escutamos um barulho do brinquedo das meninas. É um diabinho que dá uma risada maligna.
“Lígia, você não colocou as minhas diabinhas para dormir? Por que elas estão acordadas? Christian não pegaria o diabinho para brincar com elas, caso elas estivessem dormindo.” Meirieli disse.
“Mas eu botei. Elas devem ter acordado. Você quer que eu dê uma olhadinha nelas?” Lígia perguntou.
“Não. Elas estão com o meu filho, não tem necessidade.”
As gêmeas começaram a chorar muito. “Dayane, parece que o Christian não leva o menor jeito com crianças! As diabinhas choram muito, mas não choram assim desse jeito.” Lorenzo disse.
“Será que aconteceu alguma coisa?” Dayane perguntou para quem quisesse responder.
“Christian assustou as crianças, apenas isso.” Lorenzo deu de ombros.
Depois de alguns minutos em silêncio, eu resolvi dizer: “Vocês não acham que ele está demorando muito lá em cima não?” Eles se entreolharam.
“Christian, está tudo bem aí, cara?” Perguntei, mas não obtive resposta.
“Fomos atacados!” Disse.
“Impossível! Quem seria idiota o suficiente para nos atacar?” Meirieli perguntou já sacando a arma.
“Fabrício.” Respondi. Dayane começou a chorar.
“Salvatore, pelo tempo ele já foi. Deve ter levado o Christian para a sala da tortura no cabaré. Christian se preocupou tanto que a Dayane pudesse ser atacada que esqueceu de pensar no óbvio. Dayane embora seja prima do Christian, ele nunca a viu dessa forma e mulheres podem ser substituídas por outras, mas o amor da família não e é por isso que o Fabrício não pode saber que ela está grávida. Meirieli, tenho certeza que o Christian foi sem resistir porque o Fabrício atacou as suas filhas. Está na hora da gente invadir um certo cabaré.” Leila disse.
“Se ele atacou as minhas diabinhas e levou o meu filho, ele pode se considerar um homem morto!” Meirieli disse.
"Você acha que ele faria alguma coisa contra os meus filhos, se soubesse que eu estou grávida para atingir o Christian?" Dayane perguntou para a Leila.
"Ele daria um tiro na sua barriga para que o Christian não tenha a alegria de ser pai." Leila disse tentando se controlar para não chorar. Como ela o conhece tão bem?
Subimos e as diabinhas estavam no chão do quarto com a janela aberta e o perfume estava dentro do berço. Coloquei o perfume no banheiro e botei as diabinhas no berço novamente.
Ainda acho que elas choram daquele jeito pelos diabos que a Meirieli colocou para enfeitar as paredes do quarto delas. Acho que isso as assustam.
Luigi me ligou e eu atendi. "Spinoza."
“Salvatore, o Fabrício está indo atrás da Leila. Aquele desgraçado torturou a minha mulher.”
“Ele pegou o Christian. Vamos atacar hoje.” Disse.
“Está pensando em chamar reforços? Nada de polícia. A Sarah está com o Fabrício nessa.” Não acredito nessa porra!
“Sabia que aquela benevolência toda estava estranha.” Disse mais para mim do que para ele.
Mas de qualquer modo, jamais poderia chamar a ajuda da polícia, só se eu quisesse ser preso porque eu seria reconhecido com toda a certeza. Diane só protege o Christian.
“E aí, qual vai ser, chefe?” Luigi perguntou.
“Chama os bandidos que participaram dos ataques que fizemos na rua. Vamos matar os seguranças, tirar as prostitutas do local, tirar o Christian de lá e matar o Fabrício, Francesco e a Sarah. A Aline nós não iremos matar, ok?”
“Ela faz parte da família! Tem certeza?” Luigi perguntou.
“Ela é boa, não merece morrer. Nos vemos daqui há uma hora lá.”
“Ok.” Luigi disse e nós desligamos.
“Obrigado por poupar a vida da minha namorada, mas eu não posso ir. Ela não vai me perdoar, se eu invadir.” Paolo disse.
“O Christian pode estar morrendo lá, se você não for, se considere expulso da máfia.” Disse puto da vida.
“Eu vou.” Ele respondeu contrariado.
“Eu também vou e vou matar o Fabrício.” Leila disse.
“Eu vou ter que liderar, como vou fazer isso e ainda te proteger? Você fica!” Disse.
“Eu vou e não se fala mais nisso.” Leila disse categórica. Não tinha tempo para discutir com ela.
“Cadê a Meirieli?” Perguntei.
“Desculpa, a Lua me ligou. Eu vou e o Giuseppe vai ficar aqui com a Dayane e as diabinhas.” Ela disse.
“Tudo bem.” Respondi.
“Salva o meu marido!” Dayane me abraçou e começou a chorar. Leila revirou os olhos morrendo de ciúmes.
“Eu vou tirar o meu irmão daquela porra, eu prometo!” Disse.
Chamei o Rafaello e a Kathy para invadir o cabaré também, eles não quiseram por se tratar do Bonini, mas eu disse que mataria os dois e eles aceitaram o meu convite.
Saímos da mansão. Espero que eu consiga salvar o Christian e proteger a Leila para que ela não morra.
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Boa noite, meus amores!
O que será que vai acontecer no próximo capítulo?
O que será que a Leila vai aprontar quando ela for para o cabaré?
Dedicado à:
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