O que faltava para me completar
Quase dois meses se passaram e, por incrível que pareça, foram meses bastante tranquilos. Um verdadeiro milagre, devo assim dizer.
Estamos no dia primeiro de agosto de 2018, o dia do meu casamento. Espero que tudo dê certo e que não acabe em confusão.
Nós optamos em fazer uma festa só para os mais chegados. São ao todo 38 convidados: o bando todo e as mulheres deles, Reclene, Filippo, minha mãe, meu pai, a mãe da Dayane, a mãe biológica do Christian, a Lyta, a Gracy, a melhor amiga da Meirieli e o marido, Luigi, as professoras da companhia da Leila, Lídia, Lígia, Rafaello, Kathy, Maria Eduarda, o William Levy, Gianny, Gabriel e a passarinho rosa.
Queria ter chamado a Marinne, mas sei que a Leila jamais teria deixado. Já tive que insistir muito para que eu pudesse entregar o convite para a Gianny! Me senti culpado por tê-la julgado mal e por isso quis convidá-la.
Leila arrumou muitos alunos e por isso teve que criar mais um horário e está chegando em casa muito tarde.
Fico feliz que ela esteja prosperando e sempre que posso, faço um surpresa para ela na Body Art.
Dayane se aproximou bastante da mãe, o que está a deixar o Christian louco! Ele diz que a mãe da Dayane é o próprio demônio em terra. Não tem como ser pior do que a Meirieli! Tem?
Christian também se aproximou bastante da mãe biológica, o que está deixando a Meirieli louca de vontade de matar a Vitória. Mas ela sabe que se fizer isso, poderá perder o amor do filho e por isso fica só na vontade mesmo.
As horas se passaram e finalmente deu a hora de me arrumar para casar. Fui até a um dos meus apartamentos, o que a Leila escolheu para morarmos, juntamente com o bando e o Gabriel. As mulheres vão se arrumar na mansão, incluindo a passarinho rosa e a minha mãe. Só espero que a minha mãe sobreviva às loucuras da Meirieli nessas poucas horas que ficarão juntas.
"Mais um que não fez despedida de solteiro." Lorenzo disse revirando os olhos.
"Duvido que a Kelly deixará você fazer." Disse.
"Mulher não manda em mim não, parceiro, além disso quem disse que eu quero pôr as algemas?" Ele disse, mas não me pareceu convicto com as palavras ditas.
"Você é quem pensa." Disse e o Lorenzo revirou os olhos.
“Christian, ajuda o Gabriel a se arrumar, por favor.” Pedi.
“Pode deixar!” Christian sorriu.
“Eu que vou ter que ajudar o tio Christian a se arrumar. Ele demorar mais do que a mamãe, pai.”
“Isso é uma tremenda calúnia!” Christian disse sorrindo.
“Você é um viado, todos nós sabemos disso, Ferrandini!” Disse.
“Talvez eu seja, acho que já não estou agradando a minha mulher.” Ele disse olhando para baixo.
“Que foi? A pipa do vovô não sobe mais?” Lorenzo perguntou para provocá-lo.
“Não fode! Não é isso! É que ela está saindo, não me conta para onde vai, tem agido de forma esquisita e eu acho que ele tem outro.” Christian disse com um tom de voz triste.
“Acho que ela não te traíria.” Disse com sinceridade.
“Tem um mês que ela está agindo esquisito, porra!” Christian disse.
“Um mês? Não tem um mês que o ex dela, o Onur fugiu da cadeia, Christian?” Lorenzo perguntou o que tive medo de perguntar.
“Tem.” Christian disse quase inaudível.
“Mas dizem que ele ainda está com a Tayná.” Disse.
“Desde quando isso impediria ele de ficar com a Dayane?” Lorenzo perguntou, deixando o Christian pensativo.
“Eu não sei, mas a minha Rosi também tem agido estranho. Vive fazendo ensaio fotográfico tarde da noite, não me dá mais detalhes, é como se algo estivesse muito errado com ela.” Riccardo disse.
“Aline também mudou. O que será que deu nessas mulheres?" Paolo perguntou.
“Pai, a Rosa pode mudar comigo também? Não quero que ela mude!” Gabriel cruzou os braços.
“Ela não vai mudar.” O abracei.
“Christian, não esquece de ajudar o Gabriel a se arrumar e depois a gente conversa melhor sobre a sua mulher, parceiro! Tudo vai dar certo.”
“Tudo bem.” Christian sorriu fraco.
Entrei no meu quarto, que em breve será meu e da Leila, coloquei a roupa e um sentimento único se instalou em mim, como se finalmente a ficha caísse e eu percebesse que eu vou de fato me casar com a mulher da minha vida. Coloquei um perfume e saí do quarto.
“Papai, o tio Riccardo me arrumou. Tio Christian ainda não saiu do quarto. Me empresta o seu perfume? A rosa disse que gosta de homem cheiroso.” Gabriel disse.
“Claro que empresto.” Voltei para o quarto, peguei o perfume e coloquei nele.
“Gabriel, se quiser a gente pode sair juntos para comprar uns perfumes. Estou precisando mesmo aumentar a minha coleção.” Christian disse.
“Eba!” Gabriel comemorou.
Pegamos o carro para irmos para a igreja e ativamos as escutas.
Contratei seguranças e bandidos para fazerem a segurança da minha festa, afinal de contas, os politicamente corretos não são confiáveis e geralmente não executam bem o trabalho.
Antes de entrarmos na igreja, vi os seguranças e os bandidos que eu contratei em torno da mesma.
“Venham todos aqui.” Chamei e eles vieram.
“Se algum penetra entrar, não matarei apenas o responsável por deixar entrar, matarei um por um, então, fiquem de olhos bem abertos! Se um de vocês pensarem em fugir, eu vou achar e vou tirar a pele fora com o elemento ainda vivo, então não fuja! É melhor morrer por um tiro do que do jeito que irei fazer.” Eles se assustaram e engoliram em seco.
“É por isso que você é o meu braço direito, irmão.”Christian disse impressionado com o meu discurso. Sorri.
Entramos na igreja e assim como no casamento da Dayane, a igreja estava com os bancos todos enfeitados com lírios brancos. A Leila fez questão dos lírios devido aos diversos significados da flor que seriam: casamento, pureza, inocência, majestade, doçura, paz, saudade, nobreza e proteção contra o mal.
Comecei a andar de um lado para o outro, os minutos mais pareciam horas. A cada segundo que passava, mais nervoso eu ficava. Agora eu entendo o que o Christian sentiu.
Christian me abraçou, me fazendo parar de andar igual a um louco e disse: “Fica tranquilo, ela vai chegar. A sua vida junto a ela só está começando. Este é o início da sua verdadeira felicidade, meu irmão.” Sorri.
Dayane entrou na igreja, arrancando o sorriso mais sincero do meu irmão. Ela estava de fato muito linda e aquele barrigão de cinco meses só a faz ficar mais bonita ainda. Como eu queria ver a minha mulher assim! Espero tanto que ela mude de ideia um dia.
“Espero que você seja feliz, assim como eu sou com o Christian.” Dayane me abraçou forte. Sorri.
Ela definitivamente não parece que está o traindo. O que será que ela está fazendo de errado?
Minha mãe me abraçou. Ela estava tão linda! “Ah, meu filho! Você está tão bonito! Mas esta gravata está toda torta! Seu pai não te ensinou não? Vem cá que eu te ajeito!” Sorri. Ela estava emocionada.
“Até outro dia, você roubava as minhas revistas e agora está se casando! Parabéns!” Meu pai me abraçou.
Kathy estava mais linda do que antes, roubando a cena ao entrar na igreja. Também com aquele peito siliconado e aquela bunda gigante, seria impossível passar desapercebida.
“Parabéns, Salvatore!” Ela me abraçou e o Rafaello me fuzilou com o olhar.
"Obrigado, Kathy." Agradeci sem saber direito aonde pôr a mão. Rafaello se deu tão bem com este mulherão! Ainda não sei o que ela viu nele. Feio para caramba.
Voltei a andar de um lado para o outro até que a música Perfect do Ed Sheeran com a Beyoncé começou a tocar.
Leila realmente estava perfeita com um vestido branco e com o buquê de rosas do deserto na mão. Estas rosas são o símbolo do nosso amor.
A rosa estava na frente da Leila, jogando as pétalas das rosas do deserto pelo chão.
Leila estava andando lentamente em minha direção, os olhos dela não deixaram o meu nem por um segundo sequer e eu não conseguia deixar de sorrir, tamanha era a minha felicidade.
Meu pai a entregou para mim. “Seja feliz, meu filho e cuide bem dela.” Ele disse e sorriu para mim.
“Eu vou.” Sorri.
“Você está linda, perfeita.” Disse para a Leila que apenas sorriu.
Os olhos verdes dela brilhavam intensamente, muito mais do que em qualquer outro dia em que a vi. Ela estava feliz e eu era o responsável por isso.
Padre Antônio começou a celebrar o casamento e céus, como o homem fala. Não compreendi uma só palavra que ele dizia, a minha mente só estava focada na lua de mel que terei com a Leila assim que a festa terminar.
“Leila Milani, aceita Salvatore Spinoza como seu legítimo marido, promete ser fiel, amá-lo e respeitá-lo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da sua vida, até que a morte os separe?” Padre Antônio perguntou. Meu coração disparou.
“Sim, aceito!” Ela sorriu.
“Salvatore Spinoza, aceita Leila Milani como sua legítima mulher, promete ser fiel, amá-la e respeitá-la na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da sua vida, até que a morte os separe?” Padre Antônio perguntou.
“Aceito!” Sorri.
Gabriel nos entregou as alianças.
“Se alguém se opõe a este matrimônio, fale agora ou cale-se para sempre. Lembrando, é claro, que o marido em questão porta de uma 38 neste exato momento”. Padre Antônio disse . O silêncio sepulcral se fez na igreja.
“Sendo assim, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.” Padre Antônio disse.
A dei um beijo cheio de segundas intenções e carregado de amor.
Saímos da igreja com uma chuva de tiros, tradição da máfia.
“Meninas, vou jogar o buquê!” Leila disse. Todas elas se aglomeraram e uma gritaria começou a se formar.
“É um, é dois, é três e já!” Leila jogou o buquê e a Aline pegou.
“Paolo, eu peguei o buquê! Eu peguei!” Aline pulava, enquanto abraçava o namorado.
“Pode desgrudar. Você está animadinho demais, Paolo! Aline é a minha irmã.” Christian disse ao perceber que o Paolo estava duro. Paolo revirou os olhos em protesto, Aline saiu de cima do Paolo.
“Que saco! Fabrício fica em casa e você o substituí! Eu não queria casar, me acho nova para isso, mas acho que não terei solução. Vocês e o Fabrício não me deixam em paz!” Aline estava puta.
“Casar? Não, você é a minha irmãzinha!” Christian disse.
“Sou sua irmã, mas sou mulher. Acorda, Christian!”
“Ela está certa, Christian! Deixa a sua irmã viver a vida dela.” Dayane disse e o Christian ficou pensativo.
“Padre Antônio, quer ir para a festa?” Perguntei.
“Como se eu tivesse alguma opção.”
“Deixa de ser cagão! Não vou te matar!” Sorri.
“Vai ter cálice sagrado?” Ele sorriu.
“Claro!” Respondi.
“Então eu vou.” Padre pinguço da porra.
“Estamos indo, espero que não falhem na segurança da minha festa, se não vocês sofrerão as consequências!” Disse para os seguranças, antes de eu entrar no carro. Eles engoliram em seco novamente.
Gabriel estava de mão dada com a Rosa. “Eba! Mamãe e papai se casaram!” O menino começou a pular. Passei a mão na cabeça do meu filho.
"Que bom que você está feliz, meu amor!" Leila sorriu.
“Rosa, algo me diz que nos veremos muito ainda e eu acho que não devo mais te chamar pela cor e sim pelo nome. Como você se chama?” Perguntei.
“Karol.” A menina sorriu timidamente.
“Você é muito importante para o nosso filho, sabia?” Leila perguntou.
“Ele também é para mim.” A menina suspirou. Esse é o meu garoto!
Entramos no carro.
“Te amo, Leila Spinoza!”
“Também te amo, Salvatore Spinoza!” Leila me beijou.
Espero que nada dê errado durante a festa.
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Boa noite, meus amores!
Feliz Natal!!!
Será que na festa do casamento deles terá confusão ou não?
Escutem a música da mídia. Foi a marcha nupcial do casal!
O que será que a Dayane está aprontando?
Dedicado à:
karolmeer (a passarinho rosa)
O vestido da Leila.
A rosa do deserto. O buquê da Leila!
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