Bônus Leila Final
“Salvatore!” Sorri ao vê-lo.
“Não fala comigo, sua puta! Então quer dizer que ele te comeu e agora está apagadão?” Salvatore perguntou.
Eu não respondi. Na verdade estava com medo do que ele iria fazer e não estava entendendo porque o Riccardo não acordava, parecia que ele estava morto.
“Riccardo, acorda! Pelo amor de Deus!” O balancei e nada.
Olhei para o Salvatore aterrorizada. O meu medo não era mais do Salvatore, eu estava com medo do Riccardo estar morto.
“Acha que ele pode te salvar, sua vagabunda? Você saiu da porra do cabaré, mas continua sendo uma puta! Só o grande otário aqui que não conseguiu ver isso!”
“Puta por que? Nós terminamos!”
“E por isso você se acha no direito de transar com ele no primeiro dia que a gente termina?” Salvatore começou a bater no Riccardo e eu comecei a gritar.
Salvatore estava transtornado, de um jeito que nunca vi igual. “Para, você vai matá-lo!” Comecei a chorar.
“Puta tem sentimento ou você está só fingindo para ganhar pontos com o seu cliente em questão?”
“Salvatore, para!” Christian gritou, mas o Salvatore ignorou.
“Salvatore? O que está acontecendo?” Riccardo perguntou confuso ao finalmente acordar.
“Você não sabe?” Salvatore deu mais um soco no Riccardo que o fez desmaiar e continuou a socar.
Christian o segurou e disse: “Para! Você vai matá-lo desse jeito!”
“É o que ele merece! Não somente ele.” Salvatore olhou para mim, me arrepiei de medo.
Aproveitei que o Christian o segurou e entrei dentro do banheiro do Riccardo porque fiquei com medo de morrer e tranquei a porta.
Vi que havia um remédio para dormir com a tampa aberta, por isso ele não acordava.
Talvez ele tenha feito isso porque me viu nua dormindo na cama dele e sabia que não iria poder transar comigo! Meu Deus, eu só faço merda!
“Leila, eu vou arrombar essa porta se você não sair por bem!” Salvatore gritou.
“Você vai me bater?” Perguntei com medo da resposta.
“Você será punida e não esquecerá a merda que fez. Vou te dar um corretivo que nem o Fabrício conseguiu te dar. Sai do banheiro. Está é a última chance que eu te dou.”
Saí do banheiro. “A vadia não queria ir para a rua rodar a porra da bolsinha? Então, vamos dar um passeio."
“Você vai matá-la?” Christian perguntou.
“Sei que eu não posso matar um membro da máfia, mas se eu matar também sei que você não me mataria.” Salvatore respondeu e eu acho que ele está certo.
“Christian, faz alguma coisa! Ela não merece morrer! Nem trair o Salvatore ela traiu, só ficou com outro cedo demais.” Dayane disse para tentar me ajudar.
“Dayane, em briga de marido e mulher não se mete a colher.” Christian disse.
“Você a tirou do cabaré para deixar com que o Salvatore a mate? Se arriscou á toa?” Dayane perguntou.
“Salvatore vai fazer o que acha que deve ser feito. Vou estar ao lado dele sempre.” Christian colocou a mão no ombro do Salvatore e por um momento parecia que a fúria dele havia passado.
Ele sorriu para o Christian, olhou para o Riccardo desmaiado na cama e parecia, pela expressão facial dele, que ele começou a se sentir culpado pelo o que ele fez.
Só espero que o Riccardo não morra, se não eu vou me sentir mais culpada ainda. Eu nunca faço nada certo.
“Posso usar o seu carro?” Salvatore perguntou para o Christian.
“Claro, irmão.” Dayane revirou os olhos em protesto. Salvatore sorriu.
“Vamos, Leila.” Salvatore disse.
“Vou sair assim?” Perguntei alarmada.
“Sempre gostou de andar nua e agora não quer ir para a rua pelada?” Ele perguntou aos berros completamente exaltado.
“Leila está certa, cara. Imagina se te pegarem na rua com ela nua? Você está se escondendo da polícia e vai dar um mole desses?” Christian o questionou para o meu alívio.
Salvatore bufou, tirou a camisa dele e me entregou sem ao menos olhar para mim e disse: “Veste.”
Coloquei a camisa dele e sorri igual a uma idiota porque a camisa tinha o cheiro dele, aquele cheiro gostoso que eu amo o cheiro do meu homem, ou devo dizer ex homem?
Salvatore saiu do quarto e eu lembrei da micro câmera que eu coloquei atrás do quadro.
Era uma Monalisa de Leonardo Da vince, realmente parece que ela me olha em qualquer posição que eu fique. Acho que eu escolhi um ótimo local para colocar a micro câmera. Sorri internamente com o pensamento idiota.
Se a Meirieli pegar isso aqui eu estou morta. Consegui tirar sem que ninguém notasse e desligar a câmera.
“Vamos, não vou ficar esperando você admirar o quadro do seu amante não!” Salvatore disse.
“Christian, ele está vivo?” Perguntei.
Christian estava sentado na cama desesperado, chamando pelo Riccardo que se encontrava inconsciente, enquanto a Dayane chorava.
“Praticamente morto. Estou cogitando a hipótese de levá-lo para o hospital.” Christian respondeu.
“Hospital não. Chama a Aline Fernanda e se ele morrer, morreu. É só mais um na conta do Salvatore. Não faz diferença.” Meirieli gritou.
Não acredito que ela está no quarto dela prestando atenção no que acontece aqui.
Salvatore abaixou a cabeça. “Você só se preocupa com ele. Parece que ama mais o seu amante do que a mim!”
“Eu não o amo, ele está morrendo... a culpa é minha, como você quer que eu fique?”
“Vamos.” Ele me puxou pelo braço.
“Salvatore, não a mate! Por favor!” Dayane disse em prantos.
“Pode matar, menos uma boca para alimentar!” Meirieli gritou novamente.
“Christian, faz alguma coisa! Ele está descontrolado!” Dayane chorava e batia no Christian, mas ele não se movia, apenas nos via nos afastar.
Lorenzo e Paolo sumiram, só faltava eles para completar o show. Mas foi bom o Lorenzo não ter aparecido porque ele teria feito o Salvatore matar o Riccardo. Eles devem ter ido ao cabaré.
Entrei no carro. “Por que não me mata logo de uma vez?” Perguntei. Sei que dessa eu não escapo, pelo menos não inteira.
Ele riu. “Você não vê? A graça é a tortura. A morte é rápida, não dá para apreciar a vida saindo do corpo do outro.”
Ele passou a mão no meu rosto, eu não deveria, mas gostei do toque. Meu coração disparou, o bico do meu peito estava duro, ficando completamente à mostra através da camisa. Merda.
“É uma puta mesmo, sempre vai ser.” Ele colocou a mão no bico do meu peito.
Fiquei triste com o que ele disse, mas estava excitada. O meu corpo corresponde tão bem ao toque dele, isso não deveria acontecer. O pior é ele está certo, sempre serei uma puta.
Entramos num estacionamento de um supermercado. “Está com fome?” Perguntei fingindo inocência porque é óbvio que ele não pararia para comer numa hora dessas.
Espero que ele não me mate aqui. O pior é que o estacionamento se encontrava vazio devido a hora.
“Não é da sua conta, vadia. Só me espera aqui e nem tente bancar a engraçadinha e fugir de mim porque se você fizer isso, estará mais ferrada ainda quando eu te encontrar.” Ele saiu do carro e entrou no supermercado me deixando sozinha.
Escondi a micro câmera no carro do Christian e comecei a rezar. Quantos anos que eu não faço isso? É o desespero mesmo! Não quero morrer!
Minutos depois ele voltou. “Sorvete? Você é igual mulher que quando está triste se entope de sorvete?” Perguntei.
“Você está me chamando de viado? Você quer que eu te mostre quem é o viado?” Ele apertou com força o meu queixo.
Eu não quis dizer isso. Eu só não entendi o motivo dele ter comprado o sorvete em meio a este caos todo. Só faço merda e piorei mais ainda as coisas para o meu lado.
Ele continuou dirigindo e entramos numa casa muito bonita.
“É sua?” Perguntei sem olhar para ele.
“Sim. Fica aí” Salvatore respondeu bem baixinho. Ele foi em direção a outro cômodo, me deixando sozinha na sala.
“Bonita! Quem é?” Perguntei ao notar que ele retornou. Apontei para o porta retrato de uma mulher muito bonita, mas era mais velha do que ele. Só não entendi o motivo dele ter retornado com uma colher na mão.
“Minha mãe.” Ele sorriu ao olhar para a foto e deitou o porta retrato logo em seguida.
“Eles moram aqui?” Perguntei.
“Não.” Ele começou a chorar. Falei algo de errado?
“Desculpa.” Pedi, mesmo sem entender o motivo dele ter chorado.
“Só cala a porra da boca.” Ele gritou. Fiquei quieta.
Subimos uma escada e entramos num quarto. Vi uma foto dele mais novo, deveria ter uma 13, 14 anos. Olhei para o porta retrato e sorri. Ele era lindo e agora está mais ainda.
“Para de ficar olhando para as porras das fotos! Quer me deixar mais puto do que eu já estou?” Ele perguntou.
Não entendo o motivo dele ficar tão estressado com isso. Virei e fiquei olhando para ele, esperando a minha sentença.
Ele tirou a camisa que eu estava e eu sorri, gosto de estar nua na frente dele. Ele me empurrou, me fazendo deitar na cama e tirou a roupa.
Colocou os meus braços na altura da minha cabeça, os segurou com uma unica mão. Logo em seguida, me deu um beijo arrebatador, quente e intenso como se fosse o último beijo e eu o beijei com a mesma intensidade.
Imaginei que ele fosse me matar e não que fossemos transar agora. Ele possuía o mesmo olhar doce de sempre, mas está com um ar selvagem. Algo que eu nunca vi nele antes, mas que muito me agrada e excita.
Permiti que as lágrimas caíssem do meu rosto, permiti me mostrar para ele de um jeito que eu nunca tinha feito antes. Eu não estava nua só de corpo, mas de alma também.
“Droga, Leila! Você não percebe que eu só queria te proteger porque eu te amo? Eu só queria te proteger como eu nuca pude proteger aqueles que eu amava! Por que você teve que me trair?”
Ele deu um soco na cama ao lado do meu rosto, eu me assustei. Por um momento pensei que ele fosse dar um soco em mim. Eu acho que eu merecia este soco.
“Eu não te traí. Não do jeito que você está pensando!” Disse.
“Só por que eu tinha terminado? Acha que foi fácil eu ouvir da mulher que eu amo que eu a sufoco?”
“Desculpa.” Minhas lágrimas vieram com mais força.
“Já chega! Eu não quero mais ouvir a sua voz!” Ele saiu de cima de mim e por um momento me senti incompleta.
Abriu o armário e voltou com uma bola mordaça com pescoço de pulso para me algemar. Ele me deu um outro beijo intenso, colocou a bola mordaça na minha boca, colocou as minhas mãos para trás e me algemou.
Ele abriu o pote de sorvete na minha frente, pegou a colher e comeu um pouco. Tirou a bola da minha boca e me deu para eu provar.
Sorriu e disse “Estava planejando fazer algo romântico para a minha namorada quando o problema com a polícia acabasse, mas como você fodeu com tudo...”
Eu ia formular uma frase, mas ele colocou a bola de novo na minha boca. “Te mandei ficar quieta.” Ele piscou o olho e sorriu. Foi assustador e sexy ao mesmo tempo.
Ele pegou o sorvete e colocou no meu peito e chupou, lambeu e eu me contorci. Não deveria, mas isso está mexendo com o meu corpo de forma irracional.
Ele fez o mesmo processo com o meu outro seio e eu abri as pernas, de modo impensável. Quando me dei conta, as fechei de novo.
“Abre!” Ele mandou. Abri lentamente.
Ele colocou o dedo na minha intimidade. “Encharcada do jeito que uma prostituta tem que ser.” Chorei.
Ele está acabando comigo e o meu corpo reagindo dessa forma, me provando que ele está certo. Uma pessoa em sã consciência não estaria desse jeito que eu estou, eu deveria estar seca feito um deserto. Eu não deveria estar permitindo, eu deveria estar lutando contra tudo isso.
Ele colocou sorvete na minha boceta e começou a chupar e eu a chorar porque eu não deveria estar sentindo tesão, eu não deveria estar me sentindo assim.
Será que é assim que ele quer que eu me sinta? Como uma puta? Como se eu estivesse suja por dentro?
Ele tirou as algemas da minha mão e a bola da minha boca. Engoli a saliva que estava acumulada, ele tentou me beijar, mas eu virei o rosto.
Ele segurou o meu rosto com força e eu o beijei, o correspondi, enquanto ele me tocava. Pior, eu não controlei e deixei escapar um gemido. Ele sorriu satisfeito.
Ele colocou o pau na minha boca. Pensei em morder, mas a arma estava na mão dele e eu não sou louca o suficiente.
Pensei que ele fosse gozar na minha boca, mas não, ele gozou no meu rosto para me humilhar ainda mais. Vários homens já fizeram isso comigo, mas o que dói é saber o motivo pelo qual ele fez isso.
Ele prendeu os meus braços e pernas na cama, colocou a bola de novo e ligou a máquina de sexo na potência máxima.
Minhas mãos, meus pés e a minha boca formigavam, eu arqueava o meu corpo incontáveis vezes, estava sentindo um prazer que eu nunca havia sentindo antes, um prazer tão grande que o meu cérebro estava entrando em curto circuito, era como se eu não fosse suportar aquilo tudo.
Comecei a babar devido ao tempo que eu estava com a bola, a cama ficou encharcada e eu comecei a chorar, não era de tristeza, mas sim porque o prazer era tão grande que o meu corpo simplesmente reagiu dessa forma.
Meu coração estava disparado, eu estava me sentido exausta como se estivesse feito muito exercício físico.
Eu estava acabada, destruída, humilhada em todos os sentidos.
Ele me desamarrou da cama, deitou nela, colocou a camisinha e disse: “Vem para cima.” Neguei com a cabeça, estava fraca. Foi primeira vez que eu neguei para alguém.
“Não te perguntei.” Ele disse sorrindo.
Com as pernas trêmulas, fiquei por cima e sentei nele. Ele encaixou a máquina no meu cu na potência máxima. Senti dor porque estava muito tensa, mas não deixei com que ele percebesse.
“Vai ficar parada? Se mexe!” Ele mandou e eu comecei a rebolar.
Pouco tempo eu já tinha gozado nele.
Ele botou a máquina para a potência mínima. “Não para, eu ainda não gozei.” Continuei rebolando até que gozamos juntos.
Ele desligou a máquina, tirou a bola da minha boca, chorou muito e me beijou.
Ele se afastou de mim, fiquei triste, tudo que eu queria era ficar deitada sentindo o calor do corpo dele. Eu estava o odiando, mas continuava o amando de um modo surreal.
Ele saiu da cama, abriu uma mala e jogou dinheiro no meu corpo.
“Pega o dinheiro e vai viver a sua vida. Não quero você na máfia. Este é o seu pagamento por hoje.” Chorei, sabia que ele queria que eu me sentisse uma puta com este sexo, mas não imaginei que ele iria jogar dinheiro em mim.
“Salvatore, me mata.” Pedi chorando.
“A tortura é que é a graça de tudo. Não vou te matar, vai ter que viver com isso.”
Tentei levantar, mas caí da cama. Ele riu. “Vai ter que ficar aqui por algumas horas para se recuperar. Pensei que como puta você estivesse mais acostumada.” Ele piscou o olho.
“Eu não te traí como você pensa. Não transei com o Riccardo. Eu filmei, está tudo registrado na micro câmera que está no carro. Só assiste.”
“Você roubou a Meirieli e está contando isso para mim? E se eu contar para ela? Não tem medo de morrer?” Ele riu.
“Não roubei. Peguei emprestado sem pedir, vou devolver antes que ela dê por falta. Você não fará isso. Você me ama e não tem coragem de me matar e eu não tenho medo de morrer. Tenho medo de viver sem você.” Salvatore travou o maxilar e ficou um tempo me encarando.
Terminei por me humilhar mais ainda, mas ele é tudo que eu tenho, a única coisa boa que aconteceu na minha vida e eu não posso perdê-lo.
“Fica aqui, vou pegar a micro câmera.” Assenti com a cabeça. Nem se eu quisesse conseguiria sair do chão. Estou literalmente sem pernas.
Ele voltou com a micro câmera na mão, respirou fundo, me pegou no colo e me colocou na cama. Começou a ver a filmagem no notebook.
“Você apareceu nua e o beijou. Isso já é um motivo do caralho para eu ficar puto.”
“Mas não consegui ir até o fim. Isso não conta?”
“O que eu quero saber é por que você disse para o Riccardo que eu tenho outra mulher?”
“Você beijou uma foto. Eu olhei pelo buraco da fechadura.”
“Ninguém tem privacidade naquela porra de mansão! Era essa foto aqui.” Salvatore tirou uma foto da carteira e me mostrou. Era uma foto dele com os pais.
“Sente saudades?”
“Sim, eles morreram.” Salvatore chorou, algo dentro de mim se quebrou e eu o abracei.
“Vamos voltar para a mansão”. Ele disse. Assenti com a cabeça.
“Salvatore, eu fiz merda, talvez eu tenha merecido o que você fez, mas eu preciso te dizer que eu jamais voltarei a ficar com você depois dessa humilhação.” Eu não estou falando sério, mas ele não merece e nem precisa saber disso.
Ele apenas abaixou a cabeça, colocou em mim a camisa dele, me pegou no colo e me colocou no carro. Fizemos o percurso todo de volta para a mansão em completo silêncio.
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Boa noite, meus amores!
Que capítulo mais tenso! O que vocês acharam?
Escutem a música, é sensacional! Puro sexo!
Sábado fez um ano que eu comecei a escrever o livro 1! E eu estou muito feliz com o aniversário do meu "filho"!
Uma pessoa doce também fez mais um aninho de vida no sábado, nossa docinho! A rosimeyri! Parabéns, meu amor! Que tudo de melhor aconteça na sua vida. Você merece! Te amo ❤
Dedicado á:
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