As confusões
“Invasão, repito invasão!” O segurança mandou um alerta. Leila gelou ao ouvir.
“Vou matar cada um de vocês! Cambada de incompetentes!” Gritei.
“Já estou melhor, vou ajudar.” Christian me disse pela escuta.
“É melhor você descansar mais, parceiro.” Disse.
“Me larga, Kelly! Tenho que trabalhar!” Lorenzo disse para a Kelly quando os dois se aproximaram de mim.
“Quero te chupar mais. Você ainda não gozou.” Kelly cruzou os braços.
Lorenzo arrumou o nó da gravata e o cabelo. É, todos estão transando e eu aqui chupando o dedo.
“Vamos procurar quem foi o filho da puta que entrou e quando acharmos, vamos matar.” Disse.
“Meu filho, o que está acontecendo?” Meu pai perguntou apavorado.
“Uma invasão. Se protege com a minha mãe, com o meu filho e com a Karol numa salinha aos fundos. Leila está com a chave, só saia de lá quando eu mandar.” Meu pai assentiu com a cabeça. Ele estava nervoso e isso era notório. É hoje que os meus pais vão sumir da minha vida de vez.
“Salvatore, fica tranquilo! Somos só nós três. Thomas deu um jeito de burlar a segurança.” Marinne disse.
“Parabéns, Salvatore!” Gianny me abraçou, mas eu não era capaz de ter nenhum tipo de reação. Não consegui abraçá-la de volta, se quer consegui sorrir. Estava com os olhos voltados para o casal a minha frente.
“O que a gente faz?” Lorenzo perguntou com um tom de voz impaciente.
“Revistem o Thomas.” Pedi.
“Ele está ok.” Lorenzo disse após revistá-lo.
“Vocês dois invadiram a minha festa de casamento com a possibilidade de serem mortos com que motivo?” Perguntei alternando o meu olhar para o Thomas e para a Marinne.
“Para te agradecer. Se não fosse por você, não teria tido a oportunidade de conhecê-la melhor, se não fosse por você, não teria namorado com a Marinne e muito menos casado e principalmente, não teria percebido que estava fazendo mal para a única pessoa que um dia me quis e me fez bem em toda a minha vida e ainda me livrou daquela mulher insuportável que era a Célia. Se hoje eu sou feliz e realizado, devo tudo a você.” Thomas disse.
Thomas abriu os braços para me dar um abraço e eu fui ainda um pouco temeroso. Os meninos apontaram a arma para o Thomas, o abraço ocorreu e nada aconteceu.
“Parabéns pelo casamento, cara.” Thomas disse.
“Obrigado.” Sorri.
“Salvatore, parabéns!” Marinne me abraçou forte e me deu um beijo no rosto.
“Thomas parece realmente arrependido e todos nós merecemos uma segunda chance. Parabéns pelo casamento.” Gianny me abraçou forte e colocou discretamente o número dela no meu bolso.
“Os deixem ficar, mas fiquei de olho neles. Principalmente no Thomas.” Disse e eles assentiram com a cabeça.
“Parabéns, todos vocês ganharam uma passagem só de ida para o inferno.” Falei pela escuta para os seguranças que nada responderam.
“Leila, abre a salinha. Acho que não acontecerá nada.” Disse e a dei um beijo.
Leila foi em direção a salinha e eu fui no banheiro jogar o papel com o número da Gianny fora antes que a Leila peça o divórcio.
“Papai, quando você vai partir o bolo?” Gabriel perguntou.
“Pode ser agora, Leila?” Perguntei.
“Pode sim.” Leila sorriu.
“Eba!” Gabriel comemorou.
O bolo era branco, mas não tinha nada de simples. Era lindo. Fomos cortar o bolo até que recebi mais um alerta dos segurança.
“Invasão. Repito, invasão.” O segurança disse.
“Outra? Eu vou dar a vocês mortes muito dolorosas, isso não é possível! Cambada de incompetentes!”
“Meu filho, você está falando como um marginal! Um verdadeiro monstro!” Minha mãe disse assustada.
“Está falando como um verdadeiro homem! Como o braço direito do meu filho! Que orgulho! Meirieli sorriu.
“Por que isso sempre acontece na hora do bolo? Vamos, Karol...” O menino pegou na mão da amiga e os dois saíram frustrados do local para se protegerem.
“Salvatore Spinoza, parabéns pelo casamento!” Fabrício sorriu e a Leila me abraçou forte.
“Sai daqui agora, antes que eu te mate!” Disse.
“Você não vai matar o meu irmão!” Aline disse.
“Christian, faz alguma coisa!” Vitória disse. O Christian está mal! Será que ela não percebeu isso ainda?
“O que você está fazendo aqui, Fabrício?” Christian disse ficando frente a frente do irmão.
Olhei para o Riccardo que se posicionou ao lado do Christian para protegê-lo e assim todos os outros fizeram o mesmo.
“As duas não saem daqui, Salvatore!” Rafaello disse.
“Está com problema na sua escuta? Fabrício está aqui!” Disse puto da vida.
“É para eu sair daqui?” Rafaello perguntou se fingindo de burro.
“Se não quiser que eu te mate sim.” Rafaello não respondeu nada.
Rapidamente, o Rafaello se juntou aos demais, o que incluía a Kathy. Como uma mulher dessas foi ficar com este traste? Não me conformo com isso.
“Agora só está faltando o meu filho, cadê o meu filho?” Fabrício perguntou.
“Sarah não foi convidada.” Respondi me fazendo de desentendido.
“Estou falando do passarinho preto e você sabe muito bem disso.” Fabrício respondeu.
“O que você quer com o meu filho?” Perguntei com raiva.
“Não só com ele, mas com a Leila também. Quero pedir perdão por toda a dor causada e me explicar. Chama o meu filho. Meu filho porque ele não é seu, só tem o seu nome.”
“Não vou chamar, mas você pode se explicar com tanto que dê a sua arma para qualquer um deles.” Disse.
“Toma, irmão.” Fabrício deu a arma para o Christian.
“Bom, inicialmente, o plano era conquistar uma mulher inexperiente, bonita e que soubesse dançar para ir para o cabaré. Mas eu me apaixonei por você, porém o meu pai não me deixou ficar com você e eu tive que te ver com outros homens. O pior era ver a mulher que eu amava com o meu irmão, um irmão que o meu pai não me deixava me aproximar muito, eu comecei a ficar com raiva de você porque você representava o meu fracasso: a mulher que eu não pude ter, o irmão que eu tive que me afastar e que já chamava outro como irmão e um filho que eu tive que jogar no lixo. Eu olhava para você e me odiava, então te maltratava porque a sua dor me machucava e eu precisava me machucar, eu precisava disso tudo. Mas quando a Célia me deu um tiro, eu fiquei muito mal e quase morri. Então eu realvaliei tudo que eu fiz e estou aqui para te pedir desculpas, não quero ser o pai do Gabriel porque eu sei que perdi este direito, mas quero ao menos ser amigo dele e isso ainda me fez percer o quanto eu amo a Sarah, eu levei um tiro por ela.
“Para que? Para dar um tiro na testa dele e honrar a memória do seu pai ou para fazer a cabeça dele contra mim e fugir com ele do país? Fora do meu casamento, Fabrício!” Leila apontou para a porta.
“Eu só quero ser amigo dele! Como você pode pensar algo assim de mim?” Fabrício perguntou com um tom de indignação na voz.
“Você pode fazer bem pior, eu sei que pode. Agora, saia do meu casamento ou vamos atirar em você.” Disse. Leila estava chorando.
“Christian, me devolve a minha arma para eu sair daqui.” Fabrício respirou fundo.
“Não. Amanhã eu te devolvo.” Christian respondeu.
“Você é mais irmão do Salvatore do que meu.” Fabrício disse, empurrou o Christian e saiu da festa.
“Christian, me dá a arma.” Pedi. Christian me deu.
“Filho da puta!” Disse.
“O que eu fiz?” Christian perguntou confuso.
“Você não. Fabrício te colocou uma escuta quando ele esbarrou em você.” Respondi.
"Filho da puta mesmo!" Christian disse.
“Gabriel, pode vir comer.” Falei com o Gabriel através da escuta.
“Eba!” Ele comemorou.
"Vamos comer bolo, Karol!" Gabriel disse.
“Quero que vocês façam uma varredura ao redor deste salão.” Disse para os seguranças e para o meu bando.
Christian estava saindo também. Peguei no braço dele, o impedindo de sair e disse: “Você fica, irmão. Tem que descansar.”
“Eu estou bem.” Christian disse.
“Não discute comigo hoje e vê se descansa.” Disse. Christian revirou os olhos.
Minutos se passaram e os meninos retornaram. “Tudo limpo.” Lorenzo disse.
“Obrigado, parceiro.”
“Vamos cortar o bolo?” Perguntei.
“Como você está, meu amor?” Perguntei para a Leila e a dei um selinho.
“Estou bem.” Ela sorriu, mas estava nitidamente abalada.
Cortamos o bolo e a Dayane comeu praticamente o bolo todo sozinha. Mulheres grávidas comem por 10 e não por dois, ou por três.
“Amor, vou no banheiro rapidinho.” Leila disse.
“Você falou banheiro? Vou junto!” Dayane engoliu mais um pedaço de bolo para sair com a Leila. Quando percebi, todas do grupinho estavam juntas, menos a Lidia.
“Será que aconteceu algo? Elas estão demorando muito!” Christian disse completamente impaciente.
“Não aconteceu nada. Elas estão bem, mas vão aprontar alguma.” Respondi.
O que será que elas vão aprontar? Será que será hoje?
“Tomara que elas não estejam sendo ameaçadas.” Christian disse.
“Estão felizes demais para isso. Rosi que já chora por muito menos, deveria ter alagado o salão de festas se fosse isso.” Respondi.
“Está certo.” Christian sorriu.
A música parou de tocar e um burburinho dos convidados começou a se formar, Não acredito que a porra da música pifou. Cambada de incompetentes!
“Boa noite a todos! Gostaria que o senhor Salvatore Spinoza se aproximasse, juntamente do Christian Ferrandini, Riccardo Morelli, Paolo, Lorenzo e Rafaello. Sentem-se nessas cadeiras, por favor. A companhia de dança Body Art deseja a todos um ótimo espetáculo! Deseja se matricular? Não perca tempo! Matrículas abertas comigo e com a Kelly e quem se matricular ainda hoje ganha 50% de desconto durante todo o curso. Divirtam-se.” Lídia disse.
A música Dance for you da Beyoncé começou a tocar, as meninas apareceram só de lingerie e começaram a dançar.
Leila era a única que estava de camisola para destacar das demais e a Dayane era a única que estava de sapatilha ao invés de salto alto por causa dos bebês que ela carrega.
Thainara, Fernanda e Andressa estavam atrás, já que não dançavam para agradar nenhum homem. Lindas desse jeito, é provável que arranjem alguém hoje. Só estou puto que a minha mulher resolveu se exibir dessa forma na frente de todos esses homens.
“Não acredito que o mistério todo era por isso.” Christian sorriu.
“Não disse que ela não estava de traindo?” Sorri.
Leila começou a dançar pertinho de mim. Preciso foder com ela urgentemente.
A dança acabou e todas elas deram um beijo no seu respectivo homem, menos a Leila que ao final de todos os beijos dados, pegou na minha mão para que eu levantasse. Tirou a sandália, correu na ponta do pé, ficando em uma distância considerável de mim e saltou para que eu a pegasse pela cintura e fosse a colocando nos chão aos poucos.
Nossos olhares se cruzaram, era como se não houvesse mais ninguém ao nosso redor e finalmente nos beijamos, arrancando aplausos dos demais.
“Pai, meu pintinho está coçando demais depois que eu vi essa apresentação!” Gabriel disse.
“É assim mesmo, meu filho. Você é homem e isso é normal.”
“Eu amei a sua apresentação, meu amor.” A dei outro beijo.
“Que bom que você gostou. Vou trocar de roupa.” Ela me deu um selinho e foi no banheiro com as outras para trocarem de roupa.
Enquanto isso, mais pessoas faziam inscrições para as aulas de balé. Sorri ao presenciar o sucesso da minha mulher.
Leila voltou com o vestido do casamento, mas ele estava no joelho.
“Cortou o vestido? Ficou bonito.” Sorri. Ela não precisa costumizar as roupas, sou rico!
“Não, seu bobo! Ele é dois em um. A cauda do vestido sai.” Leila sorriu.
“Meu filho, se comporta no orfanato. Daqui há uma semana a mamãe volta para ficar com você.” Leila o deu um beijo no rosto.
“Prometo que vou me comportar direitinho!” Gabriel disse.
“Vamos ligar para você todos os dias.” Disse e abracei o Gabriel.
“Fiquem aqui, vou fazer algo importante.” Disse.
Saí do salão de festas e estavam todos os seguranças reunidos conversando, quando me viram, ficaram mudos.
“Eu tenho família! Não faça isso!” Um idiota pediu clemência.
“Pensasse nisso antes de falhar e colocar a minha familia em risco.” Respondi.
“1, 2, 3... 10, 20, 30... 60” Contei em voz alta.
“Estão todos aqui. Que bom!” Sorri.
“Somos parceiros no crime. Faz isso não.” Um bandinho de quinta disse.
“Não sou bandido, não sou pobre, não sei o seu nome, não somos parceiros.
Ao lado do salão de festas tinha uma loja de doces, abri a porta com um grampo de cabelo da Leila. “Entrem, por favor.” Todos eles entraram e eu matei um por um com uma metralhadora com silenciador.
Saí da loja, olhei ao redor e não vi o Fabrício. Espero que ele não apronte, enquanto eu esteja fora.
Entrei no salão de festas. “Meu filho, mudanças de planos: é melhor você ficar na casa do Luigi. Ele e a Regya vão te proteger contra o Fabrício quando eu estiver fora.” Disse.
“Com o maior prazer!” Regya sorriu.
“É o melhor para ele mesmo, mas ainda acho que deveria ter me consultado antes.” Leila disse.
“Desculpa.” Pedi.
“Tudo bem. Sei que está pensando no bem do nosso filho.” Leila sorriu.
“Ele vai ficar na minha casa? Alguém me perguntou se eu quero? Eu não quero.” Luigi disse.
“Não me importo com o que você quer, só sei que eu vou deixar o meu filho sob os seus cuidados. Se o Fabrício levá-lo, você morre.”
“Eu vou cuidar do moleque, mas se acontecer algo, você não irá me matar porque eu sou melhor do que você!” Luigi respondeu.
“Tem certeza?”Perguntei e ele riu.
“Não concordo com essas coisas todas, você vive no perigo e se transforma quando está entre eles, tudo que eu queria é que saísse dessa vida.” Minha mãe me abraçou e começou a chorar. Meu coração ficou apertado ao vê-la assim.
“Ela está tentando roubar o seu lugar, Rosi!” Lorenzo disse.
“Deixa de ser implicante!” Rosi cruzou os braços.
“Mãe, vou te ligar todos os dias, mas agora eu tenho que ir.” Ela desfez o abraço.
“Vai com Deus, meu filho.” Minha mãe disse.
“O que você fez com os seguranças?” Christian perguntou.
“Os deixei sair um pouco mais cedo.” Sorri e o Christian arqueou a sobrancelha. Ele sabe que algo está muito errado.
“Tchau!” Eu e a Leila dissemos juntos.
Entramos no carro. “ Você deixou eles saíram mais cedo mesmo?” Leila me perguntou, estranhando a minha atitude.
“Não. Só disse isso porque os meus pais estavam lá.” Respondi com sinceridade.
“O que houve?” Leila perguntou.
“Você vai entender já.” Respondi.
“Meninos, tem 60 homens mortos na loja de doce perto do salão de festas, deem um sumiço neles, mas não deixem com que os meus pais vejam o que está acontecendo.”
“Pode deixar, irmão.” Christian respondeu.
“Vou desligar a escuta. Qualquer problema me liguem.”
“Pode deixar.” Riccardo disse.
"Aproveita aí, irmão." Christian disse.
"Pode deixar. Eu vou." Respondi. Sorri maledicente.
“Você matou todos eles?” Leila perguntou surpresa.
“Claro! Alguém lá dentro poderia ter morrido.”Disse.
“Será que o nosso filho vai ficar bem?” Leila perguntou preocupada.
“Luigi é bem treinado. Tudo vai dar certo.”
“Vai sim.” Leila me deu um beijo.
Não vejo a hora para a minha lua de mel acontecer.
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Boa tarde, meus amores!
Feliz ano Novo! Que esse ano seja foda para todos nós!
O bolo de noiva da Leila!
Dedicado à:
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